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Diabetes mellitus É uma síndrome caracterizada por hiperglicemia crônica resultante de defeitos na ação de insulina, na secreção de insulina ou ambos. - Prevalência: a DM está presente em indivíduos com baixa escolaridade, maior idade e em mulheres. FATORES DE RISCO • Histórico familiar da diabetes • Obesidade • Idade > ou = 45 anos • Tolerância prejudicada à glicose • Hipertensão • Nível de HDL colesterol < ou = 35mg/dl ou triglicerídeos > ou = 350 mg/dl • História de diabete gestacional ou nascimento de neonato com mais de 4,5kg • Avaliação da hipo e hiperglicemia • Avaliação da pele, olhos, rins e membros inferiores • Avaliação das habilidades de autocuidado (adm. de medicamentos, seguimento da dieta, prática regular de exercícios e cuidados com o corpo). EXAME FÍSICO - PA - Acuidade visual - IMC (para ver a questão do sobrepeso e obesidade) - Exame dos pés, da pele, neurológico e oral EXAMES LABORATORIAIS - HbA1c - Perfil lipídico em jejum - Microalbumina - Creatinina sérica - Exame de urina - ECG EXAME DE PONTA DO DEDO - AVALIA GLICOSE NO DIA. HEMOGLOBINA GLICADA - HISTÓRICO DE GLICOSE AO LONGO DE 3 MESES. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS • Glicose de jejum >= 126 • Glicose após 2h por via oral >= 200 • Hemoglobina glicada > 6,5 DM - INOVAÇÕES TERAPÊUTICAS - Insulina precocemente - Canetas de insulina - Aplicativos que conta glicose - Serviço de monitoramento a distância - Classe de medicamentos novas CONTROLE GLICÊMICO • Glicemia pré-prandial (antes de comer) < 100 • Glicemia pós-prandial (geralmente após 2h depois de se alimentar) < 160 pós prandial TRATAMENTO - Monitorização - Nutrição - Educação - Exercício (tanto de resistência quando aeróbios) - Medicamentos (insulina e comprimidos) Complicações aguda HIPOGLICEMIA É uma complicação aguda em que a glicose está abaixo de 70mg/dl. • Causas - excesso de insulina e hipoglicemiantes orais e redução de alimentos ou atividades físicas excessivas • Complicações 1) Branda - sudorese, tremor, taquicardia, palpitação, nervosismo, fome. 2) Moderada - incapacidade de se concentrar, cefaleia, tontura, confusão, lapso de memória, dormência dos lábios e língua, comprometimento da coordenação, visão dupla, sonolência 3) Grave - desorientação, convulsões, inconsciência. COM PCTES IDOSOS PODE TER NEUROPATIA AUTÔNOMA. • Tratamento - 10 a 15g de carboidrato simples VO. Ex.: suco de fruta, 2 a 3 colheres de açúcar ou mel - Inconscientes ou não consegue engolir (1 mg de glucagon) CETOACIDOSE DIABÉTICA (AD) Causada pela ausência ou quantidade acentuadamente inadequada de insulina. Resulta em distúrbios no metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios. 1) Aspectos clínicos - hiperglicemia (por não ter insulina no corpo), desidratação e perda de eletrólitos, acidose (já que não tem glicose, a fonte de energia serão os lipídios, no qual a lipólise levará o aumento de corpos cetônicos, causando acidose). 2) Causas - dose de insulina diminuída ou ausente. Resulta em distúrbios metabólicos dos carboidratos, proteínas e lipídios. 3) Manifestações clínicas - poliúria, polidipsia, turvação visual, fraqueza, cefaleia, anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal, hálito cetônico (odor frugal), hiperventilação (respiração de Kussmaul), alerta, letárgico ou comatoso. 4) Achados diagnóstico – glicose 300 a 800mg/dl, bicarbonato sérico (0 a 15 mEq/L); pH baixo (6,3 a 7,3); PCO2 baixo (10 a 30mmHg); depleção de eletrólitos (Na+ e K+). 5) Tratamento - reposição criteriosa de K+, prescrição médica (SF 0,9 ou 4,5%), bomba de insulina lenta e contínua e monitorização dos níveis glicêmicos. SÍNDROME HIPERGLICÊMICA HIPEROSMOLAR NÃO-CETÓTICA (COMA DIABETICO) • Causas - falta efetiva de insulina que provoca diurese osmótica, resultando em perda de água e eletrólitos. • Manifestações clínicas - desidratação profunda, taquicardia e tensões neurológicas. • Achados diagnósticos – glicose (600 a 1200 mg/dl) • Tratamento – reidratação (SF a 0,9% ou 4,5%), administração de insulina e reposição de eletrólitos. Complicações crônica Quando atinge todas as localidades do corpo. MACROVASCULARES • Causas - alterações nos vasos sanguíneos de médio e grande calibre. Os vasos sanguíneos sofrem espessamento e se tornam ocluídos por placas aterosclerose. O principal local que ocorre a oclusão é a nível cerebral. • Doenças a) Doença coronariana - risco aumentado para infarto do miocárdio b) Doença vascular cerebral - coágulo de sangue ou placas ateroscleróticas irão ocluir os vasos. c) Doença vascular periférica - redução dos pulsos periféricos, dor nas nádegas, coxas e panturrilha na deambulação. • Tratamento - redução da obesidade, cessação do tabagismo, controle da PA, prática de exercício físico, mudanças nos hábitos alimentares, ajuste e dosagem de insulina/hipoglicemiantes orais. MICROVASCULARES É a complicação crônica mais comum nos diabetes tipo 1. • Causas - espessamento da membrana basal que circunda as células endoteliais do capilar. • Doenças - olhos (retinopatia diabética, catarata, alteração da lente e glaucoma), rins (nefropatia diabética - glomerulopatia secundária). a) Retinopatia diabética • Tipos - fundo (não proliferativa), pré-proliferativa e proliferativa. • Sintomas de hemorragia - moscas volantes, visão salpicada ou velada com alterações visuais súbitas ou completa da visão. • Recomendações clínicas - Controle glicêmico, lipídico e da pressão arterial; orientar para fotocoagulação com laser de argônio. • Tratamento de enfermagem: prevenção primária e secundária, controle glicêmico, exames oftalmológicos frequentes e cessação do fumo. Quanto a retinopatia, orientar para a fotocoagulação com laser de argônio, ensino de braille, cão guia e serviços para deficientes visuais. b) Nefropatia diabética (no novelo de capilares no néfron a diabetes age diminuindo os vasos ali presentes e dificultando a filtração glomerular). • Rastreamento anual ocorre pelo exame de urina identificando albuminúria (>= 30) e estimativa da taxa de filtração glomerular (TFG) • Tratamento de enfermagem - Controle da PA (uso de iECA, como o captopril), diminuir ou retardar o início da proteinúria precoce, prevenção ou tratamento vigoroso de infecções urinárias, evitar o uso de medicamentos nefrotóxicos, dieta com baixo teor de sódio, dieta hipoproteica (para diminuir ureia), ajuste dos medicamentos com alteração da função renal. c) Neuropatias • Causas - espessamento e fechamento capilar, desmielinização dos nervos, ruptura da condução nervosa. • Neuropatia autônoma - taquicardia, esvaziamento gástrico retardado (bexiga neurológica - perde a sensibilidade para fazer xixi), desconhecimento hipoglicêmico, anidrose (falta de suor) dos membros, disfunção sexual. • Neuropatia periférica - úlceras neuropáticas e pé diabético (DM > 10 anos, HbA1c > 7%, polineuropatia - pés com ou sem deformidades, sintomas presentes ou ausentes-, claudicação presente ou ausente • Sinais e Sintomas - claudicação intermitente, dedos em garra, dedos mais unidos, calos, unhas mais grossas. • Tratamento de enfermagem - orientar quanto a dieta, cuidado com a pele e os pés, analisar a sensibilidade (monofilamento 10g), palpação dos pulsos distais e condições da pele.
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