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Carla Bertelli – 5° Período Meningite Meningite • Meninges = Meningite • Parênquima Cerebral = Encefalite • Medula = Mielina • Encéfalo + Medula = Encefalomielite Inflamação da pia-máter, da aracnoide, do espaço subacarcnóide e do líquor • Piogênica, Bacterina • Linfocítica, Viral • Crônicas Bacteriana Inverno, outono. Dependendo da faixa etária pode corresponder diferentes agentes causadores. A meningite bacteriana é uma infecção purulenta aguda no interior do espaço subaracnóideo (ESA). Está associada a uma reação inflamatória do sistema nervoso central (SNC), que pode resultar em diminuição da consciência, crises convulsivas, aumento da pressão intracraniana (PIC) e acidente vascular cerebral (AVC). As meninges, o ESA e o parênquima cerebral são frequentemente acometidos pela reação inflamatória (meningoencefalite). • Neonatos – Estreptococos do grupo B, escherichia coli • 2-6 anos – Neiserria meningitidis (intracelular obrigatória), Haemophilus influenza* • Adultos – Streptococcus pneumoniae e Neiserria meningitidis Fisiopatologia – Bactérias precisam colonizar (começam com a região nasal, infecção pulmonar) que se dissemina por via hematogênica para outras estruturas. Quanto entram no plexo coroide, pelas células epiteliais e endoteliais que recobrem o SNC, entram em contato com o liquor e se desenvolvem no espaço no subaracnóide • Multiplicação rápida • Citocinas, quimiocinas • Recrutamento de células de defesa para responder a essa inflamação (aumento da permeabilidade) • Vasculite e trombose dos vasos sanguíneos • Hidrocefalia obstrutiva Manifestações Clínicas – Febre, cefaleia, rigidez de nuca, queda do nível de consciência, náuseas, vômitos e fotofobia, lesões petequiais, crises convulsivas, sinais de Kernig e Brudzinski, Hipertensão Intracraniana, Paralisia de nervos craniânicos Diagnóstico – Hemocultura, Exame do Líquor (principal), exames de imagem, biópsia de lesões cutâneas petequiais Alterações do Líquor • Aumento de Proteínas • Redução de Glicose • Aumento de Neutrófilos • Líquor Turvo • Celularidade Aumentada • LDH aumentado • Ácido lático aumentado Diagnóstico Diferencial Maningoencefalite por HSV – Alterações de consciência, déficits neurológicos e crises convulsivas, líquor típico de infecção viral Empiema Subdular, extradural e abcessos cerebrais – Alterações neurológicas focais Meningites Subagudas Carla Bertelli – 5° Período Vacinas Crianças – Pentavalente, pneumocócica 10-valente, meningocócica C Adolescentes – Meningocócica ACVWY >60 anos ou indígenas – Outra Viral Normalmente asséptica. Mais comum na primavera-verão • Enterovírus • Herpes Simplex • Varicela Zoster • Epstein-Barr • Citomegalovírus Manifestações Clínicas – Febre, cefaleia, rigidez de nuca, fotofobia, dor aos movimentos oculares, mal-estar, mialgia, anorexia, Estupor, coma, confusão mental, convulsões, não são típicos de Meningite Viral Diagnóstico – Exame de Líquor, testes sorológicos, PCR da amostra • Líquor de aspecto limpo • Leucocitose (aumento de linfócitos) • Proteína normal ou aumentada • Glicose Normal • Pressão de Abertura Normal • Bacterioscopia/Cultura Negativa Diagnóstico Diferencial Meningite bacteriana parcialmente tratada pode se aparentar como uma meningite viral Estágios Iniciais de meningite fúngica, tuberculose ou sifílica – cultura negativa, pleocitose linfocitária, glicose normal Meningites por mycoplasma, listeria, brucella Meningite neoplásica, induzida por fármacos ou doenças reumatológicas Meningite Crônica • Sinais e Sintomas > 4 semanas • Resposta Inflamatória persistente no líquor • Incapacidade Neurológica profunda e pode ser fatal Categorias: • Infecções das Meninges • Neoplasia Maligna • Distúrbios Autoimunes • Meningite Química (induzida por fármacos) Fisiopatologia – Semelhante. Microrganismo invade por via hematogênica. No SNC coloniza o líquor e desencadeia uma inflamação Estimulação de Fibras Nociceptivas – Cefaleia, dor em nuca e costas Obstrução de Forames e Granulações Aracnoideas – Hidrocefalia, PIC Dano Vascular e Infartos – Alterações cognitivas e comportamentais Lesões de Raízes Nervosas – Dor radicular, perda da sensibilidade, fraqueza motora, incontinência urinária e/ou fecal Manifestações Clínicas Carla Bertelli – 5° Período Diagnóstico – Líquor, TC ou RM (avaliar encefalite), após a confirmação, identifica-se a etiologia • Investigar doenças subjacentes • Teste tuberculíneo • Radiografia de Tórax • Exame de Cultura e Urina • Hemograma e Hemocultura • Exames Bioquímicos • Biópsia das Meninges Paciente Imunissuprimido apresenta Meningite Crônica causada por – Cryptococcus, cândida, toxoplasma gandi Meningite Tuberculosa • Mycobacterium tuberculosa • BAAR Disseminação hematogênica da tuberculose primária ou pós primária – ruptura de um tubérculo subependimário no espaço subaracnóideo – Multiplicação bacteriana e inflamação – Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas – Febre baixa, mal-estar, anorexia, irritabilidade, cefaleia e alterações mentais discretas Evolução em 1 ou 2 semanas, cefaleia intensa, confusão, letargia Líquor e demonstração do Bacilo Neurossífilis • Treponema pallidum • Transmitidos por contato sexual com lesões infecciosas Bactéria em contato com mucosa ou pele, se multiplica, invade circulação sanguínea e linfática (lesão primária no local da inoculação), invade muitos tecidos, inclusive SNC. Anormalidades no líquor em 40% dos pacientes com secundária – Neurossífilis é uma manifestação tardia Sintomático (HIV) – Neurossífilis meníngea, meningovascular e parenquimatosa Assintomático – Com alteração de líquor: pleocitose mononuclear, proteínas aumentadas, VDRL Positivo Manifestações Clínicas Sífilis Meníngea – Cefaleia, náuseas, vômitos, rgidez de nuca, Sífilis Meningovascular – Vasculite inflamatória de pequenos, médios e grandes vasos. Se inicia em cefaleias, vertigem, insônia e anormalidades psicológicas Sífilis Parenquimatosa – Alteração da personalidade (afeto, reflexo, visão, sensória, intelecto, fala, memória). Após 30 anos do contato inicial pode-se causar tabis dorsalis – uma desmielinização das raízes dorsais Diagnóstico Líquor • Pleocitose Mononuclear • Proteínas Aumentadas Leves • VDRL • FTA-ABS+ Técnicas Moleculares Diagnóstico Diferencial – Infecção pelo HIV, demais meningites crônicas. Neurocriptococose Micose sistêmica – Cryptococcus neoformans e C. Gatti Se desenvolve em pacientes com o sistema imunológico afetado Disseminação hematogênica a partir de foco pulmonar Infecção das meninges e do parênquima cerebral Fisiopatologia – Colonização da leptomeninge e espaços de Vorchow-Robin Carla Bertelli – 5° Período Desencadeia uma inflamação granulomatosa ou reação inflamatória ausente em imunocompetentes Reação Inflamatória em imunossuprimidos • Obstrução liquórica e HIC • Compressão do Parênquima Cerebral Diagnóstico • Levedura encapsuladas • Glicose Baixa • Proteína Alta • LDH Alto • Ácido Láctico Alto • Monócitos e Linfáticos Coloração com nanquim, cultura de líquor, sorologia Neurotoplasmose • Toxoplasma gondii Taquizoítos – Multiplicação Rápida, fase aguda Bradizoíto – Multiplicação lenta, latência Disseminação por taquizoítos livres ou dentro de macrófagos Apresentação clínica depende do sistema imunológico do paciente Replicação dos taquizoítos lesiona a célula infectada – necrose tecidual focal ou difusa e reação inflamação intensa, mononuclear intensa – Meningoencefalite difusa ou focal. Necrose e nódulos microgliais Cistos de Bradizoítos permanecem latentes no SNC Diagnóstico• Exames Sorológicos – detecção de anticorpos no soro • Líquor – Leve aumento de proteínas e leucocitose • Diagnóstico molecular • Diferencial: infecção fúngica, micro bacteriana, linfoma, abcesso REFEREÊNCIA – LIVRO HARRISON
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