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CIRURGIA VASCULAR Carolina Ferreira -Doença venosa crônica que representa o conjunto de alterações decorrentes das dilatação das veias das extremidades e alterações funcionais de longa duração -Veias dos sistemas venosos: o Sistema venoso profundo: tibiais posteriores; tibiais anteriores; fibulares; veia poplítea; veia femoral. o Sistema venoso superficial: veia safena magna; veia safena parva. -Epidemiologia: + comum em mulheres, nas mulheres, o quadro clínico costuma surgir de forma + precoce, a partir dos 40 anos, enquanto que na população masculina é + comum a ocorrência a partir dos 70 anos -Etiologia: ° 1º: nesses casos ocorre devido a uma incompetência das válvulas, determinada por um fisiológico da pressão nas veias. Ñ se sabe exatamente a causa dessa hipertensão venosa, dado que, o distúrbio surge independentemente de outras doenças ° 2º: está associada a doenças que a pressão venosa, como é o caso da TVP, traumas ou alguma outra condição anatômica que esteja comprometendo a função das veias ° Congênita: está associada a um defeito congênito das válvulas venosas. A Síndrome de Klippel-Trenaunay-Weber corresponde a um distúrbio congênito, caracterizado por malformações capilares e venosas, c/ ou sem malformações linfáticas, associadas ao supercrescimento de membro, que pode levar a um quadro de IVC -Fatores de risco: idade avançada, sedentarismo, obesidade, sexo feminino, posição supina prolongada, tabagismo, gestação, hipertensão arterial, anticoncepcional oral; trauma em MMII; HF +; hiperestrogenismo -Fisiopatologia: bomba(depende da contração muscular) ou válvulas venosas inadequadas → da pressão venosa (se entre 60-90 mmHg, ou seja, 3x acima dos valores considerados normais-----hipertensão venosa) → enfraquecimento da parede venosa → dilatação anormal das veias ---- telangiectasias ou varizes→ refluxo a pressão hidrostática na veia →resultando na perda de líquido p/ o 3º espaço edema → estase + distensão venosa +ativação endotelial→inflamação dérmica crônica úlcera -Quadro clínico: DOR OU SENSAÇÃO DE PESO NOS MMII + dor púlsatil/queimação que dificulta a andar e piora quando o pct se mantém em posição supina por períodos prolongados e melhora c/ a elevação dos membros + EDEMA (nos estágios iniciais, costuma ser unilateral, limitado a região do tornozelo e aparece ao final do dia. C/ a evolução da doença, pode ser tornar persistente, bilateral, progredindo p/ a região da panturrilha e permanecer ao longo de todo o dia. Costuma melhorar c/ a elevação dos membros e c/ a deambulação, e se exacerbar quando o paciente se mantém em pé por um período de tempo prolongado) + VARIZES E TELANGIECTASIAS + ECZEMA VARICOSO(+ frequentemente no terço distal da face medial da perna, é uma inflamação da derme decorrente do extravasamento de hemácias p/ o interstício devido à hipertensão das vênulas. Caracteriza-se por vermelhidão e prurido) DERMATITE OCRE (decorre do extravasamento contínuo de hemácias p/ o interstício leva à deposição de hemoglobina na pele e no tecido subcutâneo) + LIPODERMATOSCLEROSE (fibrose da pele e do tecido sub-cutâneo. Nesse estágio, a pele fica fina, rígida, brilhante, com coloração acastanhada sobre o subcutâneo endurecido) + ÚLCERA VENOSA (exsudativa, região do maléolo, tecido de granulação e é indolor) + fadiga e prurido + formigamento + pernas inquietas + CLAUDICAÇÃO VENOSA (é um sintoma raro e caracteriza-se pela dor acentuada durante o exercício físico, causada pela obstrução grave do sistema venoso) -Os sintomas tendem a se agravar c/ temperatura ambiente elevada, piorando no verão, e c/ alterações hormonais. São piores na fase perimenstrual, c/ uso de contraceptivos orais e reposição hormonal -Exame físico: trajetos venosos dilatados e tortuosos + palpação dos pulsos + teste de Brodie-Trendelenburg + compressão do óstio da veia safena parva+ teste de Schwartz + teste de Perthes CIRURGIA VASCULAR Carolina Ferreira -Classificação: é a CEAP, divide os diferentes QC de acordo c/ Clínica, Etiologia, Anatomia e Patofisiologia. -Diagnóstico: clinico + EF + US c/ doppler + flebografia (: exame invasivo considerado padrão-ouro) + TC + pletismografia + pressão venosa ambulatorial -Complicações: flebite superficial (devido à estase venosa, há > tendência à formação de coágulos no sistema venoso superficial. Palpa-se o cordão varicoso endurecido. O paciente apresenta dor, vermelhidão e inchaço no trajeto das varizes. Há chance de embolia se é acometida a veia safena magna no terço proximal da coxa, próximo à junção safenofemoral); eczema varicoso (é a presença de hemoglobina livre no tecido celular subcutâneo, que causa processo inflamatório crônico e exsudativo. O pct apresenta queixa de prurido local); erisipela de repetição (a presença de edema crônico é porta de entrada na derme (úlceras), propicia infecção de repetição na pele. Causada, principalmente, por Streptococcus e Staphylococcus e pode ser ascendente ou evoluir c/ lesões bolhosas); úlcera varicosa (é indolor, c/ bordas elevadas e fundo granuloso, coberto ou não de fibrina. Quando o membro está pendente, observa-se a exsudação da ferida. Pode evoluir c/ processo infeccioso 2º, apresentando-se como celulite periúlcera. As úlceras c/ infecção são dolorosas); hemorragia (pele acometida c/ dermite ocre e lipodermatoesclerose associada à fragilidade de veias subdérmicas em regime de hipertensão venosa facilita a erosão da parede venosa, causando sangramento profuso) -Medidas preventivas: MEV + uso de meias de compressão + atividade física + elevar os MMII+ evitar períodos longos em pé + perda de peso + cuidados c/ a pele (limpeza e uso de hidratantes) -Tratamento ñ farmacológico: elevar os MMII por 30 min 3-4xdia + atividade física + cessação do tabagismo + perda de peso + meias de compressão -Tratamento farmacológico: o Drogas venoativas: diosmina + hesperidina OU castanha da índia OU aminaftona OU tribenosídio o Drogas que auxiliam na cicatrização das úlceras: pentoxifilina 400 mg VO de 8/8 hrs ou AAS 300 mg VO 24/24 hrs ou contractubex passar no local 2xdia até a cicatrização da úlcera -Escleroterapia: a finalidade é eliminar as pequenas microvarizes e telangiectasias por meio de injeção de substância que provoca irritação no endotélio venoso e induz a transformação da veia em um cordão fibroso. As substâncias + utilizadas são: 1. Glicose hipertônica a 75%: principalmente em telangiectasias, pode ser resfriada c/ nitrogênio líquido; 2. Oleato de monoetanolamina (Ethamolin®): pouco utilizado; 3. Polidocanol: seu uso na forma de espuma tem sido amplamente divulgado. É a principal indicação como forma alternativa ao fechamento de úlceras venosas em idosos. Pode causar manchas definitivas na pele -Laser transdérmico: tem demonstrado eficácia clínica p/ telangiectasias, principalmente quando associado à escleroterapia -Cirúrgico: têm indicação nos portadores de varizes 1º dos MMII c/ os objetivos de remover os pontos de refluxo e as veias varicosas, aliviar a sintomatologia e evitar a evolução da hipertensão venosa crônica. As técnicas + utilizadas são: 1. Retirada de microvarizes: pode ser feita c/ anestesia local e microincisões escalonadas; 2. Retirada de colaterais: retiram-se as veias por incisões escalonadas, de pequeno tamanho; 3. Safenectomia: retira-se a veia safena magna ou parva quando há sintomatologia importante e insuficiência comprovada por exame de imagem. É contraindicada a casos de trombose venosa profunda; 4. Ablação térmica da veia safena: técnica utilizada p/ tratamento da safena em substituição à safenectomia, podendo ser realizada c/ cateter de radiofrequência ou laser. O cateterprovoca uma lesão térmica do endotélio venoso, causando a oclusão da veia. Esta técnica requer monitorização c/ ultrassonografia; 5. Ligadura de veias perfurantes insuficientes – técnicas de Linton, Felder ou ligadura videoassistida: cirurgia p/ ligadura das veias perfurantes insuficientes; 6. Valvuloplastia: está indicada na insuficiência do sistema venoso profundo quando há safenectomia e a erradicação das colaterais ñ foi suficiente p/ o controle dos sintomas. É mais utilizada na IVC primária; 7. Implante de stent: técnica endovascular utilizada p/ o tratamento das doenças venosas obstrutivas das veias ilíacas, decorrentes de compressão extrínseca, principalmente síndrome de May-Thurner. -São complicações possíveis nas cirurgias de varizes: hemorragias, linforragias, lesão de estruturas vasculares (artéria ou veia femoral, artéria ou veia poplítea), lesão de nervo motor (fibular), lesão de nervos sensitivos (safeno, sural ou nervos cutâneos), trombose venosa profunda, infecção, tromboflebite e linfedema. -Tratamento das úlceras varicosas: farmacológico + bota de Unna + controle de infecção
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