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RESUMO ANDROLOGIA VETERINÁRIA

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RESUMO ANDROLOGIA VETERINÁRIA
· O sistema genital masculino na maioria das vezes é constituído pelo pênis, bolsa escrotal, testículos, túbulos retos e eferentes, epidídimos, vasos deferentes, glândulas acessórias incluindo ampolas, próstata, glândulas vesiculares e bulbouretrais
Testículos:
· São uma gônada dupla, ovoide, localização extra-abdominal nos mamíferos
· Na maioria dos casos no interior de uma bolsa cutânea na região inguinal
· Caracterizado por uma função celular e outra endócrina
· Nos suínos, gatos e alguns cães a localização dos testículos é perineal
· Espermatogênese normal em mamíferos domésticos requer Tº testicular menor que a Tº corporal basal
Túbulos seminíferos:
· Tem forma de um pequeno tubo, com luz interna contendo os espermatozoides
· As células-tronco (espermatogônias) estão no compartimento basal dos túbulos seminíferos
· É formado por uma lâmina basal e dentro dela ficam as células de Sertoli e células da linhagem germinativa (Espermatogônias, espermatócitos I e II, espermátides e espermatozoides)
· As células de Leydig ficam fora do túbulo seminífero, ou seja, no espaço intersticial, por isso são chamadas de células intersticiais do testículo
Células de Sertoli:
· Estão dentro dos túbulos seminíferos
· Controlam a velocidade da espermatogênese
· Outras funções: nutrição e produção de hormônios
· FSH estimula Sertoli que produz testosterona e estrogênio
1. Estrogênio: formado a partir da testosterona, quando as células de Sertoli são estimuladas pelo FSH
2. Inibina: inibe velocidade de espermatogênese, diminuindo a produção de espermatozoides quando está havendo alta produção, mas pouca saída
3. Activina: contrária a inibina, acelera a produção de espermatozoides
4. ABP (proteína carreadora de andrógeno): é responsável por carrear a testosterona para dentro dos túbulos seminíferos, sem que ela entre em contato com as outras células do corpo (se isso acontecesse ela seria destruída pelas células de defesa, diminuindo a fertilidade do animal)
Células de Leydig:
· Produzem e secretam testosterona
· Estão localizadas no espaço intersticial
· Formam a barreira hematotesticular que impede o encontro das células do sangue com os espermatozoides, se essa barreira não existisse, as células de defesa do corpo não reconheceriam os espermatozoides como células do próprio corpo e os eliminaria
· LH estimula Leydig que produz testosterona
· Quanto tempo após um trauma o macho pode ejacular espermatozoides “viáveis” após estar curado? Média 60 dias
Espermatogênese:
· É um processo longo no qual células germinativas diploides (espermatogônias) se dividem por mitose para manter seu próprio nº
· Processo envolvido na transformação das células epiteliais germinativas (células-tronco) em espermatozoides 
· Em teoria, a partir de uma espermatogônia tipo A se formam 16 espermatócitos 1ºs e 64 espermatozoides, sendo que muito dessa produção é perdida durante os estágios finais da meiose
· Dividido em duas fases: espermatocitogênese e espermiogênese
Espermatocitogênese
· Fase proliferativa, que as espermatogônias se multiplicam por divisões mitóticas e meióticas
· Pode-se dividir em 2 fases: Fase 1= divisões mitóticas das espermatogônias tipo A (clones) e Fase 2= tipo A > Tipo B
Espermiogênese
· Faz maturação das espermátides enquanto ainda estão fora da luz dos túbulos seminíferos
· Inclui uma série de modificações nucleares e citoplasmáticas e a transformação de uma célula imóvel para uma célula potencialmente móvel, na qual se formou um flagelo (cauda)
· A liberação das espermátides maduras no lúmen dos túbulos seminíferos é chamada de espermiação
Transporte epididimal
· Os espermatozoides recém-formados são praticamente imóveis
· São direcionados por contrações e secreções para a cabeça do epidídimo
· Capacidade de fecundação do animal é alcançada durante trânsito dos espermatozoides pelo epidídimo
· Os espermatozoides são armazenados na cauda do epidídimo
· As alterações incluem: desenvolvimento de motilidade, modificações da cromatina nuclear, alterações do tipo de superfície da membrana plasmática
Ondas espermatogênicas
· Grande quantidade de espermatozoides é formada diariamente nos animais machos normais
· Touros a produção diária de espermatozoides aumenta com a idade e alcança nível em torno de 7 anos
· Sistema reprodutivo dos machos mamíferos é regulado por elaborados mecanismos de feedback envolvendo o hipotálamo, a hipófise anterior e os testículos
1. GnRH > hormônio liberador de gonadotrofinas
2. FSH > hormônio folículo estimulante
3. LH > hormônio luteinizante
4. ABP > proteína ligadora de andrógeno
5. ABP-T > proteína ligadora de andrógeno-testosterona
6. E > estrógeno
7. T > testosterona
Controle hormonal:
· As células de Leydig e Sertoli são responsáveis por produzir hormônios nos testículos
· Leydig > testosterona > hipotálamo > GnRH > Hipófise anterior > LH (testosterona > LH > sustenta a meiose)
· Sertoli > proteína de ligação dos androgênios > Hipotálamo > GnRH > Hipófise anterior > FSH
· Sertoli > inibina X Hipotálamo X GnRh X hipófise anterior X FSH
· FSH > requerido para a iniciação da espermatogênese na puberdade e depois de interrupções fisiológicas ou patológicas
Outras atuações da testosterona:
· Leydig > testosterona > espermatogênese
1. Ativação e manutenção da libido
2. Atividade secretória das glândulas sexuais acessórias
3. Características corporais associadas a machos: músculos + desenvolvidos, anabolismo proteico, crescimento ósseo e de pelos, engrossamento da voz, durante o crescimento fetal, regula a descida dos testículos e a presença ou ausência da testosterona determina o desenvolvimento respectivo do pênis e escroto ou do clitóris e vagina
· Hipotálamo (GnRH) > Hipófise (LH e FSH) > testículos > espermatogênese
· Hipotálamo (GnRH) > Hipófise (LH= Leydig faz produção de testosterona, metabolização pela aromatase e conversão para estrógeno) e (FSH= Sertoli controla a velocidade da espermatogênese) > testículos > espermatogênese
· Próstata hiperplásica (aumentada): o estrogênio inibe a secreção do LH e a produção de testosterona pelas células de Leydig fica suprimida. A concentração baixa de testosterona faz com que a próstata hiperativa reduza sua atividade e as dimensões diminuem
· Glândulas acessórias/anexas: vesícula seminal (2), próstata, bulbo uretral > plasma seminal
· Testículos: túbulos seminíferos > espermatogônias, Sertoli (estradiol= em touros forma espermatozoides) e Leydig (testosterona)
· Espermatogênese: espermatocitogenese (cópias/divisão), espermatomiogenese (evolução), espermiação (liberação)
Alterações reprodutivas em touros
· Citocina: glicoproteínas extracelulares, hidrossolúveis, produzidas em resposta ao estímulo antigênico e funcionam como como um mensageiro químico para regulação do sistema imune adaptativo e inato
· Degeneração testicular
· Pode ser temporária (+ comum) ou permanente
· Geralmente significa que houve perda da circunferência escrotal, os testículos podem ficar macios e a % de espermatozoide diminui (slide: e consequentemente a degeneração testicular)
Forma temporária da degeneração testicular
· Há perda das células germinativas próximas ao lúmen ou em todos os túbulos seminíferos 
· As células de Sertoli e as espermatogônias, que são mais resistentes a danos, provavelmente ficam retidas nos túbulos e, após a remoção da causa da degeneração, essas células servem para repovoar os túbulos com espermatócitos e espermátides
· Com um aumento consequente no tamanho dos testículos e na qualidade do sêmen
Forma permanente
· Alterações degenerativas avançadas que resultam em danos permanentes incluem: espermiostase,
mineralização tubular, formação do granuloma, membranas basais espessadas, fibrose em áreas focais ou difusas do parênquima 
Formas de ocorrer:
· Termorregulação anormal dos testículos
· Excesso ou deficiência nutricional (muito gordo ou muito magro)
· Toxicidade (excesso de corticoides)
· Hereditariedade
· Doença infecciosa (Brucelose), trauma grave e atrofia senil
· Bloqueio congênito do fluxo de espermados testículos
Termorregulação testicular
· Testículos de “mamíferos escrotais” funcionais quando Tº do testículo é de 2 a 6º abaixo da Tº corporal
· Termorregulação anormal é reversível e a maior causa é por obesidade 
· Touros velhos tem tendência a ficarem obesos pois, não tem mais libido e muita energia
Obesidade
· Uma das principais causas de degeneração testicular em touro
· Geralmente em práticas de engorda em touros para exposições e vendas
· Muitos touros ficam obesos e a gordura acumula no escroto, levando à termorregulação crônica anormal com aumento da temperatura testicular, geralmente reversível com correção da causa
Fungo Fusarium – dose dependente
· O Fusarium em culturas de grãos é comum e uma das toxinas produzidas é a Zearalenona (milho)
· Efeito estrogênico prejudicial na qualidade do sêmen e degeneração testicular (meses de consumo)
· Fusarium também produz a Fumonisina que degenera tecido nervoso cerebral e causa hepatoxicidade 
· Destruição completa do epitélio germinativo e azoospermia
Farelo de algodão 
· Pode expor touros a efeitos tóxicos do gossipol, que causa alterações na estrutura e função mitocondrial
· Resulta em anormalidades de espermatócitos, espermátides e espermatozoides maduros
Defeitos congênitos
Hipoplasia
· É uma alteração genética, passa pra prole, por isso se descarta o touro (testículo maior que o outro)
· Congênita ou hereditária e unilateral ou bilateral, mas podem produzir sêmen com qualidade satisfatória
· São mais propensos a desenvolver degeneração testicular aos 2-3 anos de idade
· Correlação com falta de epitélio germinativo dentro dos túbulos seminíferos e apresentar falha nas estruturas
· Ductos eferentes: se todos os ductos eferentes estiverem obstruídos, o líquido dos túbulos seminíferos e os espermatozoides produzidos não podem deixar os testículos. Os testículos podem tornar-se aumentados e edematosos e depois degenerar
Vesiculite seminal
· Processo infeccioso/inflamatório, geralmente bilateral
· Pode ser subclínica e clínica (pode apresentar glândulas aumentadas e pus no sêmen)
· Consequentemente perda na fertilidade
· Causas: bactérias, vírus/fungos (não é comum), agentes químicos irritantes, defeitos congênitos na abertura da vesícula
· Vesículas seminais: produzem líquido seminal
· Patogênese definida não determinada
· Efeitos na fertilidade: alteração do ph e nos componentes do plasma seminal
· Citocinas reduzem a motilidade e a capacidade de penetração dos espermatozoides nos óvulos
· Granulócitos ativados produzem agentes antioxidantes que são prejudiciais aos espermatozoides
· Presença de pús pode prejudicar a motilidade dos espermatozoides, também pode apresentar boa morfologia espermática e boa fertilidade
Impotência
· É a incapacidade de gerar descendentes
· 2 causas: anormalidades na produção de esperma ou incapacidade de copular devido as limitações físicas ou falha de ereção, devido a lesão ou anormalidade da genitália externa e impacto direto na produção natural
Fisiologia da ereção no touro
· Pênis fibroelástico dos ruminantes é envolto na túnica albugínea rígida
· Os tecidos eréteis do corpo cavernoso do pênis (CCP) e do corpo esponjoso do pênis (CSP) estão contidos nesta “caixa” forte e relativamente inelástica
· No estado não ereto o pênis é mantido dentro do prepúcio e bainha com forma sigmóide (em S) pela tração dos músculos retratores do pênis
· No início da excitação sexual, os músculos retratores do pênis relaxam em sincronia com o aumento do fluxo sanguíneo das artérias profundas do pênis e o corpo cavernoso se enche de sangue
· A falta de tensão dos músculos retratores juntamente com o preenchimento completo do corpo cavernoso do pênis inicia o endireitamento parcial da flexura sigmóide
· Outras contrações rítmicas dos músculos isquiocavernosos aplicam pressão ao sangue contido no CCP para gerar a pressão necessária para a ereção e extensão completas do pênis
Coito
· É breve, mas requer inter-relação de eventos simples e complexos
· Identifica a fêmea em estro, se aproxima, estende o pênis, monta, atinge a ereção completa, ajusta a postura, localiza a vulva, realiza a penetração, faz a estocada, ejacula e desmonta 
· Requisitos físicos são óbvios e a solidez estrutural é necessária pro ato reprodutivo ser bem sucedido
Pós-coito
· Após uma tentativa de reprodução bem sucedida, o touro tem um breve período refratário, cuja duração varia entre os touros e é afetada pela idade, condição física e presença de outros touros e fêmeas exibindo estro
· Para touros jovens sadios, o período refratário é de apenas alguns minutos e muitos podem copular várias vezes ao dia
Exame andrológico
· Serve para obter avaliação completa da capacidade sexual dos machos
· Reflexa as atuais condições reprodutivas de um macho
· Demanda qualificação e experiência na área
· Composto por: exame comportamental e físico, exame do aparelho reprodutivo e exame de sêmen
· Quando fazer:
1. Quando o animal participa de exposições
2. Inicia a estação de monta (60 dias antes tem que fazer)
3. Diagnosticar sub ou infertilidade 
4. Início da puberdade (ver se já pode utilizar), pode ser quando aparece as 1º células normais no ejaculado
5. Destinado a criopreservação de sêmen
6. Compra e venda (quem compra tem que pedir exame andrológico)
· Sequência do exame
1. Identificação do animal (nome, registro, idade, raça)
2. Identificação do proprietário (nome, endereço, telefone, nome da propriedade)
3. Exame do animal: anamnese (animal estabulado ou a campo, quanto tempo sem cobrir, doenças anteriores, medicamentos aplicados, exame prévio, equino pede até locomotor, pois precisa saltar)
4. Exame clínico geral (parâmetros: respiratório, <3, digestivo, aprumos, sensibilidade na coluna)
Exame clínico específico do aparelho reprodutivo (padrões normais)
1. Prepúcio e pênis= observar por alterações 
2. Glândulas anexas = palpação retal
3. Bolsa escrotal e seu conteúdo = observar por alterações, palpar, medir e fazer ultrassonografia 
4. Vesícula seminal = exame transretal
Exame comportamental e físico 
· Proporcional ajusta macho com quantidade de fêmeas e observa-se libido e capacidade de monta 
Libido sexual
· Define a espontaneidade e avidez do macho em montar e efetuar a cópula
· Touros jovens mais libido, já touros experientes fazem menos saltos por prenhez
· Macho com baixa libido e dominante pode comprometer temporada reprodutiva
· Como mensurar: 0-1 (ruim), 2-4 (regular), 5-6 (excelente)
0. Sem interesse;
1. Interesse sexual demonstrado apenas uma vez
2. Interesse sexual demonstrado mais de uma vez
3. Atividade de procurar a fêmea com interesse persistente
4. Uma monta ou tentativa de monta, sem serviço
5. Mais de uma monta ou tentativa de montas, sem serviço
6. Monta e serviço
Capacidade de monta
· É o nº de montas (serviço completo) realizado pelo reprodutor em um determinado tempo
· Avaliação de capacidade de monta se faz colocando os touros, durante 40 minutos, com fêmeas contidas, em estro ou não, em local isolado, tranquilo e sem distrações para se observar nº de montas completas realizadas nesse período
· Touros com alta capacidade de monta, quando utilizados, permitem aumento da relação touro-vaca podendo ser 1 touro para 25 vacas ou mais, dependendo da área da pastagem
· Capacidade de monta é definido como fraco (uma monta sem interesse), bom (uma monta e continua o interesse) ou muito bom (mais de uma monta completa e continua o interesse)
· Vacas Solteiras 1/25 a 30 e vacas criando 1/45 a 50
Exame físico geral
· Verificar padrões fisiológicos, por exame clínico através da inspeção, palpação, auscultação: FC 60-70BPM, FR 15-35RPM, rúmen 2-3 contrações por 2min e TºC 38,2-39,5º
Linfonodos e pelos 
· Linfonodos devem ser elásticos e não sensíveis a palpação
· Pelo deve ser sedoso e brilhante, e a pele firme e com mobilidade, livre de parasitas
· Alopecia e pelos anormais refletem estado de saúde do animal (problemas nutricionais e de não adaptação às condições ambientais)
Narinas, olhos, dentes
· Narinas devem estar úmidas, quando secas, quentes oucom muco indicam sinais de doenças
· Olhos: é importante para a monta que o reprodutor tenha boa visão. Muitas vezes, é afetada por ferimentos, úlceras, ceratoconjuntivite ou carcinoma, podendo afetar a capacidade de monta. Animais com problemas de difícil tratamento, devem ser eliminados do rebanho
· Dentes: reprodutores em pastagens devem possuir bons dentes para comer fibras, caso contrário perdem peso e se tornam incompetentes no período de monta, outros defeitos como agnatismo e prognatismo deverão ser observados no exame da boca e arcada dentária, pois poderão comprometer o futuro potencial de um jovem reprodutor
Exame dos órgãos sexuais
· Verifica-se presença, dimensões, simetria, consistência e motilidade dos componentes do sistema genital em comparação com a idade, desenvolvimento e raça do animal
· Internos: vesícula seminal, bulbo uretral, ductos deferentes
Escroto e seu conteúdo 
· Escroto e testículos são inspecionados e palpados pelas entrepernas do touro quando bem contido, e em equinos é feito pela lateral
· No escroto observar simetria, conformação, mobilidade das várias camadas, tenso/flácido, pele escrotal, pelos, lesão e algumas alterações patológicas como hérnias, parasitas, dermatites e pigmentação
· Quanto maior o testículo, + quantidade de túbulos seminíferos e + quantidade de espermatozoides
· Muitas vezes, a bolsa escrotal é pendular ou muito próxima do abdômen, que pode acarretar problemas na termorregulação
· Pode ser bipartida, morfologia encontrada em caprinos do Nordeste, não compromete qualidade seminal
· Qualquer alteração de tamanho testicular, como hipoplasia, e mesmo degenerações graves, eliminam o animal da reprodução por distúrbios testiculares. Normalmente, a palpação dos órgãos não provoca dor, por isso, certos processos degenerativos e hipoplásicos podem passar despercebidos
· Consistência reflete as condições de funcionalidade no momento do exame pode estar modificada em certas hipoplasias, inflamações e degenerações. A mobilidade também pode estar diminuída ou ausente devido à presença de filamentos fibrosos e aderências
Avaliação andrológica em equinos
· Fossa uretral (fonte de contaminação e formação de “pedras”) e inspeção por anormalidades (neoplasias, papilomas)
Perímetro escrotal e testículos
· O perímetro escrotal aumenta quando os touros crescem dos 6 aos 12m de idade, é um importante método no qual se pode comparar reprodutores em potencial
· Touros com baixa qualidade de sêmen geralmente têm pequeno perímetro escrotal, touros sexualmente maduros com testículos reduzidos apresentam fertilidade reduzida
· Testículos observa/avalia simetria, posição, mobilidade dentro do escroto, forma, tamanho, consistência
Epidídimo 
· Ver através da palpação, alterações de tamanho, simetria, forma, mobilidade e consistência, que refletem as condições patológicas ou normais do órgão
· Podem ocorrer hipoplasia e aplasia, geralmente associadas a alterações testiculares e quando unilaterais, não tornam o animal estéril. Porém como estes problemas são hereditários, os animais devem ser eliminados da reprodução
· Na ocorrência de inflamações, há aumento de volume, calor e dor à palpação. Tumores, abcessos e granulomas espermáticos, também podem ocorrer no epidídimo. Na palpação da cabeça do epidídimo podem-se diagnosticar nódulos, indicando granulomas que provocam a oclusão do duto do órgão, e estes animais devem ser eliminados da reprodução
· A consistência normal do epidídimo é levemente elástica ou elástica e a consistência da cauda é mole, refletindo o volume celular armazenado
Exame de sêmen
Fertilidade em touros
· Se faz por exame de sêmen, mas o método mais preciso para avaliar a fertilidade é usar um reprodutor com várias fêmeas férteis e avaliar as taxas de prenhez e nascimento
· Métodos de coleta em touro: vagina artificial, eletroejaculador, massagem retal
Avaliação de sêmen - os limites mínimos aceitáveis das características seminais para que um touro passe por uma avaliação e seja apto à reprodução são:
1. Apresentar mais de 500 milhões de espermatozoides por ml
2. Mais de 50% de espermatozoides móveis, com movimentos retilíneos progressivos
3. Mais de 80% dos espermatozoides com morfologia espermática normal
· Tem que jogar o líquido do ejaculado fora (1º líquido que sai)
· Avaliar: aspecto, volume, concentração, motilidade, vigor (3 – 3,5 bom), morfologia
· Água mata sêmen
· Em equinos estes padrões são também muito importantes. Portanto na rotina busca-se utilizar técnicas para refinar a qualidade do ejaculado ao ponto de ser utilizado com sucesso
· Após obtenção da amostra de sêmen, deve ser imediatamente avaliada às características físicas
· Volume do ejaculado é dependente do método de colheita e não tem valor mínimo/máximo estabelecido
· O aspecto qualitativo e quantitativo pode ser avaliado visualmente pela cor e aspecto
· A cor é alterada devido à presença de urina, sangue ou pus, o aspecto pode ser classificado em aquoso, leitoso, cremoso-fino, cremoso e cremoso-espesso
· Turbilhonamento mede intensidade da onda de movimentação dos espermatozoides resultante da motilidade individual, vigor e concentração espermática (equino não tem turbilhonamento, só ruminante)
· Escala de avaliação varia de 0 a 5, 0 é ausência de movimento de massa e 5 acentuada movimentação
· Motilidade é em % e mostra o nº de espermatozoides com motilidade progressiva a cada 100 observados
· É da maior importância considerar apenas espermatozoides com motilidade retilínea e progressiva (mot progressiva). Não se considera móvel aqueles com movimentos circulares e oscilatórios (mot local)
· Morfologias espermáticas são divididas em defeitos maiores e menores, onde o nº de espermatozoides anormais não pode ter + que 20% de defeitos de cabeça e não + que 30% de anormais no total
· Defeitos maiores ocorrem durante o processo da espermatogênese, dentro dos testículos, podendo ser defeitos de cabeça, peça intermediária e cauda
· Defeitos menores surgem após os espermatozoides terem deixado os testículos, consequentemente, durante sua passagem através do epidídimo e durante a ejaculação ou manipulação do sêmen
Laudo andrológico
· Laudo de exame andrológico nunca é definitivo (resto da vida reprodutiva), é para o momento especifico 
· Orientar que reprodutor pode sofrer alterações após exame que possa prejudicar qualidade espermática
· Não fazer laudo com validade maior de 60d, tempo que ocorre espermatogênese/trânsito até ejaculação
· Categorizar o macho como apto, inapto ou questionável.
1. Apto: é usada para animais que atingirem ou ultrapassarem o limite mínimo recomendado 
2. Inaptos: são aqueles touros que não atingirem o limite mínimo recomendado em 1 ou + características
3. Questionável: touros que devem aguardar novos exames
Piospermia: presença de células inflamatórias no ejaculado, baixa qualidade seminal, origem: vesiculite seminal crônica

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