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DESLOCAMENTO DE ABOMASO

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Deslocamento De Abomaso 
Saída da sua posição fisiológica 
 
❖ Anatomia e fisiologia 
• Abomaso: antímero direito 
• 7º a 11º EIC , na porção ventro-lateral 
• Formato: alongado 
• Função: digestão química 
• pH: 3 
 
❖ Condição básica 
• Precisa estar com acúmulo de gás para se deslocar e se deslocar e estar hipomotilico ou com 
atonia, por isso ocorre geralmente após o parto. 
• Ligamento da curvatura maior é mais amplo e possibilita o deslocamento 
 
❖ Classificação 
• Deslocamento abomasal à esquerda (DAE): mais comum 
• Deslocamento abomasal à direita (DAD) 
 
❖ Ocorrência 
• Fêmeas de alta produção ( aumento da ingestão de concentrado) 
• Novilhas 
• Bezerros 
• Machos 
• Pós - resolução de timpanismo 
 
❖ Por que ocorre após o parto? 
• Com a progressão da gestação o útero passa a ocupar maior espaço na cavidade abdominal 
• Pressão dos órgãos: o rúmen tenho reduzido em até 30% no final da gestação 
• O abomaso é forçado em direção cranial e ligeiramente para a esquerda 
• Após o parto o útero retrai em direção ao conduto pélvico 
• Em condições normais permite que o abomaso volte a sua posição anatômica 
• Quando cheio de gás, não volta ao local e pode sofres deslocamento 
 
❖ Fatores 
• Multifatorial, mas é necessária a condição básica: hipomotilidade ou atonia 
▪ Isso pode ocorrer pelo acúmulo de gás que causa uma compressão dos mediadores de pressão, 
devido a ingestão de grãos, para aumentar a produção leiteira, sem haver uma adaptação 
prévia. 
• Espaço para deslocamento 
• Pós resolução de timpanismo 
• Pós parto 
 
❖ Sinais clínicos 
• Inapetência ou apetite caprichoso (verde e feno) 
• Hipogalactia 
• Apatia 
• Desidratação (graus variados) 
• Assimetria do flanco 
• Hipomotilidade intestinal 
• Presença de um balão arredondado (retalização) 
 
Vísceras que podem cursar co distenção do 
abdome direito: intestino (fica dorso ventral) e 
abomaso (ventral) 
Intestino: 
Abomaso 
Quando cheio e deslocado a esquerda 
vemos um volume após a 13º EIC esquerdo 
Dupla auscultação: o rúmen é deslocado 
caudalmente por causa do abomaso cheio 
de gás e deslocado 
Abafamento de pulmão no lado esquerdo. 
 
 
• Diminuição do volume de fezes 
▪ Liquefeitas, escassas, bem cominuitadas, odor fétido, aspecto brilhante e enegrecidas 
• Depressão severa 
• Cólica 
• Torsão 
 
❖ Diagnóstico 
• Anamnese 
• Exame físico 
▪ Ausculta + percussão/balotamento) 
▪ Ausculta com sucussão lado direito 
▪ Ausculta dupla do rúmen 
o Linha do olecrano a tuberosidade íliaca 
▪ Palpação retal (DAE) 
 
❖ Exames laboratoriais 
• Hemograma (DAE simples): sem alterações 
• Pesquisa de corpos cetônicos (urina, leite, sangue): DAE e DAD 
• Bioquímica (hipocloremia, hipocalcemia, hipoglicemia) DAE e DAD 
• Peritonioscopia 
• Ultrassonografia 
 
❖ Tratamento 
• Avaliar se deve tratar ou não 
• Objetivo: 
1. Retorno do órgão a sua posição funcional 
2. Estabilizar órgão em sua posição original 
3. Permitir o manejo de patologia abdominal concomitante 
4. Minimizar o risco adicional do paciente 
5. Ser economicamente viável para o proprietário 
 
 Clínico 
▪ Aconselhado em casos de DAE e DAD leves em que o paciente não apresenta distúrbios sistêmicos 
graves. 
▪ Restaurar a motilidade suficiente para expulsar o gás e retorno espontâneo do órgão para sua 
posição anatômica 
▪ DAE: 55% dos casos retorna a produção 
▪ Medicamentos 
• Betanecol ( 0,07 mg/kg/SC, 3x dia durante 2 dias) 
• Betanecol + metoclopramida (mesma dose) + 0,1 mg/kg/IM ou SC 3x dia durante 2 dias) 
• Betanecol + eritromicina (mesma dose) + 10mg/kg/IM 2x dia durante 2 dias 
• Hioscina + dipirona (80 mg/kg/IV) 
• Neostigmina 
▪ Restaurar equilíbrio hídrico-eletrolítico 
▪ Tratar doenças concomitantes 
▪ Rolamento apenas se for DAE 
▪ DAD risco de torsão 
 
 Contra indicado: 
• DAD 
• Depressão respiratória 
• Gestantes 
▪ Vários casos sem sucesso 
▪ Recidiva alta 
 
 Cirúrgico 
▪ Devolver o órgão a posição original ou próximo e fazer ligação permanente 
 
• Fechadas (pouco invasivas) 
▪ Rolamento com suturas as cegas 
▪ Técnica de toglle pin 
▪ Técnica com auxilio de laparoscópico 
 
• Abertas (invasivas) – convencionais 
▪ Abomasopexia paramediana ventral direita 
▪ Abmomasopexia pelo flanco esquerdo 
▪ Omentopexia 
▪ Piloropexia pelo flanco direito 
▪ Piloroomentopexia pelo flanco direito 
 
 
❖ Abomasopexia paramediana ventral direita 
▪ Utilizada para DAE, DAD, VA 
▪ Excelente fixação do órgão/parede abdominal ventral 
 
A dilatação a direita quando acompanhada de torção necessita de pronta atuação para repor o abdome 
na sua posição anatômica original 
 
❖ Prevenção e controle 
▪ Adaptação do animal a dieta de vacas em lactação (rica em concentrado) 
▪ Manter a quantidade adequada de volumoso (fibra efetiva) no final da gestação 
▪ Evitar BEM (balanço energético negativo) 
▪ Tratar imediatamente doenças intercorrentes (acidose, hipocalcemia) que venha a predispor o 
deslocamento.

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