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INSTRUMENTOS AVALIATIVOS: COMO UTILIZA-LOS? Autor (a): Alice De Souza Silva Os instrumentos de avaliação devem possibilitar ao professor e a escola, maior conhecimento sobre o perfil do aluno (DEPRESBITERIS e TAVARES, 2009, p. 41), essas informações devem basear-se no desempenho do aluno contextualizando seu percurso escolar. Os instrumentos da avaliação são definidos de acordo com a abordagem da aprendizagem que é utilizada. Na abordagem condutivista, é predominante a ideia de quantificação e os instrumentos de avaliação que mais se aproxima dessa abordagem são os que solicitam do educando a reprodução dos conceitos apreendidos (DEPRESBITERIS e TAVARES 2009, p. 43). A abordagem construtivista possui características opostas a condutivista, pois a mesma, se baseia na construção do conhecimento que deve levar em conta as experiências que os educandos trazem consigo. De acordo com Depresbiteris e Tavares (2009) o construtivismo está interessado em como construímos o conhecimento a partir de nossas estruturas mentais e crenças, usadas para interpretar objetos e acontecimentos. Logo, entende-se que os professores devem seguir a avaliação de forma processual, que como já mencionado, esta leva em conta o conhecimento obtido pelo aluno no processo de avaliação. As autoras acrescentam que a avaliação numa perspectiva construtivista, é dinâmica, ganha “ares” de investigação-ação, observação, reflexão e nova ação, evitando a mecanização das ações avaliativas. A avaliação segue três pilares de instrumento avaliativo, a diagnostica, a formativa e a somativa. A diagnostica é uma avaliação previa que é feita antes de dar início ao processo ensino aprendizagem, captando o que o aluno já conhece. O principal ideal da avaliação diagnostica é captar meios para alcançar os objetivos, e serve como parâmetro para concer aquilo que o aluno já traz consigo. A Formativa é a avaliação que vai acompanhar o processo de ensino aprendizagem, normalmente a avaliação formativa não funciona com o ideal de nota, ela é uma avaliação processual que ocorre durante o processo de ensino aprendizagem. A somativa tem a finalidade de gerar uma mensuração final, que temos como exemplo as provas, seminários e etc, são situações onde se pode mensurar uma nota. No contexto da avalição somativa, Vasconcellos (1998) destaca que uma constante queixa dos professores refere-se a questão da necessidade de “quantificar” a avaliação, tendo em vista que o aspecto da quantificação, mensuração de notas é muito voltado para o caráter classificatório das avaliações. Nas escolas são muitos os instrumentos usados pelos professores‚ o mais comum e talvez mais temido seja a prova‚ que de acordo com Moraes (2011): Para a escola, a prova é uma forma de manter a ordem, o respeito, a disciplina e a autoridade, de obrigar os alunos a estudarem, como também é uma alternativa de assegurar que informações necessárias estão sendo apropriadas e demonstradas pelos educandos. Para os alunos a prova é, visivelmente, a maneira de ver como está sua condição de promoção ou reprovação, bem como de identificar suas facilidades e dificuldades de aprendizagem. (p. 236). Fica evidente que o uso das provas em muitos casos é visto como uma forma de domínio e opressão‚ onde os alunos são “obrigados” a estudar o conteúdo para ter uma boa nota. Nesse sentido, Vasconcellos (1998) entende que a prova como instrumento de avaliação ao invés de estra avaliando o e no processo, o professor passa a avaliar apenas o aluno em alguns momentos, para muitos professores essa pode ser uma maneira mais fácil de realizar seu trabalho, isso por que, o mesmo apenas terá que elaborar a prova, aplica-la e corrigir os erros, sem ter os esforço de acompanhar o processo de desenvolvimento do aluno e se ele está realmente obtendo aprendizagem com os conteúdos. Vasconcellos acrescenta que: Tem havido uma grande ênfase na memorização, na taxonomia e na metalinguagem, mais do que na compreensão, análise, síntese, transferência, julgamento (operações mentais superiores), o que acaba levando o aluno a decorar (simples memória mecânica). (VASCONCELLOS, 1998, p. 68) É importante enfatizar a partir do pensamento do autor, que muitos sistemas de ensino ainda prevalecem essa forma de avaliação, baseada em memorização que não acrescenta em nada no desenvolvimento do aluno. O autor traz também estabelece alguns critérios que deve conduzir a elaboração dos instrumentos de forma reflexiva que traga resultados para o processo de ensino aprendizagem. Os critérios devem ser reflexivos para superar a lógica da repetição de conteúdo, essenciais com ênfase nos conteúdos que tenha relação com a proposta de ensino, abrangentes para que o professor possa ter indicadores de aprendizagem do aluno em sua globalidade, contextualizados para construir os instrumentos de acordo com o que é solicitado e claros abrangendo os conteúdos de forma objetiva. (VASCONCELOS, 1998, P. 68) REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-regulacao-e-supervisao-da-educacao-superiorseres/30000- uncategorised/14906-resolucoes-ceb-2010 DEPRESBITERIS, Léa. Diversificar é preciso: instrumentos e técnicas de avaliação de aprendizagem/ Léa Depresbiteris, Marialva Rossi Tavares. – São Paulo: Editora Senae São Paulo, 2009. HOFFMAANN, Jussara. O jogo do contrário em avalição/ Jussara Hoffmann.- Porto Alegre: Mediação, 2005. 192 p. MORAES, Dirce Aparecida de. Prova: instrumento avaliativo a serviço da regulação do ensino e da aprendizagem. Est. Aval. Educ. São Paulo, v. 22, n. 49, p. 233-258, maio/ago. 2011 Referenciais freirianos para a prática da avaliação. Disponível em < https://seer.sis.puc- campinas.edu.br/seer/index.php/reveducacao/article/view/90> VASCONCELLOS, Celso dos Santos, 1956- Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar 11ª ed./ Celso dos Santos Vasconcellos.- São Paulo: Libertad, 2000.- (Cadernos Pedagógicos do Libertad; v.3) VASCONCELLOS, Celso dos Santos, 1956- Avaliação da Aprendizagem: Práticas de Mudança- por uma práxis transformadora/ Celso dos Santos Vasconcellos. –São Paulo: Libertad, 1998.- (Coleção Cadernos Pedagógicos do Libertad; v. 6).
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