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Prévia do material em texto

Conteudista: Prof.ª Dra. Niara da Silva Medeiros
Revisão Textual: Prof.ª Ma. Sandra Regina Fonseca Moreira
Material Teórico
Material Complementar
Referências
Identi�cação e Diferenciação de Cocos Gram-
Positivos e Enterobactérias de Importância
Médica
Identi�cação e Diferenciação de Cocos Gram-Positivos
e Enterobactérias de Importância Médica
Staphylococcus (S. aureus, S. epidermidis)
Bactérias do gênero Staphylococcus são geralmente encontradas na microbiota normal das
cavidades respiratórias (S. aureus), pele, intestino, sistemas reprodutivo e urinário, mas que,
eventualmente, podem causar determinadas doenças, quando essas bactérias saem do nicho
onde vivem normalmente como microbiota e se alojam em outros locais, por exemplo, quando
a barreira da pele é invadida ou submetida a procedimentos médicos. 
Este gênero é dividido em dois grupos: coagulase-negativa e coagulase-positiva (baseado em
testes bioquímicos que veremos a seguir). Entre os Staphylococcus coagulase-negativa,
podemos citar os Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus lugdumenses e Staphylococcus
saprophyticus. O representante do grupo coagulase-positiva é Staphylococcus aureus, que está
1 / 3
Material Teórico
 Objetivos da Unidade:
Identi�car as provas bioquímicas para identi�cação de coco gram
positivos e bacilos gram negativos;
Conhecer seus aspectos clínicos, fatores de crescimento in vitro,
diagnóstico e tratamento.
presente na microbiota da pele, mas que pode causar escarlatina, furúnculos, impetigo,
síndrome da pele escaldada e infecções da pele que foram submetidas a cirurgias.
Morfologia
Staphylococcus sp. tem como característica morfológica o formato de cocos dispostos em
cachos (semelhantes a cachos de uva) (Figura 1).
Figura 1 – Morfologia da bactéria do gênero
Staphylococcus sp, em formato de cocos. (A) microscopia
eletrônica. (B) morfologia pela técnica de coloração de
Gram (positivas). Observe nas duas imagens a disposição
em cachos destacados nas marcações.
Fonte: Getty Images
Para identi�cação inicial, a amostra pode ser inoculada em ágar sangue de carneiro. O
crescimento das colônias após inoculação da amostra é rápido. As colônias possuem 1,0 a 2,0
mm de diâmetro após 24h. A olho nu, podem ser observadas colônias lisas, butirosas e
convexas, de bordas contínuas e coloração branco-porcelana ou acinzentadas (Figura 2).
Estas características se enquadram para quase todas as espécies de Staphylococcus, exceto o S.
aureus, que apresenta colônias amareladas ou amarelo- alaranjadas (após 72h de incubação),
podendo apresentar hemólise (veremos mais adiante detalhes dos tipos de hemólise).
Figura 2 – Colônias de Staphylococcus aureus sp. em ágar
sangue. Observe na imagem da direita a região mais clara
ao redor das colônias, característica de Beta-hemólise.
Fonte: Adaptada de Wikimedia commons
 Importante!
Não confunda “esta�lococos” com Staphylococcus. A primeira forma de escrita
se refere ao formato e arranjo das células bacterianas. A segunda se refere aos
gênero desse grupo de bactérias.
Aspectos Clínicos: infecções mais comuns
Infecções Nosocomiais: importância clínica da MRSA
Infecções nosocomiais são infecções adquiridas por pacientes que estão sob tratamento em
hospitais (durante a internação), ou unidades de saúde (asilos, centros cirúrgicos sem
internação, ambulatórios). Também podem ser chamadas de infecções associadas aos
cuidados de saúde ou infecções hospitalares. Não há qualquer evidência de que esse tipo de
infecção esteja presente ou que a bactéria esteja incubada no momento da admissão do
paciente a um hospital, con�rmando que a infecção aconteceu nos ambientes citados acima.
Explore 
As principais doenças relacionadas ao gênero Staphylococcus são as
infecções de pele. Veja no capítulo 21, páginas 581 a 584,  do livro de
Tortora, Funke e Case (2017), o item “Doenças bacterianas da pele”.
Glossário 
“Nosocomial” em grego, signi�ca “hospital”.
Há pesquisas que relatam que um em cada 25 pacientes hospitalares adquirem pelo menos
uma infecção nosocomial, resultado conjunto da existência de microrganismos nos ambientes
hospitalares, presença de hospedeiros e cadeia de transmissão que em conjunto contribuem
para a instalação destas infecções. 
Ao veri�car a presença de infecções nosocomiais, os pacientes são tratados com terapia
antimicrobiana. Esta terapia, se utilizada de maneira inadequada, pode contribuir para a
resistência de bactérias a antibióticos, di�cultando cada vez mais o tratamento e�ciente. Veja
na tabela abaixo as principais bactérias encontradas em infecções hospitalares, o tipo de
infecção e o percentual de resistência (Figura 3).
Saiba Mais 
Quando estudamos sobre infecções nosocomiais, é importante
entendermos sobre os microrganismos presentes nos ambientes de
saúde, a cadeia de transmissão, os principais tipos de infecções e
como realizar o controle. Leia o item “Infecções associadas aos
cuidados de saúde (IACSs)” do capítulo 14, páginas 402 a 405, do livro
de Tortora, Funke e Case (2017).
Figura 3 – Microrganismos envolvidos em infecções
associadas aos cuidados da saúde
Fonte: TORTORA, 2017, p. 402
Observe na Figura 3 que a bactéria Staphylococcus aureus é responsável principalmente por
infecções de feridas cirúrgicas, mas pode também causar espinhas, furúnculos, pneumonias,
intoxicações alimentares e infecções hospitalares. Note que 55% das bactérias encontradas
possuem algum tipo de resistência a antibióticos. 
Na década de 1950, foi observado que S. aureus adquiriu resistência à penicilina, antibiótico
normalmente utilizado no tratamento, e foi necessário o uso da meticilina. No entanto, em
1980, o S. aureus adquiriu resistência à meticilina (MRSA), tornando-se endêmico, o que fez
necessário o uso de outro antibiótico para tratamento, a vancomicina. 
Mas o que signi�ca S. aureus ser MRSA? MRSA vem da sigla em inglês Methicillin Resistant
Staphylococcus aureus. A meticilina é um antibiótico classi�cado como betalactêmico de
pequeno espectro e pertence ao grupo das penicilinas. S. aureus se tornou resistente a este
antibiótico através da mutação de uma proteína de ligação à penicilina. Este tipo de mutação é
transferida entre as bactérias por bacteriófagos. 
Em 2002, foi detectado o primeiro caso de resistência Staphylococcus resistente a vancomicina
nos Estados Unidos, agravando ainda mais o problema de saúde pública.
A capacidade da bactéria S. aureus e de outras bactérias de adquirir resistência di�culta as
estratégias terapêuticas. Além disso, deve-se investigar e controlar as fontes de infecção no
ambiente hospitalar para evitar a disseminação entre os pacientes. 
Bactérias resistentes a antibióticos são um grave problema de saúde pública. Você, como
futuro(a) pro�ssional biomédico(a), pode e deve auxiliar na divulgação e conscientização
desse problema! 
 
Assista aos vídeos abaixo, adicione legenda se necessário e re�ita:
O Apocalipse dos Antibióticos Explicado.
Saiba Mais 
The Antibiotic Apocalypse Explained
https://www.youtube.com/watch?v=xZbcwi7SfZE
Antibiotics "just-in-case" | Debbie Go� | TEDxColumbus.
Antibiotics "just-in-case" | Debbie Goff | TEDxColumbus
Explore 
Saiba mais sobre as infecções causada pela bactéria S. aureus, sua
epidemiologia e patogênese, diagnóstico e tratamento na sessão 29.9,
páginas 868 a 870, do livro de Madigan et al. (2016).
https://www.youtube.com/watch?v=ALryAB_AYiA
Fatores de Virulência: Antígenos Celulares e Capsulares,
Enzimas Extracelulares e Toxinas Esta�locócicas
Como já visto, Staphylococcus aureus (S. aureus) causa uma gama de infecções. Esta capacidade
patogênica está relacionada a uma série de fatores de virulência que permitem aderência à
superfície, invasão ou dispersão do sistema imunológico, causando efeitos tóxicos prejudiciais
ao hospedeiro.
Existem diversos fatores de virulência de Staphylococcus aureus que incluem antígenos,
enzimas e toxinas, tais como cápsula, adesinas, coagulase, lipase, hialuronidase,esta�locinase, nuclease e as α, β e δ toxinas, enterotoxinas, toxina esfoliativa e a toxina da
síndrome do choque tóxico.
Intoxicação Alimentar
O gênero Staphylococcus pode causar não só infecções sistêmicas ou de pele, mas também ser
responsável por casos de intoxicações alimentares. Estas intoxicações são decorrentes da
ingestão de uma toxina pré-formada presente nos alimentos contaminados com esta bactéria.
A contaminação nos alimentos se dá através da manipulação de alimentos que são
naturalmente colonizados por esta bactéria. Em condições propícias, há o favorecimento da
multiplicação delas e a produção dessas toxinas, por exemplo, em casos de refrigeração
inadequada. 
Explore 
Veja detalhes sobre a intoxicação causada por S. aureus, tais como:
 descrição da doença, características da bactéria, ocorrência, fontes de
reservatórios, período de incubação, modo de transmissão, conduta
Identi�cação e diagnóstico laboratorial de
Staphylococcus (Características morfológicas e
coloniais. Ágar sangue e nutriente Coloração de
gram. Fermentação do manitol. Prova da catalase
e coagulase.)
A identi�cação de Staphylococcus compreende características morfológicas e bioquímicas.
Como já vimos, as bactérias pertencentes ao gênero Staphylococcus têm morfologia em
formato de coco que estão dispostos em cachos e que na coloração de GRAM apresentam-se
como cocos Gram positivos (Figura 1). Suas colônias são de cor leitosa, exceto S. aureus, que
medida e diagnóstico, tratamento e medidas de controle, no
documento a seguir:  
Page 1 of 3
STAPHYLOCOCCUS AUREUS/INTOXICAÇÃO
ALIMENTAR
1. Descrição da doença - intoxicação alimentar estafilocócica ou
estafiloenterotoxemia é onome como a doença é conhecida. Geralmente de início abrupto e violento,
com náusea,vômitos, cólicas e diarréia. Em casos mais graves pode ocorrer
desidratação, dor de cabeça,dores musculares, e alterações transitórias na pressão sanguínea e
freqüência cardíaca. Arecuperação ocorre em torno de dois dias, porém, alguns casos podem levar
mais tempo ouexigir hospitalização. A morte é rara; contudo, pode ocorrer em crianças,
Page 1 / 3
podem apresentar colônias amareladas (“aureus” deu origem a palavra “ouro”), crescem bem
em ágar sangue (pode ou não produzir hemólise) (Ver item 1.1 desta unidade).
Para identi�cação de S. aureus em amostras pode ser utilizado o ágar Manitol, que é um meio
seletivo e diferencial. Esse meio contém grande quantidade de sal (7,5% de NaCl), que induz a
inibição do crescimento de grande parte das bactérias, fazendo com que esse meio seja
seletivo. A presença do manitol e do vermelho de fenol neste meio de cultura faz com que ele
seja também um meio diferencial. S. aureus tem a capacidade de fermentar o açúcar manitol,
alterando a cor do meio de rosa para amarelo ouro (Figura 4).
Figura 4 – Crescimento de bactérias do gênero
Staphylococcus em Ágar manitol. Esquerda: S. aureus
fermentação do manitol (cor amarela). Direita:
Staphylococcus spp., ausência de fermentação (a cor rosa
original do meio é mantida) 
Fonte: Acervo do Conteudista
Outra maneira de identi�car Staphylococcus é através das provas de catalase e coagulase. 
A prova da Catalase tem como objetivo veri�car se a bactéria produz esta enzima que
decompõe o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio (formando bolhas quando positivo -
Figura 5). É utilizada para diferenciar os gêneros Staphylococcus e Streptococcus. As bactérias
pertencentes ao gênero Staphylococcus são catalase positivas, e as do gênero Streptococcus são
catalase negativas.
Figura 5 – Reação positiva da prova de catalase, indicando
que a bactéria testada é do Gênero Staphylococcus
Fonte: Wikimedia Commons
Já a prova da coagulase é utilizada para diferenciar as espécies de Staphylococcus. Esta prova
tem como objetivo observar se a bactéria analisada produz a enzima coagulase ligada à
superfície da parede celular. Na presença desta enzima ocorre a reação dela com o
�brinogênio do plasma, resultando na coagulação. A formação de coágulo (prova positiva –
Figura 6) é característica da bactéria S. aureus. Quando não há formação de coágulo (prova
negativa), indica Staphylococcus coagulase negativa.
Figura 6 – Formação de �brina no teste de coagulase em
tubo. Observe que no tubo indicado por um sinal positivo,
houve a reação de coagulação, enquanto no tubo com sinal
negativo, essa não ocorreu
Fonte: Reprodução 
Streptococcus (S. pyogenes, S. mutans, S. agalactiae, S. pneumoniae)
Morfologia 
Bactérias do gênero Streptococcus têm a morfologia em formato de coco esféricos dispostos
em cadeiras ou pares, e pela coloração de Gram são gram positivos (Figura 6). Todas as
espécies deste gênero são catalase-negativa, diferentemente de Staphylococcus, que são
catalase-positivos.
Figura 7 – Coloração de Gram evidenciando as cadeiras de
coco gram positivos de Streptococcus sp.
Fonte: Wikimedia Commons 
 Importante!
Não confunda “estreptococos” com “Streptococcus”. A
primeira forma de escrita se refere ao formato e arranjo das
células bacterianas. A segunda se refere aos gêneros desse
grupo de bactérias.
Uma forma de identi�car os estreptococos é através da produção de hemólise em ágar sangue.
Esse teste possibilita a divisão das bactérias desse gênero em: estreptococos α(alfa)-
hemolíticos, estreptococos β(beta)-hemolíticos e estreptococos que não causam hemólise,
chamados de γ-hemólise (Figura 8). 
A α-hemólise é identi�cada quando há formação de uma zona esverdeada ao redor das
colônias, ocorrida pela lise parcial das hemácias presentes no ágar-sangue. A coloração
esverdeada é observada, pois o peróxido de hidrogênio que é produzido pela bactéria oxida a
hemoglobina (de coloração vermelha) em biliverdina (de coloração verde). Veja a �gura 8
(Direita).
Já a β-hemólise é considerada uma hemólise total das hemácias presentes no ágar-sangue e,
por conta disso, há a formação de zonas claras ao redor das colônias. Este tipo de hemólise
acontece pela produção de enzimas, que são hemolisinas chamadas de 
Quando não se observa nenhum tipo de hemólise ao redor das hemácias presentes no ágar-
sangue, chamamos de γ-hemólise.
Figura 8 – Hemólise em ágar sangue. (Esquerda) Cultura
de Streptococcus pyogenes demonstrando β-hemólise.
(Direita) Cultura de Streptococcus pneumoniae
demonstrando α-hemólise
Fonte: Adaptada de Wikimedia Commons 
Grupo A, Grupo B e Grupo D 
Estreptococos β-hemolíticos são classi�cados em grupos de Lance�eld de A à U. É
importante frisar que estamos falando do formato e arranjo das células bacterianas deste
grupo, e não do gênero Streptococcus, embora espécies desse gênero estejam agrupadas em
algumas categorias. Esta classi�cação é dada pelas diferenças antigênicas no carboidrato C
localizado na parede da célula bacteriana. As espécies classi�cadas nos grupos A, B e D
possuem maior importância clínica, já as do grupo C, E, F, G, H, K a U raramente estão
associadas a doenças em seres humanos.
A espécie Streptococcus pyogenes pertence ao grupo A. Considerado clinicamente o mais
importante, pois é frequentemente encontrado em faringites bacterianas e infecções de pele. 
A espécie Streptococcus agalactiae é classi�cada no grupo B. Esta bactéria coloniza o trato
genital de mulheres e podem causar meningite e sepse neonatal. Esta bactéria geralmente é
resistente à bacitracina.
Outro grupo importante são os estreptococos do grupo D, por exemplo, Enterococcus faecalis e
Enterococcus faecium. Estas espécies pertencem à microbiota normal do colo, mas podem
causar infecções urinárias, biliares e cardiovasculares. Note que, embora sejam estreptococos,
essas bactérias pertencem a outro gênero que não Streptococcus.
Aspectos Clínicos: infecções mais comuns
Streptococcus causam grande variedade de infecções, como faringites, celulites, impetigo,
fascite necrosante e síndrome do choque tóxico estreptocócico, febre reumática e
glomerulonefrite aguda, além disso, podem causar meningite em neonatos, doenças do trato
urinárioe endocardite.
Antígenos Celulares e Enzimas extracelulares
Streptococcus pyogenes (pertencente ao grupo A) são capazes de produzir enzimas relacionadas
à in�amação, tais como a hialuronidase, a estreptocinase e a DNAse.
A enzima hialuronidase realiza a degradação do ácido hialurônico que compõe os tecidos
subcutâneos. Esta enzima é considerada como fator de disseminação, pois promove a rápida
disseminação do Streptococcus pyogenes quando há infecções de pele. 
A estreptocinase, também chamada de �brinolisina, participa ativando plasminogênio,
formando plasmina, que tem papel de dissolver a �brina em coágulos, trombos e êmbolos. 
Já a enzima DNAse degrada o DNA em exsudatos ou tecidos necróticos.
Toxinas Estreptocócicas
Streptococcus pyogenes (pertencentes ao grupo A) podem produzir cinco toxinas e hemolisinas
que são: a toxina eritrogênica, estreptolisina O, estreptolisina S, exotoxina A piogênica e a
Saiba Mais 
Veja mais detalhes sobre os doenças causadas por gênero
Streptococcus sp., suas características e seus mecanismos de
patogenicidade no capítulo 15, p. 116, do Livro de Lavinson, 2016.
exotoxina B. Estas toxinas contribuem para o processo de patogênese de Streptococcus
pyogenes. 
Identi�cação e diagnóstico laboratorial de
Streptococcus 
A identi�cação dessas bactérias se inicia pela análise morfológica na coloração de Gram,
assim como pelas características das colônias em cultura e produção e padrão de hemólise,
como visto anteriormente nesta unidade.
Além destas características, é importante considerar outras provas bioquímicas para
identi�cação destas bactérias. Vamos ver a seguir os testes que geralmente são utilizados:
- Teste da Catalase: Ver �gura 4 desta unidade. Este teste, quando negativo (não há formação
de bolhas) é indicativo de Streptococcus sp.
- Teste de PYR (pyrrolidonil arilamidase): este teste determina a atividade da enzima PYR
produzida por Streptococcus pyogenes. Com uma pinça, colocar o disco de PYR em uma lâmina
Explore 
Veja o papel de cada toxina e enzimas produzidas pelas bactérias
Streptococcus do grupo A no item “Patogênese” no livro de Lavinson,
2016, p. 120.
de Petri, pingar uma gota de água destilada estéril, realizar um esfregaço da bactéria a ser
testada sobre o disco úmido, aguardar alguns minutos e colocar uma gota do reagente PYR. Se
o teste for positivo, aparecerá uma cor vermelha, indicando ser Streptococcus pyogenes ou
Enterococcus sp. Se o teste for negativo, aparecerá uma coloração amarela.
- Teste de solubilidade da bile: Utiliza-se uma solução de desoxicolato de sódio a 2% para
realização deste teste. A bactéria a ser testada é cultivada em placa de ágar sangue e suspensa
em 2 mL de solução salina a 0,9% (escala de McFarland 1,0). Alíquotas de 1,0 mL da
suspensão são distribuídas em dois tubos, sendo um teste e outro controle. No tubo teste é
adicionado 1,0 mL da solução de desoxicolato de sódio a 2% e ao tubo controle é adicionado
1,0 mL de solução de salina. Os tubos são agitados delicadamente, incubados a 35°C e
observados a cada 15 minutos por um período de até 2 horas quanto ao desaparecimento ou
não da turvação no tubo teste. Se o tubo teste apresentar turvação visível menor que o
controle ou estiver límpido, o teste é positivo e indica a presença de Streptococcus pneumoniae.
- Bile-esculina: Este teste diferencia Enterococcus sp. do grupo D de Streptococcus. A hidrólise
da esculina em esculetina reage com o citrato férrico formando um complexo negro, o que
garante a diferenciação entre os dois gêneros. Bile-esculina negativa indica Streptococcus do
grupo D.
- Teste de sensibilidade à optoquina: Para realizar este teste, utiliza-se um disco de optoquina
de 5µg. A bactéria é inoculada em ágar sangue (bactéria em solução na concentração de 0,5 de
McFarland), incubada a 35±2ºC na presença de 5 - 7% de CO2 por 18 a 24 h. Em seguida,
realiza-se a leitura do halo de inibição. Se o halo for ≥14 mm, a bactéria é sensível à optoquina
(Figura 9), indicando a presença de Streptococcus pneumoniae.
Figura 9 – Prova da optoquina
Fonte: ANJOS, 2013
- Crescimento com NaCl 6,5%: Este teste pode ser utilizado para diferenciar Streptococcus sp.
de Enterococcus sp. Avalia a capacidade da bactéria de crescer em altas concentrações de sal. É
realizado colocando de 2 a 3 colônias da amostra a ser testada em caldo BHI saturado de sal.
Em seguida, incuba-se a 35±2ºC por até 72 h. Quando há presença de turvação ou mudança de
cor (quando tem indicador) há crescimento microbiano, indicando a presença de Enterococcus
sp., pois Streptococcus sp. não cresce em altas concentrações de sal.
- Teste de sensibilidade à Bacitracina: Este teste diferencia Streptococcus pyogenes de outras
bactérias do grupo A. O teste realizado é semelhante ao teste da optoquina (ver descrição
acima). A presença de qualquer tamanho de halo ao redor do disco contendo bacitracina
indica sensibilidade, característico de Streptococcus pyogenes.
- Hidrólise do hipurato de sódio: Este teste é utilizado para identi�car Streptococcus agalactiae
(grupo B de Lance�eld), uma vez que essa espécie possui a enzima hidrolase. Nesse teste, a
bactéria é incubada com o reagente ninidrina e hipurato de sódio. Na presença da enzima
hidrolase e do reagente ninidrina, ocorre a hidrólise do hipurato de sódio resultando em
glicina e ácido benzoico. A desaminação do aminoácido glicina resulta na visualização de uma
coloração púrpura, indicando uma reação positiva. 
- Prova de CAMP: Este teste identi�ca a presença de Streptococcus agalactiae (grupo B). Estas
bactérias possuem a capacidade de produzir o fator CAMP (Christie, Atkins e Munch-
Petersen), que atua sinergicamente com a β-hemolisina produzida por Staphylococcus aureus
em ágar sangue. 
O teste é realizado através da semeadura de uma cepa de Staphylococcus aureus padrão de um
ponto ao outro da placa de ágar sangue. Perpendicularmente, deve-se semear a amostra a ser
testada sem que haja contato com a estria do S. aureus. A placa deve ser incubada a 35±2ºC em
atmosfera de 5% de CO2 por 48 h. 
Se houver a formação de uma seta ou meia lua em direção à estria de Staphylococcus aureus, na
região da intersecção, indica que o resultado do teste é positivo e há presença de Streptococcus
agalactiae (Figura 10). Se a seta não se formar, o resultado do teste é negativo e a bactéria
testada não pertence ao Grupo B de Lance�eld.
Figura 10 – Teste de CAMP positivo, observe a formação
da seta entre as linhas perpendiculares
Fonte: Wikimedia Commons 
Enterococcus (Enterococcus faecalis, Enterococcus faecium)
Há mais de 37 espécies de Enterococcus descritas, mas as de maior importância clínica são E.
faecalis e E. faecium. Estas espécies estão presentes em áreas ricas em nutrientes, mas pobres
em oxigênio (tais como trato gastrointestinal, vagina e cavidade oral), além de serem
encontradas em grande quantidade nas fezes. Apesar de fazerem parte da microbiota entérica
normal, podem causar doenças quando instaladas em outras regiões do corpo. 
Estas espécies de bactéria são a principal causa de infecções hospitalares, especialmente em
UTIs. São bactérias resistentes e persistem por tempo maior em superfícies, lençóis e até em
gases fecais, sendo transmitidas principalmente pelas mãos da equipe hospitalar e
dispositivos médicos. Essas espécies possuem alta capacidade de desenvolverem resistência a
maioria dos antibióticos, sendo um grave problema de saúde pública. 
Morfologia 
As bactérias do gênero Enterococcus pertencem ao gênero de bactérias do grupo D de
Lance�eld. Têm morfologia de cocos (ovoides) dispostos frequentemente aos pares ou em
Trocando Ideias... 
Você se lembra que no tópico que abordamos S. aureus falamos que o
antimicrobiano vancomicina é a última linha de defesa antibiótica no
tratamento para infecções por MRSA, que por si só já é um grave
problema de saúde pública? Pois então, são relatados Enterococcus
resistentes à Vancomicina (chamados VREs, de vancomycin-resistantenterococci), especialmente da espécie E. faecium. Entre os isolados
bacterianos de E. faecium da corrente sanguínea de pacientes com
infecções nosocomiais, quase 90% são resistentes à vancomicina
atualmente. Entende a importância do papel que você, futuro(a)
pro�ssional biomédico(a), possui na área de divulgação e
conscientização sobre uso indiscriminado de antibióticos e bactérias
resistentes?!
cadeias e são gram-positivas (Figura 11). Não são fastidiosos e possuem respiração aeróbia e
anaeróbia.
Figura 11 – Enterococcus spp., formato de cocos gram
positivos (em roxo) de um paciente com pneumonia
Fonte: Wikimedia Commons
A identi�cação das colônias pode ser feita através da cultura em ágar sangue, sendo veri�cada
a presença ou ausência de hemólise. Crescem na presença de 40% de bile e são resistentes à
optoquina; hidrolisam a esculina; toleram temperaturas relativamente altas (crescem a 45 °C),
e concentrações elevadas de cloreto de sódio (NaCI a 6,5%). 
Aspectos clínicos. Infecções mais comuns. Infecções nosocomiais.
Importância clínica de enterococos resistentes à vancomicina
As infecções mais importantes causadas pelo gênero Enterococcus são hospitalares. Podem
acometer principalmente feridas cirúrgicas e trato urinário, mas podem também entrar na
corrente sanguínea por via dos procedimentos invasivos, tais como cateteres de longa
duração. A transmissão pode ocorrer através de infecções cruzadas entre pacientes
hospitalizados, mas acredita-se que a maior parte das infecções ocorrem endogenamente, já
que estas bactérias habitam o intestino humano e de animais.
A patogenicidade causada por estas bactérias é devida a toxinas expressas e outros fatores de
virulência que ainda não são totalmente identi�cados, mas acredita-se que a hemolisina
mediada por plasmídeos possa ter algum papel.
O tratamento das infecções é realizado através do uso de penicilinas associadas com
aminoglicosídeos. Como escrito anteriormente, é relatada grande incidência de bactérias
resistentes às cefalosporinas e vancomicina, tornando-se um grave problema. 
Saiba Mais  
Pelo fato de esta bactéria ser prevalente em infecções hospitalares, há
uma grande preocupação com o seu per�l de resistência, já que se sabe
que existem cepas resistentes à vancomicina. Veja o artigo
“Resistência antimicrobiana associada em isolados clínicos de
Enterococcus sp.”: 
Identi�cação e diagnóstico laboratorial de Enterococcus
O diagnóstico é realizado primeiramente através da coloração de Gram (Figura 10), cultura e
provas bioquímicas. A maioria das espécies de Enterococcus apresentam as provas bioquímicas
com o seguinte per�l: catalase negativa, PYR positivo, crescimento em caldo NaCl a 6,5% e
hidrólise da esculina. Reveja o tópico 2 desta unidade.
Resistência antimicrobiana associada em
isolados clínicos de Enterococcus spp
Cláudia Castelo Branco Artiaga KobayashiI,II; Geraldo SadoyamaIII; José
Daniel Gonçalves VieiraIII; Fabiana Cristina PimentaII,III ILaboratório de
Microbiologia, Hospital de Urgências de Goiânia, Goiânia, GO IIPrograma de
Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Goiás, Goiânia,
GO IIIInstituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de
Goiás, Goiânia, GO DOI: 10.1590/S0037-86822011005000033 INTRODUÇÃO: O
aumento da prevalência de isolados de enterococos em hospitais,
particularmente Enterococcus resistente à vancomicina (VRE), é importante
por causa da limitada terapia antimicrobiana efetiva para o tratamento de
infecções enterocócicas.
LEIA MAIS RSBMT 
https://rsbmt.org.br/2019/05/20/resistencia-antimicrobiana-associada-em-isolados-clinicos-de-enterococcus-spp/
https://rsbmt.org.br/2019/05/20/resistencia-antimicrobiana-associada-em-isolados-clinicos-de-enterococcus-spp/
https://rsbmt.org.br/2019/05/20/resistencia-antimicrobiana-associada-em-isolados-clinicos-de-enterococcus-spp/
Outros testes realizados para identi�cação de Enterococcus são: o teste de Arginina, produção
de ácido a partir de carboidratos (arabinose), teste de sorbitol, manitol, ra�nose, sorbose,
sacarose, e a veri�cação da utilização do piruvato de sódio, motilidade e produção de
pigmento. 
 Segue um esquema simpli�cado de identi�cação dos principais Cocos Gram-positivos de
Importância Médica (bactérias do gêneros Staphylococcus, Streptococcus e Enterococcus):
Figura 12
Fonte: Reprodução
Explore 
Veja todos os testes bioquímicos realizados, com as imagens dos
resultados, no link a seguir: 
Gram-positivos
Gram-positivos
4. Identi�cação O diagnóstico do gênero Enterococcus spp., bem como das
diferentes espécies, pode ser feito em diversos níveis de complexidade.
Apesar de não haver características fenotípicas que diferenciem totalmente o
gênero Enterococcus de outros gêneros relacionados, a presença de cocos
Gram-positivos dispostos aos pares ou em cadeias, catalase negativa com
prova de PYR positiva, crescimento em caldo de NaCl a 6,5% e hidrólise da
esculina são provas presentes na maioria das espécies do gênero Enterococcus.
LEIA MAIS ANVISA 
Exercício
Como podemos diferenciar os gêneros Staphylococcus e Streptococcus?1
Quais são os testes laboratoriais utilizados para identi�car as bactérias
Staphylococcus  e Streptococcus?
2
Quais são as infecções causadas pela bactéria Staphylococcus aureus?3
Quais são os tipos de hemólise que as bactérias do gênero Streptococcus podem
produzir? Como diferenciá-las?
4
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/id_ent.htm
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/id_ent.htm
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/id_ent.htm
Como você pode perceber ao longo desta primeira parte da unidade, os esta�lococos e os
estreptococos constituem os principais grupos de cocos Gram-positivos de importância
médica (bactérias do gêneros Staphylococcus, Streptococcus e Enterococcus). O diagnóstico
rápido e preciso é muito importante para início imediato do tratamento e para evitar o
agravamento de doenças e morte de pacientes. Caso você opte pela habilitação nessa área
diagnóstica, deve ter consciência da responsabilidade e honradez em trabalhar em área tão
nobre e importante para a saúde pública de nosso país. 
Bactérias Causadoras de Doenças do Trato
Gastrointestinal (Parte 1)
Características Gerais
As bactérias que causam infecções gastrointestinais geralmente estão relacionadas à ingestão
de alimentos contaminados. As bactérias podem ser: gram negativas, gram positivas
formadoras de endósporos, ou não formadoras de endosporos. Vamos falar nesta unidade de
bactérias gram-negativas que pertencem à família Enterobacteriaceae: Escherichia, Shigella,
Salmonella, Citrobacter, Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Proteus, Yersinia, focando em algumas
destas. Bactérias pertencentes à Ordem Vibrionales (Vibrio cholerae e Vibrio spp.) também serão
abordadas. 
O quadro clínico que estas bactérias causam não são iguais, vai depender do gênero e espécie
da bactéria, da presença ou ausência de certos fatores de virulência, do estado de saúde dos
indivíduos e também da quantidade de bactérias com quem a pessoa entrou em contato. 
Quais são as doenças causadas pelo gênero Enterococcus? Como é realizada a
identi�cação e diagnóstico desta bactéria?
5
Morfologia
As bactérias causadoras de doenças gastrointestinais, na sua grande maioria, são bacilos gram
negativos (Figura 13), representadas pelas enterobactérias.
Saiba Mais 
Veja as características das bactérias relacionadas ao trato intestinal,
acessando o livro de Levinson, 2016, na sua biblioteca virtual, capítulo
18, p. 146.
Figura 13 – Bacilos gram negativos
Fonte: Wikimedia Commons
Estruturas antigênicas
As estruturas antigênicas ou variações antigênicas são estratégias adotadas por bactérias para
invadir células e tecidos e causar patogenicidade. São caracterizadas por mutações genéticas
que di�cultam o reconhecimentodo patógeno pelo sistema imune.
Explore 
Veja as características relacionadas ao metabolismo bacteriano
acessando o link: 
USP
Características da Citologia Bacteriana
CARACTERÍSTICAS DA CITOLOGIA BACTERIANA A parede da célula Gram-
negativa é constituída por estruturas de múltiplas camadas bastante
complexas, que não retêm o corante quando submetidas a solventes nos quais
o corante é solúvel, sendo descoloradas e, quando acrescentado outro corante,
adquirem a nova coloração.
LEIA MAIS USP 
http://www.forp.usp.br/
http://www.forp.usp.br/restauradora/calcio/citolog.htm
http://www.forp.usp.br/restauradora/calcio/citolog.htm
Aspectos Clínicos: infecções mais comuns
Características de cultivo (meios seletivos e de
enriquecimento) 
Para identi�cação de bactérias causadoras de doenças gastrointestinais podem ser utilizados
meios de cultura enriquecidos (como o ágar sangue e ágar chocolate). Entretanto, como estas
doenças geralmente são causadas por bactérias gram negativas, são utilizados meios de
cultura seletivos e diferenciais como o ágar MacConkey e o Ágar SS.
O ágar MacConkey, como estudamos em unidade anterior desta disciplina, é um meio de
cultura seletivo e diferencial, que favorece o crescimento de bactérias gram negativas e ainda
Saiba Mais 
Há um grande número de gêneros que podem causar infecções no trato
gastrointestinal. É importante entender as características patogênicas
de cada gênero, bem como seu diagnóstico e conduta terapêutica. Para
saber sobre as doenças do trato digestório acesse o Capítulo 25 –
“Doenças microbianas do sistema digestório”, p. 707, do livro de
Tortora, Funke e Case (2017).
consegue diferenciar estas bactérias em fermentadoras e não fermentadoras de lactose
(Figura 14).
Figura 14 – Ágar MacConkey mostrando bactérias gram
negativas fermentadoras de lactose, pois a cor do ágar está
rosa
Fonte: Wikimedia Commons
Outro meio de cultura que pode ser utilizado é o ágar SS (Salmonella-Shigella), que favorece o
crescimento especialmente das bactérias do gênero Salmonella spp. E que pode ser aplicado
para isolamento de Shigella spp. Neste meio de cultura, o tiossulfato de sódio e o citrato férrico
permitem a detecção da produção de sulfureto de hidrogênio como se pode veri�car pelas
colônias com centros pretos, característicos do gênero Salmonella sp (veja a �gura 8 da
unidade anterior).
Ordem Enterobacteriales
Bacilos gram negativos pertencentes à família Enterobacteriaceae são as bactérias mais
comumente identi�cadas em amostras clínicas. Estas bactérias estão distribuídas no
ambiente (solo, água, plantas) e no trato gastrointestinal de animais e humanos. Muitos
patógenos são responsáveis por doenças diarreicas. 
As bactérias pertencentes a esta Ordem e Família são as dos gêneros: Citrobacter, Cronobacter,
Enterobacter, Erwinia, Escherichia, Klebsiella, Pantoea, Plesiomonas, Proteus, Salmonella, Serratia,
Shigella e Yersinia. Os passos para o diagnóstico destas bactérias estão na Figura 15.
Exercício
Quais são as principais bactérias causadoras de doenças gastrointestinais? 1
Cite os meios de cultura que podem ser utilizados para identi�cação de bactérias
gram negativas. Como estes meios diferenciam estas bactérias?
2
O que são estruturas antigênicas e os fatores relacionados ao metabolismo
bacteriano que contribuem para sua virulência?
3
Figura 15 – Identi�cação dos gêneros de bactérias
entéricas
Fonte: TORTOTA, FUNKE e CASE (2017), p. 276
Gênero Escherichia: Sorotipos
A espécie do gênero Escherichia de maior importância clínica é a Escherichia coli. Esta bactéria
está presente na microbiota normal intestinal de homens e animais. Entretanto, existem
cepas de E. coli que possuem fatores de virulência capazes de causar doenças do trato
intestinal ou de outros sítios, como infecções urinárias. Estas cepas, chamadas de sorotipos
ou patotipos, possuem diferentes mecanismos de patogenicidade por possuírem fatores de
virulência distintos. Veja na Tabela 1 os cinco diferentes sorotipos, sua patogenicidade e o
diagnóstico laboratorial da bactéria E. coli.
Tabela 1 – Características gerais dos sorotipos de Escherichia coli
Grupo patogênico Patogenicidade Diagnóstico laboratorial 
E.
coli enteropatogênica
(EPEC)
A bactéria se liga às
células epiteliais do
intestino delgado,
provocando destruição
das microvilosidades e
diarreia. 
Período de incubação: 1-
2 dias. 
Duração: semanas
Diarreia: aquosa
Microrganismos isolados de
fezes. 
Determinar os sorotipos de
várias colônias com
antissoros polivalentes para
tipos conhecidos de EPEC. 
Aderência a células de
tecidos em cultivo pode ser
demonstrada pelo teste de
coloração de actina
�uorescente. 
 Ensaios com base no DNA
para detecção de fatores de
virulência.
E. coli
enterotoxigênica
(ETEC)
Esta cepa se liga à
membrana das células
do intestino delgado.
Não é invasiva. Produz
enterotoxinas que são
termolábeis ou
termoestáveis. 
Período de incubação: 1-
7 dias. 
Duração: 2-6 dias
Diarreia: aquosa
Microrganismos isolados de
fezes. 
Testes disponíveis
comercialmente para
detecção imunológica de
toxinas de sobrenadantes de
cultura. 
 Sondas genéticas
especí�cas para genes LT e
ST disponíveis para
detecção de ETEC em fezes
e em amostras de alimentos
e água
Grupo patogênico Patogenicidade Diagnóstico laboratorial 
E. coli entero-
hemorrágica (EHEC)
ou E. coli produtora
de toxina Shiga
(STEC, Shiga-toxin E.
coli) 
Sorotipo O157: EHEC
mais importante em
infecções humanas.
Produz a toxina Shiga
devido a um gene
presente em
bacteriófago (vírus que
infecta bactérias). Causa
colite hemorrágica e
síndrome hemolítico-
urêmica. 
 Período de incubação:
3-4 dias.
Duração: 5-10 dias
Diarreia: sanguinolenta 
Microrganismos isolados de
fezes. 
Proporção de EHEC em
amostra fecal pode ser
muito baixa
(frequentemente < 1% de
colônias de E. coli). 
Usualmente não
fermentadores de sorbitol. 
Produção de toxina Shiga e
genes associados detectados
por ensaios biológicos,
imunológicos e com base no
ácido nucleico. 
Grupo patogênico Patogenicidade Diagnóstico laboratorial 
E. coli enteroinvasiva
(EIEC) 
Penetram as células
intestinais,
multiplicam-se e se
disseminam para
células adjacentes,
causando destruição
tecidual, in�amação,
necrose e ulceração.
Período de incubação: 1-
3 dias. 
Duração: 7-10 dias
Diarreia: sanguinolenta 
Organismos isolados de
fezes. 
Teste para detectar o
potencial enteroinvasivo em
células de tecido em cultivo
ou ensaios moleculares para
detecção de genes
associados a invasão. 
E. coli
enteroagregativa
(EAEC) 
E. coli de aderência
difusa (DAEC) 
EAEC: adere de forma
agregativa em uma
con�guração parecida
com “tijolos
empilhados”. Causa
diarreia persistente,
principalmente em
crianças.
DAEC: produz alfa-
hemolisina e o fator
necrosante citotóxico 1. 
Ensaios de cultura de tecido
para aderência agregativa
ou difusa. 
Fonte: Adaptada de GOERING, 2014
Gênero Shigella
Explore  
Escherichia coli O157:H7, uma STEC/EHEC, é considerada a de maior
importância clínica. Assista ao vídeo no link a seguir e saiba mais
sobre este sorotipo:   
Escherichia coli O157:H7 | Wikipedia audio article
https://www.youtube.com/watch?v=ttbPS5aMewc
A bactéria Shigella causa uma infecção chamada Shigelose, ou disenteria bacilar (para
diferenciar da disenteria amebiana). O principal sintoma desta infecção é a diarreia (pode
causar até 20 evacuações em um dia e pode apresentar sangue), febre e cólicas estomacais. Os
sintomas aparecem com 1 a 2 dias após a infecção e podem durar 7 dias. O diagnóstico é
realizado através da presença da bactéria nas fezes. Geralmente não há necessidade de
tratamento, pois há cura espontânea. Assim como em todos os casos de diarreias, é
importante manter a reidratação oral. A terapia com antimicrobianos é necessária somente
em casos de indivíduos com doenças graves. 
Gênero Salmonella
Provavelmente, você já deve ter ouvido falar da bactéria Salmonella, correto? Esta é uma
bactériaque causa principalmente Salmonelose (doença intestinal), mas pode causar outras
doenças como a febre tifoide e paratifoide. As pessoas que se contaminam com esta bactéria
geralmente apresentam diarreia, febre e cólicas estomacais que podem iniciar após 6 horas a
6 dias após infecção e podem durar de 4 a 7 dias, enquanto outras pessoas podem não
apresentar sintomas. Todas as espécies de Salmonella são patogênicas em algum grau. O
diagnóstico de Salmonelose é dado pela presença da bactéria nas fezes, tecidos e �uidos
corporais, quando se apresenta de forma sistêmica. Normalmente, a recuperação completa
Saiba Mais 
Sobre o Gênero Shigella: doenças, características importantes,
patogênese e epidemiologia, achados clínicos, diagnóstico
laboratorial, prevenção tratamento. Acesse na sua biblioteca virtual, o
livro de Lavinson, 2016, p. 156
ocorre em alguns dias, mas muitos pacientes continuam a disseminar a bactéria em suas
fezes por até seis meses. Alguns pacientes se tornam portadores crônicos, podendo
disseminar a bactéria inde�nidamente, mesmo na ausência de sintomas (veja a história de
Mary Tifóide abaixo). O tratamento é baseado no uso de antibióticos somente quando há
casos graves, indivíduos imunocomprometidos, bebês ou idosos.  
Mary Tifóide 
USP – Universidade de São Paulo
ACESSE
Saiba Mais 
Sobre o Gênero Salmonella: doenças, características importantes,
patogênese e epidemiologia, achados clínicos, diagnóstico
laboratorial, prevenção tratamento. Acesse na sua biblioteca virtual, o
livro de Lavinson, 2016, p. 153 a 155.
Saiba Mais 
Conheça a história de Mary Tifóide, a mulher que aterrorizou os
Estados Unidos:
http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=11476
Gênero Yersinia
Em torno de 10 espécies de bactérias pertencem ao gênero Yersinia, sendo as de maior
prevalência Y. pestis, Y. enterocolitica e Y. pseudotuberculosis. Geralmente, estão associadas a
doenças transmitidas entre homens e animais (zoonoses) e frequentemente transmitidas pela
carne ou leite. São bacilos gram negativos, não �agelados e encapsulados. Essas bactérias
possuem a capacidade de crescer em temperaturas a 4ºC (refrigeradores).
Yersinia enterocolitica causa a Yersiniose. A infecção ocorre através da ingestão de carne de
porco contaminada crua ou mal-cozida. A prevalência é maior em crianças do que adultos e é
mais comum durante o período de inverno. Os sintomas da infecção são febre, dor abdominal
e diarreia (sanguinolenta), geralmente aparecem após 4 a 7 dias após exposição e têm duração
de 1 a 3 semanas. O diagnóstico é realizado pela presença da bactéria nas fezes. Geralmente
não há necessidade de tratamento, pois a infecção cessa por conta própria.
Yersinia pseudotuberculosis raramente causa infecção. É considerada zoonose oportunista e
acomete bebês, idosos e imunodeprimidos. Os sintomas se parecem com a tuberculose ou
escarlatina em humanos. Os sintomas são febre, erupção cutânea, hipotensão, gânglios
in�amados e dor abdominal, mas pode haver casos mais complicados. O diagnóstico é
realizado através de amostras como fezes, cultura de nódulos (lifadenite) e hemocultura.
Yersinia tem sido ocasionalmente responsável por reações graves em pacientes que recebem
sangue contaminado em transfusão. Devido a sua habilidade de crescer em baixas
temperaturas, caso o sangue armazenado sob refrigeração esteja contaminado, o crescimento
da bactéria e produção endotoxinas continuam, podendo resultar em choque para o receptor
do sangue.
Outra bactéria de importância médica desse gênero é Yersinia pestis, responsável por causar a
peste negra (peste bubônica). Esta doença ocorre através do contato com roedores infectados,
ou através da picada de pulgas contaminadas. Os sintomas dependem do estado do paciente e
podem assumir diferentes formas clínicas, peste bubônica, pneumonia e septicemia. O
diagnóstico é realizado através dos sintomas clínicos em regiões endêmicas, sendo mais
comum glândulas linfáticas inchadas e doloridas (bulbos). Quando há pneumonia e
septicemia os sintomas não são claros. O diagnóstico laboratorial é através de sangue ou parte
da glândula linfática inchada para identi�car a bactéria.
Saiba Mais 
Sobre o gênero Yersinia acessando o link: 
ASAE
Yersinia
Yersinia enterocolitica Em 1894, Alex Yersin identi�cou o agente responsável
pela peste bubónica que, em sua homenagem, foi denominado Yersinia pestis.
No início dos anos 60, ao encontrar um grupo de culturas bacterianas com
características comuns provenientes da Escandinávia, de outros países
europeus e dos Estados Unidos, Frederiksen reconheceu uma outra espécie do
género Yersinia que classi�cou como Yersinia enterocolitica.
LEIA MAIS ASAE 
https://www.asae.gov.pt/
https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/yersinia-.aspx
https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/yersinia-.aspx
https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/yersinia-.aspx
Gênero Enterobacter
As bactérias do gênero Enterobacter também são bacilos gram negativos, móveis. As principais
representantes deste gênero são E. cloacae, E. aerogenes e E. agglomerans. São responsáveis por
causar infecções hospitalares que podem acometer os pulmões, trato urinário, cavidade intra-
abdominal e dispositivos intravasculares. A transmissão é por meio do contato direto ou
indireto das superfícies da mucosa. O período de incubação é incerto. O diagnóstico deste
gênero é de fácil identi�cação, através da hemocultura da amostra e testes bioquímicos.
Gênero Citrobacter
As espécies representantes do gênero Citrobacter são: C. freundii, C. amalonaticus e C. diversus.
São bacilos entéricos gram negativos. Geralmente, estas espécies estão associadas à sepse
neonatal e meningite. Raros são os casos em que este gênero está relacionado a pneumonias,
mas quando ocorre, é mais frequente em neonatos e indivíduos imunocomprometidos. 
O diagnóstico é feito através da identi�cação da bactéria em sangue, líquor ou expectoração
(crianças mais velhas). E o tratamento é feito com antibióticos aminoglicosídeos ou
cefalosporina de amplo espectro. Quase todas as cepas isoladas são resistentes à ampicilina. O
tratamento precoce é importante, pois há alta taxa de mortalidade em neonatos.
Ordem Vibrionales:  Vibrio cholerae e Vibrio spp. 
Indivíduos com vibriose (doença causada pela bactéria Vibrio) são contaminados pela ingestão
de frutos do mar crus, malcozidos, ou exposição de feridas em água do mar contaminada.
Quando ingerida, esta bactéria causa uma diarreia aquosa, que pode estar acompanhada de
cólicas abdominais, náuseas, vômitos, febre e calafrios. Os sintomas geralmente ocorrem
dentro de 24h após a ingestão e podem durar cerca de 3 dias. A doença grave é rara e
geralmente ocorre em pessoas com sistema imunológico comprometido. 
O diagnóstico clínico é dado pelo histórico do paciente. Já o diagnóstico laboratorial é através
da pesquisa da bactéria em amostras de fezes, feridas ou sangue de pacientes sintomáticos. O
tratamento somente é necessário em casos graves, mas o paciente deve beber muito líquido,
podendo ser necessária a reposição intravenosa de �uidos e eletrólitos perdidos.
Diagnóstico de Bacilos Negativos Fermentadores e Não
Fermentadores (Cultura, Coloração, Provas Bioquímicas)
Os bacilos gram negativos são classi�cados em dois grandes grupos pela sua capacidade de
fermentar carboidratos. Esta fermentação pode ser vista através do cultivo em ágar
MacConkey (fermentação de lactose), ou ágar TSI (fermentação de lactose, glicose e
sacarose).
Como muitas bactérias estudadas nesta parte da unidade possuem características comuns, um
amplo espectro de testes é necessário para identi�car a espécie ou sorotipo. Por causa da
importância clínica, vários testes foram desenvolvidos e estão disponíveis no mercado para
isolamento e identi�cação rápida.
Saiba Mais 
As bactérias Vibrio cholerae, Vibrio rio parahaemolyticus e Vibrio
vulni�cus são representantes do gêneroVibrio. Leia na sua biblioteca
virtual a página 157, do livro de Lavinson, 2016, sobre a  patogênese e
epidemiologia, achados clínicos, diagnóstico laboratorial, tratamento
e prevenção destas bactérias.
Acesse os links a seguir e veja todos os testes bioquímicos utilizados para o diagnóstico dos
bacilos gram negativos fermentadores e não fermentadores, no item IV.
Bacilos não fermentadores:
Bacilos Fermentadores:
Explore
Controle de Qualidade em Microbiologia Clínica
Controle de Qualidade em Microbiologia Clínica
Triagem inicial As características das colônias após incubação devem ser
observadas macroscopicamente quanto ao tamanho, forma, consistência, cor,
produção de pigmento, presença ou ausência de reações hemolíticas em ágar
sangue e presença ou ausência de crescimento em ágar MacConkey.
LEIA MAIS ANVISA 
Gram-negativos Fermentadores
Gram-negativos Fermentadores
Identi�cação bioquímica Após o exame macroscópico e a con�rmação da
pureza da cultura, uma colônia pode ser identi�cada com a ajuda de meios
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo3/identificacao.htm
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo3/identificacao.htm
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo3/identificacao.htm
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/MODULO2/identificacao3.htm
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/MODULO2/identificacao3.htm
Importância do Diagnóstico e Tratamento Rápido 
Um diagnóstico adequado e o mais rápido possível é fundamental quando se trata de doenças
infecciosas, pois a decisão terapêutica adequada evita o uso desnecessário ou inadequado de
antibióticos.
O uso indiscriminado de antibióticos causa o aumento da prevalência de bactérias resistentes
ou multirresistentes, que se torna um grande problema em hospitais, aumentando a
morbidade e letalidade. 
O diagnóstico é composto por etapas fundamentais. Coleta apropriada e representativa do local
de infecção, realização dos testes laboratoriais adequados para cada tipo de amostra,
juntamente com o controle de qualidade validam os laudos laboratoriais.  
presuntivos de identi�cação, tais como o meio de Triple Sugar Iron (TSI), EPM
Mili e/ou Rugai modi�cado por Pessoa e Silva (Meio de IAL).
LEIA MAIS ANVISA 
Explore 
Veja no Manual da ANVISA “Microbiologia clínica para o controle de
infecção relacionada à assistência à saúde – Módulo 6”, p. 37,
capítulo 3, detalhadamente os passos para detecção e identi�cação de
bactérias de importância médica.
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/MODULO2/identificacao3.htm
Page 1 of 154
Módulo 6: Detecção e Identificação de Bactérias de
Importância Médica
MICROBIOLOGIA CLÍNICA PARA O
CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À
ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Exercício
O que são enterobactérias? Quais as principais representantes deste grupo de
bactérias?
1
A bactéria Escherichia coli possui vários sorotipos e cada uma possui mecanismos
patogênicos diferentes. Explique a diferença de cada sorotipo.
2
Quais são as características das bactérias Salmonella e Shigella? Como diferenciá-
las?
3
O que signi�ca dizer que um bacilo é fermentador e não fermentador? Como
identi�car esta fermentação?
4
Por que um diagnóstico adequado e rápido é importante quando se trata de
doenças infecciosas?
5
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados
nesta Unidade:
Leitura
Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA).
2 / 3
Material Complementar
Methicillin Resistant Staphylococcus Aureus
Based on the antibiotic susceptibilities, Methicillin resistance in S. aureus is
de�ned as an oxacillin minimum inhibitory concentration (MIC) of greater
than or equal to 4 micrograms/mL. MRSA infection is one of the leading
causes of hospital-acquired infections and is commonly associated with
signi�cant morbidity, mortality, length of stay, and cost burden.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK482221/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK482221/
Principais métodos diagnósticos bacterianos – Revisão de literatura.
Gram-positivos 
Veja a importância, isolamento, identi�cação, armazenamento e resistência das bactérias
Staphylococus sp., Enterococcus sp. e Streptococcous sp no link a seguir:
LEIA MAIS NCBI BOOKSHELF 
Page 1 of 12
REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA
VETERINÁRIA – ISSN: 1679-7353Ano IX – Número 16 – Janeiro de
2011 – Periódicos Semestral
PRINCIPAIS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS BACTERIANOS – REVISÃO
DE
LITERATURA
PEREIRA, Rose Elisabeth
PeresPETRECHEN, Guilherme
Grande
Laboratório de Patologia Veterinária e Ornitopatologia da Faculdade de
MedicinaVeterinária e Zootecnia de Garça – FAMED, Garça, São
Paulo, Brasil
Gram-positivos
Gram-positivos
Objetivos do módulo Autores: Agda do Carmo P. Vinagre Braga Angela Pires
Brandão Cecilia Helena V. F. G. Carvalhaes Itacy Siqueira Lilian Del Alamo
Maria Cristina de Cunto Brandileone Marinês Dalla Valle Martino Identi�car
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK482221/
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/objetivos.htm
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/objetivos.htm
Vídeos
Ative as legendas e veja os vídeos a seguir sobre as provas bioquímicas utilizadas para
identi�cação de bactérias: 
 
Pruebas Bioquímicas 1/3 Prueba Fermentación de Carbohidratos. 
Fermentação de carboidratos.
Pruebas Bioquímicas 2/3 Urea, TSI y SIM. 
Provas de ureia, TSI e SIM.
microrganismos Gram-positivos, mais freqüentemente isolados de amostras
biológicas humanas; Reconhecer a importância clínica dos Staphylococcus
spp., Enterococcus spp.
LEIA MAIS ANVISA 
Pruebas Bioquímicas 1/3 Prueba Fermentación de Carbohidratos.
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/objetivos.htm
https://www.youtube.com/watch?v=Y-h5vZL6tyE
Pruebas bioquímicas 3/3 LIA, Citrato, MR-VP. 
Provas LIA, Citrato e MR-VP.
Pruebas Bioquímicas 2/3 Urea, TSI y SIM.
Pruebas bioquímicas 3/3 LIA, Citrato, MR-VP
https://www.youtube.com/watch?v=tMvRF3sHWl4
https://www.youtube.com/watch?v=Ilg7GMJGkrQ
Microbiología 02: Bacterias. 
Revise conceitos básicos sobre a morfologia das bactérias.
How to Code MRSA, Methicillin-Resistant Staphylococcus Aureus.
Microbiología 02: Bacterias
How to Code MRSA, Methicillin-Resistant Staphylococcus Aureus
https://www.youtube.com/watch?v=WVMuAfbhD9M
https://www.youtube.com/watch?v=XRaZgDZwJRI
Visite
Gram-positivos
Gram-positivos
Objetivos do módulo Autores: Agda do Carmo P. Vinagre Braga Angela Pires Brandão
Cecilia Helena V. F. G. Carvalhaes Itacy Siqueira Lilian Del Alamo Maria Cristina de
Cunto Brandileone Marinês Dalla Valle Martino Identi�car microrganismos Gram-
positivos, mais freqüentemente isolados de amostras biológicas humanas; Reconhecer
a importância clínica dos Staphylococcus spp., Enterococcus spp.
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https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/objetivos.htm
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Referências