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@veterigadaa 
 
Brucelose 
Introdução 
A brucelose é uma doença infectocontagiosa, ou seja, 
de fácil transmissão e propagação, onde a fonte de 
infecção é o animal infectado. Possui caráter crônico. 
É uma doença que afeta principalmente o trato 
reprodutivo, ou seja, seu maior impacto é econômico 
quando se trata da bovinocultura. 
Acomete várias espécies como: bovinos, bubalinos, 
cães, suínos, equinos e homem, dessa forma, é uma 
doença de caráter zoonótico. Possui distribuição 
mundial e é causado por uma bactéria. 
Podem ser lisas ou rugosas, ou seja, diferenciação do 
LPS. As lisas são: B. abortus; B. suis; B. melitensis; B. 
neotomae. As rugosas são: B. ovis e B. canis. 
 
Brucelose bovina 
O gênero Brucella são cocobacilos, gram-negativos e 
aeróbias, imóveis e flageladas. São estruturas 
antigênicas, quando introduzido há a produção de 
anticorpos. A coabitação entre bovinos e equinos pode 
causar o “mal das cruzes”. 
A transmissão pode ser causada de forma direta que é 
pela INGESTÃO, ou seja, ingerir água ou alimentos que 
estejam contaminados, contato com feto abortado ou 
com líquidos e/ou membranas fetais ou consumo do leite 
de vacas infectadas. 
Transmissão horizontal: não ocorre, devido ao pH 
vaginal, bactéria não sobrevive. 
 
Infecção x doença 
Infecção é quando um animal está infectado, mas não 
apresenta sinais clínicos. O que mais gera problemas 
em uma propriedade, pois aparenta estar saudável e 
quando tem alto valor econômico é difícil ser 
“descartado”. Doença é quando está infectado e 
apresenta sinais clínicos. 
Patogenia 
Ingestão (porta de entrada) → inflamação na submucosa (6 
a 8 dias) → células fagocitárias → linfonodos regionais 
(multiplicação) → útero, úbere ou testículos → gestação 
(eritritol) → placentite necrótica → aborto c/ retenção de 
placenta. B abortus → cortisol 
A Brucella abortus detém como principal sinal clínico o 
aborto no terço final da gestação, devido a produção de 
placentite necrótica que ocorre entre a carúncula e 
cotilédone, reduzindo a disponibilidade de nutrientes 
para o feto em uma fase que a demanda nutricional do 
feto aumenta, devido ao rápido crescimento fetal. 
Devido a redução de nutrientes causa a morte fetal e 
consequentemente o aborto. 
A reação inflamatória que ocorre entre a carúncula e 
cotilédone é responsável pela RETENÇÃO DE 
PLACENTA, pois forma-se uma cicatriz (tecido 
conjuntivo fibroso) que não possui função. 
 
Sinais clínicos 
O principal sinal clínico é o aborto no terço final da 
gestação, com retenção de placenta e metrite 
(inflamação do útero) e nascimento de bezerros fracos. 
Nos machos pode causar a orquite e epididimite. 
Também pode levar a sinovite e a fistulas de cernelha. 
 
@veterigadaa 
 
Diagnóstico 
Método direto: isolamento do agente etiológico, meio 
de cultura. Posteriormente pode-se fazer o PCR. 
 
Método indireto: prova do antígeno acidificado 
tamponado (AAT); 2-Mercaptoetanol; Teste do anel no 
leite. São testes de triagem. 
diagnóstico diferencial 
Leptospirose, campilobacteriose, IBR e neosporose. 
Tratamento 
É proibido pelo MAPA, pois não possui um tratamento 
eficiente. Tratado com antibióticos. 
 
Prevenção e controle 
Feito através da vacinação e do controle de trânsito. 
Possui uma grande importância para as pessoas que 
trabalham diretamente com esses animais, como os 
trabalhadores rurais, veterinários, vacinadores, 
magarefes. 
 
Brucelose canina 
O agente etiológico é a Brucella canis, é transmitida 
através do leite, saliva, fezes e secreções oculares, 
sêmen, urina e secreções vaginais durante o estro e pós 
parto. 
Sinais clínicos: aborto; orquite e epididimite; prostatite; 
uveítes; osteomelites; meningites; glomerulonefrites e 
dermatites piogranulamentosas. 
Diagnóstico: por analise clínica; laboratorial pode ser 
feita a imunodifusão em gel de ágar e PCR. 
Tratamento é questionável, pode ser realizado com 
minociclina + Di-hidroestreptomicina/ doxiciclina + 
gentamina ou enrofloxacina. Os machos não devem ser 
tratados. 
Brucelose ovina 
O agente etiológico é a Brucella ovis, a transmissão é 
sexual, penetração através das mucosas penianas, 
vaginal e retal, permanece aproximadamente por um 
mês no local de infecção. 
Patogenia: Ao final do segundo mês, faz bacteremia 
localizando-se nos órgãos sexuais, baço, rins e fígado 
reação inflamatória, abscessos, fibrose e calcificação. 
A bactéria multiplica-se no local da lesão e é liberada a 
medida que as células infectadas são destruídas. A 
principal lesão é a epididimite com degeneração 
testicular secundária. 
Pode ocorrer morte embrionária, abortos ou nascimento 
de cordeiros fracos. Os cordeiros nascidos de fêmeas 
infectadas raramente desenvolvem a infecção mesmo 
ingerindo leite contaminado. 
 
Diagnóstico: O diagnóstico clínico é realizado pela 
avaliação dos dados reprodutivas e pela palpação dos 
epidídimos e testículos dos reprodutores. Laboratorial 
pode ser feito por imunodifusão em gel de ágar ou PCR. 
Prevenção: identificação e eliminação dos positivos.