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Casos Clínicos FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO 2 (a) A pancreatite é caracterizada como uma inflamação no pâncreas e em seus tecidos, causada por lesões. Os cálculos biliares que se formam no pâncreas podem causar essas lesões por conta de um entupimento do canal por onde excreta a bile, não causando a expulsão do líquido, ou ainda, ocorre o entupimento em um local específico do pâncreas, no colédoco ou ducto pancreático, levando ao retorno do liquido para o pâncreas, causando lesões. (b) Alcoolismo, uso de tabaco, dor abdominal, náuseas, vômitos, febre, elevação da amilase sérica, aumento nos níveis de lipase, etc. (c) Na maioria dos casos de SDRA predomina, inicialmente, o quadro clínico da doença de base que a originou, sobretudo em relação aos sintomas. Assim, febre e hipotensão do choque séptico, ou dor abdominal severa da pancreatite, podem dominar o quadro clínico inicial. A esse quadro clínico, associam-se os sintomas e sinais de insuficiência respiratória aguda, pela lesão alveolar difusa. Os pacientes progridem rapidamente, com agravamento da dispneia, da taquipneia e da hipoxemia, necessitando de altas concentrações de O2. (a) Com o abuso excessivo de álcool, paciente que possuem a pancreatite aguda, podem fazer com que a mesma evolua para um quadro de pancreatite crônica ou, caso não tenha o diagnóstico ainda, a porcentagem de pancreatite se limita a 80% aguda e 20% crônica, porém, o álcool é responsável por 70 a 80% dos casos crônicos. (b) Células biliares (ácinos) secretam proteínas e hormônios, quando essas células começam a secretar em excesso esse conteúdo, por conta de uma ativação errônea de tripsina, aumentando a secreção do suco pancreático, consequentemente, com o aumento de proteína no suco, o mesmo tende a aumentar sua viscosidade, esse aumento pode gerar formação de cálculos de proteína. Pode ocorrer então, por conta desses cálculos, uma inflamação das células secretoras do pâncreas, acarretando na necrose das mesmas, dessa forma, a gordura que seria digerida, fica integra e com a necrose local, facilita a infiltração, aumentando a necrose e uma possível fibrose no local. O álcool é o principal vilão desse processo pois, o acetaldeído produzido no organismo após a ingestão dele, age nas células acinares do pâncreas, causando a ativação de enzimas, como a tripsina. (c) Porque os inibidores da bomba de prótons ajudará na má absorção de nutrientes, e em alguns pacientes o ácido gástrico destrói as enzimas pancreáticas e faz com que a esteatorréia (excesso de gordura nas fezes, o que indica má absorção) permaneça. O uso desses inibidores irá maximizar o efeito enzimático através da adequação do ph intraluminal no sitio de ação, ou seja, irá bloquear o passo final na produção do ácido gástrico. Exemplo de inibidor da bomba de prótons: omeprazol. (a) Normalmente, a atividade da lipase, enzima responsável por degradar os lipídeos auxiliando em sua absorção, é perdida rapidamente por proteólise. Em pacientes com insuficiência pancreática, a proteólise é aumentada, fazendo com que a lipase tenha uma maior redução em sua atividade e não realize sua função, acarretando na má absorção das gorduras. Além disso, a insuficiência pancreática faz com que reduza a secreção de bicarbonato responsável por neutralizar o quimo do estômago. Sem ele, o quimo ácido do estômago inibe a atividade da lipase pancreática, dificultando a absorção de gorduras. (b) Além da má absorção de gorduras, a insuficiência pancreática gera má absorção e consequentemente deficiência de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), deficiência de vitamina B12, nefrolitíase (cálculos de cálcio nos rins), atrofia muscular, fadiga e edemas. (a) O quadro de adenocarcinoma localizado na cabeça do pâncreas, pode obstruir o colédoco, com isso, ocorre um impedimento na passagem da bile para o duodeno, aumentando a tensão interior. (b) As anormalidades hematológicas que podem estar associadas com câncer de pâncreas são as alterações dos resultados dos seguintes exames laboratoriais:Poderão constar aumentados em relação ao valor de referência a Fosfatase Alcalina, 5’ Nucleotídase, LDH, AST, Bilirrubina, Amilase, Amilase, α-Fetoproteína e Antígeno carcinoembrionário (CEA). Já a Albumina estará abaixo do valor de referência em 60% dos casos. (c) Os fatores clínicos importantes para o prognóstico do carcinoma pancreático são: dor abdominal, anorexia e perda de peso, icterícia, alteração no hábito intestinal, tal como diarreia, mais comumente, mas podendo ocorrer a constipação em alguns casos, fraqueza, vesícula biliar palpável, hematêmese (presença de sangue no vômito) ou melena (fezes sanguinolentas), vômitos, massa abdominal e, em raros casos, tromboflebite migratória (<1%).
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