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1 P R O F. J O YC E L I M A NOTA FISCAL ELETRÔNICA EMENTA Aula 1 - Introdução e Lei da Transparência Fiscal Aula 2 - Características da Nota Fiscal Eletrônica – Modelo 55 Aula 3 – DANFE Aula 4 - Nota Fiscal de Consumidor eletrônica Aula 5 - Conhecimento de Transporte eletrônico Aula 6 - CST x CSOSN Aula 7 – CFOP Aula 8 - CFOP entrada x saída Aula 9 - NCM e CEST Aula 10 - Ocorrências relacionadas com a NFe 2 AULA 1 A Lei nº 12.741/2012 determinou que deverá constar nos documentos fiscais ou equivalentes a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda, nos documentos emitidos por ocasião da venda ao consumidor de mercadorias e serviços, em todo território nacional. A Lei nº 12.741/2012 nasceu de uma movimentação capitaneada pelas associações comerciais, que coletou mais de 1,5 milhão de assinaturas, por meio do movimento De Olho no Imposto, e tem como finalidade tornar claro à população em geral que os tributos são pagos pelo consumidor em todas as operações comerciais - mesmo nos casos em que o consumidor é o contribuinte de fato, sendo outra pessoa (o comerciante ou prestador de serviço, que, no caso, é o contribuinte de direto) a responsável pelo recolhimento dos tributos aos cofres públicos. AULA 1 Os tributos que deverão ser computados, a fim de compor o valor a ser informado, são os seguintes: a) ICMS (Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação); b) ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza); c) IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) ; d) IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários). A indicação relativa ao IOF restringe-se aos produtos financeiros sobre os quais incida diretamente tal tributo; e) PIS/PASEP (Contribuição Social para o Programa de Integração Social e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público). A indicação relativa ao PIS e à Cofins limita-se à tributação incidente sobre a operação de venda ao consumidor; 3 AULA 1 f) COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). A indicação relativa ao PIS e à Cofins limita-se à tributação incidente sobre a operação de venda ao consumidor; g) CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível; h) contribuições previdenciárias (sempre que o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço ou produto fornecido ao consumidor, deve ser divulgada a contribuição previdenciária dos empregados e dos empregadores incidente, alocada ao serviço ou produto). Não serão informados o Imposto de Renda e a Contribuição Social devidos pela pessoa jurídica sobre a receita ou lucro, por razão do veto presidencial aplicado ao texto. Na hipótese de produtos cujos insumos ou componentes sejam oriundos de operações de comércio exterior e representem percentual superior a 20% do preço de venda, serão informados ainda os valores referentes ao imposto de importação (II), PIS/Pasep/Importação e Cofins/Importação. AULA 1 O mesmo acontece para as empresas optantes pelo lucro presumido, relativamente ao PIS e ao COFINS. Relativamente ao IPI, as empresas revendedoras não pagam o imposto quando revendem os produtos, e não aproveitam os créditos pela entrada. Todavia, os valores pagos pelo industrial ou importador fazem parte do custo da mercadoria, e devem ser considerados na carga tributária da mercadoria. O mesmo se aplica aos imposto pagos na importação (Imposto de Importação, PIS, COFINS), que a legislação determina que sejam considerados quando se tratarem de produtos cujos insumos ou componentes sejam oriundos de operações de comércio exterior e representem percentual superior a 20% do preço de venda. Raciocínio semelhante se aplica em relação às mercadorias sujeitas à substituição tributária ou à incidência monofásica, eis que o contribuinte substituído não recolhe o imposto em sua operação de saída em função deste imposto já ter sido recolhido anteriormente por outro contribuinte. A informação do percentual ou valor aproximado deverá ser informada ao consumidor, por mais que o recolhimento não seja efetuado pelo vendedor naquela operação. 4 AULA 1 O mesmo acontece para as empresas optantes pelo lucro presumido, relativamente ao PIS e ao COFINS. Relativamente ao IPI, as empresas revendedoras não pagam o imposto quando revendem os produtos, e não aproveitam os créditos pela entrada. Todavia, os valores pagos pelo industrial ou importador fazem parte do custo da mercadoria, e devem ser considerados na carga tributária da mercadoria. O mesmo se aplica aos imposto pagos na importação (Imposto de Importação, PIS, COFINS), que a legislação determina que sejam considerados quando se tratarem de produtos cujos insumos ou componentes sejam oriundos de operações de comércio exterior e representem percentual superior a 20% do preço de venda. Raciocínio semelhante se aplica em relação às mercadorias sujeitas à substituição tributária ou à incidência monofásica, eis que o contribuinte substituído não recolhe o imposto em sua operação de saída em função deste imposto já ter sido recolhido anteriormente por outro contribuinte. A informação do percentual ou valor aproximado deverá ser informada ao consumidor, por mais que o recolhimento não seja efetuado pelo vendedor naquela operação. AULA 1 A fiscalização do cumprimento da Lei nº 12.741/2012 é de competência do PROCON. O descumprimento do disposto na Lei nº 12.741/2012 sujeitará o infrator às sanções previstas no Capítulo VII do Título I do Código de Defesa do Consumidor (artigos 55 a 60). O artigo 56 do Código de Defesa do Consumidor elenca uma série de medidas punitivas de ordem administrativa, tais como multa, apreensão, inutilização e cassação do registro do produto, proibição de fabricação, cassação de licença do estabelecimento, interdição e intervenção administrativa. Saliente-se que a aplicação de tais sanções não prejudica a aplicação de sanções de ordem cível ou penal. 5 AULA 2 A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é a versão digital da Nota Fiscal, que foi implementada na legislação brasileira a partir do Ajuste SINIEF 07/05 de outubro de 2005 e, de lá para cá, tomou o lugar da nota de papel modelo 1 ou 1-A. Hoje, a NF-e é obrigatória para boa parte dos empresários e negócios, e tem validade em todo o território nacional. Ela consiste em um documento emitido e armazenado eletronicamente em formato de arquivo XLM. Sua função é registrar uma operação de trânsito de mercadorias ou uma prestação de serviços entre duas partes. A validade jurídica de uma NF-e é garantida por dois processos: a partir da assinatura digital, que valida a autoria do emitente e integridade do documento, e da Autorização de Uso do Fisco, gerada antes da ocorrência do fato gerador pela SEFAZ. Suas vantagens, porém, não dizem respeito apenas à fiscalização da Receita Federal sob as transações comerciais. A NF-e trouxe também diversos benefícios para os emitentes, compradores, contabilistas e a sociedade como um todo – como veremos mais abaixo. Ainda assim, apesar de ser mais prática e otimizada que a tradicional nota de papel, a NF-e gera muitas dúvidas aos empreendedores. Afinal, existem diferentes tipos de NF-e, além de requisitos e rotinas que estão ligados à emissão e precisam ser aplicados. AULA 2 A Nota Fiscal eletrônica (NF-e), modelo 55, é um documento fiscal eletrônico, de existência apenas digital, que deve ser emitido em diversas operações comerciais envolvendo a circulação de mercadorias, como venda para pessoa jurídica/física, devolução, transferência, entre outros. Antes de mais nada, para emitir NF-e, a empresa deve estar credenciada, junto à Secretaria da Fazenda do seu estado. Cadaestado é responsável pelo cadastro de seus contribuintes na NF-e. Esse processo pode ser feito pelo portal da SEFAZ do seu estado, e o processo exato de credenciamento pode variar de um para outro, não deixe de consultar o seu contador. A Nota Fiscal eletrônica, modelo 55, substituiu a antiga nota fiscal modelo 1 ou 1A. Além disso, também substitui a Nota Fiscal de Produtor Rural, que agora também pode ser emitida via webservice. Como já sabemos a NFe é um novo modelo da nota fiscal, o modelo 55 que substitui os antigos modelos “1″, “1A” e “4”. Por se tratar de um novo modelo, a série da NFe deve ser iniciada pelo número 1, ou seja, por uma série nova. A série tem uma numeração que vai de 1 até 999.999.999 e caso seja alcançado o limite ela deverá ser reiniciada. 6 AULA 2 Além de ser o nome genérico de todas as notas emitidas e armazenadas eletronicamente, NF-e também é a denominação usada para as notas modelo 55, que se referem à venda de produtos físicos em grande escala. Ou seja, essa é a nota que deve ser emitida ao comprador em toda aquisição de mercadoria, registrando a operação, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria Serviços) e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Vantagens da emissão eletrônica • Possibilidade de automação (ganho de escala); • Mais eficiência em todo o processo; • Redução de custos administrativo-financeiros; • Maior padronização de campos e dados; • Maior confiança e credibilidade das notas fiscais geradas; • Aumento dos pontos de vendas sem autorização do Fisco; • Integração com plataforma de gestão financeira; • Integração com plataformas de venda físicas e virtuais. AULA 2 Requisitos: 1. Credenciamento junto à SEFAZ Caso ainda não seja, a empresa e/ou empresário precisa realizar o seu cadastro de emissor junto à SEFAZ do estado em que possui estabelecimento e deseja emitir NF-e. O processo é simples e online. 2. Certificação Digital É através de um Certificado Digital que a nota é assinada, garantindo sua autenticidade, integridade e validade jurídica. Portanto, outro requisito para a emissão é adquirir uma certificação de assinatura digital em uma Autoridade Certificadora credenciada pela ICP- Brasil. 3. Software emissor Também é necessário possuir um sistema de emissão – próprio, adquirido ou disponibilizado pelo Fisco – que esteja configurado com os web services e demandas deste processo e permita a comunicação com a SEFAZ para envio e análise dos dados. 4. Preenchimento correto das informações Por fim, para garantir que a sua nota será validada pela SEFAZ é preciso adicionar os dados obrigatórios e assegurar que estejam corretos, para que não hajam divergências, atrasos e/ou problemas na aprovação da NF-e. 7 AULA 3 O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) é uma representação física, impressa em papel e simplificada, da Nota Fiscal eletrônica. Sendo assim, o DANFE não possui valor fiscal por si só. A principal utilidade do DANFE é facilitar a consulta da NF-e armazenada dos servidores da SEFAZ, através de um código de barras ou da chave de acesso da NF-e. Para alguns processos de fiscalização e conferência, as informações do DANFE são suficientes. Além de ser um atalho para o verdadeiro documento, o DANFE ainda contém um resumo sobre a NF-e, como o emitente, destinatário e o valor total da carga, com base nas Notas Fiscais vinculadas. AULA 3 De modo geral, o Danfe é também utilizado para regularizar a circulação das mercadorias, uma vez que o veículo transportador da mercadoria não pode transitar sem ele — caso o faça, a fiscalização poderá multá-lo. O Danfe não é a nota fiscal da compra, e muito menos a substitui. Ele apenas facilita o acesso dos dados da compra para o consumidor. Diante disso, podemos concluir que as principais funções do Danfe são: • Acompanhar a mercadoria em trânsito e; • Permitir acesso ao XML da Nota Fiscal Eletrônica. 8 AULA 3 O Danfe é apenas um registro físico para acesso fácil dos dados de uma compra. Enquanto a nota fiscal é, e deve ser sempre, o documento em que se representa uma aquisição em prestações de conta para a Receita Federal. A NF-e oficial é gerada em um formato específico, o XML, e é ele que é usado pela contabilidade para a entrega de suas obrigações. Ainda, é por essa extensão que se garante a legalidade do documento, já que ele é fornecido pela assinatura de um certificado digital. Portanto, se você comprou um produto online e recebeu por email a nota fiscal, é esse documento que deve valer oficialmente. AULA 3 Bom, além de tudo que já foi dito, a respeito de ser uma possibilidade de fornecer os dados mais rápidos ao consumidor e ser indispensável em caso de fiscalização ao longo do trajeto até o devido destino, existem mais algumas funções importantes. O Danfe também serve para colher a assinatura do destinatário no ato da entrega da mercadoria ou prestação do serviço, cumprindo a função de comprovante da operação. Além disso a consulta numérica permite que ele seja colocado à prova de fraudes, por exemplo. O documento pode ser usado ainda como auxílio na escrituração contábil da transação realizada. Neste caso, o Danfe deve ser arquivado pelo prazo legal exigido para as notas fiscais (5 anos), para ser apresentado quando solicitado. Portanto, ele não serve apenas para quem recebe a mercadoria, mas para quem envia e transporta também. 9 AULA 3 Campos obrigatórios • chave de acesso: 44 dígitos que permitem o acesso a NF-e para quem os lê, por meio da Receita Federal; • código de barra: permite que um leitor eletrônico leia a chave de acesso; • dados do destinatário: nome, endereço, telefone e CNPJ/CPF; • valores: inclui-se aqui todos os impostos da nota fiscal agregados ao valor do frete, por exemplo; • códigos: CFOP, CST e NCM do produto; • dados do emissor: razão social, CNPJ, inscrição estadual; • dados da transportadora: razão social, CNPJ, inscrição estadual e placa do veículo; • data e horário de saída: neste caso, é preciso descrever o dia e a hora da saída da mercadoria da distribuidora. Caso essa informação não exista, será entendido que eles coincidem com a emissão do documento; • número de folhas: Para os documentos com mais de uma página; • a palavra "DANFE": sim, é preciso estar visível a palavra para fácil identificação. AULA 3 10 AULA 4 A NFC-e é a nota fiscal que substitui o cupom fiscal e a nota fiscal de modelo 2, documentos muito utilizados pelo varejo brasileiro. Esta modalidade de nota fiscal está alinhada às propostas do SPED fiscal. Alguns de seus objetivos são oferecer maior agilidade no repasse de informações fiscais e facilitar a fiscalização e o combate à sonegação. A NFC-e elimina a nota fiscal de venda ao consumidor, modelo 2, e o cupom fiscal. Trata-se de um documento que pode ter o DANFE impresso por uma impressora comum, sem necessidade de permissões ou a compra de acessórios caros. Antes de verificar o que precisa ser feito para emissão da nota ao consumidor, é importante destacar que esse é um documento fiscal totalmente eletrônico. Sua existência, para fins tributários, só se materializa virtualmente, de acordo com os preceitos do SPED. AULA 4 A versão em papel da nota, que vai junto às mercadorias vendidas ou serviços prestados, nada mais é do que o seu espelho, com informações resumidas, e não a nota na íntegra. Estamos falando do Documento auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica, o DANFE. Nesse ponto, já temos uma diferença fundamental da nova NFC-e. Ela dispensa o caro Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), podendo ser impressa em uma impressora comum. 11 AULA 4 Dito isso, vamos aos requisitos para emissão de NFC-e: • Inscrição Estadual (IE) em dia • Conexão com a internet • Computador • Impressoras não fiscais (térmica, laser ou deskjet). • Certificado Digital de Pessoa Jurídica, padrão ICP-Brasil, com o número do CNPJ de qualquer um dos estabelecimentos, caso exista mais de uma unidade • Credenciamento naSEFAZ e a devida permissão emitida pelo órgão fazendário; • Código de Segurança do Contribuinte – CSC (token), concedido pela SEFAZ na realização do credenciamento. • Software emissor de NFC-e. AULA 4 Como vimos, é necessário que sua empresa esteja credenciada pela Secretaria de Fazenda de seu estado. Na maioria dos estados brasileiros, a NFC-e já se encontra em estágio avançado de implementação. Além do credenciamento junto à SEFAZ estadual, sua empresa precisará ter uma assinatura eletrônica. Há diversos órgãos, privados e estatais, aos quais sua empresa poderá recorrer para formalizar uma assinatura eletrônica, necessária para validar as notas emitidas. As principais são: • Caixa Econômica Federal • Certisign • Serasa Experian • Docusign. 12 AULA 4 A primeira vantagem percebida é justamente a dispensa do equipamento de emissão de cupom fiscal. É importante lembrar: para usar o Emissor de Cupom Fiscal (ECF), era necessário contar com uma impressora dedicada e integrada com o Programa Aplicativo Fiscal. Além disso, sua manutenção tinha que ser feita por empresas credenciadas pelo fisco. Com a NFC-e, é possível imprimir as notas ao consumidor em impressoras comuns, sem necessidade de autorização da Sefaz. Uma outra vantagem importante é que a NFC-e simplifica a vida do contribuinte, aliviando-o das pesadas obrigações acessórias. Leitura X, Redução Z, Comunicação de ocorrências, Lacres, Cessação, Revalidação e Mapa Resumo são alguns dos procedimentos que não são mais necessários para quem emitir NFC- e. AULA 4 Em consequência da dispensa do ECF e da digitalização dos processos, o uso de papel é consideravelmente reduzido, embora o DANFE seja impresso normalmente para o consumidor. Outro ponto importante é que, em casos de empresas que contam com mais de uma unidade operacional, não é necessária autorização da SEFAZ para cada uma delas para emitir notas. Com uma loja autorizada, as outras poderão replicar o sistema, desde que, em cada computador, seja utilizado software devidamente homologado. Como a fiscalização pode acontecer em tempo real, o contribuinte também passa a ter a certeza de que seus impostos estão sendo corretamente destinados. O consumidor, claro, também é diretamente beneficiado, uma vez que pode ser também fiscal, graças ao QR code no DANFE. Esse código permite acessar o site da SEFAZ e comparar os valores que constam na nota com os que a empresa repassa ao fisco. 13 AULA 4 O Danfe (Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica) é a representação simplificada da NFC-e. Este documento reúne as informações básicas da transação, como: • chave de Acesso da NFC-e; • código de barras bidimensional (QR Code) para a consulta da NFC-e; • endereço, remetente e destinatário em casos de entrega a domicílio. As vantagens para o consumidor, no geral, são as seguintes: • não precisa acumular diversos cupons fiscais impressos; • consulta dos documentos por meio de um QR Code no smartphone ou ainda de outros dispositivos móveis; • impressão das notas fiscais em qualquer máquina; • recebimento do extrato da nota fiscal por e-mail e SMS; • agilidade no atendimento nos estabelecimentos comerciais; AULA 4 14 AULA 5 O Conhecimento de Transporte eletrônico (CT-e) é o novo modelo de Documento Fiscal Eletrônico, instituído pelo AJUSTE SINIEF 09/2007, que veio para substituir os seguintes documentos fiscais: • Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC), modelo 8; • Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas (CTAC), modelo 9; • Conhecimento de Transporte Aéreo, modelo 10; • Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11; • Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 27; • Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, quando utilizada em transporte de cargas. AULA 5 O CT-e é um documento de existência apenas digital, o qual consiste em um arquivo no formato XML, que deverá ser gerado pelo sistema, assinado com o Certificado Digital da empresa, e enviado para SEFAZ, para autorização. Devido à modernização do fisco, atualmente o seu controle é feito de forma completamente digital, não há mais necessidade de lidar com inúmeros papéis físicos. A cada operação de transporte deve ser emitido um CT-e, que documenta e armazena todos os dados sobre o serviço prestado para fins fiscais. Somente após a SEFAZ autorizar o uso do CT-e que será emitido o DACTE (Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico), quando então o transporte poderá ser iniciado. 15 AULA 5 O seu objetivo principal é acobertar a prestação de serviço de transporte de cargas (em qualquer um dos modais: aéreo, aquaviário, dutoviário, ferroviário ou rodoviário). A emissão correta certifica que a transportadora está informando ao fisco sobre a operação de transporte que está sendo realizada, tal qual exige a legislação vigente. Quanto à obrigatoriedade do formato eletrônico, ela possui a finalidade facilitar e agilizar a emissão do CTe no dia-a-dia, além de aprimorar a fiscalização dos órgãos reguladores. Graças à tecnologia, os fiscais e seus auxiliares não precisam analisar cada um dos papéis físicos que eram emitidos pelas transportadoras. AULA 5 O CT-e faz parte do projeto Sistema Público de Escrituração Digital — SPED, que é um conjunto de estratégias para informatizar os sistemas governamentais. Como grande parte do trabalho burocrático será feito por sistemas e computadores, o controle fiscal foi aperfeiçoado de forma geral, trazendo benefícios como: • redução de custos do controle; • facilidade na identificação de operações irregulares; • simplificação para a imposição de multas a empresas irregulares; • minimização da sonegação; • ampla visão sobre o fluxo de mercadorias no país, permitindo melhor planejamento logístico e fiscal; • aumento da arrecadação sem elevar a carga tributária; e • melhor compartilhamento de informações entre os órgãos fiscalizadores. 16 AULA 5 Vantagens do Conhecimento de Transporte Eletrônico para as Transportadoras A informatização e a digitalização dos documentos fiscais de transporte não devem ser vistos apenas como burocracia ou como um entrave ao negócio, já que trazem diversos benefícios à transportadora se utilizado de forma inteligente. Os principais são: • reduz as chances de erros de emissão; • facilita o cumprimento das obrigações acessórias; • minimiza custos com tintas, papéis e impressões; • reduz gastos com armazenamento de documentos fiscais; • agiliza e reduz o tempo necessário para o embarcador realizar a auditoria e conferência de fretes, podendo agilizar a liberação dos pagamentos; • minimiza tempo de espera no processo de fiscalização; • reprime a concorrência desleal e aumenta a competitividade entre as empresas regulares; e • potencializa o desenvolvimento da empresa que utilizar um software de gestão operacional e logística ou financeira. AULA 5 Tanto a empresa fornecedora da carga quanto a empresa de destino poderão emitir o Conhecimento de Transporte, basta ter os dados compatíveis para a emissão e ser contribuintes do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Por exemplo, transportadores autônomos de carga (TAC), cooperativas de transporte de carga (CTC); contratantes do serviço de carga e outras empresas semelhantes que atuam no transporte de carga (ETC). Escritórios de contabilidade também possuem essa autonomia para emitir o CT-e. São necessários alguns requisitos para a empresa transportadora poder emitir o CT-e, observe abaixo: 1 – Habilitar a transportadora junto à SEFAZ (Secretaria da Fazenda) 2 – Obter um certificado digital devidamente aprovado pela ICP-Brasil (Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira) 3 – Ter uma boa conexão via internet 4 – Obter um sistema de gestão compatível com a emissão de CT-e. 17 AULA 5 Quais são os principais campos do CT-e? Remetente, destinatário, dados do motorista da carga, dados do veículo transportador, dados sobre osvalores de frete, informações sobre despesas extras relacionadas ao transporte (como pedágios e outros itens semelhantes) e dados idênticos provenientes da nota fiscal (NF-e) da carga: peso ou volume da carga, chave de acesso, número e série da NF-e, modelo do documento, data de emissão da NF-e, descrição da carga transportada, CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações) e o valor total da NF-e. O DACTE (Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico) é uma representação física, impressa em papel e simplificada, do CT-e. Sendo assim, o DACTE não é considerado um documento fiscal por si só. Por lei, o DACTE deve ser levado no veículo durante o serviço de transporte. Em postos de fiscalização, o DACTE é exigido do motorista/maquinista/piloto pelos agentes fiscais. AULA 5 18 AULA 6 CST é a sigla para Código de Situação Tributária, é um código que identifica a tributação de produtos e serviços referente ao ICMS. Este código está presente nos documentos fiscais de entrada e saída discriminados respectivamente em cada produto do documento fiscal. O código é composto por três dígitos que possuem origem de duas tabelas, A e B conforme estipulado no Convênio de 15 de dezembro de 1970. O primeiro dígito indica a origem da mercadoria se é nacional, importada ou equiparada a importada conforme está indicado na tabela A, já o segundo e o terceiro determinam como a mercadoria será tributada. A união dessas duas tabelas formam os CSTs com as diferentes combinações entre origem e forma de tributação, então vamos conhecer cada uma dessas tabelas e entender o significado da junção desses códigos. AULA 6 Tabela A – Origem da mercadoria 0 – Nacional; 1 – Estrangeira – Importação direta; 2 – Estrangeira – Adquirida no mercado interno; 3 – Nacional, Conteúdo de Importação superior a 40% e inferior ou igual a 70%; 4 – Nacional, Processos produtivos básicos 5 – Nacional, Conteúdo de Importação inferior ou igual a 40%; 6 – Estrangeira – Importação direta, sem similar nacional; 7 – Estrangeira – Adquirida no mercado interno, sem similar nacional; 8 – Nacional, mercadoria ou bem com Conteúdo de Importação superior a 70%. Tabela B – Tributação pelo ICMS 00 – Tributada integralmente 10 – Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária 20 – Com redução de base de cálculo 30 – Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária 40 – Isenta 41 – Não tributada 50 – Suspensão 51 – Diferimento 60 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária 70 – Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária 90 – Outras 19 AULA 6 CSOSN é uma sigla para Código de Situação da Operação do Simples Nacional e define a tributação para identificação da origem da mercadoria e o regime de tributação das operações. A obrigatoriedade do CSOSN está descrita no artigo 5º da cláusula terceira do Ajuste SINIEF 07/05. O CSOSN é composto por 4 dígitos, deve ser usado exclusivamente pelas empresas optantes do Simples Nacional e substitui a Tabela B - Tributação pelo ICMS citada anteriormente. É importante ressaltar que para identificar a origem do produto, continua sendo utilizados os códigos da Tabela A, já mostrada, antes dos três dígitos do CSOSN. Com isso a tabela B a ser usada é constituída por códigos de três dígitos como pode ser visto a seguir. AULA 6 Tabela B - Código de Situação da Operação no Simples Nacional 101 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito; 102 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito; 103 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta; 201 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária; 202 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição tributária; 203 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e com cobrança do ICMS por substituição tributária; 300 – Imune; 400 - Não tributada pelo Simples Nacional; 500 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por antecipação; 900 – Outros, classificam-se neste código as demais operações que não se enquadrem nos códigos 101, 102, 103, 201, 202, 203, 300, 400 e 500. 20 AULA 6 Ambos os códigos definem a situação tributária das mercadorias, então qual é a diferença entre eles? O que muitos não sabem é que a diferença é que o CSOSN é utilizado exclusivamente pelos contribuintes que optam pelo Simples Nacional, enquanto o CST deve ser utilizado pelos contribuintes que se enquadram no Regime Normal ou Simples Nacional - excesso de sublimite da receita bruta. Pode parecer uma diferença muito simples, mas é fundamental saber qual deles sua empresa deve usar, para não ter problemas no preenchimento da NF-e, por exemplo. AULA 6 Os códigos do CST e CSOSN impactam diretamente na classificação das mercadorias já que são eles que definem como será a tributação sobre o produto. Desta forma, se houver qualquer erro na classificação, a empresa pode vir a pagar impostos desnecessários, ou ainda, deixar de pagar impostos devidos, o que viria a causar um passivo tributário e como consequência, traria problemas com o Fisco, podendo até mesmo ocasionar a obrigação de pagar eventuais multas. 21 AULA 7 A legislação vigente proíbe o trânsito de mercadorias desacompanhadas de Nota Fiscal. Por isso a falta do documento ou emissão com diferença entre o valor real e o constante na NFe, é considerado crime tributário na categoria de sonegação fiscal. No entanto, o trânsito de mercadorias acontece por diferentes motivos e para cada forma de trânsito dessas mercadorias existe uma classificação a ser feita guiada por um CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações. Esses códigos estão contidos em uma tabela de uso nacional que norteia a situação das mercadorias em circulação, em relação origem, destino, finalidade e tributação. Lembrando que esse é um dado essencial e de preenchimento obrigatório na NFe. AULA 7 Amostra Grátis – CFOP 5.911/6.991 Mesmo sem valor financeiro para a empresa, tratando-se apenas de divulgação do produto, a saída de produtos para amostra grátis precisa estar acompanhada da Nota Fiscal e também atender aos requisitos para assim ser considerada amostra grátis de medicamentos ou amostra grátis de outros produtos. De acordo com as seguintes especificações: Medicamentos: A quantidade deverá ser 50% (cinquenta por cento) da quantidade de peso, volume líquido ou unidade do produto original; Na embalagem deverá conter as expressões ‘’Amostra Grátis’’ e “Venda Proibida” de forma clara e não removível. Demais Produtos: Consistir em quantidade não excedente a 20% (vinte por cento) do conteúdo ou do número de unidades da menor embalagem de apresentação comercial do mesmo produto, para venda ao consumidor. Conter a indicação, em caracteres bem visíveis, da expressão “Distribuição Gratuita”. 22 AULA 7 Alienação de bens do Ativo Imobilizado – CFOP 5.551/6.551 Na operação de venda de bens de propriedade da empresa, tais como móveis, utensílios, veículos máquinas e equipamentos, a NFe precisa fazer menção a indicações que possibilitem a correta identificação do bem, como número de série, marca, modelo, etc. Áreas de Livre Comércio e Zona Franca de Manaus – CFOP 6.109/6.110 As áreas de livre comércio e da Zona Franca de Manaus foram criadas para promover o desenvolvimento das cidades de fronteiras internacionais localizadas na Amazônia Ocidental e em Macapá e Santana. Brindes – CFOP 5.910/6.910 Esse código de CFOP tem a finalidade de resguardar as operações que atendam o conceito de “brinde”, ou seja, refere se às mercadorias que não constituam objeto normal da atividade da empresa. Além disso precisam ser adquiridas com a finalidade específica de distribuição gratuita ao consumidor ou ao usuário final. Isso acontece, normalmente quando a empresa tem o objetivo de se promover, por exemplo, por meiode stands de feiras, campanhas promocionais, etc. AULA 7 Conserto, Revisão ou Limpeza de Bens de Uso – CFOP 5.915/6.915 Ao utilizar esse código, significa que houve saída e trânsito de máquina ou equipamento para manutenção ou conserto fora da empresa. Nessa operação a emissão da nota fiscal vai além de meramente cumprir exigência do fisco, pois caso ocorra um sinistro (roubo, incêndio) no estabelecimento, onde está sendo realizado o serviço, a empresa tem prova irrefutável da ocorrência e propriedade do bem. Consignação Mercantil – CFOP 5.917/6.917 Esse caso serve para a remessa de mercadorias com contrato de consignação, que é a operação entre duas empresas. Sendo que a primeira, denominada consignante, fornece mercadoria a outra, denominada consignatário. E significa que a remessa será vendida, com prazo determinado ou não, e o pagamento somente será efetuado quando a mercadoria for vendida. 23 AULA 7 Demonstração – CFOP 5.912/6.912 Deve-se usar esse código em casos que há transporte de material ou de equipamento até o cliente que receberá a apresentação e a exibição do produto. Esse trânsito precisará ser acompanhado de uma NFe de Demonstração. Depósito fechado – CFOP 5.905/6.905 Nesses casos trata-se da saída da mercadoria para ser guardada. Aqui é importante ter atenção: caracteriza-se depósito fechado o estabelecimento que o contribuinte mantiver, exclusivamente, para armazenagem de suas mercadorias, no qual não sejam efetuadas compras nem vendas. Venda para Entrega Futura Esse caso consiste na venda de mercadoria em que, por opção do vendedor ou do comprador, a efetiva entrega seja efetuada posteriormente. Portanto, a operação ensejará que o fornecedor faça a emissão de duas notas fiscais, sendo: Nota Fiscal de Simples Faturamento – CFOP 5.922/6.922 Nota Fiscal da Efetiva Saída da Mercadoria – CFOP 5.116/5.117 ou 6.116/6.117. AULA 7 Remessa para Industrialização – CFOP 5.901/6901 Essa situação acontece na hipótese de um determinado estabelecimento industrial encomendar uma parte do seu processo produtivo a um outro estabelecimento industrializador. Por exemplo, uma fábrica de máquinas industriais que precisa de uma pintura especial nas carcaças de motores, e não possui essa tecnologia na própria indústria, ela então irá encomendar essa etapa, e enviará a mercadoria acompanhada da nota fiscal de remessa, a qual deverá conter: • O campo Natureza da Operação: “Remessa para industrialização”; • O campo Informações Complementares – “Mercadoria de nossa propriedade que segue para industrialização.” 24 AULA 7 Devolução São diversas as operações que envolvem a condição de retorno à origem, podendo ser inclusive total ou parcial, listaremos as principais operações para emissão da nota fiscal de devolução e seus relativos CFOP´s: • Compra para industrialização – 5.201/6.201 • Compra para comercialização – 5.202/6.202 • Compra para utilização na prestação de serviço 5.210/6.210 • Compra de bens para integrar o ativo imobilizado – 5.553/6.553 • Compra de material de uso ou consumo – 5.556/6.556 • Comodato do bem após o cumprimento do contrato – 5.909/6.909 • Mercadorias ou bens recebidos para demonstração – 5.913/6.913 • Mercadoria recebida em consignação mercantil – 5.918/6.918 AULA 7 Devolução São diversas as operações que envolvem a condição de retorno à origem, podendo ser inclusive total ou parcial, listaremos as principais operações para emissão da nota fiscal de devolução e seus relativos CFOP´s: • Compra para industrialização – 5.201/6.201 • Compra para comercialização – 5.202/6.202 • Compra para utilização na prestação de serviço 5.210/6.210 • Compra de bens para integrar o ativo imobilizado – 5.553/6.553 • Compra de material de uso ou consumo – 5.556/6.556 • Comodato do bem após o cumprimento do contrato – 5.909/6.909 • Mercadorias ou bens recebidos para demonstração – 5.913/6.913 • Mercadoria recebida em consignação mercantil – 5.918/6.918 25 AULA 7 Alguns dos seus principais exemplos são: 1.102 - Compra para comercialização 1.556 - Compra de material para uso ou consumo 2.205 - Anulação de valor relativo à prestação de serviço de comunicação 3.201 - Devolução de venda de produção do estabelecimento 1.904 - Retorno de remessa para venda fora do estabelecimento 3.551 - Compra de bem para o ativo imobilizado 5.915 - Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo 6.109 - Venda de produção do estabelecimento destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio 6.603 - Ressarcimento de ICMS retido por substituição tributária 7.358 - Prestação de serviço de transporte AULA 8 Os CFOP de entrada contidos na tabela são: dígito inicial 1: entrada e/ou aquisições de serviços do estado, para quando quem envia e quem recebe estão no mesmo estado; dígito inicial 2: entrada e/ou aquisições de serviços de outros estados, para quando há diferenças de estados entre quem envia e quem recebe os produtos ou serviços; dígito inicial 3: entrada e/ou aquisições de serviços do exterior, usado quando a empresa contrata serviços ou compra produtos de outros países. CFOP de saída 26 AULA 8 Os CFOP de saída encontrados na tabela são: dígito inicial 5: saídas ou prestações de serviços para o estado — segue a mesma lógica do dígito 1, mas a emitente da nota é quem envia o produto ou presta o serviço para alguém dentro do mesmo estado; dígito inicial 6: saídas ou prestações de serviços para outros estados — numa situação semelhante ao dígito 2, mas novamente quem emite o documento está prestando serviços ou enviando produtos para alguém de outro estado; dígito inicial 7: saídas ou prestações de serviços para o exterior quando a empresa que emite a nota destina seu produto, ou serviço ao exterior. Quando o empresário emite uma nota fiscal, ela pode conter vários CFOP, desde que as operações sejam da mesma natureza. AULA 8 A tabela CFOP é uma informação complementar essencial para a emissão de notas fiscais. Com ela, o empreendedor saberá indicar o código correto para emitir a nota, evitando erros e permitindo a correta contabilização da operação, bem como o recolhimento dos tributos que incidem sobre ela. Além de aprender o que é CFOP, é importante entender a diferença entre esse código e a natureza da operação. Em uma nota fiscal, as duas coisas devem ser incluídas em campos diferentes. O CFOP é um código numérico composto de uma série de categorias que indicam as informações da mercadoria ou serviço objeto da nota. Por sua vez, a natureza da operação é uma descrição única de qual é o processo que motivou a emissão da nota: compra, venda, devolução, etc. 27 AULA 8 Quando da emissão de documentos fiscais, é necessário que se preencha os dois campos CFOP e CSOSN com informações que retratem a operação, mas , deve se ter o cuidado de informar nos campos citados, códigos que sejam compatíveis. Detalhe importante a ser considerado, é que no momento da emissão da NF-e, não é possível utilizar CSOSN quando informado no campo CRT, que a empresa está no enquadramento fiscal NORMAL, nesses casos deve ser informado o campo CST abordado em outro artigo. AULA 8 Seguem alguns exemplos: Operação de revenda de mercadorias nacionais onde o remetente e o destinatário estejam situados na mesma UF – Unidade da Federação, tributadas integralmente pelo ICMS quando o destinatário puder tomar crédito de ICMS, o par CFOP CSOSN deve ser : CFOP 5.102 e CSOSN 101 Caso não haja permissão de crédito de ICMS, como por exemplo revendas para não contribuintes o CSOSN deve ser 102 Operação de revenda de mercadorias nacionais onde o remetente e o destinatário estejam situados em UF – Unidade da Federação diferente, tributadas integralmente pelo ICMS, o par CFOP CST deve ser : CFOP 6.102 e CSOSN 101 Caso não haja permissão de crédito de ICMS, como por exemplo revendas para não contribuintes o CSOSN deve ser 102 28 AULA 8 Operação de revenda de mercadorias com substituição tributária de ICMS na condição de substituído, onde oremetente e o destinatário estejam situados na mesma UF – Unidade da Federação, par CFOP CSOSN deve ser : CFOP 5.405 e CSOSN 500 E assim sucessivamente, a cada operação deve-se averiguar a natureza da operação, origem/destino da mercadoria/produto/serviço em questão, bem como a sua correta tributação pelo ICMS e formar o par CFOP x CSOSN compatível , baseado nas tabelas CFOP e CSOSN e em suas notas explicativas. Não sendo possível por exemplo utilizar um CFOP que indique mercadorias sujeitas a substituição tributária de ICMS 5405 por exemplo, com CSOSN que indique tributação integral pelo ICMS 101. AULA 8 Se você pegou uma nota fiscal em mãos, além do CFOP, com certeza já viu algumas informações diferentes, como “natureza da operação”. Apesar de nomenclaturas distintas, esses conceitos estão relacionados? Mais ou menos — porém, entenda, CFOP e natureza da operação não são sinônimos. Tanto é que você encontra as duas informações na nota fiscal, certo? Logo, se tratam de indicações diferentes. A natureza da operação é uma descrição aproximada do processo por trás da emissão da nota. É uma indicação de venda, compra, devolução etc. Já o código CFOP é uma numeração que indica outras informações sobre a operação de comercialização ou prestação de serviços. Possui extrema importância para a correta tributação da operação. Além disso, uma mesma NF pode conter CFOPs distintos (um para cada produto comercializado, por exemplo). Porém, uma mesma NF não pode conter 2 indicações de natureza da operação. 29 AULA 9 NCM e CEST são códigos presentes em notas fiscais de produtos com substituição tributária. Essa informação ajuda a manter a contabilidade da empresa atualizada, além de livrá-la de possíveis problemas fiscais e tributos desnecessários. A sigla CEST significa Código Especificador da Substituição Tributária. É um código utilizado para classificar mercadorias que são sujeitas a Substituição Tributária do ICMS. O Código tem possui a seguinte estrutura: AULA 9 A Substituição Tributária trata-se de um regime que permite que seja cobrado ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de um único contribuinte, mesmo que esse contribuinte não seja o gerador da venda. Ele geralmente é a indústria criadora do produto ou a importadora, que faz a revenda da mercadoria e busca aplicar a cobrança de tarifa de uma mercadoria, mesmo que o produto cumpra uma grande cadeia de distribuição. Não há a cobrança de cada empresa participante do processo, apenas uma fica com essa responsabilidade. Quem está no fim dessa cadeia produtiva e faz a venda direta ao consumidor não tendo que se preocupar com cálculo de ICMS, porque isso já foi pago anteriormente pela empresa fabricante ou pela importadora. 30 AULA 9 O CEST tem que ser utilizado por todos que fazem parte da circulação dos produtos por meio do código na nota, mas algumas empresas somente arcam com a antecipação do ICMS. Existe uma relação de bens e mercadorias que podem ser submetidos a esse regime de substituição e antecipação com encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes e seus respectivos Códigos. AULA 9 Já NCM é Nomenclatura Comum do Mercosul, é um código utilizado para classificar mercadorias nas transações comerciais internacionais e internas. A NCM é vinculada ao código ST. Cada número desse código é compreendido pela Receita Federal e adequadamente classificado. O código NCM possui a seguinte estrutura: 31 AULA 9 As empresas que realizam vendas interestaduais de produtos que constam na lista de substituição tributária são passíveis de recolhimento dessa modalidade de ICMS. Logo, para dar prosseguimento a esse processo, é importante ter em mente o número do NCM e CEST, com o intuito de preencher a nota fiscal. Cada estado brasileiro tem um regime de substituição tributária diferente. Então, é preciso consultar a legislação local para se adequar a ela. Para isso, basta consultar o site da Secretaria da Fazenda para obter informações. Por fim, mesmo que o produto não exija substituição tributária, é necessário saber o código NCM e CEST, e incluí-lo na nova fiscal. AULA 9 Para que seja possível incluir o código corretamente na nota fiscal, é necessário consultar a tabela CEST do Convênio 146/2015. Nela, estão listados todos os seus produtos com seus códigos de referência, sendo a fonte adequada para fazer a sua busca. Outro passo a ser realizado é a análise do Regulamento do ICMS do estado de destino da mercadoria, para analisar se ela é passível de recolhimento da substituição tributária. Então, basta ter em mãos o NCM da mercadoria que será transferida para fazer a sua busca e obter o código correto. Dessa forma, será possível inseri-lo na sua nota fiscal e não correr o risco de cometer erros na emissão, que resultarão em consequências. 32 AULA 10 Erros comuns na hora da emissão Embora com a prática se torne mais fácil o entendimento desses procedimentos, no começo as empresas podem cometer enganos e erros que depois precisam ser corrigidos e podem gerar até mais custos. O primeiro erro comum é a emissão equivocada de um certificado digital. Existem vários tipos e a empresa precisa ver se precisa do tipo físico, como o A3, plugado no computador quando se aciona o sistema de emissão, ou se pode usar outro tipo, como o A1, totalmente digital (mas em uma máquina). Emitir uma nota para cada cliente também é essencial, e as empresas que não conhecem essa necessidade, para simplificar a rotina, podem lançar uma única nota global de seus serviços, sobre o faturamento. Isso está equivocado e gera retrabalho! Outro erro que pode acontecer é a empresa enviar a DANFE e não a nota para seu cliente. Embora a DANFE resuma as informações da nota e ajude a ter ciência sobre os produtos, ela não tem validade jurídica. Entregue sempre a nota. AULA 10 Nota Fiscal Complementar A Nota Fiscal Complementar é um documento emitido para corrigir valores tributários e deve ser somada à nota original para validar a operação fiscal. Esse é um dos tipos de notas fiscais usado para justificar situações de erro. A legislação autoriza sua aplicação em casos como: • Variações na cotação da moeda para exportações; • Reajustes de preços de produtos ou serviços; • Erros no lançamento de impostos oriundos de cálculos; • Classificações falhas. Você deverá emitir a Nota Fiscal Eletrônica Complementar quando o documento fiscal original registrar uma quantidade ou valor inferior ao da efetiva operação. E ainda, declarar os motivos dessa nova emissão. 33 AULA 10 Nota Fiscal Denegada Após o usuário fazer a assinatura digital do arquivo XML da NFe, precisa enviá-lo para a Sefaz (Secretaria da Fazenda e Planejamento). Quando uma nota fiscal é enviada para a avaliação da Sefaz, é submetida a determinadas regras de validação, podendo ser aprovada, denegada ou rejeitada. Dizer que a nota foi denegada significa que a Sefaz identificou irregularidades do emissor ou do destinatário da NFe e ela não pode ser faturada. Não tem como corrigir uma nota denegada, nem fazer seu cancelamento ou inutilização. O status é definitivo e o número da NFe não pode ser usado para emitir outra nota ou retransmitir a mesma. A Sefaz avisa que a nota foi denegada apenas no final da validação, ou seja, quando a nota fica gravada nos seus registros. Por isso, a numeração não pode mais ser utilizada, cancelada ou inutilizada. Do ponto de vista da contabilidade, a nota precisa ser registrada como denegada e armazenada por 5 anos, prazo estabelecido pela Lei 5.172, Código Tributário Nacional, Art. 173. AULA 10 Nota Fiscal Rejeitada Uma boa forma de fazer isso é rejeitar imediatamente um documento fiscal emitido de forma errônea, com dados inconsistentes, incoerentes ou incompletos. O emissor é avisado automaticamente e tem a oportunidade de corrigir o erro na hora. Como explica o Manual de Orientação do Contribuinte, a validação da NF-e poderá resultar em: Rejeição – a NF-e serádescartada, não sendo armazenada no Banco de Dados, podendo ser corrigida e novamente transmitida; Autorização de uso – a NF-e será armazenada no Banco de Dados; Denegação de uso – a NF-e será armazenada no Banco de Dados com esse status nos casos de irregularidade fiscal do emitente. Uma nota fiscal pode não ser rejeitada sozinha. Segundo o Manual, “a existência de um erro em uma NF-e implica na rejeição de todo o lote” (página 33). Isso acontece porque a validação do Schema XML é realizada em toda mensagem de entrada. 34 AULA 10 Principais fatores que levam a uma nota fiscal rejeitada: Códigos 207 e 208: CNPJ inválido; Código 213: Inconsistência com Certificado Digital; Código 220: Fim do prazo de cancelamento; Códigos 229 a 234: Problemas com a IE (Inscrição Estadual); Código 327: CFOP inválido para devolução de mercadoria; Código 539: Duplicidade; Códigos 602 e 603: Discrepância com PIS e Cofins. AULA 10 Nota Fiscal de Exportação A Nota Fiscal de Exportação é o documento que oficializa perante a Secretaria da Fazenda a saída das mercadorias para fins de exportação, dando base para fazer todo o registro de escrituração fiscal e contábil da empresa. Antes de iniciar o preenchimento dos campos da Nota Fiscal de Exportação, é necessário fazer o Cadastro da Invoice, que contém informações da moeda em operação, dos produtos, quantidade, valor e etc. Este documento valida a mercadoria para o comprador no exterior, possibilitando o registro no país de origem. Ou seja, a Nota Fiscal de Exportação é a documentação para o território nacional, comprovando para o Governo do Brasil sobre a transição da mercadoria. 35 AULA 10 Nota Fiscal de Remessa A Nota Fiscal de Remessa é o documento emitido quando há circulação de mercadorias sem o objetivo de venda, garantindo a não incidência de impostos. Na indústria de maneira geral, alguma hora o produto precisa circular para fora da fábrica ou da loja, ainda que não tenha sido vendido de fato. É quando, por exemplo, se envia uma mercadoria para a loja onde será vendido. Nesse transporte, é necessário que a nota fiscal de remessa esteja emitida e de posse da transportadora. Existem também outros momentos em que a nota fiscal de remessa precisa ser emitida. É basicamente quando não há operações comerciais envolvidas, os mais comuns são: • brindes; • doações; • produtos em conserto ou manutenção; • amostras grátis; • consignações; • produtos para testes; • mercadorias para exposições e feiras; • transferências de unidade. P R O F . J O Y C E L I M A J O Y C E L I M A R S J O Y C E L I M A S O A R E S @ O U T LO O K . C O M OBRIGADA!
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