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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA INTRODUÇÃO MECÂNICA VENTILATÓRIA INSPIRAÇÃO movimento ativo (Ppleural - 8cmH20) EXPIRAÇÃO movimento passivo (Ppleural - 5cmH2O) VOLUME CORRENTE 6-7 ml/kl (~500ml) VOLUME MINUTO 7 litros 70% (5L) chegam aos alvéolos chamado de ventilação alveolar // 30% (2L) é chamado de Espaço Morto, porque não ocorre troca gasosa - A ventilação alveolar controla principalmente a pCO2 - DPOC retentor crônico de CO2 hipossensibilidade à pCO2 CO2 elevado, mas não tem resposta respiratória para lavagem de CO2. DISTÚRBIOS DA TROCA GASOSA: - Alterações de pCO2 Ventilação (V) - Alterações de pO2 Relação ventilação / perfusão (V/Q) DEFINIÇÃO: - A insuficiência respiratória corresponde à incapacidade dos pulmões de realizarem a sua função básica, a troca gasosa, ou seja, eliminar o CO2 e captar O2 pO2 < 60 mmHg pCO2 > 50 mmHg - Pode ser dividida em: Tipo 1 Insuficiência Respiratória HIPOXÊMICA Tipo 2 Insuficiência Respiratória VENTILATÓRIA INSUFICIÊNCIA HIPOXÊMICA (TIPO 1) - 4 causas de hipoxemia: 1. Hipoxemia da hipoventilação 2. Ar rarefeito (FIO2 < 0,21) 3. Distúrbio V/Q mais comum 4. Shunt relação V/Q = 0 - Neste grupo, as alterações relacionadas à difusão são incomuns e quando acontecem (ex: enfisema pulmonar, fibrose pulmonar), o paciente já se encontra em uma fase mais avançada SHUNT alvéolos não ventilados, mas bem perfundidos ESPAÇO MORTO alvéolos ventilados, mas não perfundidos - O 1º passo é saber se realmente existe hipoxemia. Nesse sentido podemos avaliar inicialmente a Saturação arterial de oxigênio, considerando apropriada quando acima de 92-95% e a pressão parcial de oxigênio arterial (PaO2) - Podemos calcular o valor da PaO2 ideal de acordo com a idade do paciente PaO2 = 100 – 0,33 x idade (em anos) - Quanto mais idade tiver o paciente, menor será a PaO2 ideal NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 ATENÇÃO A DPOC causa hipoxemia por distúrbio V/Q, mas pode cursar também com hipercapnia e acidose respiratória, pois existe retenção de CO2 - Para diferenciar de maneira mais precisa a insuficiência ventilatória da insuficiência respiratória hipoxêmica utiliza-se o cálculo do gradiente alvéolo-arterial de oxigênio – P(A- a)O2 – que corresponde à diferença entre a pO2 alveolar (PAO2) e a pO2 arterial (PaO2). Esta diferença varia com a FiO2, sendo normal até 15mmHg para uma FiO2 de 21% e até 150mmHg para uma FiO2 de 100% - Insuficiência ventilatória isolada P(A-a)O2 ≤ 10 mmHg - Insuficiência respiratória hipoxêmica (shunt ou distúrbio V/Q) > 15 mmHg - Para estabelecer a diferença entre shunt ou uma desproporção V/Q é só oferecer O2 enriquecido a 100%. No Shunt, como os alvéolos não estão sendo VENTILADOS, a resposta ao oxigênio enriquecido é nula ou pequena, sem grandes aumentos da PaO2 - Para quantificar a insuficiência hipoxêmica utiliza-se a relação PaO2/FiO2 quando a relação se encontra < 300, existe insuficiência respiratória hipoxêmica ou injúria pulmonar. Quando a relação é < 200, temos insuficiência respiratória grave TRATAMENTO: - A forma mais tradicional de oferecer oxigênio se dá com o CATETER NASAL, normalmente em baixos fluxos (0,5 – 5L/min) - Acréscimo de 3% na FiO2 a cada L/min oferecino - Quando é desejado um fluxo mais alto, utilizamos o cateter nasal de alto fluxo ou a máscara facial conectada a acessórios como a válvulas de Venturi ou reservatórios de oxigênio INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA HIPERCÁPNICA (TIPO 2) - Na insuficiência ventilatória, a renovação do ar alveolar se torna reduzida, de modo que ocorre aumento da PACO2, resultando em aumento da PaCO2 - O grande marco da insuficiência ventilatória é a HIPERCAPNIA (retenção de CO2), levando à ACIDOSE RESPIRATÓRIA - Quando a hipercapnia se desenvolve de forma lenta e progressiva, há tempo suficiente para os rins reterem bicarbonato, uma resposta compensatória que traz de volta o ph (que estava ácido) para níveis próximos da normalidade. A retenção crônica do bicarbonato é denunciada na gasometria arterial pelo base excesso elevado - Nas situações em que a hipoventilação é aguda, com hipercapnia aguda, ocorre queda importante do ph, pois a compensação renal não ocorre de forma imediata. Isso ocorre nas descompensações agudas da DPOC, mesmo nos pacientes retentores crônicos CAUSAS: 1. Drive ventilatório (SNC) 2. Medula espinhal cervical 3. Nervos (principalmente frênico: Sd. Guillain-Barré) 4. Músculos (Miastenia gravis; polimiosite; distrofia muscular; paralisia periódica hipocalêmica ou hipercalêmica) 5. Caixa torácica (esclerodermia) 6. Vias aéreas (corpo estranho; macroaspiração; edema de glote; tumor de traqueia ou de laringe; infecção submandibular ou do espaço retrofaríngeo; difteria) TRATAMENTO: - Ventilação com pressão positiva (invasiva ou não invasiva) - Indicações de IOT + VM Diminuição do sensório Respiração agônica Ph < 7,25 NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 QUANDO INDICAR VENTILAÇÃO MECÂNICA: - Ventilação não invasiva: DPOC descompensado Edema agudo de pulmão IRA em imunodeprimido - A VNI também pode ser útil nas crises de asma ou na IRpA em cuidados paliativos - Ventilação invasiva: Anormalidades da ventilação: Fadiga da musculatura respiratória Doença neuromuscular e capacidade vital < 15mL/kg de peso Drive ventilatório diminuído Anormalidades de parede torácica Anormalidades da oxigenação: Hipoxemia refratária Trabalho respiratório excessivo Outras: Redução da pressão intracraniana Diminuição do consumo de oxigênio Insuficiência respiratória e instabilidade hemodinâmica Há, entretanto, algumas situações clínicas em que a intubação e a ventilação mecânica são a maneira mais segura de garantir a oferta de oxigênio aos tecidos: Parada respiratória instalada ou iminente Redução do estado de consciência que ameace a proteção das vias aéreas Instabilidade hemodinâmica MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO: Cateter nasal: Útil em casos em que a hipoxemia é leve ou naqueles em que o processo fisiopatológico exige baixos fluxos de oxigênio (DPOC, por exemplo). Mácara facial: Utilizada nos casos em que são necessários altos fluxos de oxigênio, podendo ser acoplado a acessórios específicos como válvulas de Venturi - aumentam o fluxo ofertado. Ventilação não invasiva: Permite oferecer altos fluxos de oxigênio com FiO2 variáveis e ajustáveis, assim como pressão positiva às vias aéreas através de dispositivos específicos (máscara facial, nasal, full-face e helmet). Traz benefício em diversas situações bem estabelecidas e pode prevenir intubações orotraqueais. As grandes considerações a serem feitas são a eventual não adaptação da prótese à face do paciente ou a intolerância à fixação desta. Não se deve usar VNI em pacientes com: Iminência de parada respiratória, Rebaixamento do nível de consciência, Grande volume de secreção traqueal, Instabilidade hemodinâmica Necessidade de grandes pressurizações. Ventilação invasiva: Esse é o tratamento para os casos mais graves ou refratários de IRpA e necessita de ambiente e condutas específicas, já que a instalação da cânula orotraqueal (nasotraqueal, cricotireoidosto-mia ou traqueostomia) é procedimento altamente especializado e sujeito a complicações sérias. Frequentemente é necessária a sedação e eventualmente paralisação do paciente para a ultimação da intubação.
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