Buscar

RCC-Insuficiencia venosa cronica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
Uma mulher de 45 anos se queixa de sensação de peso e fadiga nas pernas.Ela não apresenta 
os sintomas ao acordar, mas eles se tornam mais perceptíveis e significativos no decorrer do dia e 
quando ela fica em pé por um tempo prolongado.Quando ela fica em pé na maior parte do dia, observa 
edema nas duas pernas. Os sintomas estão concentrados na panturrilha medial, área onde há veias 
tortuosas proeminentes. Ela observou veias dilatadas pela primeira vez há 20 anos, quando estava 
grávida.Inicialmente elas não lhe causaram nenhum desconforto, mas aumentaram progressivamente e, 
nos últimos 10 anos, tornaram-se cada vez mais dolorosas. Ela lembra que sua mãe tinha veias 
semelhantes nas pernas. 
PONTOS IMPORTANTES 
-Mulher de 45 anos, queixa de sensação de peso e fadiga nas pernas, ñ apresenta os sintomas ao acordar, + 
perceptíveis e significativos no decorrer do dia e quando ela fica em pé por um tempo prolongado→ Sinais de 
insuficiência venosa 
-Quando ela fica em pé na maior parte do dia, observa edema nas duas pernas→ Sinais de edema 
-Os sintomas estão concentrados na panturrilha medial, área onde há veias tortuosas proeminentes→ Veias 
varicosas e varizes 
-Ela observou veias dilatadas pela primeira vez há 20 anos, quando estava grávida→ Presença do fator 
desencadeante (gravidez) 
-Ela lembra que sua mãe tinha veias semelhantes nas pernas→ Histórico familiar presente 
LISTA DE PROBLEMAS 
• Sensação de peso e fadiga nas pernas 
• Sintomas perceptíveis no decorrer do dia e quando fica em pé por tempo prolongado e edema nas 2 
pernas 
• sintomas concentrados na panturrilha medial, área onde há veias tortuosas proeminentes 
• veias dilatadas que  progressivamente ao longo dos anos e tornando-se dolorosas 
• histórico familiar(materna) 
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS 
1. Insuficiência venosa crônica 
2. TVP? 
 
 
-A Insuficiência Venosa Crônica (IVC) dos 
membros inferiores (MMII) corresponde a 
um distúrbio vascular comum e está 
associada a alterações morfológicas e/ou 
funcionais e de longa duração 
-A doença pode ser assintomática ou 
apresentar sinais e sintomas diversos que 
necessitam de avaliação e tratamento 
adequado 
-Além da deformidade estética que 
ocasiona, pode causar sintomas 
incapacitantes, complicações e sequelas 
graves 
-O principal elemento do quadro de IVC 
são as veias varicosas, que são aquelas que 
apresenta alterações permanentes de 
calibre e comprimento – tortuosidade. As 
varizes propriamente ditas são veias 
dilatadas, tortuosas e alongadas. 
Varizes
Microvarizes 
-Também fazem parte do quadro as 
microvarizes e as telangiectasias. As 
microvarizes são pequenas veias de trajeto 
tortuoso ou retilíneo, c/ calibre < do que 4 
mm. De coloração azulada ou esverdeada, 
RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
causam incômodo estético. Muitas vezes, 
são confundidas c/ veias normais, visíveis 
pela transparência da pele. 
-As telangiectasias são pequenos vasos, 
bastante finos, que podem aparecer 
isoladamente ou ser confluentes. 
Localizados na derme, em geral ñ 
produzem danos à saúde nem sintomas 
importantes 
telangiectasias 
 
-O quadro de IVC de longa duração causa 
hipertensão venosa crônica nos membros 
inferiores. Os principais sinais de 
hipertensão venosa são a pigmentação 
marrom da pele – dermite ocre – e o 
surgimento de úlceras varicosas. 
 
Hipertensão venosa c/ dermite ocre e úlcera 
varicosa 
ANATOMIA 
-As veias dos MMII podem ser divididas em 
2 sistemas venosos: 
1. profundo 
2. superficial 
-A drenagem venosa é realizada a partir de 
um compartimento superficial e de um 
compartimento profundo, que se 
comunicam a partir das veias perfurantes. 
O compartimento superficial é formado 
por 2 veias principais, que estão localizadas 
no subcutâneo, superficiais à fáscia 
muscular profunda. São elas: 
• Veia Safena Magna: é a veia + longa 
do corpo e se forma a partir do arco 
dorsal do pé e veia dorsal do hálux. 
Percorre anteriormente ao maléolo 
medial, ascendendo medialmente na 
perna e coxa, sendo responsável pela 
drenagem venosa dessa região. A 
safena magna se continua como veia 
femoral, em seguida ilíaca externa, 
que drena na ilíaca comum e, por fim, 
na veia cava inferior (VCI). 
• Veia Safena Parva: surge do arco 
venoso dorsal e veia dorsal do 5º 
dedo, passa posteriormente ao 
maléolo lateral, ascendendo 
lateralmente na perna e coxa e 
tributando na veia poplítea. A veia 
poplítea, ao passar pelo hiato dos 
adutores, passa a ser chamada de veia 
femoral, depois ilíaca externa, que 
drena na ilíaca comum e, por fim, na 
VC 
 
RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
-O 
compartimento profundo é formado 
normalmente por veias duplas, 
denominadas de acompanhantes, porque 
estão situadas ao lado das artérias que 
acompanham. Essas veias estão localizadas 
profundamente à fáscia muscular, 
podendo estar dentro dos músculos 
(intramuscular) ou entre eles 
(intermuscular). As veias plantares lateral e 
medial se continuam como veia tibial 
posterior. A veia tibial posterior se 
continua como veia poplítea, que ao passar 
pelo hiato dos adutores, torna-se a veia 
femoral (posterior à artéria femoral). Esta, 
ao passar pelo ligamento inguinal, passa a 
ser chamada de veia ilíaca externa, em 
seguida ilíaca comum e, por fim, drena na 
VCI. Já a veia dorsal do pé se continua 
como veia tibial anterior, veia poplítea, 
veia femoral, veia ilíaca externa e veia 
ilíaca comum, que tributa na VCI. 
-Veias dos sistemas venosos superficial e 
profundo: 
1. Sistema venoso profundo 
a) Tibiais posteriores; 
b) Tibiais anteriores; 
c) Fibulares; 
d) Veia poplítea; 
e) Veia femoral. 
2. Sistema venoso superficial 
a) Veia safena magna; 
b) Veia safena parva. 
EPIDEMIOLOGIA 
-Atinge 1 em cada 5 mulheres e 1 em cada 
15 homens. 
-Aproximadamente 2 a 5 % da população 
mundial apresenta insuficiência venosa, e 
até 60% das veias se tornam varicosas, 
tendo relevância clínica 
-Nas mulheres, o quadro clínico costuma 
surgir de forma + precoce, a partir dos 40 
anos, enquanto que na população 
masculina é + comum a ocorrência a partir 
dos 70 anos 
ETIOLOGIA 
-A insuficiência venosa pode ter diversas 
etiologias,como: 
° Primária: nesses casos, a insuficiência 
venosa ocorre devido a uma 
incompetência das válvulas, 
determinada por um  fisiológico da 
pressão nas veias. Ñ se sabe 
exatamente a causa dessa hipertensão 
venosa, dado que, o distúrbio surge 
independentemente de outras 
doenças 
° Secundária: está associada a doenças 
que  a pressão venosa, como é o caso 
da TVP, traumas ou alguma outra 
condição anatômica que esteja 
comprometendo a função das veias 
° Superficial: quando há defeito nas 
válvulas venosas superficiais 
° Profunda: associada a lesão das 
válvulas venosas do compartimento 
profundo 
° Congênita: é identificada ao 
nascimento ou no decorrer da 
infância. Está associada a um defeito 
congênito das válvulas venosas 
→ A Síndrome de Klippel-Trenaunay-Weber 
corresponde a um distúrbio congênito, 
caracterizado por malformações capilares e 
venosas, c/ ou sem malformações linfáticas, 
associadas ao supercrescimento de 
membro, que pode levar a um quadro de 
insuficiência venosa crônica. É uma 
síndrome pouco frequente, porém merece 
ser lembrada devido a sua grave morbidade 
FATORES DE RISCO 
-Existem diversos fatores de risco p/ o 
desenvolvimento da IVC, alguns deles são 
modificáveis,  o risco de o paciente 
desenvolver este distúrbio 
-Principais fatores: a idade avançada, 
sedentarismo, obesidade, sexo feminino, 
posição supina prolongada, tabagismo, 
gestação, hipertensão arterial, 
anticoncepcional oral e trauma em 
membrosinferiores 
-Diversos estudos sugeriram um forte 
componente familiar associado a doença 
RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
venosa crônica. Nesses estudos, pacientes 
c/ ambos pais afetados apresentaram > 
risco de desenvolver varizes 
-Outro ponto importante observado é que 
a taxa de prevalência da doença venosa 
crônica parece ser > na população 
ocidental. Essa observação está associada 
aos hábitos relacionados ao estilo de vida 
ocidental 
FISIOPATOLOGIA 
-As veias possuem válvulas que, 
juntamente c/ a contração da musculatura 
esquelética da perna, direcionam o fluxo 
sanguíneo de distal p/ proximal e do 
compartimento profundo para o 
compartimento superficial. Assim, os 2 
principais determinantes do fluxo venoso 
são as válvulas e a bomba venosa 
-As válvulas venosas são geralmente 
bicúspides e se apresentam em > 
quantidade à medida que a pressão 
hidrostática , ou seja, nas regiões + 
distais. A finalidade é justamente superar 
os efeitos da gravidade quando os 
indivíduos se mantém em posição supina. 
Ao promover um fluxo unidirecional a 
partir do fechamento passivo das suas 
valvas, as válvulas impedem que o sangue 
flua na direção oposta e, portanto, 
facilitam o seu retorno ao coração 
-A bomba venosa se refere a contração dos 
músculos da perna, que direciona o sangue 
p/ regiões proximais a partir do  da 
pressão subfascial em relação a pressão 
hidrostática das veias. A eficácia da bomba 
vai depender de uma contração muscular 
adequada e de valvas competentes. Assim, 
quando há uma função inadequada da 
bomba muscular, válvulas venosas 
incompetentes ou obstrução do fluxo 
venoso (secundária a trombose ou 
estenose venosa ñ trombótica, por 
exemplo), o paciente pode desenvolver um 
 da pressão venosa 
-Quando essa pressão alcança valores 
entre 60 a 90 mmHg, ou seja, 3x acima dos 
valores considerados normais, temos a 
chamada hipertensão venosa 
-A hipertensão venosa sustentada, c/ o 
tempo, é capaz de promover alterações 
anatômicas, fisiológicas e histológicas que 
estão associadas a insuficiência venosa 
crônica. O  de pressão é transmitido de 
forma retrógrada p/ o sistema venoso 
superficial, levando a um enfraquecimento 
da parede venosa, resultando em uma 
dilatação anormal das veias na forma de 
telangiectasias ou varizes. Além disso, pode 
ser transmitido diretamente p/ o sistema 
capilar superficial. O refluxo au  a 
pressão hidrostática na veia, resultando na 
perda de líquido p/ o 3º espaço e 
consequentemente leva a formação de 
edema. Ademais, a hipertensão venosa 
estimula a liberação de células 
inflamatórias na parede da veia e nas 
válvulas, induzindo uma resposta 
inflamatória local 
Este gráfico mostra como a alteração no 
sistema de válvulas e na bomba venosa  o 
risco de o paciente desenvolver complicações 
da insuficiência venosa. A curva (A) 
corresponde a um paciente normal, a curva (B) 
corresponde ao paciente c/ insuficiência venosa 
e a curva (C) ao paciente c/ insuficiência venosa 
e trombose. Observe que na curva A, ao longo 
do exercício, c/ a contração muscular, há uma 
queda importante da pressão venosa. C/ o 
término do exercício, a veia volta a receber 
sangue de forma gradual, fazendo c/ que sua 
pressão volte a  gradualmente. Na curva B, 
perceba que ocorre uma  da pressão venosa, 
porém, essa redução ñ é a adequada, como 
mostra a curva A do paciente sem insuficiência 
venosa. E, após o exercício, a pressão tende a 
RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
retornar + rápido ao valor inicial, indicando que 
dentro daquele vaso existe um regime de 
hipertensão sustentado. Já o paciente c/ 
obstrução associada a insuficiência venosa, a 
pressão dentro do vaso ñ altera mesmo c/ o 
exercício da panturrilha, indicando uma 
gravidade ainda > e um risco  de desenvolver 
as complicações associadas ao distúrbio 
venoso. 
HISTÓRIA NATURAL 
-A IVC pode ser classificada em primária e 
secundária. 
-Primária: decorre da degeneração 
primária da parede venosa. As válvulas 
venosas perdem a sua função, 
determinando insuficiência valvular e 
refluxo venoso. Ñ há relação causal c/ 
outros processos mórbidos. Os fatores 
predisponentes e desencadeantes 
participam do processo. Os predisponentes 
são: hereditariedade, sexo feminino, 
obesidade e outros defeitos de tecido de 
sustentação e da parede venosa – hérnia e 
hemorroidas, respectivamente –, enquanto 
os desencadeantes são os imediatamente 
responsáveis pelo aparecimento da 
doença, provocando sobrecarga no sistema 
venoso: períodos longos na posição 
sentada ou em pé, obesidade e gestações 
repetidas. 
-Secundária: decorre de alterações do 
sistema profundo (refluxo e/ou obstrução), 
levando à sobrecarga do sistema 
superficial. Essas alterações podem ser: 
1. Congênitas: aplasia, hipoplasia ou 
fístulas arteriovenosas no sistema 
venoso profundo. São raras; 
2. Pós-trombóticas: ocorrem como 
sequela de episódios de trombose 
venosa profunda. A síndrome pós-
trombótica consiste em um quadro de 
IVC que se instala em pacientes com 
trombose venosa profunda prévia, 
tanto pela oclusão das veias 
profundas acometidas na fase inicial 
como pelo refluxo venoso que pode 
se estabelecer nelas após a 
recanalização; 
3. Pós-traumáticas: traumatismos 
penetrantes podem deixar como 
sequela fístulas arteriovenosas, que 
determinam hipertrofia do sistema 
venoso por sobrecarga de pressão do 
sistema arterial. 
-Uma causa secundária de IVC pode ser a 
síndrome de May-Thurner, ou síndrome de 
Cockett, que é a compressão da veia ilíaca 
comum esquerda pela artéria ilíaca comum 
direita, que pode causar sintomas 
unilaterais no membro inferior esquerdo, 
associados ou ñ ao aparecimento de 
varizes. Pode ser causa de TVP 
QUADRO CLÍNICO 
-Quadro clínico típico: 
• Dor ou sensação de peso nos MMII 
• Dor geralmente é caracterizada como 
pulsátil ou em queimação pode ser 
generalizada ou localizada em veias 
especificas. Em casos graves pode 
dificultar a deambulação 
• Dor piora quando o pct se mantém em 
posição supina por períodos 
prolongados e melhora c/ a elevação 
dos membros 
• Edema: 
nos 
estágios 
iniciais, 
costuma ser unilateral, limitado a 
região do tornozelo e aparece ao final 
do dia. C/ a evolução da doença, o 
edema pode ser tornar persistente, 
bilateral, progredindo p/ a região da 
panturrilha e permanecer ao longo de 
todo o dia. O edema costuma 
melhorar c/ a elevação dos membros e 
c/ a deambulação, e se exacerbar 
quando o paciente se mantém em pé 
por um período de tempo prolongado. 
• Telangiectasias e varizes 
• Hiperpirgmentação da pele: gera a 
dermatite ocre 
• Lipodermatosclerose 
• Úlcera venosa:exsudativa, região do 
maléolo, tecido de granulação e é 
indolor 
• Fadiga e prurido 
• Formigamento 
• Pernas inquietas 
RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
-Os sintomas tendem a se agravar c/ 
temperatura ambiente elevada, piorando 
no verão, e c/ alterações hormonais. São 
piores na fase perimenstrual, c/ uso de 
contraceptivos orais e reposição hormonal 
-As varizes normalmente surgem na 
topografia das veias insuficientes: face 
medial da perna e coxa (veia safena 
magna) e face lateral da perna (veia safena 
parva). Em muitos casos, os pacientes 
apresentam apenas varizes nos MMII sem 
nenhum sintoma e se queixam apenas de 
incômodo estético. C/ a progressão da 
insuficiência venosa crônica e a instalação 
de hipertensão venosa crônica, ocorre 
eczema varicoso, + frequentemente no 
terço distal da face medial da perna, sendo 
uma inflamação da derme decorrente do 
extravasamento de hemácias p/ o 
interstício devido à hipertensão das 
vênulas. Caracteriza-se por vermelhidão e 
prurido. 
-O extravasamentocontínuo de hemácias 
p/ o interstício leva à deposição de 
hemoglobina na pele e no tecido 
subcutâneo. A hemoglobina é convertida 
em hemossiderina pelos macrófagos, que 
precipita e agrava a reação inflamatória e 
exsudativa. Nesse ponto, exacerba-se a 
melanogênese, evoluindo c/ a coloração 
acastanhada da pele, a chamada dermite 
ocre, em geral perimaleolar e no terço 
distal da perna. O quadro pode evoluir p/ a 
lipodermatoesclerose, definida como 
fibrose da pele e do tecido sub-cutâneo. 
Nesse estágio, a pele fica fina, rígida, 
brilhante, com coloração acastanhada 
sobre o subcutâneo endurecido 
-Qualquer trauma superficial ou até 
mesmo o ato de coçar p/ aliviar o prurido 
pode ser fator de desencadeamento da 
úlcera varicosa. 
-O estágio final da IVC é a úlcera de estase 
venosa crônica. A ferida pode iniciar-se de 
forma espontânea ou traumática, c/ 
tamanho e profundidade 
variáveis.Geralmente se localiza no 
maléolo medial e é pouco dolorosa. São 
frequentes as 
curas e recidivas. 
Quando o 
membro está 
pendente, 
observa-se a 
exsudação da 
ferida. 
-A claudicação 
venosa é um sintoma raro e caracteriza-se 
pela dor acentuada durante o exercício 
físico, causada pela obstrução grave do 
sistema venoso. 
CLASSIFICAÇÃO 
-A classificação proposta p/ a IVC é a CEAP, 
criada pelo American Venous Forum em 
1994, e aceita mundialmente desde então. 
Essa classificação divide os diferentes 
quadros clínicos de acordo c/ Clínica, 
Etiologia, Anatomia e Patofisiologia. 
DIAGNÓSTICO 
-O diagnóstico é eminentemente clínico, 
dessa forma, a obtenção de uma história 
clínica adequada, o que inclui investigar 
possíveis fatores de risco, tempo do 
surgimento dos sintomas e seus fatores de 
melhora e piora, associada os achados do 
exame físico, pode ser suficiente p/ dar o 
diagnóstico do distúrbio venoso 
→ Exames laboratoriais ou de imagem ñ 
são mandatórios, mas em alguns casos 
RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
podem auxiliar no diagnóstico e 
reconhecer possíveis complicações da 
doença. 
-História clínica: caracteriza-se por dor nos 
MMII, em peso, vespertina, que pode estar 
acompanhada de varizes, edema, prurido e 
cãibras, lipodermatoesclerose e dermite 
ocre, além das úlceras venosas. 
-Exame físico: é realizado, inicialmente, c/ 
o paciente na posição ortostática. A 
inspeção e a palpação revelam os trajetos 
venosos dilatados e tortuosos e 
demonstram o grau de alteração da pele 
provocado pela estase venosa crônica, 
hipercromia, presença de eczema e úlcera. 
É muito importante a palpação dos pulsos 
c/ o objetivo de avaliar se há doença 
arterial associada. 
-Manobras: 
1. Compressão do óstio da veia 
safena magna – teste de Brodie-
Trendelenburg: c/ o membro 
elevado a 45°, comprime-se o óstio da 
veia safena magna ao nível da prega 
inguinal c/ o garrote ou o polegar; em 
seguida, coloca-se o paciente na 
posição ereta. Caso haja enchimento 
das varizes neste momento, há 
insuficiência valvular de veias 
perfurantes. Posteriormente, retira-se 
o garrote ou o polegar. Se houver 
enchimento das varizes após a 
retirada do garrote, há insuficiência 
valvular da veia safena magna 
Teste de Brodie-Trendelenburg 
2. Compressão do óstio da veia 
safena parva: é feita da mesma 
forma que a anterior, mas no cavo 
poplíteo; 
3. Determinação das veias 
perfurantes insuficientes da 
perna: por meio da palpação de 
defeitos faciais, principalmente na 
face medial da perna; 
Palpação de 
veias perfurantes 
4. Percussão venosa – teste de 
Schwartz: c/ o paciente em pé, 
palpa-se o trajeto venoso, enquanto, 
c/ a outra mão, se realiza a percussão 
sobre ela a fim de determinar 
insuficiência valvular neste segmento; 
 Teste de 
Schwartz 
5. Teste p/ avaliação do sistema 
venoso profundo – teste de 
Perthes: em ortostatismo, aplica-se o 
garrote abaixo do joelho e pede-se 
para o paciente fazer exercícios c/ a 
perna. Ocorre o esvaziamento das 
veias varicosas caso o sistema venoso 
profundo esteja patente e as 
perfurantes estejam competentes. 
-USG c/ Doppler: pode ser útil p/ 
identificar uma obstrução e/ou 
incompetência valvar como a causa da 
hipertensão venosa. Em veias normais, ao 
aplicar uma pressão utilizando o 
transdutor, podemos observar um 
colabamento do vaso. Nos casos de veias 
trombosadas, elas ñ comprimem. Ao 
utilizar o doppler colorido, podemos 
RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
identificar a presença e direção do fluxo 
sanguíneo e detectar refluxo. Entretanto, a 
USG ñ deve ser utilizada como 
procedimento de rotina, sendo indicada 
sobretudo nos casos de dúvida diagnóstica 
ou em pacientes que não respondem ao 
tratamento clínico padrão 
→ Existem 2 modos de USG que são utilizados 
rotineiramente: o modo B e o modo 
Doppler. Quando associados, chamamos de 
USG Duplex. O modo B fornece imagens em 
uma escala de cinza que permite a avaliação 
dos detalhes anatômicos dos vasos, como a 
presença de trombo. Já o modo Doppler 
exibe o fluxo sanguíneo dentro do vaso, 
gera informações de velocidade. A imagem 
gerada é colorida, sendo que existe uma 
padronização em relação as cores. O fluxo 
em direção ao transdutor é exibido na cor 
vermelha, enquanto que o fluxo que se 
afasta do transdutor é exibido na cor azul. 
Portanto, a cor não está relacionada ao 
fluxo arterial ou venoso 
-Flebografia: exame invasivo considerado 
padrão-ouro no estudo da IVC, é feita em 2 
etapas: ascendente e descendente. A 1º 
mostra aspectos morfológicos, como 
paredes, válvulas e luz, e a 2º , aspectos 
funcionais, particulamente o refluxo 
venoso. 
-TC: atualmente, pode-se obter, utilizando 
injeção de contraste, boa visualização do 
sistema venoso. É preciso técnica 
apropriada p/ o tempo do contraste, o que 
permite ñ só a análise do sistema venoso, 
mas também possíveis causas de 
compressão. 
-Pletismografia: trata-se de métodos de 
registro das variações de volume de um 
membro em função do movimento de 
entrada e saída de sangue desse membro a 
cada ciclo cardíaco, podendo inferir sua 
condição circulatória. Existem várias 
técnicas: a ar, por strain gauge, de 
impedância, por deslocamento de água e 
fotopletismografia. Atualmente, esses 
métodos têm pouca utilidade clínica, 
ficando seu uso reservado p/ a pesquisa 
científica. 
-Pressão venosa ambulatorial: nesta 
técnica, insere-se uma agulha na veia do 
pé, conectando-a a um transdutor de 
pressão, medida em repouso e após o 
exercício; diferenciam-se, ainda, as 
pressões dos sistemas venosos superficial e 
profundo. É o padrão-ouro p/ a 
monitorização hemodinâmica da 
insuficiência venosa, mas com pouca 
aplicação prática. Tem sua importância em 
pesquisa. 
-Ultrassonografia intravascular: a técnica 
utiliza um cateter c/ um transdutor de 
ultrassom na ponta. Gera imagens do 
intravascular e possibilita visualizar a 
anatomia venosa e achar locais de 
obstrução. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Insuficiência cardíaca congestiva 
• Insuficiência renal 
• Linfedema 
• Hipotireoidismo 
• Angioedema 
• TVP 
• Pé diabético 
• Ulcera arterial 
• Carcinoma de células escamosas 
• Pioderma gangrenoso 
• Celulite 
• Erisipela 
• Ulcera traumatica 
COMPLICAÇÕES 
-Flebite superficial: devido à estase 
venosa, há > tendência à formação de 
coágulos no sistema venoso superficial. 
Palpa-se o cordão varicoso endurecido. O 
paciente apresenta dor, vermelhidão e 
inchaço no trajeto das varizes. Há chance 
de embolia se é acometida a veia safena 
magna no terço proximal da coxa, próximo 
à junção safenofemoral. 
-Eczema varicoso: é a presença de 
hemoglobina livre no tecido celular 
subcutâneo, que causa processo 
inflamatório crônico e exsudativo. O 
paciente apresenta queixa de prurido local 
-Erisipela de repetição: presença de edema 
crônico e porta de entrada na derme 
(úlceras),propiciando infecção de 
RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
repetição na pele. É causada, 
principalmente, por Streptococcus e 
Staphylococcus e pode ser ascendente ou 
evoluir c/ lesões bolhosas. Em alguns casos 
mais graves é necessária a internação para 
antibioticoterapia intravenosa ou até 
debridamentos. 
-Úlcera varicosa: normalmente, é indolor, 
c/ bordas elevadas e fundo granuloso, 
coberto ou não de fibrina. Quando o 
membro está pendente, observa-se a 
exsudação da ferida. Pode evoluir c/ 
processo infeccioso secundário, 
apresentando-se como celulite periúlcera. 
As úlceras c/ infecção são dolorosas. A 
úlcera varicosa acomete o terço distal da 
perna, próximo ao maléolo medial. 
 -Hemorragia: a pele acometida c/ 
dermite ocre e lipodermatoesclerose 
associada à fragilidade de veias 
subdérmicas em regime de 
hipertensão venosa facilita a erosão da 
parede venosa, causando sangramento 
profuso. 
PREVENÇÃO 
-As modificações do estilo de vida (perda 
ponderal, exercícios regulares e redução do 
cloreto de sódio da dieta) podem  o risco 
por  a pressão venosa do membro 
inferior. 
-Evite permanecer sentado ou em pé por 
longos períodos 
-Faça caminhadas regulares 
-Suba pelas escadas, não de elevador 
-Ative a bomba muscular das pernas 
fazendo exercícios físicos como natação, 
andar de bicicleta ou caminhadas rápidas 
-Fortaleça as suas veias com exercícios 
-Alterne banhos quentes e frios para 
fortalecer o sistema vascular 
-Certifique-se de que toma líquidos 
suficientes 
-Mantenha o seu peso baixo 
-Não use sapatos com saltos altos 
-Use meias de compressão médica assim 
que notar os primeiros sinais de 
surgimento da insuficiência venosa 
TRATAMENTO 
-É importante lembrar que pacientes c/ > 
riscos de desenvolver insuficiência venosa 
devem ser orientados a seguir medidas p/ 
a prevenção da doença. São medidas 
preventivas o uso de meias de compressão, 
realização de exercícios físicos regulares, 
perda de peso, elevar os membros 
inferiores e evitar períodos longos em pé. 
P/ os pacientes já c/ sinais e sintomas de 
insuficiência venosa, existem diferentes 
tipos de tratamento. 
-Medidas conservadoras: é usada p/ todos 
os pacientes como a elevação dos 
membros, cuidados c/ a pele, exercícios e 
terapias de compressão. Ademais, é 
importante ficar atento aos fatores de 
risco, controlando aqueles que são 
modificáveis, como a obesidade, 
tabagismo, hipertensão e diabetes mellitus 
-Elevação dos membros: elevar os pés 
acima do nível do coração, por cerca 30 
minutos, 3 a 4 vezes por dia, pode  a 
sintomatologia dos pacientes, bem como 
ajudar no processo de cicatrização das 
úlceras venosas 
-Cuidados c/ a pele: pacientes c/ distúrbios 
venosos apresentam uma predisposição p/ 
o surgimento de dermatites de contato ou 
de estase, que podem se manifestar c/ 
prurido, vermelhidão e alteração da 
pigmentação da pele. Assim, é importante 
manter o cuidado adequado da pele, que 
inclui a limpeza e o uso de emolientes p/ 
ajudar a manter a barreira intacta 
-Exercícios: pcts c/ insuficiência venosa 
apresentam a bomba venosa prejudicada. 
Assim, caminhadas diárias e exercícios 
simples, como a flexão do tornozelo 
enquanto estão sentados, são medidas 
acessíveis que podem melhorar os 
parâmetros hemodinâmicos dos pacientes 
e favorecer a cicatrização das úlceras. 
-Sintomático: atividades físicas e 
medicamentos flebotômicos auxiliam no 
controle da sintomatologia. Esses 
RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
medicamentos  o tônus venoso e 
reduzem a permeabilidade e a fragilidade 
capilar. Alguns exemplos são a castanha-
da-índia, a diosmina associada à 
hesperidina, a aminaftona, o tribenosídio e 
os fitoterápicos. As medicações ñ devem 
substituir o tratamento de compressão 
elástica nem os hábitos de vida que 
amenizem a estase venosa. 
-Meias de compressão elásticas: são 
práticas e eficientes. Exercem > 
compressão no maléolo, c/ redução no 
sentido proximal. Assim,  a capacitância 
dos sistemas venosos superficial e 
profundo e corrigem alguns refluxos e 
distúrbios de pressões teciduais, 
promovendo o fluxo venoso fisiológico. 
-Escleroterapia: a finalidade é eliminar as 
pequenas microvarizes e telangiectasias 
por meio de injeção de substância que 
provoca irritação no endotélio venoso e 
induz a transformação da veia em um 
cordão fibroso. As substâncias + utilizadas 
são: 
1. Glicose hipertônica a 75%: 
principalmente em telangiectasias, 
pode ser resfriada c/ nitrogênio 
líquido; 
2. Oleato de monoetanolamina 
(Ethamolin®): pouco utilizado; 
3. Polidocanol: seu uso na forma de 
espuma tem sido amplamente 
divulgado. Pode ser usado tanto em 
veias reticulares como em varizes e, 
em alguns casos, na veia safena 
magna. Causa uma inflamação local e 
oclusão da luz venosa. É a principal 
indicação como forma alternativa ao 
fechamento de úlceras venosas em 
idosos. Pode causar manchas 
definitivas na pele. Se utilizado em 
veias maiores ou, ainda, na veia safena 
magna, é recomendada a 
monitorização do procedimento por 
meio de US 
-Laser transdérmico: tem demonstrado 
eficácia clínica p/ telangiectasias, 
principalmente quando associado à 
escleroterapia 
-Cirúrgico: têm indicação nos portadores 
de varizes primárias dos membros 
inferiores c/ os objetivos de remover os 
pontos de refluxo e as veias varicosas, 
aliviar a sintomatologia e evitar a evolução 
da hipertensão venosa crônica. As técnicas 
+ utilizadas são: 
1. Retirada de microvarizes: pode ser 
feita c/ anestesia local e microincisões 
escalonadas; 
2. Retirada de colaterais: retiram-se as 
veias por incisões escalonadas, de pequeno 
tamanho; 
3. Safenectomia: retira-se a veia safena 
magna ou parva quando há sintomatologia 
importante e insuficiência comprovada por 
exame de imagem. É contraindicada a 
casos de trombose venosa profunda; 
4. Ablação térmica da veia safena: 
técnica utilizada p/ tratamento da safena 
em substituição à safenectomia, podendo 
ser realizada c/ cateter de radiofrequência 
ou laser. O cateter provoca uma lesão 
térmica do endotélio venoso, causando a 
oclusão da veia. Esta técnica requer 
monitorização c/ ultrassonografia; 
5. Ligadura de veias perfurantes 
insuficientes – técnicas de Linton, Felder ou 
ligadura videoassistida: cirurgia p/ ligadura 
das veias perfurantes insuficientes; 
6. Valvuloplastia: está indicada na 
insuficiência do sistema venoso profundo 
quando há safenectomia e a erradicação 
das colaterais ñ foi suficiente p/ o controle 
dos sintomas. É mais utilizada na IVC 
primária; 
7. Implante de stent: técnica 
endovascular utilizada p/ o tratamento das 
doenças venosas obstrutivas das veias 
ilíacas, decorrentes de compressão 
extrínseca, principalmente síndrome de 
May-Thurner. 
-São complicações possíveis nas cirurgias 
de varizes: hemorragias, linforragias, lesão 
de estruturas vasculares (artéria ou veia 
femoral, artéria ou veia poplítea), lesão de 
nervo motor (fibular), lesão de nervos 
sensitivos (safeno, sural ou nervos 
cutâneos), trombose venosa profunda, 
infecção, tromboflebite e linfedema. 
RCC 04- CC IV Carolina Ferreira 
-Tratamento das úlceras varicosas: baseia-
se na correção do refluxo venoso, na 
realização de curativos locais e no controle 
da infecção. O refluxo venoso pode ser 
corrigido c/ meias de compressão e, se 
possível, cirurgia. Os curativos visam 
proporcionar um meio favorável à 
cicatrização. A infecção deve ser tratada c/ 
antibioticoterapia sistêmica oral ou 
intravenosa. A bota de Unna é um tipo de 
curativo muito usado em úlceras 
avançadas. Consiste em uma atadura 
inelástica impregnada c/ uma pasta de 
zinco aplicada em toda a perna, como um 
gesso. Alémde atuar sobre a úlcera, a 
compressão inelástica reduz a estase 
venosa crônica. 
 
O que orientar a uma paciente jovem que 
apresenta varizes calibrosas em ambas as 
pernas sem nenhum sintoma associado? 
Uma paciente jovem que apresenta 
varizes calibrosas em ambas as pernas e 
nenhum sintoma associado deve ser 
primeiramente avaliada em uma consulta 
médica. Na história, os sintomas venosos 
devem ser ativamente pesquisados (peso, dor, 
formigamento). O exame físico deve ser 
realizado na posição em pé e as veias varicosas 
devem ser palpadas. A veia safena, quando 
apresenta refluxo, mostra-se dilatada e com 
tributárias tortuosas. Alterações tróficas como 
dermite ocre e lipodermatoesclerose devem 
ser avaliadas. Estes sinais podem estar 
presentes mesmo que a paciente ñ perceba ou 
tenha sintomas. Caso o examinador necessite 
de + informações, o US pode avaliar quais veias 
superficiais e/ou profundas apresentam 
refluxo. Esta paciente deve ser orientada 
quanto ao tratamento clínico p/ evitar a 
progressão da doença: manter-se no peso 
adequado, realizar atividades físicas e usar 
meia de compressão. O tratamento cirúrgico 
(remoção das veias varicosas c/ refluxo) é uma 
opção futura caso a paciente venha a 
apresentar sintomas ou sinais de progressão da 
insuficiência venosa. A remoção das varizes 
pode ser proposta caso a paciente apresente 
incômodo c/ a aparência das veias dilatadas. 
Medicamentos flebotônicos são úteis no 
controle dos sintomas (edema, peso, câimbras) 
e ñ devem ser prescritos nos pacientes 
assintomáticos.

Outros materiais