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CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA IMUNOLOGIA CLÍNICA Tolerância e autoimunidade Imunologia dos tumores Dra. Larisse S. Dalla Líbera Anápolis, 2022 1 CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA IMUNOLOGIA CLÍNICA Tolerância e autoimunidade Imunologia dos tumores OBJETIVOS: • 1 Conceituar tolerância e • 2. Conceituar autoimunidade • 3. Diferenciar os tipos de tolerância • 2 TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA Tolerância é um estado imunológico caracterizado por resposta efetora reduzida ou ausente, após um contato prévio com o antígeno. É a não responsividade do sistema imune a determinados antígenos próprios. 3 Os antígenos são apresentados por linfócitos que podem: TIPOS DE TOLERÂNCIA A tolerância central é induzida pela morte ou outras mudanças dos linfócitos imaturos que encontram antígenos nos órgãos linfoides geradores. A tolerância periférica resulta do reconhecimento dos antígenos pelos linfócitos maduros nos tecidos periféricos. A auto imunidade pode resultar na produção de anticorpos contra antígenos próprios ou na ativação de células T reativas aos antígenos próprios. Falha expressiva da tolerância imunológica AUTOIMUNIDADE AUTOIMUNIDADE Os principais fatores no desenvolvimento da autoimunidade são a herança de genes suscetíveis e os estímulos ambientais, como as infecções CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA IMUNOLOGIA CLÍNICA Tolerância e autoimunidade RETOMADA DOS OBJETIVOS: • 1 Conceituar tolerância e • 2. Conceituar autoimunidade • 3. Diferenciar os tipos de tolerância • 8 CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA IMUNOLOGIA CLÍNICA Tolerância e autoimunidade • ABBAS, A. K. et al., Imunologia Básica - Funções e Distúrbios do Sistema Imunológico. Grupo GEN, 2017.Cap 9 e 10. • Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151369/ • ABBAS, A.K. LICHTMAN, A. H. PILLAI SHIV. Imunologia Celular e molecular. 8º Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Cap 15. 10 R E S P O S T A I M U N E C O N T R A T U M O R E S CÂNCER • Conceito: Proliferação e disseminação descontrolada de clone de células malignas transformadas –Tumores malignos • Letalidade: – Resistência das células malignas a apoptose – Capacidade de Metástase VIGILÂNCIA IMUNOLÓGICA “Uma das funções do sistema imunológico é de reconhecer e destruir células transformadas antes que se transformem em tumores e destruir os tumores depois de formados.” Burnet, 1950 ASPECTOS GERAIS DA IMUNIDADE TUMORAL • Como as respostas imunes falham na prevenção do crescimento de tumores ??? 1. Células tumorais = células normais? - semelhança 2. Crescimento e disseminação rápidos – supera capacidade do sistema imune 3. Mecanismos especializados de tumores para evadir respostas imunes Hallmakers do câncer (revisado) CÂNCE R Vascularização ou angiogênese Instabilidade genômica e mutação Resistência celular a morte Desregulação celular do metabolismo Sinalização proliferativa sustentada Evitando supressores de crescimento Evasão imunológica Imortalização celular Promoção da inflamação Invasão e metástase Hanahan D, Weinberg RA. The hallmarks of câncer: the next generation. Cell. v.144, n.5, p.646-74, 2011. EVIDÊNCIAS QUE SUSTENTAM A CONCEPÇÃO DE QUE O SISTEMA IMUNOLÓGICO REAGE CONTRA OS TUMORES. ANTÍGENOS TUMORAIS ANTÍGENOS TUMORAIS • Importância: – Vacinas anti-tumorais – Anticorpos e células T específicas (‘soro’) • Tipos: – Antígenos específicos de tumores – Antígenos associados a tumores TIPOS DE ANTÍGENOS TUMORAIS CML: leucemia mielogênica crônica; CTL, linfócito T citotóxico; EBNA: antígeno nuclear do vírus Epstein-Barr; EBV: vírus Epstein-Barr; MART: antígeno do melanoma reconhecido pelas células T RESPOSTA IMUNOLÓGICA CONTRA TUMORES 1. Respostas Imunológicas naturais a tumores – Células NK – Macrófagos 2. Respostas Imunológicas adquiridas a tumores – Linfócitos T – Anticorpos RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS NATURAIS CONTRA TUMORES 1- Células NK Alvos: – células com baixa expressão de MHC classe I – Células tumorais com receptores ativadores de NK – Tumores circundados por anticorpos Estimuladas por citocinas: INFϒ, IL-15 e IL-12 RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS NATURAIS CONTRA TUMORES 2- Macrófagos Tipos: M1 – inibem a progressão de tumores M2- estimulam a progressão de tumores ( supressão da resposta imune) Mecanismos: Enzimas lisossômicas Espécies reativas de oxigênio Produção de TNF – induz trombose RESPOSTA IMUNE ADQUIRIDA CONTRA TUMORES 1-Linfócitos T – LT Citotóxicos CD8+: efetor – LT auxiliar CD4+: função secundária (citocinas) RESPOSTA IMUNE ADQUIRIDA CONTRA TUMORES Anticorpos – Produzidos pelo portador de tumor contra antígenos tumorais – Ativam sistema complemento – Estimulam citotoxicidade das células NK IMUNODEFICIÊNCIA DO CÂNCER Eliminação • Eliminação de células tumorais detectadas por células de defesa. Equilíbrio • Resposta imune e o microambiente tumoral. • Mediada pelo equilíbrio entre células e citocinas que promovem a eliminação e aquelas que promovem a persistência do tumor nascente Escape • Células tumorais apresentam resistência ao sistema imune e crescimento desordenado e exacerbado. • A população de células tumorais muda em resposta às funções de edição do sistema imune; o sistema imune do hospedeiro muda em resposta ao aumento da imunossupressão induzida ao câncer; ou pela deterioração do sistema imune. Escape imune e o desenvolvimento tumoral Células efetoras reconhecem e eliminam as tumorais, que expressam Ag por MHC I. Células menos imunogênicas proliferam e passam a expressar proteínas que prejudicam a ativação imune, além de diminuir a expressão de Ag MHC I 1. Antigenos tumorais podem induzir tolerância imunológica 2. As células T reguladoras podem suprimir respostas das células T aos tumores; 3. Tumores perdem a expressão de antígenos que provocam respostas imunológicas 4. Tumores podem não induzir os CTLS porque a maioria das células tumorais não expressa co- estimuladores ou moléculas do MHC classe II. 5. Produtos de células tumorais podem suprimir respostas imunológicas antitumorais EVASÃO DAS RESPOSTAS IMUNES PELOS TUMORES MARCADORES TUMORAIS São macromoléculas, como proteínas, enzimas, antígenos, hormônios, receptores de membranas, genes supressores tumorais e oncogenes, e podem ser detectados no sangue ou em outros fluidos biológicos, ou até mesmo nos próprios tecidos tumorais. MARCADOR ORGÃO TIPO DE MOLÉCULA CARCATERÍSTICA MARCADOR ORGÃO TIPO DE MOLÉCULA CARCATERÍSTICA BETA-2-MICROGLOBULINA MARCADOR ORGÃO TIPO DE MOLÉCULA CARCATERÍSTICA CA 27.29 Antígeno de carboidrato 15.3 MARCADOR ORGÃO TIPO DE MOLÉCULA CARCATERÍSTICA Antígeno carcinoembrionário MARCADOR ORGÃO TIPO DE MOLÉCULA CARCATERÍSTICA Hormônio gonadotrofina coriônica humana MARCADOR ORGÃO TIPO DE MOLÉCULA CARCATERÍSTICA Glicoproteína iodada MARCADOR ORGÃO TIPO DE MOLÉCULA CARCATERÍSTICA Antígeno prostático específico Os marcadores tumorais podem ser classificados em três grupos: 1. De especificidade e sensibilidade muito elevadas; Marcadores que, embora possam ser detectados em outras situações fisiológicas, quase sempre indicam a presença de tumores malignos quando sofrem aumentos importantes. Ex: β-HCG. 2. De sensibilidade e especificidade variáveis; Ex: PSA, CEA, AFP 3. De baixa especificidade. Especificidade baixa mesmo com doença avançada, apresentando pouca utilização clínica. Ex: CYFRA 21 Imunoterapia tumoral • Estímulos externos podem ativar o sistema imune a destruir células tumorais e erradicar tumores eficazmente ASPECTOS GERAIS DA IMUNIDADE TUMORAL IMUNOTERAPIA PARA TUMORES • Terapias convencionais: Medicamentos que destroem as células tumorais ou bloqueiam a divisão celular• Imunoterapia: induzem respostas imunes específicas para antígenos tumorais sem causar danos as células normais Estratégias para melhorar as respostas imunológicas antitumorais. (A). As principais abordagens atualmente usadas para imunoterapia de cânceres são a transferência dos anticorpos antitumores ou células T, uma forma de imunidade passiva. (B). imunização com diversas vacinas contra câncer, como as células dendríticas autólogas incubadas com células tumorais ou antígenos (C). bloqueio das vias inibidoras (cuja função normal é ilustrada na parte inferior da figura) para impulsionar as respostas antitumorais endógenas SE LIGA O Immuno-T é a primeira história em quadrinhos de movimento que explica como funcionam as diferentes estratégias de imunoterapia, para pacientes, seus familiares e amigos. https://www.youtube.com/watch?v=K09xzIQ8zsg CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA IMUNOLOGIA CLÍNICA Tolerância e autoimunidade Imunologia dos tumores • ABBAS, A. K. et al., Imunologia Básica - Funções e Distúrbios do Sistema Imunológico. Grupo GEN, 2017.Cap 9 e 10. • Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151369/ • ABBAS, A.K. LICHTMAN, A. H. PILLAI SHIV. Imunologia Celular e molecular. 8º Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Cap 15 e 18. • Complementar: • https://www.youtube.com/watch?v=WIeqP6hAGtc • https://www.youtube.com/watch?v=K09xzIQ8zsg&t=2s https://www.youtube.com/watch?v=WIeqP6hAGtc https://www.youtube.com/watch?v=K09xzIQ8zsg&t=2s CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA IMUNOLOGIA CLÍNICA Tolerância e autoimunidade Imunologia dos tumores RETOMADA DOS OBJETIVOS: • 1 Conceituar tolerância e autoimunidade • 2 Definir marcadores tumorais 3 Reconhecer os marcadores em imunologia clínica aplicadas ao diagnóstico de câncer 47
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