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Doença inflamatória pélvica (DIP)

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- Fabiana Bilmayer I Ginecologia
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
DEFINIÇÃO
Processos inflamatórios/infecciosos do trato
genital superior por ascensão de
microrganismos do trato genital inferior.
● Trato genital superior
- Ovários
- Tubas
- Endométrio
- Miométrio
- Peritônio
● Trato genital inferior
- Colo
- Vagina
- Vulva
AGENTES ETIOLÓGICOS
+ Chlamydia trachomatis (Clamídia)
Mais de 60% dos casos.
+ Neisseria gonorhoear (Gonococo)
Quadro clínico mais exuberante.
+ Flora polimicrobiana -Mycoplasma
genitalium, Gardnerella vaginalis,
Bacteroides spp.
+ Outros patógenos: Actinomyces israeli
(DIU) e Mycobacterium tuberculosis
FISIOPATOLOGIA
Cervicite >>> endometrite >>> salpingite /
ooforite / abscesso tubo-ovariano >>>
peritonite
- OBS: no período pré-menstrual ou
menstrual ocorre uma alteração do
muco cervical e uma dilatação do
orifício interno do colo, favorecendo a
ascensão dos microrganismos para o
TGS.
FATORES DE RISCO
● Idade - quanto mais jovem maior o
risco
● Comportamento sexual de risco
● Múltiplos parceiros, uso irregular de
preservativo, início precoce de
atividade sexual
● Exposição sexual
● Muco cervical menos espesso,
exposição do epitélio endocervical
● História de IST prévia ou atual
● Uso de DIU - nas primeiras 3 semanas
de inserção do DIU
● Uso de contraceptivos hormonais (Não
há comprovação científica)
● Vaginose bacteriana
Atenção: varizes pélvicas + laqueadura tubária
+ história familiar de DIP + ITU de repetição
NÃO são fatores de risco!!!
Sobre ITU: os agentes infecciosos da ITU não
são os mesmos na DIP.
QUADRO CLÍNICO
Namaioria dos casos são assintomáticas.
+ Quadro clássico:
● Dor abdominal (pélvica)
● Secreção vaginal amarelada
Outros sintomas inespecíficos: menorragia,
febre, calafrios, anorexia, calafrios, náuseas,
vômitos, diarreia, dismenorreia, dispareunia.
+ Ao exame físico:
● Dor à mobilização do colo >> sinal de
peritonite pélvica
● Dor à palpação anexial
● Presença de massas palpáveis >>
abscessos
● Descompressão brusca positiva
● Secreção cervical ou vaginal alterada
OBS: questões com paciente com dor pélvica
aguda ou subaguda + comportamento sexual
de risco =HD de DIP.
DIAGNÓSTICO
É clínico!
CRITÉRIOSMAIORES
OBRIGATORIAMENTE PRECISA DOS TRÊS:
1. Dor abdominal ou infraumbilical
2. Dor à palpação anexial
3. Dor à mobilização do colo uterino
CRITÉRIOSMENORES
- Temperatura axilar maior que 38.3
- Conteúdo cervical ou vaginal anormal
- Massa pélvica
- Leucocitose em sangue periférico
- Fabiana Bilmayer I Ginecologia
- Proteína C reativa ou VHS aumentados
- Mais de 5 leucócitos por campo de
imersão em secreção de endocérvice
- Comprovação lab de infecção por
clamídia, gonococo oumicoplasma
ELABORADOS
APENAS um critério já é o suficiente para o
diagnóstico:
● Evidência histopatológica de
endometrite
● Presença de abscesso tubo ovariano ou
de fundo de saco de Douglas em
estudo de imagem (USG pélvica ou
RNM)
● Videolaparoscopia com evidências de
DIP
DX DIFERENCIAL
● Ginecológicas: tumor ovariano,
● Obstétricas
● Gastrointestinais
● Renais
● Músculo-esqueléticas
TRATAMENTO
AMBULATORIAL
- ‘’DIP é Coisa DoMal’’
+ CEFTRIAXONA: 500mg IM - dose
única
+ DOXICICLINA: 100mg VO de 12/12h
por 14 dias
+ METRONIDAZOL: 500mg de 12/12h
por 14 dias
OBS: AZITROMICINA - não trata DIP mas trata
cervicite.
HOSPITALAR
+ CLINDAMICINA
+ GENTAMICINA
TRATAMENTO DAS PARCERIAS SEXUAIS
TODAS as parcerias devem ser tratadas porque
é uma IST.
- Usar o mesmo esquema de ATB das
cervicites.
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO PARA A DIP
- Presença de abscesso tubo ovariano ou
peritonite
- Estado tóxico e grave de início / queda
do estado geral
- Uso de DIU (não é consenso)
- Leuco > 15.000
- Peritonite generalizada
COMPLICAÇÕES

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