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Nayara Miranda Fichamento DSM-5 “Transtornos Alimentares” Transtorno Alimentar Critérios Diagnósticos Subtipos Características Outros PICA Ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, durante no mínimo 1 mês. Ingestão de 1 ou mais substancias não nutritivas como sabão, fios, terra, etc. Se manifesta em adultos, crianças e é mais comum em gestantes. Transtorno de Ruminação Regurgitação repetida do alimento, durante no mínimo 1 mês. Regurgitação pode ser mastigada, engolida ou cuspida. Não há sinais de náuseas, vômitos ou algum tipo de repugnância. Aumenta casos de desnutrição em recém-nascidos. Inicia-se entre 3 e 12 meses e pode afetar o desenvolvimento social em adolescentes e adultos. T.A Restritivo/ Evitativo Perturbação alimentar, falta de interesse e apetite pela comida. “Esquiva ou restrição da ingesta alimentar” Sensibilidade a aparência, cor, odor, textura, temperatura ou paladar; Desinteresse pela alimentação; Fobia alimentar focada na experiência traumática. Perda de peso, deficiência nutricional, necessidade de suplementação, atrasos de desenvolvimento, irritabilidade, etc. Mais comum em pessoas portadoras do Autismo, crianças, lactentes e chegada a primeira infância (acomete homens e mulheres). Anorexia Nervosa Restrição da ingesta calórica, medo do ganho de peso, perturbação sobre o peso e forma corporal. Comportamento repetido por 3 meses direto. A.N. restritiva: perda de peso ocorrida por dietas, jejuns e exercícios excessivos. Não envolve purgações e compulsões, por 3 meses. A.N. Purgativa: nos últimos 3 meses há a presença de compulsões e purgações (Não há hiperfagia, mas sim um comer aumentado na visão do paciente). Restrição persistente da ingesta calórica. Distorção da imagem corporal. Comprometimento nutricional. Características obsessivas- compulsivas podem estar presentes e relacionadas ou não com a alimentação. Anemia, leucopenia, aumento dos níveis de ureia, diminuição dos hormônios femininos, etc. Jovens do sexo feminino. Raramente se inicia antes da puberdade ou depois dos 40 anos. Podem colecionar receitas e estar em contato sempre com a comida, gostam de alimentar os outros. O T.A. pode ser recuperado 100%, ser flutuante ou crônico. Risco aumentado de suicídio. Isolamento social, etc. Bulimia Nervosa Episódios recorrentes de compulsão alimentar em um período de tempo Ingestão de alimentos definitivamente maior do que o usual do paciente Pacientes dentro da faixa normal de peso e estão entre a adolescência e a fase adulta. Mais determinado, com a sensação de falta de controle e comportamentos compensatórios após os acontecimentos. em um curto período de tempo, seguido por purgações para impedir o aumento do peso. Há autoavaliação por conta da forma e peso corporal (coisa que não ocorre na A.N.) comum em mulheres. Há alterações hormonais e até mesmo amenorreia. Lacerações esofágicas, arritmias cardíacas, etc. Risco aumentado de suicídio. Transtorno de Compulsão Alimentar Episódios recorrentes de compulsão alimentar, caracterizado por Ingestão de alimentos definitivamente maior do que o usual do paciente em um curto período de tempo (<2 horas) com sensação de falta de controle. Comer muito rápido, até se sentir desconfortavelmen te cheio, comer grandes quantidades mesmo sem sentir fome, comer sozinho por vergonha e se sentir culpado logo após os episódios. Ocorrem de 1 a 2x na semana. NÃO HÁ EPISÓDIOS DE COMPENSAÇÃO E NÃO OCORRE DURANTE A B.N. e A.N. Acomete indivíduos com peso normal, sobrepeso ou obesos, sendo eles homens ou mulheres com idade superior a 18 anos, porém pode acometer adolescentes (maioria universitários). Outro T.A Especificado Apresenta sintomas característicos de um T.A, causando sofrimento e prejuízo ao paciente, mas não se enquadra em qualquer transtorno alimentar. Anorexia nervosa atípica (peso do paciente está dentro do normal) Bulimia nervosa de baixa frequência ou duração limitada (compulsões ocorrem menos de 1x na semana Transtorno de purgação (purgações para diminuir o peso sem compulsões junto). Síndrome do comer noturno (consumo excessivo de alimentos após a última refeição do dia). O médico clínico nesse aspecto sabe que há um T.A. ali, ele comunica a razão pela qual não é específico o diagnóstico. T.A Não Especificado Apresenta sintomas característicos de um T.A, causando sofrimento e prejuízo ao paciente, mas não satisfaz todos os critérios para Ocorre quando não há informações suficientes para um diagnóstico completo. especificar qual T.A. é aquele. REFERÊNCIA Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, DSM-5 / [American Psychiatric Association ; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento... et al.] ; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli ...[et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre :Artmed, 2014.