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AULA 27/09 Afecções cutâneas Processos nodulares e granulomatosos: o Diagnósticos diferenciais: Envolvem processos neoplásicos, infecciosos (fungos), parasitários (habronemose cutânea), além da formação de tecido de granulação exuberante que é característica da espécie equina Esses processos podem ter aspecto macroscópico semelhante e devem ser diferenciados por histopatologia A histopatologia além de nos confirmar o diagnóstico, nos da características do processo que estamos avaliando Mesmo quando o aspecto macroscópico é sugestivo, o exame histopatológico deve ser realizado para confirmação do diagnóstico Uma das coisas que mais enfrentamos na clinica é a falta da possibilidade de resolução devido ao tempo de evolução Educar o proprietário para que não deixe passar nada despercebido o Possibilidades terapêuticas: Os principais fatores que limitam as possibilidades terapêuticas são o tempo de longo evolução e o custo do tratamento o Prognóstico: A estimativa do prognóstico deve sempre considerar, o retorno à função, além da sobrevida Em vista disso temos um prognóstico até mais reservado, pode ter um animal que tenha um processo que não vai comprometer a sobrevivência dele, mas vai comprometer a função, isso não é desejável para o proprietário Processos neoplásicos Carcinoma de células escamosas: o É a neoplasia cutânea mais comum em grandes animais o Trata-se de uma neoplasia maligna: De alto poder invasivo local (tecidos vizinhos e linfonodos) com alto índice de recidiva, mas sem característica metastática Relato de metástases distantes raras Alta incidência O que vamos ver é uma formação que acaba tendo um poder de invasibilidade local, ou seja, se dissemina na região onde tem o nódulo principal ou a ferida granulomatosa principal. Isso faz com que tenha uma limitação em termos de tratamento, pois é muito difícil da margem de segurança e as células tumorais vão permanecer no leito da ferida e vão levar a recidiva do quadro que é a principal complicação desse tipo de neoplasia Embora não seja uma neoplasia que vamos ter metástases distantes, vamos ter um poder de malignidade considerável na histopatologia o grau de diferenciação celular nos dá também informações sobre o grau de malignidade e isso ajuda no prognóstico o Etiologia: Acredita-se que o carcinoma se desenvolva a partir de lesões pré-cancerígenas (tem transformação do tipo celular) decorrentes de queimaduras solares (radiação UV), irritações crônicas causadas por agentes químicos, secreções corporais ou parasitismo (gera uma lesão com inflamação crônica permitindo maior oportunidade de diferenciação celular), ou por metaplasia (por acumulo de esmegma), como ocorre no epitélio peniano em equinos o Características clínicas: Clinicamente, o carcinoma de células escamosas se manifesta por lesões granulomatosas (tecido vermelho, sangrante, tecido vivo, tecido neoformado), que podem ser ulcerativas ou proliferativas Na proliferativa vai formar uma massa ou nas ulcerativas que tem feridas que permanecem na condição ulcerativa, não se forma uma massa exuberante e sim uma ulcera que tem o fundo granulomatoso e não tende a cicatrização Lesão de pele que não tende a cicatrização quando está sendo tratada da forma correta, já é uma suspeita importante. Se não tem nenhum agente, bactéria, um fungo ou parasita colonizando e a ferida está sendo bem higienizada, tratada e ela não evolui para cicatrização, ela é uma ferida digna de investigação A lesão proliferativa pode ser uma massa de tecido com volume considerável e a ulcera também pode ser grande, sempre com fundo avermelhado, sangrante e com característica de cronicidade o Localizações características: O carcinoma se desenvolve preferencialmente em áreas de transição entre pele e mucosas, áreas glabras (ou seja, desprovidas de pelos) e áreas despigmentadas Como exemplos, podemos citar a 3ª pálpebra, o prepúcio e as regiões perianal, perivulvar e perilabial À esquerda vemos um carcinoma de 3ª pálpebra. A lesão é de caráter proliferativo e pode levar à ulceração secundária da córnea por compressão e abrasão À direita vemos um carcinoma de prepúcio, que deve ser diferenciado da habronemose cutânea em equinos o Modalidades de tratamento: Excisão cirúrgica radical: isolada ou combinada com outros procedimentos a fim de proporcionar maior margem de segurança Retirar o tecido neoplásico e retirar todas as células neoplásicas do leito Para determinar que o leito está livre precisa de um exame microscópico, não tem como ver a olho nu se deu margem de segurança ou não Margem de segurança: não restaram células tumorais no leito e isso só podemos visualizar com exame histológico Quando não tem condição de fazer o exame histológico do leito, seria aplicar um segundo procedimento, ou seja, combinar um procedimento que nos permita retirar um pouco mais de tecido sem que esse tecido seja retirado de forma cirúrgica, ou seja, sem que tenha que ressecar esse tecido criando as vezes uma lesão muito grande e profundo Combinação com crioterapia O leito vai ser congelado pela crioterapia, ela vai induzir a necrose do tecido que restou, mas não vai mutilar o animal da maneira que faríamos para retirar todo o tecido cirurgicamente O problema que não conseguimos fechar por primeira intenção e vai ter uma cicatriz mais exuberante com resultado estético pior, tem alteração da cor da pelagem Sempre vai ter o risco de recidiva Ter em mente a preservação do função para tomar uma decisão terapêutica correta Fatores a considerar: a decisão terapêutica deve considerar a região anatômica afetada, a quantidade de tecido a ser removida para minimizar o risco de recidiva e a função, que deve ser preservada na medida do possível Quando a quantidade de tecido a ser removida é muito grande, a excisão cirúrgica radical não pode ser realizada devido ao risco de mutilação e comprometimento da função Neste caso, devemos optar pela excisão parcial combinada com outros procedimentos, como a crioterapia A crioterapia corresponde ao congelamento do tecido com nitrogênio líquido sob pressão e induz morte celular por congelamento, aumentando as margens de segurança Crioterapia: esse procedimento é feito com auxilio de um criótomo, que corresponde a um recipiente pressurizado acompanhado de ponteiras de aplicação de diversos tamanhos. A profundidade de congelamento corresponde a metade do diâmetro da área congelada A imagem à direita mostra o congelamento de um nódulo neoplásico Ela não é um processo hemostático Se fizer a ressecção de um nódulo e for aplicar a crioterapia no leito, precisamos fazer a hemostasia primeiro e depois aplicar a crioterapia A produndidade é 50% do diâmetro Exemplo: se tiver um nódulo de 1cm de diâmetro, vai ter 0,5 cm de profundidade Se o nódulo é pequeno podemos fazer o congelamento direto sem fazer a excisão Se fizer a excisão, vai estar congelando 0,5cm abaixo do leito, que vai dar a margem de segurança, em contrapartida vai ter necrose de uma área maior, com tempo de cicatrização maior Faz 3 ciclos de congelamento, aplica repetidamente sobre determinada área, o tecido fica branco e depois deixa cicatrizar por segunda intenção, vai descongelar, o tecido vai necrosar e vai ter que tratar como ferida aberta o Quimioterapia intralesional: Outra modalidade terapêutica que pode ser associada ao tratamento cirúrgico é a quimioterapia O protocolo mais indicado é a administração intralesional de cisplatina, na forma de emulsão oleosa injetada diretamente no leito da ferida ou implantes impregnados com cisplatina de liberação lenta, gerandoa necrose do tecido ao seu redor A quimioterapia ela não é seletiva, também vai afetar o tecido sadio, também vai ter um ferida que não dá para fazer fechamento por primeira intenção e vai gerar também uma perda tecidual considerável A injeção de cisplatina nos permite para que a massa diminua de tamanho e permita uma cirurgia que não seja mutiladora Alguns produtos de aplicação tópica também podem ser usados, como o 5-flurouracil A administração sistêmica de inibidores seletivos da ciclo- oxigenasse 2, como o Piroxicam, também já foi relatada como tratamento adjuvante, uma vez que as células tumorais expressam essa enzima o Exemplos de carcinomas de células escamosas: Na imagem à esquerda mostra uma lesão característica na seta em vermelho na região perianal de bovino Nota-se a lesão granulomatosa de caráter ulcerativa localizada próxima à transição pele e mucosa em uma região glabra despigmentada A imagem à direita mostra uma lesão atípica no mesmo animal, o carcinoma não é comum nessa região, porém não havia histórico de trauma e sim de uma ferida crônica de 3 anos de evolução, que foi aumentando com o tempo Nessa caso a excisão cirúrgica não era possível e o animal foi tratado com curetagem na região afetada, para remoção parcial do tecido neoplásico, seguida de crioterapia sem sucesso Esse caso ilustra a importância do diagnóstico precoce e do exame histopatológico para confirmação diagnóstica É uma região que tem bastante folga de pele, permitindo a retirada de bastante tecido o Outra apresentação clássica do carcinoma de células escamosas: Carcinoma de terceira pálpebra Nota-se que a pele do canto medial do olho não está envolvida, o que descarta a possibilidade de habronemose A lesão no caso é de caráter proliferativo e pode levar a ulceração secundaria da córnea por compressão e abrasão A ausência da terceira pálpebra não compromete a função ocular Tratamento de eleição é a sua excisão completa independente do tamanho da sua formação No caso da neoplasia não teria opção de qualquer forma Quanto menor a lesão, maior a margem de segurança e menor a chance de recidiva, dai a importância do diagnóstico e tratamento precoces Muitas vezes quando essa neoplasia começa a se formar é uma pequena formação do canto do olho, passando despercebido e essa massa vai crescendo o Outro caso semelhante: Nota-se o tecido granulomatoso neoformado e a presença de quemose Tirar com margem de segurança é praticamente impossível Tem chance de recidiva Manda a peça cirúrgica para o histopatológico o Outro tipo de apresentação: Foi trazido para o hospital veterinária depois de 1 ano de evolução O diagnóstico inicial havia sido conjuntivite e o tratamento recomendado foi medicação tópica com colírio antibiótico A falta do diagnóstico correto permitiu a evolução da neoplasia e o comprometimento de toda terceira pálpebra piorando o prognóstico Esse é o mesmo animal após a higienização e a exposição da formação neoplásica, nota-se que não resta tecido sadio o que elimina a possibilidade de retirada com margem de segurança Imagens intra-operatórias da retirada completa da formação, após a excisão foi aplicada crioterapia no leito da lesão, porém houve recidiva em 90 dias, restando como única opção terapêutica enucleação O diagnóstico precoce é fundamental A lesão sendo sugestiva macroscopicamente já tem justificativa para intervir cirurgicamente, mesmo sem ter feito o histopatológico antes, mas não significa que não deve mandar a peça para histopatológico o Outra apresentação de carcinoma de células escamosas: diagnósticos diferenciais Na região do prepúcio Nota-se a lesão extensa de caráter granulomatoso proliferativo observada durante o exame inicial Em equinos esse tipo de lesão nessa região anatômica também pode ter como causa a habronemose cutânea O animal havia sido atendido por outro profissional que recomendou a eutanásia Na ausência de condições para realização do exame histopatológico, o animal foi tratado para habronemose o que acabou levando ao diagnóstico terapêutico diante da resposta favorável obtida após 15 dias de tratamento Nesse caso o tratamento tópico para habronemose cutânea foi mantido e a lesão regrediu completamente De fato não era carcinoma, era um caso de habronemose Importante lembrar que, embora o histopatológico seja soberano em termos de diagnóstico neoplásico, o aspecto macroscópico também não pode ser negligenciado o Carcinoma: Vemos outra lesão em região semelhante, porém mais próximo à base do pênis e de caráter ulcerativo, o que já não sugere habronemose Nesse caso a região anatômica não permite a excisão cirúrgica sem mutilação e perda de função Tratamento foi a crioterapia por ser uma região que ia praticamente condenar o pênis do animal, retirando muito tecido, mas como não é uma lesão proliferativa e sim ulcerativam, a crioterapia nos permite uma profundidade de congelamento que é proporcional ao diâmetro De toda forma o prognostico é reservada por riscos de recidiva O ideal para esses animais é fazer um exame periódico de acompanhamento Toda vez que notar um pequeno sinal de recidiva já pode fazer novamente a crioterapia e preservar a função do animal a longo prazo o Carcinoma: Aqui vemos mais dois casos de carcinoma de células escamosas afetando a região prepucial em equinos No caso à esquerda a chance de preservação da função é menor, pois a quantidade de tecido a ser removida impede a preservação do prepúcio Pelo mesmo motivo, não é possível estabelecer margem e segurança sem amputar o pênis, o que aumenta a chance de recidivas e torna o prognóstico mais desfavorável O caso à direita poderia ser tratado apenas com curetagem cirúrgica da lesão seguida de crioterapia, com melhor prognóstico Sarcóide equino: o Trata-se de uma neoplasia benigna, porém há grandes perdas associadas em termos de função e bem-estar, como veremos a seguir o A transformação celular que dá origem a essa neoplasia tem relação com diversos papilomavírus bovinos, principalmente os tipos 1, 2 e 13 (BPV1,BPV2,BPV13) o Sendo uma neoplasia ‘’benigna’’ (manifestações persistentes), não há ocorrência de metástase, porém o animal que tem sarcoide tende a desenvolver outros ao longo da vida e pode haver perda de função, dependendo da localização, o que torna o prognóstico reservado o Dependendo do tamanho e da localização anatômica, pode ter uma interferência muito deletéria sobre a função o Tem grandes perdas econômicas, perda de função e obviamente também dependendo da característica e da localização da formação, o bem estar também tem que ser considerado Tipos: o O sarcóide tem várias apresentações clínicas e pode haver vários tipos em um mesmo animal o Importante sempre educar o proprietário ou tratador, para não deixar passar despercebido o nódulo o Se perde a janela de oportunidade de tratar precocemente, vai tender a ter casos mais complexos com prognóstico pior e menor possibilidade terapêutica o O tipo mais comum é o nodular, que pode ser encapsulado ou não e estar aderido ou não o Esses nódulos podem ser de característica fibroblástica (ulcerados e firmes à palpação) ou verrucosa, existindo também tipos mistos o Nodular é mais liso, é encapsulado o Verrucoso: tem aspecto macroscópico igual a um papiloma o Mistos: tem porção verrucosa e fibroblastica o Outras apresentações mais raras são o sarcóide oculto, que se assemelha a uma placa, e o sarcóide agressivo, de aparência maligna o Notas-se a presença de dois tipos de sarcoide (nodular e verrucoso) no mesmo animal na imagemsuperior esquerda o Uma parasitose por habronema vai gerar eosinofilia, um processo alérgico também o Na lesão próxima a coroa do casco pode ser um sarcoide, pode ser um habronema, pode ser só granulação exuberante, então nesse caso que não temos a oportunidade de fazer o histopatológico, vamos apelar para o diagnóstico terapêutico. Tratar como se fosse habronema, tratar a granulação e a cronicidade dessa ferida seja a resposta terapêutica, vai nos dar a dica se é ou não sarcoide, sem o histopatológico é impossível determinar a etiologia o Quando estamos diante de um caso agressivo podemos retirar esse tecido, deixar praticamente no nível da pele, uma lesão ulcerativa e fazer aplicação de crioterapia no leito, mas com prognóstico ruim, pois é uma ferida grande, vai gerar uma contração, provavelmente vai gerar uma alteração de cor de pele, gerando uma deformidade na margem palpebral,um prognóstico ruim apesar de ser benigna Tratamento: o Assim como o carcinoma, o sarcóide também pode ser tratado por excisão cirúrgica isolada ou combinada com outros procedimentos o Crioterapia e excisão cirúrgica o Quimioterapia lesional com cisplatina o A decisão terapêutica deve levar em conta o tamanho e localização da lesão e as possíveis sequelas em termos de perda de função o Além dos tratamentos descritos para o carcinoma, o sarcóide pode ser manejado por imunoterapia intralesional com BCG (vacina contra tuberculose)- imunomodelação- no sarcoide pode induzir uma redução de tamanho que permita uma retirada cirúrgica sem mutilação o O protocolo recomendado envolve 3 administrações intralesionais na dose de 1 ml/cm3 o O tratamento tem risco de anafilaxia e não leva à regressão completa da lesão, porém permite a redução do tamanho da formação, permitindo a excisão cirúrgica sem mutilação Diagnósticos diferenciais e condutas: o Nos casos 1,3 e 7 o principal diagnóstico diferencial seria papilomatose cutânea o O caso 2 também poderia remeter a papilomatose, porém a presença de nódulos faz pensar em sarcóide o O caso 4 é característico de sarcóide fibroblástico o O caso 5 poderia ser habronemose cutânea ou simplesmente tecido de granulação exuberante o O caso 6 poderia ser um carcinoma de células escamosas atípico o Em todos os casos não é difícil de estimar a dificuldade de excisão cirúrgica e as possíveis consequências em termos de função o Isso ilustra bem o prognóstico reservado mesmo de uma neoplasia benigna Cirurgia-técnica: o Imagens intra- operatórias de sarcóide o No caso a esquerda, o nódulo é ulcerado e foi protegido com uma bandagem para evitar a disseminação de células neoplásicas durante o procedimento cirúrgico o No caso a direita, o nódulo é encapsulado e deve ser removido sem penetração da cápsula pelo mesmo motivo Caso clínico: o Nota-se a deformação irreversível do pavilhão auricular decorrente do auto trauma e do longo tempo de evolução o Já tinha sido cauterizado essa lesão o Era um sarcoide o Nessa região anatômica a ausência de tecido cutâneo livre na face interna do pavilhão auricular dificulta o procedimento cirúrgico o A crioterapia pode ter efeitos deletérios sobre a cartilagem auricular Melanoma: o Trata-se de uma neoplasia com alto potencial de malignidade e de prognóstico desfavorável no longo prazo o Em grandes animais, o melanoma é descrito com maior frequência em equinos e afeta preferencialmente animais tordilhos o A etiologia não é bem conhecida, podendo envolver predisposição genética, características da pele (despigmentação) e a senilidade o Prognóstico reservado a ruim o Tem varias apresentações clínicas o Nevo melanocítico e o Melanoma dérmico as formas benignas o Formas malignas: melanomatose dérmica e melanoma anaplasico o Nevo melanocítico: Massas pequenas isoladas o Melanoma dérmico: É a mais comum e se caracteriza por nódulos isolados ou múltiplos, em sua maioria pigmentados e encontrados principalmente na face ventral da cauda e nas regiões genital, inguinal e perineal, região peri-mamária em fêmeas o Melanomatose dérmica: Se apresenta na forma de massas coalescentes (inoperáveis) Localização= melanoma dérmico o Melanoma anaplásico: Raro em equinos o Embora de característica incialmente benigna, o melanoma dérmico também tende a evoluir para malignidade, o que torna o prognóstico reservado no longo prazo o As mesmas modalidades terapêuticas se aplicam, porém existem diversas pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de vacinas, ainda sem resultados conclusivos em equinos o Nos casos inoperáveis, o animal pode ser preservado sem tratamento enquanto conviver bem com a lesão Excisão cirúrgica- sempre que possível Crioterapia: induzindo a necrose da lesão Quimioterapia intralesional- Cisplatina Imunoterapia- vacinas (promissor) Casos inoperáveis- convivência benigna com a lesão x eutanásia o Casos característicos de melanoma dérmico: No caso à esquerda a excisão cirúrgica é possível e deve ser realizada, visto que a neoplasia tende a evoluir para malignidade No caso à direita, a excisão cirúrgica já não é possível Em ambos os casos, apesar do aspecto macroscópico sugestivo, o exame histopatológico é importante para confirmação do diagnóstico e determinação das características celulares o Caso de melanomatose dérmica: Nota-se as massa coalescentes de grande volume O caso é claramente inoperável e o animal poderá ser mantido enquanto conviver bem com a lesão Poderia tentar uma quimioterapia intralesional Feridas membro distal: o No equino temos uma característica muito especifica de cicatrização que é a formação do tecido de granulação exuberante, nas ferida em membro distal o Membro distal: carpo e tarso para baixo o Pela mobilidade articular e dai para baixo pela falta de tecido subcutâneo o Então a característica dos equinos, a formação da massa de tecido granulomatoso que impede a epitelização de forma mecânica e a ferida se torna crônica Diagnósticos diferenciais: o Tecido de granulação exuberante: Característico equino; iatrogênico (não saber tratar direito) Granulação> epitelização No momento que esse tecido de granulação deveria apenas preencher o leito da ferida, para que a epitelização possa ocorrer por cima do leito, o que acontece é que ele ultrapassa o nível da pele e não só se torna um fator de bloqueio mecânico, a epitelização não ocorre, como se torna um fator de perpetuação da inflamação Pousa mosca, bate a cauda, animal se auto-mutila Fazer o diagnóstico diferencial: se não tem certeza que a ferida não está colonizada por um agente, não tem como indicar o tratamento correto A ferida que é apenas granulação ou granulação por conta do habronema tem o mesmo aspecto macroscópico, pode ter também o pitium (fungo) que também forma uma ferida de granulação exuberante o Habronemose cutânea- raspado: Lesão granulomatosa proliferativa/ulcerativa Cronicidade, prurido Migração errática- larvas de Habronema sp Localização: canto medial do olho e processo uretral Tem uma ulcera crônica- ferida ulcerativa o Pitiose- sorologia: Phythium insidiosum-oomiceto Massa ulcerativas granulomatosas Cronicidade, prurido, fistulas Característica mais destrutiva Mais difícil de diagnosticar pela histopatologia Diagnosticar por sorologia Tratamento difícil de se fazer também Tratamento mais indicado, porém caro- perfusão regional com Putrescina B Prognóstico ainda é reservado Tratamento: o Tentar fazer primeiro o diagnóstico diferencial o Acompanhar a fase da cicatrização o A medida que a ferida evolui vamos ter que mudar a estratégia terapêutica o Saber em que fasea ferida está e o que fazer naquela fase o Inicialmente toda ferida tem uma fase inflamatória: Eliminação Pode ser mais ou menos prolongada, depende do grau de inflamação Tem característica de aumento de volume, secreção, ou seja, o organismo tentando eliminar tecido e material eventualmente presente na ferida Vai limpar, retirar tecido morto (higienização) Trocas frequentes de curativo, fica sujo devido a presença de secreção Estimulo granulação conforme necessidade o Quando não há mais nada a ser eliminado, vai ter a fase de preenchimento: Granulação Se é uma ferida que houve grande perda de tecido, tem muita área a ser preenchida O que acontece no cavalo é que uma ferida na canela, em pouco tempo a granulação já está no nível da pele, ela ultrapassa o nível da pele Nessa fase não podemos agredir e estimular a granulação. Esse estimulo pode ser mecânico ao esfregar uma gaze, por exemplo, produtos irritantes Usar um produto nessa fase que seja lubrificante, para não grudar o curativo Qualquer coisa que tende a irritar nessa fase, vai tender a estimular mais a granulação Podemos usar um medicamento que suprime: pomada a base de corticoide (omcilon), protege a borda de epitelização com vaselina, gel ky Supressão conforme necessidade o Depois que consegue estabilizar a granulação, a epitelização vem progressivamente: Até que a ferida se feche Pode ficar com cicatriz feia, cor diferente Proteção Mínima intervenção