Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AP1 – Álgebra Linear II – 2016/2 Gabarito Questão 1 (1,2 pontos): Seja A = [ 8 5 −5 −2 ] . a) [0,8 pt] Determine os autovalores, uma base de seus autoespaços e as suas multiplicidades algébrica e geométrica. b) [0,4 pt] A é diagonalizável? Justifique sua resposta. Solução: a) O polinômio caracteŕıstico de A é p(λ) = det(λI2 −A) = det [ λ− 8 −5 5 λ+ 2 ] = (λ− 8)(λ+ 2)− (−25) · = λ2 − 6λ+ 9 = (λ− 3)2. Como a única raiz do polinômio caracteŕıstico é 3, A tem um único autovalor λ = 3 com mul- tiplicidade algébrica 2. Cálculo do autoespaço E(λ = 3) 3I2 − A = [ −5 −5 5 5 ] L1←− 1 5 L1∼1 [ 1 1 5 5 ] L2←L2−5L1∼2 [ 1 1 0 0 ] , Logo, x+ y = 0 e E(λ = 3) = {(x, y) ∈ R2 ; x+ y = 0} = {(−y, y) ; y ∈ R} = [(−1, 1)]. Logo, {(−1, 1)} é uma base de E(λ = 3) e a multiplicidade geométrica do autovalor λ = 3 é 1, menor do que a sua multiplicidade algébrica. b) A não é diagonalizável, pois não é posśıvel construir uma base do R2 formada por autovetores de A, equivalentemente, a multiplicidade geométrica do único autovalor λ = 3 é menor do que sua multiplicidade algébrica. Questão 2 (0,8 ponto): Seja L : R3 −→ R3 um operador linear tal que o plano Π de equação 2x−5y+8z = 0 é o autoespaço associado ao autovalor −2. Sabendo que o autoespaço associado ao autovalor 5 é ortogonal ao plano Π, determine L ( (1, 2, 1) + (2,−5, 8) ) . Solução: Como o vetor v1 = (1, 2, 1) ∈ Π, temos que v1 = (1, 2, 1) pertence ao autoespaço associado ao autovalor −2 e como o vetor v2 = (2,−5, 8) é ortogonal ao plano Π, temos que v2 = (2,−5, 8) pertence ao autoespaço associado ao autovalor 5. Logo, L(v1 + v2) = L(v1) + L(v2) = (−2)v1 + 5v2 = (−2)(1, 2, 1) + 5(2,−5, 8) = (8,−29, 38). 1 Questão 3 (1,0 ponto): Consideremos o operador linear R : R2 −→ R2 dado pela rotação no sentido anti-horário de π 3 . Determine a matriz que representa R na base canônica do R2 e calcule R (8, 2). Solução: A matriz [R] que representa R, a rotação no sentido anti-horário de π 3 , é [R] = [ cos π 3 − sen π 3 sen π 3 cos π 3 ] = [ 1 2 − √ 3 2√ 3 2 1 2 ] . Segue que [R] [ 8 2 ] = [ 1 2 − √ 3 2√ 3 2 1 2 ] [ 8 2 ] = [ 4− √ 3 4 √ 3 + 1 ] , logo R (8, 2) = (4− √ 3, 4 √ 3 + 1). Questão 4 (2,0 pontos): Consideremos o operador linear T : R3 −→ R3 cujo polinômio caracteŕıstico é p(λ) = (λ+ 11)(λ− 8)2 com autoespaços E(λ1 = −11) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 3y + 4z = 0 e − 6x+ 19y − 17z = 0} e E(λ2 = 8) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 17y + 13z = 0 e − 4x+ 68y − 52z = 0}. a) [1,6 pts] Determine as multiplicidades algébrica e geométrica dos autovalores de T e bases para seus autoespaços. b) [0,4 pt] T é diagonalizável? Justifique a sua resposta. Solução: a) Pelo polinômio caracteŕıstico de T , a multiplicidade algébrica de λ1 = −11 é 1 e a multipli- cidade algébrica de λ2 = 8 é 2. Para determinar as multiplicidades geométricas dos autovalores, devemos determinar as di- mensões dos seus autoespaços. – Base de E(λ1 = −11): Devemos resolver o sistema linear { x− 3y + 4z = 0 −6x+ 19y − 17z = 0. Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos: [ 1 −3 4 −6 19 −17 ] L2←L2+6L1∼ [ 1 −3 4 0 1 7 ] L1←L1+3L2∼ [ 1 0 25 0 1 7 ] . Logo, x+ 25z = 0 e y + 7z = 0. E(λ1 = −11) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 3y + 4z = 0 e − 6x+ 19z − 17z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 25z = 0 e y + 7z = 0} = {(−25z,−7z, z) ; z ∈ R} = {z (−25,−7, 1) ; z ∈ R} . Logo, {(−25,−7, 1)} é uma base de E(λ1 = −11) e a multiplicidade geométrica de λ1 = −11 é 1. 2 – Base de E(λ2 = 8): Devemos resolver o sistema linear { x− 17y + 13z = 0 −4x+ 68y − 52z = 0. Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos: [ 1 −17 13 −4 68 −52 ] L2←L2+4L1∼ [ 1 −17 13 0 0 0 ] . Logo, x− 17y + 13z = 0. E(λ2 = 8) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 17y + 13z = 0 e − 4x+ 68y − 52z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 17y + 13z = 0} = {(17y − 13z, y, z) ; y, z ∈ R} = {(17y, y, 0) + (−13z, 0, z) ; y, z ∈ R} = {y(17, 1, 0) + z(−13, 0, 1) ; y, z ∈ R}. Logo, {(17, 1, 0) , (−13, 0, 1)} é uma base de E(λ2 = 8) e a multiplicidade geométrica de λ2 = 8 é 2. b) T é diagonalizável, pois β = β1 ∪ β2 = {(−25,−7, 1), (17, 1, 0), (−13, 0, 1)} é uma base do R 3 formada por autovetores de A ou a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores é 1 + 2 = 3 = dim R3 Questão 5 (3,0 pontos): Seja A = 2 4 5 0 −3 0 5 4 2 . a) [2,4 pts] Determine os autovalores de A e bases para seus autoespaços. b) [0,6 pt] A é diagonalizável? Justifique a sua resposta. Solução: a) O polinômio caracteŕıstico de A é: p(λ) = det(λI3 −A) = det λ− 2 −4 −5 0 λ+ 3 0 −5 −4 λ− 2 (desenvolvendo pela 2a linha) = (λ+ 3) det [ λ− 2 −5 −5 λ− 2 ] = (λ+ 3) ( (λ− 2)(λ− 2)− 25 ) = (λ+ 3)(λ2 − 4λ− 21) = (λ+ 3)(λ+ 3)(λ− 7). Os autovalores de A são λ1 = −3 e λ2 = 7. Para determinar os autoespaços E(λ1) e E(λ2) devemos resolver os sistemas lineares ho- mogêneos associados, respectivamente, às matrizes (−3)I3 −A e 7I3 − A. Reduzindo por linhas à forma escalonada a matriz (−3)I3 −A, obtemos: 3 (−3)I3 − A = −5 −4 −5 0 0 0 −5 −4 −5 L1 ← − 1 5 L1 L2 ↔ L3∼ 1 4 5 1 −5 −4 −5 0 0 0 L2←L2+5L1∼ 1 4 5 1 0 0 0 0 0 0 . O sistema ((−3)I3 −A) x y z = 0 0 0 é equivalente a 1 4 5 1 0 0 0 0 0 0 x y z = 0 0 0 , portanto tem as mesmas soluções. Assim, x+ 4 5 y + z = 0. Logo, E(λ1 = −3) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 45y + z = 0} = {(−4 5 y − z, y, z) ; y, z ∈ R}. = {(−4 5 y, y, 0) + (−z, 0, z) ; y, z ∈ R} = {(−4 5 , 1, 0)y + (−1, 0, 1)z ; y, z ∈ R}. Logo, β1 = {(−4, 5, 0), (−1, 0, 1)} é uma base de E(λ1 = −3). Reduzindo por linhas à forma escalonada a matriz 7I3 − A, obtemos: 7I3 − A = 5 −4 −5 0 10 0 −5 −4 5 L2 ← 1 10 L2 L3 ← L3 + L1∼ 5 −4 −5 0 1 0 0 −8 0 L1 ← L1 + 4L2 L3 ← L3 + 8L2∼ 5 0 −5 0 1 0 0 0 0 L1← 1 5 L1∼ 1 0 −1 0 1 0 0 0 0 . O sistema (7I3 − A) x y z = 0 0 0 é equivalente a 1 0 −1 0 1 0 0 0 0 x y z = 0 0 0 , portanto tem as mesmas soluções. Assim, x− z = 0 e y = 0. Logo, E(λ2 = 7) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− z = 0 e y = 0} = {(z, 0, z) ; z ∈ R} = {(1, 0, 1)z ; z ∈ R}. Logo, β2 = {(1, 0, 1)} é uma base de E(λ2 = 7). b) A é diagonalizável, pois β = β1 ∪ β2 = {(−4, 5, 0), (−1, 0, 1), (1, 0, 1)} é uma base do R3 formada por autovetores de A ou a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores é 2 + 1 = 3 = dimR3 ou multiplicidade algébrica = multiplicidade geométrica, para cada um dos autovalores. Questão 6 (2,0 pontos): Seja T : R2 −→ R2 a reflexão com respeito à reta gerada por ( √ 10,−3). Dê exemplo de uma base do R2 formada por autovalores de T , indicando os auto- valores e determine a matriz de T na base canônica do R2. Solução: Seja T a reflexão com respeito à reta gerada pelo vetor ( √ 10,−3). Como 4 u = ( √ 10,−3) gera a reta, temos que T (u) = u. v = (3, √ 10) é ortogonal a u, então v é perpendicular à reta e T (v) = −v. Assim, β = {v1 = u = ( √ 10,−3) ︸ ︷︷ ︸ λ1=1 , v2 = v = (3, √ 10) ︸ ︷︷ ︸ λ2=−1 } é uma base do R2 formada por autovetores da reflexão. P = [ v1 v2 ] = [ √ 10 3 −3 √ 10 ] é a matriz de mudança de base, da base β para a base canônica, P diagonaliza T e a correspondente matriz diagonal é D = [ λ1 0 0 λ2 ] = [ 1 0 0 −1 ] . Temos que P−1 = 1 19 [ √ 10 −3 3 √ 10 ] = [ √ 10 19 − 3 19 3 19 √ 10 19 ] . Logo, a matriz da reflexão na base canônica é A = PDP−1 = [ √ 10 3 −3 √ 10 ] [ 1 0 0 −1 ][ √ 10 19 − 3 19 3 19 √ 10 19 ] = [ √ 10 3 −3 √ 10 ] [ √ 10 19 − 3 19 − 3 19 − √ 10 19 ] = [ 1 19 −6 √ 10 19 −6 √ 10 19 − 1 19 ]. 5
Compartilhar