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USF_NFG_U7_ Estudo_do_ser_humano_contemporâneo

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Prévia do material em texto

LUIZ CARLOS RAMOS
LUÍS FERNANDO CRESPO
HELOÍSA MARIA DOS SANTOS TOLEDO
WELDER LANCIERI MARCHINI
ESTUDO DO SER HUMANO 
CONTEMPORÂNEO
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UNIDADE 7
A ORGANIZAÇÃO DO MUNDO 
HUMANO
1. QUANDO O PRINCIPAL É A COOPERAÇÃO
No início do ano letivo, na sala dos professores, a diretora apresenta um projeto aos 
docentes. Trata-se de uma proposta de cunho social, elaborada por uma Organização 
Não Governamental (ONG), cujo objetivo principal é trazer a comunidade para a escola 
e oferecer um curso de letramento digital. A escola deve trabalhar a conscientização 
da comunidade por meio dos alunos – o que deve ser feito nas aulas. A ONG já havia 
conseguido patrocinadores para a manutenção dos equipamentos e contratação de 
professores e técnicos em informática que deveriam conduzir todo o processo. 
De início, a comunidade não participou efetivamente, estando restrita apenas aos ado-
lescentes que já eram alunos. Porém, depois de alguns meses, alguns familiares pas-
saram a frequentar o curso. Chegando ao final do ano, muitas pessoas da comunidade 
não apenas aproveitavam o que era oferecido no curso, mas também passavam a ofe-
recer seu tempo para o trabalho na escola, de forma voluntária, percebendo diversas 
necessidades da comunidade.
Veja que o sucesso do trabalho se deu por conta de ações em conjunto – o trabalho 
organizado com uma finalidade única, coletiva. Na verdade, o sucesso excedeu aquilo 
que era o projeto inicial. Ações como a descrita apenas têm êxito por conta de uma 
dimensão humana que é a sociabilidade – tema principal a ser tratado nesta unidade: o 
homo socialis. Comece vendo o mapa abaixo – que ideias ele já desperta?
Figura 01. Mapa Mental – Homo socialis
Homo socialis
o que é?
dimensão convivência
cooperação
propriedadeprivilégio
conflitos
desigualdade
objetivos 
comuns
conceitos
sociabilidade
bem comumparticipação
socialização
ideologia
política
organização
poder
governo
contrato 
social
dificuldades
Fonte: elaborada pelo autor.
68 Estudo do ser humano contemporâneo
U7 A organização do mundo humano
1.1. A VIDA COLETIVA – A SOCIEDADE
O ser humano convive com outros da mesma espécie em diferentes âmbitos. É possí-
vel entender que viver coletivamente, em um determinado espaço, seja fruto de uma 
opção humana. Entretanto, aquilo que permite este viver é uma dimensão natural. O 
ser humano vive coletivamente e, do modo como a vida foi organizada, com o passar 
do tempo, não há a opção de viver só, isoladamente. “A dimensão privada praticamente 
desapareceu. [...]. O isolacionismo, hoje, não é possível”. (MONDIN, 1997, p. 156)
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Mas, desde quando o ser humano vive de modo coletivo? Hobbes, Locke e Rousseau 
foram pensadores que se debruçaram sobre o que teria levado os seres humanos à 
vida coletiva. Não é possível determinar o momento exato no tempo, mas é importante 
entender quais mudanças se deram neste processo. 
Leia na íntegra o texto de Josuel S. P. Ribeiro, intitulado Os contratualistas em ques-
tão. Em cada seção, o autor busca entender os conceitos principais de cada pensador, 
permitindo refletir melhor sobre as possíveis diferenças entre a sociedade e um está-
gio anterior, quando não se vivia coletivamente (estado de natureza).
RIBEIRO, Josuel Stenio da Paixão. Os Contratualistas em questão: Hobbes, Locke 
e Rousseau. Prisma Jurídico, v. 16, n. 1, p. 2-21, 2017. Disponível em: https://
periodicos.uninove.br/prisma/issue/view/254. Acesso em: 14 abr. 2021. 
De qualquer modo, a vida coletiva apenas é possível pela capacidade e pelo desejo de 
se construir um espaço comum de convivência – não o desejo de um, mas de todos. 
Isso significa que a cooperação é algo que está na base da vida social.
Mamíferos sociais como elefantes e chimpanzés cooperam de maneira mui-
to mais flexível do que abelhas, porém só o fazem com um número pequeno 
de amigos e membros da família. Sua cooperação se baseia em conheci-
mento pessoal. Se eu sou um chimpanzé e você um chimpanzé e eu quero 
cooperar com você, preciso conhecê-lo pessoalmente: que tipo de chimpan-
zé você é? Você é um chimpanzé legal? É um chimpanzé malvado? Como 
posso cooperar com você se não o conheço? Por tudo o que sabemos, so-
mente os Sapiens são capazes de cooperar de modos muito flexíveis com 
um grande número de estranhos. Essa capacidade concreta – e não uma 
alma eterna ou algum tipo único de consciência – explica nosso domínio 
sobre o planeta Terra. (HARARI, 2016, p. 139)
Podemos entender, então, que o ser humano apenas conseguiu chegar ao lugar de 
poder na Terra por conta de todas as ações serem realizadas de modo cooperativo.
Como exemplo, pense sobre a situação apresentada no início da unidade. De quantas 
ações coletivas você já participou ativamente? Você entende que um caminho profis-
sional é, justamente, colaborar com os outros indivíduos em busca de uma sociedade 
melhor?
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69Estudo do ser humano contemporâneo
A organização do mundo humano
Como deve se dar a cooperação na sociedade? Cada grupo social vai desenvolvendo 
maneiras de se viver, a partir das quais são transmitidos valores e regras. E todas as 
pessoas vão aprendendo como se fosse algo natural aquele conjunto de regras – ima-
gine uma criança aprendendo que deve ser uma boa criança (e o que significa isso), 
a partir do que a família a ensina. Por meio dos chamados processos de socialização 
primários e secundários a pessoa vai aprendendo o que é a vida em sociedade e de que 
modo ela deve ser para bem participar.
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Você entende, então, que aquilo que você é, enquanto indivíduo em uma sociedade, 
é uma construção? Seus gostos, modos de vestir e de ser, tudo é aprendido dentro de 
um contexto social e cultural.
Para entender melhor como se dão os processos de socialização, leia na íntegra o 
artigo A particularidade do processo de socialização contemporâneo. Nele, Maria da 
Graça J. Setton busca entender o conceito, mas pensá-lo na contemporaneidade. 
SETTON, Maria da Graça Jacintho. A particularidade do processo de socia-
lização contemporâneo. Tempo soc. São Paulo, v. 17, n. 2, p. 335-350, nov. 
2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0103-20702005000200015&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 14 abr. 2021.
A aprendizagem sobre os valores e comportamentos de um grupo social pode se dar 
de diferentes maneiras para diferentes culturas. Mesmo dentro de um mesmo país, é 
importante entender que a aprendizagem se dá pelo contexto da comunidade na qual 
a pessoa vive. Como exemplo, pode ser pensada a instrução de uma criança que vive 
em uma cidade da região Sul do Brasil, outra criança que vive em uma comunidade 
quilombola no Sudeste, ou outra criança que vive em uma comunidade indígena do 
Norte do país.
Leia sobre o processo de socialização de uma criança indígena ao acessar o link a 
seguir:
GRUBITS, S.; FREIRE, H. B. G.; NORIEGA, J. A. V.. Influência de aspectos sociais e 
culturais na educação de crianças indígenas. Psico-USF, v. 14, n. Psico-USF, 2009 
14(3), set. 2009.
2. POLÍTICA E IDEOLOGIA
Para que servem a política e, consequentemente, o governo? A partir das ideias ante-
riores, a primeira constatação a ser feita é a de que não é possível pensar, hoje, uma 
vivência humana fora do meio social, pois, ainda que se busque viver longe da socieda-
de, dificilmente um indivíduo seria independente de tudo o que fora construído social-
mente. Assim, o ser humano vive coletivamente. Contudo, se cada um pudesse fazer 
tudo para satisfazer suas necessidades e seus desejos, a vida seria impossível, já que 
isso levaria à invasão do espaço individual. Então, é preciso organizar a comunidade 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702005000200015&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702005000200015&lng=en&nrm=iso
70 Estudo do ser humano contemporâneo
U7 A organização do mundo humano
humana – política é o nome dado ao modode organizar a vida coletiva. A política cuida 
do âmbito público.
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“Política é coisa de ladrão... ladrão que está no poder”. Possivelmente, você já deve 
ter ouvido esta frase ou outra com o mesmo sentido; mas é um pensamento muito 
raso – principalmente para quem está no Ensino Superior. Um primeiro passo para 
desenvolver melhores ideias é entender o que é a política em essência. Para isso, 
comece assistindo ao vídeo produzido pela Escola Virtual de Cidadania, da Câmara 
dos Deputados.
https://www.youtube.com/watch?v=lcdqEIPalbM. Acesso em: 14 abr. 2021. 
– Você consegue perceber de que modo a situação do início da unidade é plenamente 
política? Pense nisso...
Como não é possível ao ser humano dizer que tenha encontrado o caminho da verdade, 
as pessoas defendem posturas que acreditam serem as melhores para aquele âmbito. 
Por exemplo, na política: as diferentes concepções aparecem na formação dos diferen-
tes partidos. Os chamados partidos de esquerda, de centro ou de direita diferem nas 
concepções sobre a melhor forma de organizar a vida em sua esfera pública – cada um 
tem sua ideologia.
Você sabe o que é ideologia? Trata-se de um termo desgastado por conta de um uso 
sem rigor. Ou seja, tendo sido tomado em diferentes acepções (muitas vezes com sen-
tido pejorativo), o termo acabou perdendo seu sentido mais próprio. De maneira geral, 
o termo ‘ideologia’ pode ser entendido como o estudo das ideias – de um conjunto de 
ideias que se formam a partir de um contexto, da relação de sujeitos com o mundo que 
vivenciam. “Ideologia”, então, não tem um sentido negativo? Não.
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IS Leia o artigo Ideologia: uma breve história do conceito, de Marcus V. Mazzari, dispo-
nível no link a seguir: 
https://www.scielo.br/pdf/ea/v26n75/25.pdf. Acesso em: 14 abr. 2021.
2.1. GOVERNO E PODER
Ao considerarmos a necessidade de que a vida seja organizada, precisamos entender 
que são os próprios indivíduos que a devem organizar. Nesse sentido, um governo 
deve ser formado para garantir que a organização social seja preservada. Aqueles que 
tomam parte no governo – no caso brasileiro, por eleição direta – detêm um poder, a 
eles transferido pelos indivíduos da comunidade.
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71Estudo do ser humano contemporâneo
A organização do mundo humano
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Você percebe que estamos falando do poder público, mas este entendimento pode ser 
aplicado a diferentes círculos de vivência coletiva? Isso acontece, porque o ser huma-
no é um animal político (zóon politikon, segundo Aristóteles). Assim, se você pensar 
a organização dentro de uma família, dentro de uma religião, dentro de uma escola, 
sempre vai encontrar relações políticas – não significa que a política do governo esteja 
dentro da religião ou da família, mas que a própria religião se dá como uma relação 
política, que a própria família se dá como uma relação política etc., pois toda vivência 
humana se dá dentro da dimensão do homo socialis.
Mas quem está no governo e, consequentemente, detém poder, corre o risco de não 
condizer com aquilo que é o esperado e acabar buscando interesses diversos, que não 
sejam os interesses públicos, coletivos. Como o poder está em suas mãos, o perigo de 
abuso é constante e é necessário que a comunidade social esteja atenta. Qual é, então, 
o ideal de um bom governante?
Platão (2014, p. 63) entende que “[...] a maior punição no caso de alguém que não 
deseja governar é ser governado por alguém pior do que ele próprio”. Por esse motivo, 
o bom cidadão que escolhe governar apenas o faz por necessidade social – e Platão 
entende que a pessoa com mais condições de fazê-lo seja aquela que se dedica ao 
filosofar, pois isso evitaria perder-se pelo fascínio do poder.
Manter uma cidade em ordem, de modo que cada um exerça sua função de 
forma adequada, é necessário para que ela seja educada. E, para essa fun-
ção, aparece o governante. A ele caberá o papel de legislador e educador de 
todos. Logo, a ele será dado o poder de determinar a função de cada um, de 
acordo com a potência que cada um demonstrar em seu percurso educativo. 
(LEITE, 2015, p. 60)
O poder de um governante vai até o limite do que significa atuar para o bem comum. 
Trata-se de fazer a gestão das ações que, no todo, permitem melhores condições de 
vida coletiva. O governante propõe a organização, mas quem deve realizá-la é a comu-
nidade toda. O envolvimento da comunidade pode ser percebido na situação apresen-
tada no início desta unidade.
Figura 02. Comunidade e governo
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U7 A organização do mundo humano
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3. O HOMO SOCIALIS, AS RELAÇÕES CONFLITUOSAS E A 
PROPRIEDADE PRIVADA
Na vida cotidiana, muitos conflitos surgem exatamente por conta das diferentes possibi-
lidades que os indivíduos têm de sustentar suas vidas. Conflitos não devem ser apaga-
dos – eles devem aparecer e mostrar a força que têm para levar a uma revisão do modo 
de vida coletiva. Um conflito indica que algo pode não estar bom para todas as pessoas. 
Pense em um ambiente de trabalho: quando tudo está sempre bom, pode ser que o conflito 
esteja sendo evitado.
Os conflitos sempre aparecem quando são tomados interesses diversos, advindos de 
diferentes pessoas. Ao se considerar uma sociedade como a reunião de diversas pes-
soas, então, o conflito aparecerá necessariamente – não existe vivência social sem 
conflito. A função de um governo é garantir que, mesmo com conflitos, a vida coletiva 
seja possível; dizendo de outro modo, é fazer com que os conflitos não sejam motivo de 
falta de condições de vida. E as condições de vida (possibilidade de sustentar a vida) 
dentro de uma comunidade deveriam ser as mesmas para todos os indivíduos.
Segundo Rousseau (1983), a maior fonte de conflitos é a propriedade privada
[...] que, tendo cercado um terreno, se lembrou de dizer: Isto é meu, e encon-
trou pessoas bastante simples para o acreditar, foi o verdadeiro fundador da 
sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores 
não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou 
tampando os buracos, tivesse gritado aos seus semelhantes. “Livrai-vos de 
escutar esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são 
para todos, e a terra de ninguém!”. Parece, porém, que as coisas já tinham 
chegado ao ponto de não mais poder ficar como estavam: porque essa ideia 
de propriedade, dependendo muito de ideias anteriores que só puderam 
nascer sucessivamente, não se formou de repente no espírito humano [...]. 
(ROUSSEAU, 1983, p. 91)
O pensador entende que, depois das diferenças físicas – que são naturais –, a grande 
diferenciação se dá pela posse. Assim, a propriedade privada leva às desigualdades so-
ciais. Não se consegue reconhecer um indivíduo sem entender sua origem social; ou seja, 
suas possibilidades de vida são determinadas por sua origem, que é determinada pela 
posse material. As condições de vida são fruto de uma condição socialmente construída.
Assista na íntegra ao documentário Brasil – país dos privilégios, da série Desigualda-
de Global, no canal Folha de São Paulo, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=PGgVZAZJKwY. Acesso em: 14 abr. 2021. 
CONCLUSÃO
O ser humano contemporâneo, na vivência de sua dimensão social, enfrenta inúmeros pro-
blemas. Em tese, viver em sociedade deveria ser a possibilidade de uma vida com menos 
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73Estudo do ser humano contemporâneo
A organização do mundo humano
dificuldades, principalmente para sanar as necessidades mais básicas de abrigo e alimen-
tação. Mas, na organização da vida coletiva, as desigualdades surgem e são perpetuadas.
Dizer que o ser humano é Homo socialis não significa apenas que ele tem a capacidade 
de conviver, mas que ele tem condições de fazer acontecer uma vida melhor coletiva-
mente. Ações como a da ONG que buscava oferecer letramento digital para a comuni-
dade são um tipo mais próprio de ação do ser social.
Mesmo quandose escolhe um caminho profissional, trata-se de uma escolha que res-
ponde a certos anseios da comunidade. Um profissional é aquele que põe à disposição 
seu trabalho para um bem que está acima de uma realização unicamente individual.
EDUCANDO PARA A PAZ