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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: BROMATOLOGIA PROFESSORA: Dra. Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araujo SÍNTESE DO ARTIGO: Alimentos orgânicos e saúde humana: estudo sobre as controvérsias Laura Beatriz Guimarães Sousa TERESINA-PI ABRIL-2021 Laura Beatriz Guimarães Sousa SÍNTESE DO ARTIGO: Alimentos orgânicos e saúde humana: estudo sobre as controvérsias ESTAGIÁRIAS DOCENTES: Maria Laiana Viríssimo Sousa de Oliveira Ana Karine de Oliveira Soares Caio César Silva França Bruna Barbosa de Abreu MONITORAS: Thereza Evanny Farias do Espírito S. S. Paula Monte Araújo TERESINA-PI ABRIL-2021 SOUSA et al. Alimentos orgânicos e saúde humana: estudo sobre as controvérsias. Revista Panamericana Salud Pública. v.31, n.6, p.513-517, 2012. A princípio, frequentemente surgem novas pesquisas no campo da alimentação e nutrição que apontam diversas contradições no que concerne a segurança e eficiência do uso de certos alimentos, nutrientes ou suplementos já estudados anteriormente, como é o caso da ingestão de café que já foi relacionado a origem da hipertensão, e mais tarde revelou se que ele não tem nenhuma ligação central com surgimento dessa patologia. Da mesma maneira, o estudo das controvérsias científicas pode contribuir em relação à concepção dos alimentos orgânicos e suas particularidades. Os alimentos orgânicos referem-se àqueles alimentos processados ou chamados de in natura, originários de uma produção que nega o uso de insumos químicos ou artificiais levando em consideração as condições regionais. A partir da análise de estudos sobre a temática dos orgânicos foram encontradas diversas controvérsias no que se refere aos efeitos e consequências do uso de contaminantes (agrotóxicos, aditivos e etc.) para a saúde humana. Embora, os estudos populacionais comparativos que abordaram a saúde das pessoas que consomem regularmente alimentos convencionais e daquelas que consomem os orgânicos demonstraram um número elevado de variáveis não controladas, apontando a necessidade de pesquisas mais detalhadas que levem em conta a grande variedade de substâncias e tecnologias usadas na produção convencional e suas implicações no organismo. Enquanto isso, a legislação de alimentos orgânicos seguem o princípio da precaução evitando tais meios. Em relação a superioridade dos alimentos orgânicos, em 2009 os estudos foram resumidos em duas grandes revisões, na qual uma afirmava não haver evidências científicas comprovando resultados positivos na saúde por meio do consumo habitual de orgânicos, considerando seu valor nutricional comparado aos tradicionais. Em contrapartida, o outro estudo encontrou maiores quantidades de vitaminas, minerais, fitoquímicos e outros compostos benéficos, nos alimentos orgânicos analisados, além de uma maior durabilidade. E igualmente, ambos apontaram para teores elevados de nitratos nos convencionais. No que se refere aos preços dos alimentos orgânicos há uma ampla variação que são definidas de acordo com o estabelecimento comercial, e os torna mais elevados e inacessíveis em comparação aos convencionais. Tal elevação pode ser justificada pela baixa demanda e procura desses produtos. Portanto, conclui-se que apesar dos alimentos orgânicos se sobressaírem em vários aspectos, é indispensável a realização de novos estudos que comprovem de fato sua superioridade quanto aos convencionais, solucionando assim as contradições. Além disso, que levem em consideração o contexto amplo da promoção de saúde que está vinculado ao sistema de produção orgânica de forma que, assegure o aumento da demanda e oferta a preços justos desses alimentos.
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