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Enfermidades Neonatais em equinos

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Natália Barone Spachi
P1 - Enfermidades Neonatais
Enfermidad
e
Resumo Etiologia Diagnóstico Tratamento
Falha de
Transferênci
a de
Imunidade
Passiva
(FTIP)
→ A imunidade passiva (Acs
transferidos da égua para o
potro) é adquirida pelo potro
através do colostro.
→ Janela de absorção do
colostro: até 24h pós parto
(IDEAL: até as primeiras 6h)
→ Ao nascimento os potros
possuem capacidade de
absorção de imunoglobulinas
mas estão sem nenhum
anticorpo antes de ingerirem o
colostro. Isso os torna
suscetíveis a infecções neste
período neonatal.
→ FTIP predispõe à sepse.
A etiologia da FTIP pode
estar relacionada à
problemas com o
neonato ou a problemas
com a égua:
→ Neonato:
● Inabilidade de
mamar;
● Inabilidade para
absorver as
imunoglobulinas
ingeridas através
do colostro (casos
em que o potro
mama, mas após
a janela de
absorção ou em
potros que
possuem TGI
inflamado,
comum em
animais
dismaturos ou
prematuros).
→ Égua:
● Produção de
colostro de baixa
qualidade (pouco
rico em
imunoglobulinas);
● Produção de
pouca quantidade
de colostro.
O diagnóstico de um potro com FTIP é
realizado associando-se histórico com
a dosagem de IgG sérica do animal.
obs.: IgG só é adquirida pelo potro
através do colostro. Um potro que não
mamou colostro possui pouquíssima ou
nenhuma IgG na corrente sanguínea.
→ A mensuração da IgG sérica deve
ser realizada em ATÉ 12H PÓS PARTO
● motivo: se a dosagem estiver
baixa, ainda possuímos tempo
dentro da janela de absorção
imunológica para tratar o
animal com colostro. Após a
janela, o potro já possui FTIP e
deve ser tratado para tal
associando-se com tratamento
para sepse, para a qual se
torna altamente susceptível.
Conclusões retiradas do exame de
mensuração de IgG sérica do potro:
valor de
IgG
(mg/dL)
interpretação
>800 ADEQUADO
400 - 800 Falha de
transferência
PARCIAL
<400 Falha de
transferência TOTAL
O tratamento da FTIP pode ser realizado com
uso de colostro, de plasma ou de outros produtos
comerciais e devem ser associados a tratamento
de sepse neonatal, quando presente.
Colostro Plasma
Momento <12h pós parto -
idealmente entre 8
a 10 horas-
(com mais de 12h
pós parto o colostro
só tem função de
imunidade local)
>12h - 24h pós parto
TGI pleno comprometido
(compromete a
absorção de colostro)
Sist.
Cardiovas
c. e TC
normais alterados
(hipotermia e alteração
de sistema
cardiovascular
conferem incapacidade
de absorção de
colostro)
Quantida
de e via
de adm.
A quantidade é
dependente da
qualidade -
preconiza-se 1 a 2 L
divididos em 3 a 4
alimentações.
→ Via:
*se bom reflexo de
sucção =
mamadeira
*alternativa =
sonda nasogástrica.
Soro hiperimune -
2500mg/dL de IgG -
(IDEAL): 20 a
40mL/Kg, IV.
A quantidade varia de
acordo com a
quantidade de IgG
dosada no sangue do
potro a ser tratado.
Objetiva-se que ao
final do tratamento o
potro apresente níveis
de IgG>800 mg/dL
(isso configura aprox.
1 a 2 L de soro
Natália Barone Spachi
hiperimune).
Sepse
Neonatal
Equina
→ É um dos grandes riscos da
FTIP.
→ É a maior causa de
mortalidade em potros nas
primeiras semanas de vida;
→ Seu reconhecimento precoce
resulta em melhores
prognósticos.
→ SIRS, uma resposta
inflamatória sistêmica à
diversos insultos diferentes,
pode ocorrer por conta de
SEPSE e evoluir para choque e
disfunção de múltiplos sistemas
orgânicos;
→ Presume-se que POTROS
NOS PRIMEIROS DIAS DE
VIDA COM SINAIS DE SIRS são
potros COM SEPSE NEONATAL.
→ SIRS é um sinal de
reconhecimento precoce de
sepse em potros no período
neonatal.
→ A sepse pode se
instalar ainda na vida
intra uterina, durante o
parto ou após o
nascimento do potro.
Fatores predisponentes
da Sepse neonatal
equina são:
1- FTIP:
*Um dos motivos:
mamar o colostro na
janela de absorção é
essencial, pois ao mesmo
tempo que a imunidade
passiva é passada
(absorvida) ocorre
fechamento das células
intestinais impedindo
penetração de bactérias.;
Obs.: Tanto bactérias G+
quanto G- costumam ser
causadoras de sepse
neonatal.
(usar inicialmente ATB de
amplo espectro.
Penicilina não, pois ela
atinge somente G+)
- Bactérias penetrantes
pelo umbigo;
Obs.: Umbigo e TGI são
as principais portas de
entrada para bactérias
em potros.
2- Placentite bacteriana;
3- Falta de higiene no
manejo;
4- Alterações neonatais
predisponentes.
PROVA → Critérios para diagnóstico de
SIRS neonatal equina:
Parâmetro SIRS
Temperatura febre (>39,2ºC) ou
hipotermia
(<37,2ºC)
FC taquicardia (>120
bpm)
FR taquipnea (> 56
rpm)
Leucócitos leucocitose (>12,5 x
10³) ou leucopenia
(<4,0 x 10³) com
presença de
bastonetes
Lactato > 2,5 mmol/L
(aumentado)
Glicose <50 mmol/L
Alterações em 3 destes 6 parâmetros,
sendo que um dos parâmetros
alterados deve ser Temperatura ou
Leucócitos, indica que o potro está em
SIRS, e SIRS indica GRANDE
PROBABILIDADE de SEPSE →
Tratamento imediato!!!
Avaliação do neonato:
Histórico (identificação de fatores de
risco) + exame físico (maior ferramenta
para reconhecimento de sepse) +
exames laboratoriais (achados
definem sepse)
Sinais de sepse ao exame físico:
TRATAMENTO EMERGENCIAL!
A base do tratamento da sepse é a
ANTIBIOTICOTERAPIA de amplo espectro E
tratamento da FTIP.
Há associação com suporte hemodinâmico e
terapia suporte
Tratamento suporte:
● Oxigênio intra-nasal;
● Troca de decúbito;
● Cura do umbigo;
● Tratamento da falha de transferência
(plasma hiperimune intravenoso);
● Fluidoterapia (suporte hemodinâmico);
● Nutrição enteral ou parenteral;
● Manter o animal aquecido e seco;
● Sonda urinária;
● Pesagem diária.
Duração do tratamento da sepse = 1 a 4
semanas
Natália Barone Spachi
1. taquicardia;
2. febre ou hipotermia;
3. mucosas hipocoradas ou
hipercoradas;
4. desidratação;
5. sinais de hipoglicemia;
6. petéquias (alterações
vasculares pela progressão da
SIRS ao choque);
7. halo hiperêmico ao redor dos
dentes (gengivas);
8. coronite;
9. uveíte;
10. aumento de volume e
temperatura das articulações.
Sinais laboratoriais de sepse:
1. inicialmente leucopenia intensa
com desvio à esquerda e
posteriormente leucocitose;
2. aumento de lactato
3. aumento de fibrinogênio
4. aumento de proteína amilóide
A sérica
5. IgG sérica baixa (FTIP)
6. cultura sanguínea positiva
a. negativo NÃO descarta
sepse.
Escore de Sepse:
Realizado de acordo com pontuações
conferidas à parâmetros
laboratoriais, anamnese e exame
clínico do animal.
Nota > 8-11 = potro séptico
TRATAMENTO IMEDIATO!!!
Prematurid
ade
→ Potro prematuro é aquele
animal que nasceu com menos
de 320 dias de gestação ( <11
meses).
→ Potros prematuros são
Possíveis causas da
prematuridade são:
● Gestação
gemelar;
● Placentite;
Potros prematuros (nascimento
anterior ao período esperado) e
dismaturos (nascimento no período
correto, porém animal possui alguma
alteração de desenvolvimento que o
→ Estabilização das articulações: As
articulações cárpica e társica do animal devem
ser estabilizadas para que não ocorra um
colapso articular. Isso pode ser feito através do
emprego de uma tala para retirar a descarga de
Natália Barone Spachi
POTROS DE ALTO RISCO de
desenvolvimento de doenças
neonatais como FTIP e Sepse.
● Problemas com a
égua no período
gestacional;
● Problemas
congênitos nos
potros.
faz se assemelhar a um animal
prematuro) apresentam sinais de
prematuridade:
1. Orelhas moles (cartilagem
ainda não se desenvolveu
adequadamente);
2. Cabeça abaulada;
3. Porte pequeno;
4. Pelos finos;
5. Relaxamento excessivo dos
tendões;
6. Maturação incompleta dos
órgãos do trato respiratório e
do trato gastrointestinal (pois
estas ocorrem ao terço final da
gestação);
7. Ausência de reflexo de sucção;
8. Dificuldade de se levantar e de
se locomover;
9. Ossificação alterada (RX de
ossos do carpo e do tarso
fecham diagnóstico de
prematuridade,
demonstrando ossificação
incompleta do animal).
Ossificação incompleta dos ossos do carpo e do tarso
visualizada pelo exame radiográfico.
peso sobre a articulação e limitando o
movimento do animal.
→ Tratamento para FTIP: Potros prematuros
possuem grandes chances de cursarem com FTPI
devido à imaturidade dos seusórgãos e por não
conseguirem levantar para mamar ou
conseguirem mas terem o reflexo de sucção ruim.
→ Tratamento para a Sepse: FTIP predispõe à
sepse. Tratá-la se presente!
Síndrome
do Mau
Ajustament
→ Ocorre pelo mau
ajustamento/adaptação do
potro ao ambiente em que eles
As causas podem estar
relacionadas:
1- À mãe:
É realizado tratamento suporte:
→ Em caso de convulsões:
● Diazepam;
Natália Barone Spachi
o Neonatal vivem após o nascimento.
→ Ocorre uma oxigenação
anormal dos tecidos (hipóxia)
que afeta os sistemas nervoso
(levando ao potro “dummy”),
gastrointestinal, respiratório e
renal.
→ Uma grande característica
dessa enfermidade é o fato de
que 80% dos potros melhoram
de um dia para o outro ao
receberem tratamento suporte
por alguns dias.
Estes 80% são aqueles que não
sofreram hipóxia cerebral. Os
20% que sofrem com hipóxia
cerebral têm mínima chance de
melhora.
O motivo de estes 80% dos
potros nascerem com a
síndrome e melhoram
rapidamente após tratamento
suporte pode ser explicado pela
teoria dos neuroesteróides:
Durante a gestação existem
hormônios que mantém o potro em
estágio quiescente
(progestágenos) para não
machucar a égua. Ao ao nascer,
algo dá um start para diminuição
desse hormônio e aumento do
cortisol (transição hormonal do
meio intra para o extra uterino).
Existem potros (os 80%) com falha
dessa transição hormonal, o que
faz com que nasçam mais lerdos,
até que de repente algo acontece e
esses potros melhora “do nada”.
Acredita-se que, a pressão da
passagem pelo canal do parto,
provavelmente é o start para a
transição hormonal do potro
(queda de progestágeno e
aumento do cortisol) para que o
● doença
respiratória;
● endotoxemia;
● hemorragia,
anemia.
2- À placenta:
● placentite;
● separação crônica
útero-placenta.
3- Ao feto:
● gestação
gemelar;
● anormalidades
congênitas;
● distocia;
● aspiração de
mecônio;
● sepse;
● prematuridade e
dismaturidade.
● Midazolam.
→ Terapias de suporte:
● Oxigênio;
● Fluidoterapia;
● Suporte nutricional.
→ Antioxidantes:
● Alopurinol;
● DMSO;
● Tiamina, Vit. C, Vit E.
→ Sulfato de Magnésio
→ Tratamento para FTIP e Sepse, se presentes.
Natália Barone Spachi
potro “reconheça” que está
nascendo e “acorde” para a vida.
Isoeritrólise
Neonatal
→ Se trata de uma síndrome
hemolítica onde existe uma
incompatibilidade do sangue
da égua com o sangue do
potro;
→ Dificilmente ocorrem em
primeiras gestações (exceto se
a égua já passou por
transfusão sanguínea prévia).
→ Raça Puro Sangue Inglês
tem maior tendência de
desenvolvimento de
isoeritrólise neonatal, pois
nessa raça há maior incidência
dos tipos sanguíneos A e Q, que
são mais imunogênicos.
→ Prevenção:
● Não utilizar éguas
receptoras com
histórico de potros com
IN em reprodução;
● Em caso de égua
doadora com histórico
de potro IN, alterar o
garanhão do
cruzamento e impedir o
futuro filhote de mamar
o colostro;
● Tipagem sanguínea de
reprodutoras. Éguas
negativas para tipos
sanguíneos A ou Q
devem ser cruzadas
com machos também
negativos.
→ Ao entrar em contato
com o sangue do potro
em uma primeira
gestação, durante o
parto, caso ele seja
diferente do tipo
sanguíneo dela, a égua
desenvolve anticorpos
contra aquele tipo
sanguíneo. Assim, na
próxima gestação de um
animal com o mesmo tipo
sanguíneo do anterior,
após o parto, e ingestão
do colostro, o potro
começará a desenvolver
uma síndrome hemolítica,
já que o colostro da mãe
possui anticorpos contra
seu tipo sanguíneo.
PROVA - Pré Requisitos
para desenvolvimento de
Isoeritrólise Neonatal:
1. Potro e égua com
tipos sanguíneos
diferentes;
2. Potro com tipo
sanguíneo A ou Q
(tipos altamente
imunogênicos);
3. Égua ter tido
contato prévio
com o sangue
diferente do dela
(seja em um parto
anterior ou por
transfusão
→ Suspeita-se de isoeritrólise neonatal
quando:
● Potro nasceu sadio e apos
mamar o colostro apresentou
sinais como febre, icterícia de
mucosas, taquicardia,
taquipneia e fraqueza.
→ Os sinais clínicos da isoeritrólise
neonatal variam de acordo com a
quantidade de anticorpos ingerida
pelo potro pelo colostro (diretamente
relacionada com a quantidade e
qualidade do colostro ingerido).
Estes sinais ocorrem por conta da
hemólise causada às hemácias do
potro pelos anticorpos da mãe contra o
sangue do filhote. Os sinais mais
comuns desta hemólise são:
1. mucosa ictérica (hemólise leva
a ⬆bilirrubina) ou hipocorada
(anemia);
2. taquicardia e taquipneia
secundárias à anemia
instalada;
3. apatia;
4. fraqueza
5. febre;
6. pigmentúria (urina bem
amarelada por conta da
presença de bilirrubina).
→ Resultados laboratoriais do
paciente com isoeritrólise neonatal:
1. Anemia em diferentes graus
dependendo da quantidade de
Acs ingeridos;
2. Hiperbilirrubinemia
(⬆bilirrubina indireta);
obs.: a bilirrubina indireta é aquela que ainda
não passou pela conjugação no fígado, e quando
PROVA - Tratamento para isoeritrólise neonatal
equina:
1. TRANSFUSÃO SANGUÍNEA: deve ser
realizada dependendo da intensidade da
anemia.
● Anemia intensa (Ht<15%) -
animal com ⬆FC; ⬆FR;
Fraqueza excessiva - Devemos
realizar a transfusão pois o potro
corre risco de choque
hipovolêmico.
Alternativas para transfusão:
→ Sangue total - possíveis doadores:
● doador com sangue compatível
visto em teste de compatibilidade
sanguínea entre ele e o potro;
● doador que nunca recebeu
transfusão prévia;
● doador que nunca tenha parido;
● doador macho castrado (mais
dócil, coleta mais fácil).
Natália Barone Spachi
sanguínea);
4. Potro ingerir o
colostro até as 24
primeiras horas
de vida (janela
imunológica de
absorção).
está aumentada indica que há uma grande
quantidade de heme na circulação (por conta da
hemólise) e o fígado não consegue metabolizar
na mesma velocidade.
3. Hemoglobinúria.
→ O diagnóstico da isoeritrólise
neonatal é composto por Histórico da
égua, Sinais clínicos, Achados
laboratoriais e Testes de Aglutinação e
de Coombs.
→ Testes:
1. Teste de aglutinação:
O colostro da égua é misturado
com o sangue do potro para ver
se ocorre aglutinação (+).
2. Teste de Coombs:
O teste de Coombs identifica
anticorpos contra as hemácias
do potro;
Não é específico para
isoeritrólise neonatal;
Nos indica se ocorreu ou não
hemólise;
Dá falso negativo com
frequência.
“ O teste de hemólise padrão parece
ser o mais útil para demonstrar a
hemaglutinação ou a lise de hemácias
do potro quando expostas ao soro ou
colostro da égua, mas o teste de
Coombs - um teste de antiglobulina
direta - por propósitos práticos
confirma a presença de anticorpos na
superfície de células vermelhas do
potro afetado fornecendo o
diagnóstico” (ROSSI, Larissa Sartori. Isoeritrólise Neonatal
Equina. Orientador: Prof. Ass. Dr. José Nicolau Próspero Puoli Filho.
2009. 20 p. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação (Bacharelado
em Medicina Veterinária) - UNESP - Botucatu, Botucatu - SP, 2009.)
→ Diagnósticos diferenciais para
isoeritrólise neonatal:
1. Sepse por algum agente
etiológico hemolítico: Babesiose
→ Papa de hemácias da égua mãe:
essa porção do sangue não possui Acs. Os
Acs se concentram no soro.
2. INTERROMPER A INGESTÃO DE
COLOSTRO: Retirar o colostro do potro, já
que ele é a fonte de anticorpos contra o
tipo sanguíneo do filhote.
● ideal: colocar focinheira no potro
que impeça a mamada para não
precisar separá-lo da mãe, o que
leva a um grande estresse.
3. FONTE ALTERNATIVA DE ALIMENTAÇÃO:
Oferecer ao potro uma fonte alternativa
de nutrição como leite de outra égua
lactante ou um sucedâneo comercial.
→ Obs.: após a janela de absorção do
colostro o potro pode voltar a mamar
(preconiza-se retorno permitido após 36h
de vida)
4. ACABAR COM O COLOSTRO DA ÉGUA:
Ordenhar a égua com frequência para
que o colostro seja eliminado o mais
rapidamente possível.
5. TRATAMENTO DE FTIP E DE SEPSE (SE
PRESENTE): Potros com isoeritrólise
neonatal correm grande risco de sepse
por cursarem também com FTIP, já que
não podem ingerir o colostro da mãe.
Sendo assim o tratamento desses potros
deve ser associado com tratamento de
FTIP.
6. ADMINISTRAÇÃO DE CORTICÓIDE NOPOTRO: O corticóide auxilia a reduzir a
hemólise atuando como imunossupressor.
Apesar disso, seu uso é controverso pois
ele pode predispor ainda mais o potro à
sepse, visto que inibe seu sistema
imunológico.
7. APLICAÇÃO DE SORO: para prevenir que
a bilirrubina indireta elevada não tenha
Natália Barone Spachi
(babesiose transplacentéria
em caso de éguas com babesia
durante a gestação) → exames
laboratoriais são bem
semelhantes ao da isoeritrólise.
Para tirar a dúvida, realizar
pesquisa de hematozoários
(coleta de sangue de ponta de
orelha em pico de febre).
efeito neurotóxico, através da
hemodiluição.
Retenção
do Mecônio
→ Mecônio é o nome dado às
primeiras fezes do potro após o
parto e deve ser defecado
entre 2 e 12 horas após o
nascimento.
→ O maio estímulo para
defecação do mecônio é a
ingestão de colostro, por
estimular a motilidade do TGI
do potrinho.
→ A retenção de mecônio é
uma patologia em que há a
dificuldade de defecar o
mecônio nas primeiras horas de
vida gerando desconforto
abdominal no potro.
→ Os sinais clínicos de retenção de
mecônio são brandos e intermitentes.
● O animal apresenta leve dor
abdominal intermitente, sinal
de movimentação intensa de
cauda e tenesmo.
→ Potro com 24 a 48h de vida, com
sinais de desconforto abdominal
intermitente, sem febre, quando não
está com dor o potro mama e tem
clínica alerta ⇨ indicativos de Retenção
de Mecônio!
→ Fechando diagnóstico de Retenção
de mecônio:
1. Realização de palpação digital
retal na tentativa de sentir o
mecônio próximo ao reto. Em
caso positivo, tentar removê-lo
com o próprio dígito.
2. Diagnóstico terapêutico:
realizar enema e ver se o
problema se resolve (em 98%
dos casos, o enema resolve o
desconforto).
3. US abdominal e RX podem ser
utilizados em casos mais
avançados e com episódios de
dor mais intensos.
→ Diagnósticos diferenciais para
Retenção de Mecônio:
1. enterite
→ O tratamento é realizado por meio de enema.
Opções de enema:
● O enema que apresenta melhor resultado
é o composto por água morna e sabão
neutro.
○ É realizada a dministração de
grande volume em por uma sonda
de Foley (maleável, não machuca
o reto);
○ A sonda é introduzida por 10 cm
no reto do potro e o enema é
administrado por gravidade (NÃO
APLICAR PRESSÃO PARA NÃO
AGREDIR A MUCOSA RETAL!);
○ Ao retirar a sonda de foley ocorre
então a saída do mecônio.
● O enema de humano (Fleet enema)
também pode ser utilizado em potros,
mas este enema contém muito fósforo e
por isso não pode ser utilizado mais de
uma vez caso seja necessário mais de
um enema para conseguir eliminar todo o
mecônio retido. Por conta disso, o mais
seguro e mais utilizado é enema de água
morna e sabão neutro.
Natália Barone Spachi
2. intussuscepção
3. vólvulo intestinal
4. úlceras gástricas
5. rupturas de bexiga
6. atresia de cólon
Diarréia do
Cio do
Potro
→ Se caracteriza por uma
diarréia que aparece no potro e
coincide com a época do
primeiro cio da égua após o
parto (varia de 1 semana a 10
dias pós parto).
→ É uma diarréia que
naturalmente ocorre nesse
período. Passa a ser
considerada anormal quando
há presença de febre
concomitante.
→ No período entre o
nascimento do potro e o
primeiro cio da égua o
filhote já inicia a ingestão
de volumoso. A mudança
da microbiota do trato
gastrointestinal do
animal pela transição da
alimentação de apenas
leite para volumoso
provoca a diarreia do cio
do potro.
→ A diarréia do cio do potro NÃO É
UMA DIARRÉIA INFECCIOSA!
→ Se o animal ficar prostrado e tiver
febre, provavelmente se trata de uma
diarréia infecciosa e não a do cio do
potro.
→ Fatores que nos fazem suspeitar de
diarréia do cio do potro:
1. Potro com 10 dias de idade;
2. Apresenta diarréia não fétida;
3. Não apresenta febre;
4. Continua mamando e alerta;
5. Possui exame físico normal.
→ Diferenciais para diarreia do cio do
potro:
● Diarréias patológicas →
Diferenciamos estas, da do cio
do potro, pois estas cursam
com febre, apatia,
desidratação e potro não
mama.
○ microrganismos
comumente associados
às diarréias patológicas
são:
→ Rotavírus
→ Salmonella
→ E. coli
→ Clostridium perfringens A e C
→ Clostridium di�cile
→ A diarréia do cio do potro é autolimitante, se
resolvendo assim que o organismo do animal se
acostuma com o novo hábito alimentar
introduzido.

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