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ANTIFÚNGICOS Fungos – presentes no meio ambiente – flora microbiana normal Infecções fúngicas: · Superficiais leves por dermatomicose · Sistêmicas secundarias graves A incidência e a gravidade das infecções fúngicas: · Intenso uso de antimicrobianos de amplo espectro; · Fármacos imunossupressores ou quimioterápicos; · Epidemia de HIV; · Próteses ESTRUTURA DO FUNGO DERMATOMICOSES CANDIDIASE (cândida albicans) MICOSES OPORTUNISTAS CLASSES DOS ANTIFUNGICOS ANTIFUNGICOS NATURAIS: · Anfotericina · Nistatina · Griseofulvina ANTIFUNGICOS SINTETICOS: · Azóis – cetoconazol; fluconazol; itraconazol; Miconazol. · Outros azóis – Clotrinazol; Econazol; tioconazol; Sulconazol. · Flucitosina; · Terbinafina; · Equinocandinas. MECANISMOS DE AÇÃO · Antifúngicos inibidores da estabilidade da membrana: · Anfotericina B e Nistatina · Antifungicos inibidores da síntese do ergosterol · Flucitosina · Antifungicos inibidores da síntese de ácidos nucleicos · Antifúngicos inibidores da mitose · Antifúngicos inibidores da síntese da parede celular Inibidores da estabilidade da membrana dos fungos POLIENOS · Anfotericina B e Nistatina São produtos naturais derivados de espécies streptomyces Micoses sistêmicas: candidíase, meningite criptococica, apergilose invasiva, zigomicose, coccidioidomicose, blastomicose e Histoplasmose. · Tanto seu efeito terapêutico quanto sua toxicidade estão relacionados com a afinidade pelos estróis das membranas plasmáticas A afinidade da anfotericina B pelo ergosterol é 500vezes maior que sua afinidade pelo colesterol. Mecanismo de ação: Ambas atuam mediante ligação ao ergosterol, com ruptura da estabilidade da membrana dos fungos. · A ligação da anfotericina B ao ergosterol produz canais ou poros que alteram a permeabilidade da membrana do fungo extravasamento de constituintes celulares essenciais morte da célula. · A concentração de ergosterol determina se a anfotericina B será fungicida ou fungistática para cada espécie. RESISTENCIA: · Redução no conteúdo de ergosterol da membrana fúngica; · Modificação da molécula de esterol-alvo para reduzir sua afinidade como fármaco. USOS CLÍNICOS: · A anfotericina B é o agente antifúngico com maior espectro de atividade e ação fungicida; · Atividade contra leveduras clinicamente significativas, inclusive Candida albicans e Cryptococcus neoformans; · Contra organismos causadores de micoses endêmicas, inclusive histoplasma capsulatum, Blastomyces dermattidis, e coccidioides inmittis: · Contra fungos patogênicos, como aspergillus, fumifatus, e os agentes da mucormicose · Amplo espectro de atividade e ação fungicida agente útil para quase todas as infecções micóticas com risco de morte; · Usada como regime de indução inicial para reduzir rapidamente a carga fúngica · Em seguida, ser substituída por um dos agentes azóis mais modernos para terapia crônica ou prevenção de recidiva. · O tratamento pode ser pelo restante da vida nos pacientes com alto risco de recidiva da doença. · No tratamento da doença fúngica sistêmica, a anfotericina B é administrada por infusão lenta na dose de 0,5 a 1mg/kg/dia. EFEITOS COLATERIAS: · Toxicidade relacionada com a infusão – febre, calafrios, espasmos musculares, vômitos, cefaleia e hipotensão · Toxicidade cumulativa – a lesão renal é a reação toxica mais significativa · Reversível: redução da perfusão renal · Irreversível: lesão tubular renal (ocorre quando há adm prolongada, dose cumulativa superior a 4g) · Função hepática · Anemia – decorrente de produção reduzida de eritropoietina pelas células tubulares renais lesionadas. · Com a terapia intratecal · Convulsões e aracnoidite química, frequentemente com sequelas neurológicas graves Inibidores da síntese de ácidos nucleicos FLUCITOSINA Mecanismo de ação: · É captada seletivamente por células fúngicas mediante permeases específicas de citosina, apenas expressas nas membranas dos fungos. · No interior da célula fúngica, a enzima citosina desaminase converte flucitosina em 5-fluorouracila (5-FU). · Reações subsequentes convertem 5-FU em ácido 5-fluorodesoxiuridílico (5-FdUMP), potente inibidor da timidilato sintase. A inibição desta resulta em inibição da síntese de DNA e divisão celular. USOS CLÍNICOS: · O espectro de atividade da flucitosina administrada como monoterapia limita-se a candidíase, criptococose e cromomicose. · Flucitosina + Anfotericina B no tratamento de micoses sistêmicas; · Ação sinérgica contra Aspergillus – aumento da captação de flucitosina pelas células fúngicas, em virtude da lesão da membrana plasmática do fungo induzida pela anfotericina. · Monoterapia rápido desenvolvimento de resistência, devido a mutações na citosina permeasse ou na citosina desaminase fúngicas. · O tratamento combinado com anfotericina B é preconizado para meningite criptocócica em adultos HIV-positivos. Inibidores da síntese do ergosterol · Alilaminas e benzilaminas · Azóis TERBINAFINA Mecanismo de ação: Inibe a enzima esqualeno epoxidase, fazendo com que haja um acúmulo de esqualeno, o qual é tóxico para a célula fúngica. AZÓIS Inibicao das enzimas do citocromo P450 fúngicas Inibição da 14α-esterol desmetilase, enzima do citocromo P450 que converte lanosterol em ergosterol. Imidazóis: · Cetoconazol (T;O) · Miconazol (T) · Clotrimazol (T) Triazóis: · Itraconazol (O, IV) · Fluconazol (O,IV) · Voriconazol ( O, IV) Resistencia - uso disseminado para profilaxia Toxicidade seletiva - imidazois < triazois Poucos efeitos adversos Farmacocinetica Interações medicamentosas: Todos os azois tendem a produzir interacacoes medicamentosas porque afetam o sistema de enzimas do citocromo P450 dos mamíferos em alguma extensão. Usos clínicos: · Espectro amplo · Candida, C. neoformans · Micoses endêmicas (blastomicose, coccidioidomicose, histoplasmose) · Infecções por Aspergillus. · Úteis no tratamento de organismos com resistência intrínseca à anfotericina, como o P. boydii. Reação adversa: · Mais comum: desconforto gastrintestinal; · Alterações nas enzimas hepáticas (todos os azóis, porém > cetoconazol) INIBIDORES DA SÍTESE DA PAREDE CELULAR FÚNGICA EQUINOCANDINAS CASPOFUNGINA – MICAFUNGINA -ANIDULAFUNGINAEQUINOCANDINAS Disponível somente para administração IV Dose inicial 70 mg – Dose de Manutenção 50 mg Ativo contra Candida e Aspergillus, mas não contra Cryptococcus. Mecanismo de ação O alvo é a síntese da parede celular fúngica por meio de inibição não competitiva da síntese de β-(1,3)-D-glicanas. A ruptura da integridade da parede celular resulta em estresse osmótico, lise da célula fúngica morte do fungo. Como as células humanas não têm parede celular: · Os componentes da parede celular dos fungos representam alvos exclusivos para a terapia antifúngica; · Os agentes antifúngicos dirigidos contra esses alvos tendem a ser relativamente atóxicos. Indicação: · Infecções sistêmicas disseminadas por cândida · Profilaxia de infecção por Cândida em paciente transplantado de medula óssea. · Aspergilose invasiva que não responde à Anfotericina B. Efeitos Adversos: · Bem tolerado · Efeitos GI · Rubor · Elevação das enzimas hepáticas Inibidores da mitose GRISEOFULVINA Mecanismo de ação: ANTIFÚNGICOS TÓPICOS · Nistatina · Azóis tópicos · Griseofulvina · Terbinafina NISTATINA Antibiotico macrolideo polienico Streptomyces noursei Uso tópico GRISEOFULVINA Origem: Penicillium griseofulvum Indicações: Infecção de pele e de unha por dermatófitos (tratam Prolongado) Farmacocinética: Oral e Tópica –depósitos em cels queratinizadas – T1/2 plasmática = 24h Tópica. OUTROS AZÓIS TOPICOS TERBINAFINA Composto fungicida ceratofílico e altamente lipofílico. Administração Oral (250 mg/d) ou Tópica Indicação: tratamento das infecções fúngicas por dermatófitos. Efeitos adversos: Distúrbios GI, exantemas, prurido e cefaléia.
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