Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMA IMUNE E VACINAÇÃO EM AVES 1 Doenças de aves @gabimed.vet Os tecidos linfóides possuem a função de reagir contra antígenos externosAnticorpos Mecanismos inespecíficos de defesa: o Enzimas bactericidas o Fagocitose o Interferon Os mecanismos de imunidade adquirida estão relacionados com a Bursa de Fabricius e o Timo. Originam células do sistema imune dispersas pelo organismo. Tecidos linfóides primários: Bursa de Fabricius e timo Formadores de linfócitos Tecidos linfóides secundários: Tecido linfoide difuso. Baço. Trato digestivo. o Tonsilas cecais + Placas de Peyer no intestino. As células básicas da reação imune tecidual são: o Macrófagos. o Neutrófilos. o Eosinófilos. o Linfócitos. TIMO É um órgão linfóide primário, composto por lobos irregulares, separados em cadeia vertical. Está posicionado na região do pescoço ao longo da veia jugular. Nas galinhas, o timo se desenvolve desde o embrião até a idade de 13 a 19 semanas, onde começa a sofrer involução. BURSA DE FABRICIUS É um órgão linfóide primário e possui formato de divertículo. O seu desenvolvimento vai até o 5o mês de idade e pode medir até 3 cm de comprimento. Apresenta epitélio revestido por 12 a 14 pregas, repletas de tecido conjuntivo e folículos linfóides. BAÇO Apresenta formato variado: o Redondo em galinhas e psitacídeos. Longo em passeriformes. Localiza-se abaixo da moela e do pró-ventrículo. O baço parece não ter função de reservatório de sangue (hemácias) em aves. As células realizam fagocitose e levam o antígeno para a corrente sanguínea. IMUNIDADE A imunidade das aves inicia-se na vida embrionária. Próximo ao nascimento, as células maduras migram para os centros linfóides periféricos. Susceptibilidade do ovo aos agentes patogênicos. Aumenta entre o 10º e 15º dia. A membrana extra-embrionária entra em contato com a membrana da casca. Sequência de eventos que geram maturidade imunológica para o embrião e para a ave nascida: Desenvolvimento de granulócitos no baço, gema e medula (3-4 dias). Produção de interferon (6 dias). 2 @gabimed.vet Células precursoras linfóides migram do saco da gema para Bursa de Fabricius e Timo (7 dias). o Início da maturação de leucócitos na Bursa de Fabricius, Timo e Placas de Peyer (10 dias). Circulação de monócitos e linfócitos no baço (12 dias). Produção de IgM e IgG na Bursa de Fabricius (17 dias). Maturação e elevação do número de linfócitos (19 dias). Para a manutenção do organismo, as aves possuem níveis de defesa, assim distribuídos: SISTEMA DIGESTIVO: Microbiota normal permanente. pH gástrico bactericida e viricida. Macrófagos locais. SISTEMA GENITAL E UR INÁRIO: Ação pela lavagem da urina. pH ácido. Macrófagos fagocitários. SISTEMA RESPIRATÓ RIO : Mucosa com células caliciformes. Epitélio ciliado. Macrófagos alveolares. IMUNOGLOBULINAS: IgGProvenientes do soro e podem estar nas secreções. IgMVida curta. IgEImunidade contra helmintos e alergias. IgAEspecíficas para proteção superficial. As aves imunodeficientes apresentam processos infecciosos, podendo estar relacionados com a atividade humoral ou celular: Imunidade humoralLinfócitos B Combate agentes extracelulares Imunidade CelularLinfócitos TCombate agentes intracelulares CORRELAÇÕES E NTRE OS AGENTES E O ESTADO DE DEFICIÊNCIA: Primária: o Bactérias extracelulares. o Bactérias, fungos e vírus intracelulares. Secundária: o Desnutrição proteica e calórica com comprometimento dos linfócitos T. o Atrofia de órgãos linfóides, principalmente o Timo. o Carências vitamínicas e minerais. VACINAS E VACINAÇÕES EM AVES Vacinas são produtos biológicos, imunogênicos, inócuos e específicos, vivos e/ou inativados, elaborados a partir de unidades ou subunidades antigênicas de cepas vacinais cultivadas em substratos especiais, e utilizadas para prevenir doenças nos animais alvos. As vacinas são compostas pelo produto liofilizado e seu respectivo diluente. Os diluentes devem ser estáveis e capazes de manter viáveis a integridade dos antígenos vacinais. CONTROLE DE QUALIDADE PARA PRODUÇÃO DE VACINAS: Teste de esterilidade/pureza para bactérias e fungos (exceto o agente). Titulo por dose de vacina ou unidades formadoras de colônias (UFC) por dose. Identidade comprovada de cada agente (bactéria ou vírus). Inocuidade, onde as vacinas são testadas em aves SPF. Total inativação dos antígenos que são direcionados para a produção de vacinas inativadas. Eficácia da vacina, testada em aves SPF. Testes físico-químicos, como pH, tempo de reconstituição, viscosidade e estabilidade. Vacinas vivas 3 @gabimed.vet Os agentes das vacinas vivas funcionam infectando as aves. A multiplicação do agente da vacina é limitada e o aparecimento da imunidade é rápida. Os agentes podem ser atenuados ou totalmente patogênicos. As vacinas vivas podem ser mono ou polivalentes. Geralmente, as vacinas vivas induzem proteção de base celular, embora estimulem também a resposta humoral Anticorpos Para a produção de vacinas vivas exige-se o uso de substratos livres de patógenos específicos. Vacina com agente vivo é mais rápida que vacina com agente morto. Vacina viva contra Doença de Newcastle Vacina viva contra a Bronquite Infecciosa das Galinhas Vacina viva contra a Doença de Gumboro Vacina viva contra a Doença de Marek Vacina viva contra a Bouba Aviária (Varíola) Vacina viva contra a Encefalomielite Aviária Vacina viva contra a Artrite Viral Vacina viva contra o Tifo Aviário Vacina viva contra Infecções por Mycoplasma gallisepticum Vacinas vivas Virais Combinadas VACINAS INATIVADAS As vacinas são compostas por agentes inativados ou mortos. São inativados das seguintes formas: Técnicas físicas Calor, ultravioleta, radiação ionizante, etc. Agentes químicos Formaldeído, fenol, etc. Na maioria das vacinas inativadas são adicionadas substâncias adjuvantes de imunidade, como emulsões oleosas e hidróxido de alumínio. As vacinas inativadas produzem imunidade humoral e indução na produção de anticorpos. Podem ser mono ou polivalentes. Vacina inativada contra Doença de Newcastle Vacina inativada contra a Bronquite Infecciosa das Galinhas Vacina inativada contra a Síndrome da Queda de Postura Vacina inativada contra a Síndrome da Cabeça Inchada Vacina inativada contra a Coriza Infecciosa das Galinhas Vacina inativada contra Infecções por Salmonella enteritidis Vacina inativada contra Cólera Aviária (Pasteurella multocida) Vacina inativada contra Colibacilose Aviária Vacinas inativadas Polivalentes ou Combinadas VACINAS AUTÓGENAS São vacinas monovalentes ou polivalentes, inativadas, imunogênicas, produzidas a partir de microrganismos isolados e identificados de animais em determinada propriedade. São utilizadas para controle ou prevenção de enfermidades na espécie alvo, especificamente na propriedade alvo ou adjacências. VANTAGENS: Menor custo. Especificidade. Insucesso com antibióticoterapia. Doenças sem tratamento convencional. DESVANT AGENS: Controle de qualidade menos rigoroso. Mão-de-obra especializada. Necessidade da doença (coleta da amostra) Poucos laboratórios. ADMINISTRAÇÃO DE VACINAS Podem ser aplicadas individualmente ou coletivamente. Individualmente, ave a ave, podem ser realizadas: Via ocular. Via oral. Via nasal. Via injetável SC na região do pescoço. Via injetável IM no peito ou coxa. Coletivamente, podem ser realizadas: Via água de beber. Via pulverização com gota grossa ou fina (spray). Via in ovo, na transferência do ovoda incubação para eclosão. 4 @gabimed.vet PROGRAMA DE VACINAÇÃO A vacina contra a Doença de Marek é obrigatória. O programa de vacinação deve ser específico para os plantéis a que se destina. A imunidade mediada por anticorpos maternos permanece ativa nos pintos por até 4 semanas. O sucesso de um programa de vacinação depende de fatores que interferem diretamente no desenvolvimento da imunidade das aves. SITUAÇÕES QUE PODEM INTERFE RIR NO PROGRAMA DE VACINAÇÃO: Programa de vacinações inadequadas. Manipulação incorreta da vacina. Vacinas com validade vencida. Administração de doses erradas. Excessivo estresse das aves. Vacinação de aves debilitadas. Manejo inadequado. Mau estado nutricional das aves.
Compartilhar