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Nefrologia e Urologia de Cães e Gatos Prof. PhD: Viviane Gomes Portella @vportella FISIOLOGIA DA MICÇÃO 2 A bexiga funciona como reservatório para armazenamento e eliminação periódica da urina. Para que essas funções ocorram adequadamente, é necessário que a musculatura lisa vesical (detrusor) relaxe e haja aumento coordenado do tônus esfincteriano uretral durante a fase de enchimento da bexiga – e o oposto durante a micção. A coordenação das atividades da bexiga e do esfíncter uretral envolve complexa interação entre os sistemas nervosos central e periférico e os fatores regulatórios locais, e é mediada por vários neurotransmissores. • • FISIOLOGIA DA MICÇÃO 3 FISIOLOGIA DA MICÇÃO 4 FISIOLOGIA DA MICÇÃO – ANATOMIA DA BEXIGA 5 FISIOLOGIA DA MICÇÃO – ANATOMIA DA BEXIGA Lâmina própria é uma camada bem desenvolvida, ricamente vascularizada, formada basicamente de tecido conectivo com abundância de fibras elásticas. A camada muscular - músculo detrusor - é constituída por fibras musculares lisas que formam feixes sem orientação definida, ramificam-se e reúnem-se livremente, proximal durante a micção. O detrusor pode ser dividido em duas porções com base nas diferenças regionais de sua inervação simpática: 1) a porção localizada acima dos orifícios ureterais, denominada corpo vesical, que compreende sua maior parte e 2) a base, que incorpora o trígono e o colo vesical. A bexiga é um órgão muscular oco, revestido internamente por epitélio transicional - urotélio. Externamente ao urotélio encontram-se a lâmina própria e as camadas muscular lisa e adventícia. 6 FISIOLOGIA DA MICÇÃO – ANATOMIA DA BEXIGA 7 FISIOLOGIA DA MICÇÃO – INERVAÇÃO DA BEXIGA O funcionamento da bexiga é coordenado em diferentes níveis do sistema nervoso central (SNC) - medula, ponte e centros superiores - por meio de influências neurológicas excitatórias e inibitórias que se dirigem aos órgãos do trato urinário inferior (TUI – bexiga, aparelho esfincteriano e uretra) e da aferência sensitiva desses órgãos. Perifericamente, o TUI é inervado por três tipos de fibras: parassimpáticas, simpáticas e somáticas. 8 FISIOLOGIA DA MICÇÃO • Ciclo miccional: Cordenação bexiga – esfíncter uretral – assoalho pélvico • Centro regulador: lobo frontal • • 9 CICLO MICCIONAL Viktrup L, et al. Prim Care Update Ob/Gyns 2003;10:261-4 FISIOLOGIA DA MICÇÃO – CICLO MICCIONAL Encher e esvaziar a bexiga sob baixas pressões!! Como atua o Sistema Nervoso Periférico • Fase de enchimento: Simpático - Noradrenalina • Fase de esvaziamento: Parassimpático - Acetilcolina • SNS - N. pudendo --> atua durante as duas fases INERVAÇÃO • Inervação: • N. Hipogástrico(simpático- noradrenalina) excita colo bexiga e uretra(esfíncter interno) e relaxa Corpo vesical • N. Pélvico (parassimpático- acetilcolina) excita detrusor e relaxa uretra • SNS: N. Pudendo contrai/relaxa esfíncter externo da uretra e musc diafragma pélvico • Região sacral(S2-S4): N. Pélvico • Região lombar(T11-L2): N. Hipogástrico • Região suprasacral – infrapontina: N. Pudendo FARMACOLOGIA Mecanismos Muscarínicos: • Receptores muscarínicos(colinérgicos): contração da bexiga (M3) • Anderson KE. Pharmacol Rev 2004; 56:581-631 Farmacologia • Mecanismos Adrenérgicos: • Receptores β2 e β3 (adrenérgicos): relaxa musc. Lisa bexiga • Receptores alfa-adrenérgicos (α 1 e α 2 ): mais proeminentes na uretra • Subtipos: (α 1Aα 1B α 1D ) • 15 INERVAÇÃO DO TRATO URINÁRIO INCONTINÊNCIA URINÁRIA Perda involuntária de urina. Incontinência urinária de esforço Incontinência urinária de urgência Incotinência urinária mista Bibliografia CUNNINGHAM, I.G. Tratado de fisiologia veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000. REECE, W.O. DUKES- Fisiologia dos animais domésticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 12aed. 2006. EATON, D.G; POOLER, J. P. Fisiologia renal de vander. 6.ED. ARTMED. 2006.
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