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EXAME FÍSICO MUSCULOESQUELÉTICO

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Geovana Sanches, TXXIV 
EXAME FÍSICO MUSCULOESQUELÉTICO 
 
INTRODUÇÃO 
História 
• Origem na Grécia, com Hipócrates 
• Ideia das artrites, infecciosas, por gota, 
poliartrites... 
• Rheuma = vem do grego como fluído, 
“catarro”, “bile”, que iriam se fixas nas 
articulações 
o Na Grécia antiga, utilizava-se 
rheuma como sinônimo de 
catarros, de acordo com os 
conceitos humorais então vigentes, 
segundo os quais esse humor de 
composição alterada, proveniente 
do cérebro, atingiria as 
articulações. 
o Nessa época, as doenças se 
baseavam no adoecimento de 
quatro humores: sangue, muco 
(fleuma), bile (amarela e escura) e 
água. 
• Termo reumatologia 
o 40 a 90 a.C. 
o Discórides 
§ Viveu no Século I na Turquia 
• Guillaume de Baillou 
o Médico francês (1538 – 1616) 
o Pai da reumatologia 
o Escreveu o livro de Reumatologia e 
Dor Lombar 
Especialidade 
 A reumatologia é a especialidade médica 
dedicada ao estudo de doenças do tecido 
conjuntivo e do sistema musculoesquelético 
(“reumatismos”). 
• Tecido conjuntivo 
o Células: origem mesenquimal 
o Fibras (colágeno) 
 
• Sistema musculoesquelético 
o Ossos 
o Músculos 
o Tendões 
 
o Ligamentos 
Doenças estudadas 
 As afecções estudadas na reumatologia 
podem ser divididas em dois grandes grupos: 
• Doenças reumáticas inflamatórias: 
artropatias inflamatórias 
o AR, AP, microcristalinas 
o Doenças sistêmicas: LES, vasculites, 
espondiloartropatias, esclerose 
sistêmica 
• Doenças não inflamatórias 
o Musculoesqueléticas, artrose, 
transtornos das sinovias e tendões, 
tecidos moles, osteoporose, 
condropatias, transtornos 
articulares 
Código internacional das doenças: CID Cap XIII 
“Doenças do sistema osteomuscular e do tecido 
conjuntivo” 
• Artropatias 
• Doenças do tecido conjuntivo 
• Dorsopatias 
• Transtornos dos tecidos moles 
• Osteopatias 
• Condropatias 
• Outros transtornos do Sistema 
Osteomuscular e do tecido conjuntivo 
 
A reumatologia une, portanto, diversas 
especialidades médicas, principalmente a 
ortopedia clínica e a imunologia. 
 
 
PROPEDÊUTICA BÁSICA 
• Faixa etária e gênero 
• Alteração articular 
Geovana Sanches, TXXIV 
o Número 
§ Monoartralgia: alteração 
em 1 articulação 
§ Oligoartralgia: entre 2 e 4 
articulações 
§ Poliartralgia: mais do que 4 
articulações 
o Simetria 
§ Simétrico 
§ Assimétrico 
o Duração 
§ Agudo: < 6 semanas 
§ Crônico: > 6 semanas 
o Topografia 
§ Axial (coluna, sacro, 
costelas e esterno) 
§ Periférico 
o Rigidez matinal 
o Ritmo 
§ Inflamatório 
§ Mecânico 
o Flogose 
§ Presença de sinais 
flogísticos (edema, eritema, 
calor ou dor) 
• Manifestações extra-articulares 
o Sintomas sistêmicos: febre, fadiga, 
emagrecimento 
o Olhos: eritema, xeroftalmia... 
o Nariz e boca: sinusite, úlceras, 
xerostomia... 
o Adenomegalias 
o Sistema cardiovascular: angina, 
sopro, HAS... 
o Sistema respiratório: dispneia, 
dor... 
o Sistema digestório: DRGE, cólica, 
diarreia... 
o Sistema nervoso: parestesia, déficit 
de forca, convulsão... 
o Pele e mucosas: fotossensibilidade, 
alopecia, raynaud, livedo, 
nódulos... 
 
ANATOMIA GERAL 
Posição anatômica 
 A posição anatômica se refere ao indivíduo 
em pé, com a cabeça, olhos e dedos do pé 
direcionados anteriormente (para frente) e 
membros superiores ao lado do corpo, com as 
palmas das mãos viradas para frente. É utilizada 
para definir os planos anatômicos. 
 
Planos anatômicos 
 
• Mediano (sagital): medial e lateral 
• Coronal: anterior e posterior 
• Transverso (axial): superior e inferior 
Tipos de movimento 
• Flexão: movimento no plano sagital de 
aproximação das extremidades de um 
membro; aproximação do eixo transverso. 
• Extensão: movimento no plano sagital de 
afastamento das extremidades de um 
membro; afastamento do eixo transverso. 
 
• Adução: movimento no plano coronal em 
direção ao plano mediano. 
• Abdução: movimento no plano coronal em 
direção contrária ao plano mediano. 
 
Geovana Sanches, TXXIV 
• Rotação interna (medial): traz a face 
anterior de um membro para mais perto 
do plano mediano. 
• Rotação externa (lateral): leva a face 
anterior para longe do plano mediano. 
 
• Pronação: movimento de rotação do 
antebraço pelo qual a palma da mão torna-
se posterior. 
• Supinação: movimento de rotação do 
antebraço pelo qual a palma da mão torna-
se anterior. 
 
• Inversão (B): é o movimentar do pé de 
modo que a face plantar esteja voltada em 
direção medial 
• Eversão (A): é o movimento oposto do pé 
de modo que a face plantar esteja voltada 
lateralmente 
 
• Circundação: movimento circular de um 
membro que descreve um cone, em torno 
de um centro ou de um eixo. 
 
Termos: alinhamento 
• Desvio em varo (varismo): desvio angular 
em que o vértice se afasta da linha 
mediana. 
• Desvio em valgo (valgismo): desvio angular 
em que o vértice se aproxima da linha 
mediana. 
 
• Escoliose: curvatura da coluna no plano 
frontal (coronal). 
• Cifose: curvatura da coluna no plano 
sagital e de convexidade posterior. 
• Lordose: curvatura da coluna no plano 
sagital e de convexidade anterior. 
 
Articulação sinovial (diartrose) 
 As articulações sinoviais (ou diartroses) são 
as de maior número no organismo. Nelas, as 
superfícies ósseas são recobertas pela cartilagem 
articular e unidas por ligamentos; internamente, 
são revestidas por membrana sinovial. 
 
• Cartilagem 
• Membrana sinovial 
• Líquido sinovial 
• Cápsula articular 
 
Geovana Sanches, TXXIV 
MÃOS E PUNHOS 
Anatomia 
Face volar (palmar) 
 
Face dorsal 
 
Ossos 
 
Pontos de interesse 
• Articulação metacárpica falangiana 
• Articulações interfalangianas 
• Iminência tenar e hipotenar 
• 1ª carpo-metacarpiana 
• Interfalangiana do polegar 
Inervação superficial 
 
 
• Nervo mediano: inervação sensitiva para 
grande parte da face palmar da mão e do 
polegar, indicador, dedo médio e parte 
lateral do dedo anelar. 
o Também é responsável pela 
inervação da maioria dos músculos 
do compartimento anterior do 
antebraço (flexo-pronador) e os 
músculos intrínsecos da mão. 
• Nervo ulnar: inervação sensitiva para o 
dedo mínimo e parte medial do dedo 
anelar. 
• Nervo radial: menos importante 
Inspeção 
• Unhas 
• Pele 
o Fenômeno de Raynaud 
• Atrofia muscular 
o Tenar, hipotênar, difusa 
• Deformidades 
o Nodulações (Hederben e Bouchard) 
o Tumorações 
o Desvios 
Geovana Sanches, TXXIV 
§ Desvio ulnar das MCFs 
Unhas 
à Manifestações encontradas na artrite 
psoriática 
 
 
Fenômeno de Raynaud 
Caracteriza-se por episódios reversíveis de 
vasoespamos (vasoconstrição) de extremidades, 
associados a palidez, seguido por cianose e rubor 
de mãos e pés. Ocorrem usualmente após estresse 
ou exposição ao frio. 
 
 
 
Nodulações 
 
• Nódulos de Hederden: acometem a 
articulação interfalangiana distal 
• Nódulos de Bouchard: acometem a 
articulação interfalangiana proximal 
 
Palpação 
“Squeeze test” 
Faz-se a compressão da região para avaliar 
a integridade dos ossos, membrana interóssea e 
ligamentos. É utilizado para o rastreio da dor. 
 
 
 
Interfalangiana distal (IFD) e Inter-falangiana 
proximal (IFP) 
• Palpação bimanual, com pressão ântero-
posterior e látero-lateral 
• Pesquisa de sinovites e nodulações 
 
 
o Palpação bimanual, com pressão 
ântero-posterior e látero-lateral 
o Pesquisa de sinovites 
Articulação metacarpofalangeana (MCF) 
• Palpação bimanual 
• Pesquisa de sinovites 
 
 
Articulação 1ª carpo-metacárpica 
• Trapézio-metacárpica 
• Avaliação da movimentação e presença de 
dor na região 
Geovana Sanches, TXXIV 
 
 
Punhos 
• Palpar fosseta dorsal do carpo (fossa 
radicárpica ou espaço radiocarpal) 
• Pesquisa de sinovites no punho 
 
Tendões 
• Extensores e flexores: atrito tendíneo 
• Flexores: dedo gatilho 
 
Síndrome do túnel do carpo 
 A síndrome do túnel do carpo é uma 
enfermidade decorrente da compressão do nervo 
mediano ao nível do punho. Os pacientes 
comparecem ao serviço com queixade parestesia 
e hipoestesia do primeiro ao quarto dedo. 
 
Sinal de Tinnel 
 Consiste na palpação da região volar do 
punho, medial ao tendão do palmar longo. É 
positivo no caso de parestesia na região inervada 
pelo nervo mediano. 
 
Sinal de Phalen 
 Consiste na flexão dos punhos por 60 
segundos, causando compressão no túnel do 
carpo. É positivo se o paciente apresenta sintomas 
ao longo da inervação do nervo mediano. 
 
Sinal de Phalen invertido 
 Consiste na extensão dos punhos por 60 
segundos, causando compressão do túnel do 
carpo. É positivo se o paciente apresenta sintomas 
ao longo da inervação do nervo mediano. 
 
Manobras do punho 
Teste de Finkelstein 
 Consiste na oposição do polegar sob flexão 
dos dedos. O examinador estabiliza o antebraço e 
inclina o punho para o lado ulnar. O teste é 
positivo se dor sobre o abdutor longo e extensor 
curto do polegar. 
 É importante lembrar que esse teste é 
muito irritativo, sendo importante comparar com 
o lado contralateral. Ele só será positivo nos casos 
em que a dor é muito exacerbada ou se houver 
diferença entre um membro e o outro. 
Geovana Sanches, TXXIV 
 
 
 
Esse teste é 
utilizado para 
identificar uma 
tenossinovite 
estenosante de De 
Quervain. 
 
Vídeo demonstrativo 
https://www.youtube.com/watch?v=sypB
EG9F6uU&t=190s 
 
COTOVELOS 
Anatomia 
Vista anterior e posterior 
 
Vista lateral e medial 
 
Pontos de interesse 
• Olécrano 
• Bursa do olecrano 
• Epicôndilo medial 
• Epicôndilo lateral 
Nervo ulnar (C8 – T1) 
 
 A neuropatia ulnar ao nível do cotovelo é a 
segunda neuropatia mais comum nos membros 
superiores. 
Túnel cubital 
 
 
 
• Epicôndilo medial 
• Ligamento ulnar colateral 
• Aponeurose das duas cabeças do músculo 
flexor ulnar do carpo 
o Local mais comum de compressão 
Sulco do nervo ulnar 
• Entre o epicôndilo medial e o processo 
olecraneano 
Inspeção 
• Pele: coloração, descamação, presença de 
placas 
• Nodulações 
 
• Edema: recesso infracondilar ou posterior 
(abaixo do côndilo lateral) 
• Deformidade: cúbito varo, valgo ou 
recurvatum 
Palpação 
• Epicôndilo lateral 
o Origem da musculatura extensora 
do punho 
• Epicôndilo medial 
o Origem da musculatura flexora do 
punho 
• Olecrano 
o Avaliar Bursa olecraneana 
• Nervo ulnar 
o Sulco entre o epicôndilo medial e o 
processo olecraneano 
Geovana Sanches, TXXIV 
• Edema: nos sulcos entre os epicôndilos e o 
olecrano 
Cotovelo de golfista 
• Epicôndilo medial 
 
 
Teste para o epicôndilo medial 
 Para sua realização, o paciente deve estar 
com o cotovelo fletido em 90º, antebraço 
supinado e punho em extensão. O paciente deve 
realizar flexão ativa do punho contra a resistência 
do examinador, o qual deve estar palpando o 
epicôndilo medial. 
 
 O teste é positivo quando há surgimento 
de dor no epicôndilo medial, podendo haver 
irradiação pelo antebraço, indicando uma 
epicondilite medial. 
Cotovelo de tenista 
• Epicôndilo lateral 
 
 
Teste de Cozen 
 Nesse testem o cotovelo deve estar em 
flexão de 90º e o antebraço em pronação. O 
paciente deve fazer a extensão ativa do punho 
contra a resistência do examinador, o qual deve 
estar palpando o epicôndilo lateral. 
 
 O teste é positivo quando há surgimento 
de dor no epicôndilo lateral, podendo haver 
irradiação pelo antebraço, indicando uma 
epicondilite lateral. 
 
OMBROS 
Anatomia 
• 3 diartroses 
o Glenoumeral 
o Acromioclavicular 
o Esternoclavicular 
• 14 ligamentos e 19 músculos 
• Estabilizadores: manguito rotador e bíceps 
braquial 
Manguito rotador 
 Os tendões dos músculos do manguito 
rotador diminuem o impacto entre o úmero e a 
escápula e clavícula. 
 
• M. supraespinhal: abdução 
o o tendão do músculo supraespinhal 
é o primeiro a se lesionar, pois 
realizamos muito o movimento de 
abdução e rotação interna 
• M. infraespinhal: rotação lateral (externa) 
• M. redondo menor: rotação lateral 
(externa) 
• M. subescapular: rotação medial (interna) 
Bíceps braquial 
• Flexão e supinação do antebraço 
• Origem 
o Cabeça longa: tubérculo 
supraglenoidal da escápula 
o Cabeça curta: processo 
coracoide da escápula 
• Inserção: tuberosidade do rádio 
Ossos 
 
 
Geovana Sanches, TXXIV 
 
Músculos 
 
 
Tipos de acrômio 
 
 Os tipos de acrômio apresentam grande 
influência sobre o impacto dos tendões. Assim, o 
tipo 1 é o que menos tem chance de lesão, 
enquanto o tipo 3 é o que apresenta maior 
probabilidade. 
Arco coracoacromial 
 
Inspeção estática 
• Pele 
• Edema 
• Assimetria, deformidades 
• Atrofias 
 
 
Palpação 
 
 
• Articulação esternoclavicular 
• Articulação acromioclavicular 
• Tubérculo maior do úmero 
• Tubérculo menor do úmero 
• Bursa subacromial-subdeltoidea 
• Cabeça longa do bíceps braquial 
• Cabeça curta do bíceps braquial 
• Músculo supraespinhal 
• Músculo infraespinhal 
• Avaliação de crepitações 
 
Manobras 
Sinal do arco doloroso 
 Solicitamos que o paciente realize a 
abdução do braço, observando-o. O sinal do arco 
Geovana Sanches, TXXIV 
doloroso é positivo quando o paciente sente dor 
no ombro entre 60 e 120º, indicando doença do 
manguito rotador. 
 
Teste de Neer 
 O examinador estabiliza a escápula do 
paciente com uma mão e com a outra realiza 
flexão passiva e rápida do membro superior, no 
plano da escápula (30º de abdução), em rotação 
neutra. 
 O tubérculo maior do úmero se projeta 
contra a face ântero-inferior do acrômio e 
reproduz o impacto, com dor pela irritação da 
bolsa serosa e do tendão do supraespinhal. 
 
O teste é positivo quando há dor no ombro, 
indicando Síndrome do Impacto. 
Teste de Hawkins-Kennedy 
 Para sua realização, o paciente deve ter o 
ombro flexionado em 90º, cotovelo flexionado em 
90º e em rotação neutra. O examinador realiza, 
então, uma rotação interna passiva. 
 
 O teste é positivo quando o paciente 
apresenta dor no ombro, indicando Síndrome do 
Impacto. 
Teste do Yocum 
 Para o teste de Yocum, o paciente deve 
colocar a mao sobre o ombro oposto e realizar a 
elevação do cotovelo contra a resistência do 
examinador. 
 
 O teste é positivo quando o paciente 
apresenta dor no ombro durante o teste, 
indicando Síndrome do Impacto. 
Teste de Jobe 
 O paciente deve estar com o membro 
superior em flexão a 90º, em rotação interna, no 
plano da escápula (30º de abdução). Nessa 
posição, deverá forçar a flexão contra a força do 
examinador. 
 
 O teste é positivo quando o paciente 
apresenta dor no ombro, dor que irradia antero-
lateralmente ou dor na região do detoide durante 
o teste. Nesses casos, indica lesão no músculo 
supraespinhal. 
Teste de Patte 
 O teste de Patte é realizado com o paciente 
com membro superior em abdução a 90º e 
cotovelo fletido a 90º. O paciente deve forçar a 
rotação externa contra a forca do examinador. 
 
Geovana Sanches, TXXIV 
 O teste é positivo quando o paciente, 
durante o teste, apresenta dor na região ombro, 
indicando lesão no músculo infraespinhal e/ou 
redondo menor. 
Teste “da cancela” 
 O paciente deve estar com o cotovelo 
fletido a 90º e encostado no tórax. Nessa posição, 
ele deve realizar rotação externa contra a 
resistência do examinador. 
 
 O teste é positivo quando o paciente, 
durante o teste, apresenta dor no ombro, 
indicando lesão no músculo infraespinhal e/ou 
redondo menor. 
Teste de Gerber 
 O paciente deve colocar a mão no dorso, a 
nível de L5, e realizar uma rotação interna, ou seja, 
solicitar que ele afaste a mão ativamente contra a 
força do examinador, sustentando o movimento. 
 
 O teste é positivo quando o paciente, 
durante o teste, apresenta dor no ombro, 
indicando lesão no músculo subescapular. 
Teste de Speed 
 No teste de Speed (ou “palm up test”), o 
paciente deve realizar flexão ativa do ombro com 
o cotovelo em extensão e rotação externa. 
 
 É positivo se, durante a realização do teste, 
o paciente sentir dor no sulco inter-tubercular, 
indicando lesão na cabeça longa do bíceps. 
Teste de Yergason 
 O testede Yergason é realizado com o 
paciente com o cotovelo fletido e junto ao tórax, 
em pronação. Ele deve realizar a supinação do 
antebraço contra a resistência do examinador. 
 
 É positivo se, durante a realização do teste, 
o paciente sentir dor no sulco inter-tubercular, 
indicando lesão na cabeça longa do bíceps. 
 
COLUNA 
Anatomia 
 
Coluna cervical 
• C1 a C7 
• Lordose 
Coluna torácica 
• T1 a T12 
• Cifose 
Coluna lombar 
• L1 a L5 
• Lordose 
Articulações 
A coluna apresenta diversas articulações, 
tanto nos discos, quanto nas facetas. Sendo assim, 
são passíveis de sofrer com artrose. 
 
Geovana Sanches, TXXIV 
Coluna cervical: inspeção estática 
• Avaliação 
o Vista anterior 
o Vista lateral 
o Vista posterior 
• Avaliar assimetrias 
o Cifose 
o Lordose 
o Escoliose 
• Pele 
o Manchas 
o Nódulos 
o Tufos pilosos 
Referências anatômicas 
• Orelhas 
• C7 
• Trapézio 
• Ombros 
 
Coluna cervical: 
palpação 
• Apófises espinhosas 
o Palpação + percussão 
• Musculatura paravertebral 
o Pontos doloroses 
vs 
o Gatilho (síndrome miofascial) 
• Palpação das estruturas do pescoço 
Colune cervical: exame neurológico 
Força 
• C5: abdução do ombro (deltoide) e flexão 
do antebraço (C5, C6 e bíceps) 
• C6: extensão do punho 
• C7: extensão do cotovelo (tríceps) 
• C8: abdução dos dedos (interósseos) 
• T1: abdução do 5º dedo 
 
 
 
Reflexo 
• C5: bicciptal 
• C6: braquiorradial 
• C7: tricciptal 
Sensibilidade 
• Dermátomos 
 
Coluna cervical: Manobras 
Manobra de Spurling 
 Com o paciente sentado, faz-se inclinação 
lateral da cabeça para o lado doloroso, com 
discreta extensão do pescoço. O examinador deve 
aplicar força em direção ao occipto. 
 
 O teste é positivo nos casos em que o 
paciente apresenta dor irradiada com padrão 
radicular, indicando irritação 
de raiz nervosa. 
Se a distração do 
pescoço alivia a dor, reforça-
se ainda mais a impressão de 
uma radiculopatia. 
Coluna torácica: inspeção estática 
• Avaliação 
o Vista anterior 
o Vista lateral 
o Vista posterior 
• Avaliar assimetrias 
o Cifose 
o Lordose 
o Escoliose 
o Escápula alada 
• Pele 
o Manchas 
o Nódulos 
o Tufos pilosos 
Referências anatômicas 
• Musculo peitoral (anterior) 
• Ombros 
• Escápulas (posterior) 
Coluna torácica: inspeção dinâmica 
• Flexão até 45º 
• Extensão até 45º 
Geovana Sanches, TXXIV 
• Inclinação lateral até 45º para cada lado 
• Rotação 
Teste da inclinação anterior 
• Busca detectar gibosidade (escoliose) 
• Vista anterior ou posterior 
 
Coluna torácica: palpação 
• Apófises espinhosas 
o Palpação + percussão 
• Musculatura paravertebral: pontos 
dolorosos x gatilho 
o Trapézio 
o Romboides (interescapular) 
o Grande dorsal 
Coluna torácica: exame neurológico 
Sensibilidade 
• Dermátomos 
o T4: mamilos 
o T7: apófise xifoide 
o T10: cicatriz umbilical 
o T12: virilha 
Coluna lombar: inspeção estática 
• Avaliação 
o Vista anterior 
o Vista lateral 
o Vista posterior 
• Avaliar assimetrias 
o Cifose 
o Lordose 
o Escoliose 
o Membros inferiores 
• Pele 
o Manchas 
o Nódulos 
o Tufos pilosos 
Referências anatômicas 
• Cristas ilíacas 
• Joelhos 
• Pés 
Coluna lombar: inspeção dinâmica 
• Flexão 40º a 60º 
o Durante a flexão, a lordose lombar 
fisiológica desaparece 
o Piora a dor de fraturas e ciatalgia 
por hérnia de disco 
• Extensão 20º a 35º 
o Piora a dor da espondilólise, 
espondilolistese, estenose do canal 
vertebral ou medular e artrose 
facetaria. 
§ Espondilólise: fratura da 
pars interarticularis 
§ Espondilolistese: 
deslizamento da vértebra 
• Inclinação lateral 15º a 20º 
o Piora a dor da hérnia de disco 
• Rotação lateral 3º a 18º 
Coluna lombar: exame neurológico 
Quadril 
• L2 e L3: flexão 
• L4 e L5: extensão 
Joelho 
• L3 e L4: extensão 
• L5 e S1: flexão 
Tornozelo 
• L4 e L5: flexão dorsal 
o caminhar nos calcanhares 
• S1 e S2: flexão plantar 
o Caminhar na ponta dos pés 
Extensão do hálux 
• L5 
Reflexos 
• L4: patelar 
• S1: aquileu 
Sensibilidade 
 
• L4: face lateral da coxa e face medial da 
perna 
• L5: face lateral da coxa e da perna 
• S1: face posterior da coxa e da perna 
à Ciático 
• L4, L5, S1, S2 e S3 
Geovana Sanches, TXXIV 
 
Coluna lombar: manobras 
Teste de Schober (modificado) 
 O teste de Schober avalia a mobilidade da 
coluna lombar. 
Para sua realização, o paciente deve estar 
em pé. O examinador deve fazer uma marcação na 
coluna lombar sobre uma linha imaginária entre as 
espinhas ilíacas póstero-superiores (“covas de 
Vênus”) e uma outra marcação 10cm acima desta. 
A seguir, solicita-se que o paciente faça a flexão 
máxima da coluna, sem fletir os joelhos. 
 
O resultado consiste na diferença entre a 
marcação superior e inferior (em centímetros), 
sendo considerado o teste anormal quando a 
diferença for < 5 cm. 
Essa alteração pode ocorrer, por exemplo, 
em pacientes com espondiloartrite, afecção na 
qual há calcificação e consequente diminuição da 
mobilidade da coluna. 
Teste de Lasègue 
 O teste de Lasègue, ou teste de elevação 
do membro inferior é realizado com o paciente em 
decúbito dorsal. O examinador deve realizar a 
elevação passiva do membro inferior com o joelho 
estendido. 
 
 O teste é positivo quando há reprodução 
de sintomas radiculares entre 35 e 70º, ipsilateral. 
Não podemos confundir esses sintomas com dor 
por encurtamento dos isquiotibiais, a qual se 
apresenta no posterior da coxa. 
Roteiro para exame físico da coluna 
1. Paciente sentado 
• Inspeção estática, palpação e inspeção 
dinâmica da coluna cervical 
• Exame neurológico da coluna cervical 
• Exame neurológico da coluna lombar 
2. Paciente deitado 
• Teste de Lasègue 
• Reflexo cutâneo-plantar (Sinal de Babinski) 
• Avaliação do quadril e joelho 
3. Paciente em pé 
• Inspeção estática: avaliar curvaturas 
(lordose e cifose) e a simetria dos membros 
inferiores 
• Flexão anterior: avaliar se há escoliose e 
fazer o teste de Schober 
• Extensão, rotação e inclinação toraco-
lombar 
• Marcha: normal, nos calcanhares e na 
ponta dos pés 
 
QUADRIL 
Anatomia 
Ossos 
 
 
Músculos 
• Anterior: flexores 
o Íleopsoas 
o Reto femoral 
• Posterior: extensores 
o Glúteo máximo 
Geovana Sanches, TXXIV 
o Posterior da coxa 
• Lateral: abdutores 
o Glúteo médio 
o Glúteo mínimo 
• Medial: adutores 
o Adutor longo 
o Adutor curto 
o Adutor magno 
o Pectíneo 
o Grácil 
• Rotadores externos 
o Piriforme 
o Obturador interno 
o Gêmeo superior 
o Gêmeo inferior 
o Quadrado femoral 
• Rotador interno 
o Obturador externo 
 
 
 
 
Inspeção do quadril 
Estática 
• Paciente em pé 
o Assimetria 
o Pele 
Dinâmica 
• Marcha 
• Grupos musculares 
o Flexão 
o Extensão 
o Adução 
o Abdução 
Palpação 
Bursa(s) trocantérica(s) 
 
• Complexo de bursas 
• Palpáveis sobre o grande trocânter femoral 
• Relação com o glúteo máximo, glúteo 
médio, vasto lateral e tensor da fáscia lata 
Manobras 
FABER(E) – Teste de Patrick 
 O teste de Patrick ou FABERE é realizado 
com o paciente em flexão, abdução e rotação 
externa do quadril. O examinador aplica força no 
joelho fletido e pelve contralateral. 
 
 É positivo quando o paciente sente dor na 
virilha do lado movimentado (patologia do 
quadril) ou na região sacroilíaca do lado oposto 
(não movimentada – indica sacroileíte). 
Geovana Sanches, TXXIV 
 Deve-se ter muito cuidado para que a dor 
não seja confundida com uma dor na região lateral 
da coxa, a qual indica tendinopatia ou bursite. 
 
JOELHOS 
Anatomia 
 
 
Trato ileotibial 
• Banda ileotibial que se comunica com o 
tensor da fáscia lata, glúteo máximo, 
glúteo médio e vasto lateral 
• Estabiliza o joelho tanto na extensão 
(principal), quanto na flexão 
• Inserção 
o Tíbia proximal 
o Face lateral 
Pes anserinus 
• Pata de ganso 
• Músculos 
o Sartório 
o Grácil 
o Semitendíneo 
• Inserção: face anteromedial da porção 
proximal da tíbia 
Fosse poplítea 
 
Inspeção estática 
• Pele, eritema 
• Edema 
• Deformidades 
 
o Valgo:desvio no plano coronal 
onde o vértice se aproxima da linha 
mediana 
o Varo: desvio no plano coronal onde 
o vértice se afasta da linha mediana 
o Antecurvatum: desvio no plano 
sagital, com joelho em flexão 
discreta 
o Recurvatum: desvio no plano 
sagital, com joelho em 
hiperextensão 
Cisto de Baker 
É uma coleção de líquido sinovial entre a 
cabeça medial do gastrocnêmio e o tendão do 
músculo semimembranáceo. Promove a 
comunicação entre a cápsula sinovial do joelho e a 
Bursa do gastrocnêmico-semimembranáceo. 
 
 
 
Palpação 
• Eritema, calor 
• Estruturas 
o Tendão do quadríceps (Bursa) 
o Tendão patelar (Bursa) 
Geovana Sanches, TXXIV 
o Patela (mobilidade) 
o Trato ileotibial (Bursa) 
o Pata de ganso (Bursa) 
o Fossa poplítea (medial – cisto de 
Baker) 
o Sinal da tecla 
o Sinal da “Onda” 
Sinal da tecla 
 Na suspeita de derrame articular, com o 
paciente em decúbito dorsal, o examinador 
estabiliza o quadríceps com uma das mãos. Com a 
mão contralateral repousada sobre a 
tuberosidade da tíbia, realiza-se uma compressão 
da patela com o dedo indicador. A essa manobra, 
daz-se o nome de manobra do rechaço. 
 
 A presença de rechaço da patela (Sinal da 
tecla), após a compressão, indica a presença de 
derrame articular. 
 
Sinal da onda 
O examinador “empurra” a face medial do 
joelho, de distal para proximal. A seguir, 
“empurra” a face lateral, de proximal para distal. 
 
O sinal é positivo se surgir uma saliência 
medial semelhante a uma “onda”. 
Manobras para análise dos ligamentos 
Teste da gaveta anterior 
O teste da gaveta anterior avalia o 
ligamento cruzado anterior. Com o paciente em 
decúbito dorsal, o examinador flete o joelho a 80º 
e se senta sobre o pé do paciente. A seguir, 
posiciona ambas as mãos na região do terço 
superior da tíbia e a traciona para frente. 
Teste da gaveta posterior 
O teste da gaveta posterior avalia o 
ligamento cruzado posterior. Com o paciente em 
decúbito dorsal, o examinador flete o joelho a 80º 
e se senta sobre o pé do paciente. A seguir, 
posiciona ambas as mãos na região do terço 
superior da tíbia e a traciona para trás. 
 
Teste de abdução 
 
 
• Estresse em valgo de joelho 
• Avalia o ligamento colateral medial 
• Técnica 
o Flexão de joelho do paciente em 
cerca de 30º (evita bloqueio ósseo) 
o O examinador, com uma mão, 
apoia a região do fêmur do 
paciente e com a outra, promove o 
estresse em valgo 
• Teste positivo: excesso de jogo 
o Indica lesão no ligamento 
Teste de adução 
 
• Estresse em varo de joelho 
• Avalia o ligamento colateral lateral 
• Técnica 
o Flexão de joelho do paciente em 
cerca de 30º (evita bloqueio ósseo) 
o O examinador, com uma mão, 
apoia a região do fêmur do 
paciente e com a outra, promove o 
estresse em varo 
• Teste positivo: excesso de jogo 
o Indica lesão no ligamento 
Geovana Sanches, TXXIV 
Manobra para análise do menisco 
Teste de Appley 
 Com o paciente em decúbito ventral, 
realiza-se a flexão do joelho a 90º e aplica-se uma 
força para baixo, com rotação externa ou interna. 
 
 O teste é positivo se há dor no joelho, 
indicando lesão meniscal; o menisco afetado – 
medial ou lateral – é indicado pelo lado que 
“aponta” o tornozelo. 
 
TORNOZELO E PÉS 
Anatomia 
 
 
 
 
Inspeção 
• Pele 
• Veias varicosas 
• Eritema 
• Edema: maléolos 
• Deformidades 
o Pé plano x Pé cavo (cavum) 
 
o Pé valgo x Pé varo 
 
o Hálux valgo 
Palpação 
• Calor 
• Edema 
• Tornozelo 
o Dorsiflexão e flexão plantar (tíbio-
talar) 
o Eversão-inversão (subtalar) 
o Tendão aquileu 
• Pé 
o Articulações interfalangianas (IF) 
o Articulações metatarsofalângicas 
(MTF) 
o “Squeeze test” em metatarsos 
o Fáscia plantar 
 
RESUMO DO EXAME FÍSICO REUMATOLÓGICO

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