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IESC VI Carolina Ferreira DISPEPSIA E DRGE MANEJO NA APS SÍNDROME DISPEPTICA -Acomete 44% da população adulta; é uma demanda frequente na APS; 60% dos casos são decorrentes de dispepsia funcional; -A erradicação do H. pylori ↑a efetividade do tratamento p/ as principais causas de dispepsia; -No Brasil, a prevalência da infecção é alta, atingindo até 80% da população. -Dispepsia é conhecida popularmente como “má digestão”. É caracterizada pela presença recorrente ou persistente de dor ou desconforto epigástrico ñ relacionado ao uso de AINEs e acompanhado, ou ñ, de sensação de saciedade precoce, náuseas, vômitos, pirose, regurgitação e excessiva eructação. Pode ser classificada em dismotilidade, úlcera ou refluxo -É responsável por 1% dos atendimentos na APS, mas, c/ frequência, surge como queixa secundária na prática clínica, podendo ser banalizada e medicalizada em excesso O QUE PODE OCASIONAR -Na prática da APS, a maioria dos indivíduos c/ sintomas dispépticos são tratados como tendo dispepsia não investigada, e sua causa é desconhecida -Como diagnósticos etiológicos possíveis, têm-se dispepsia funcional, úlcera péptica, doença do refluxo gastresofágico e, + raramente, câncer -A dispepsia funcional é responsável por 60% dos casos, sendo caracterizada por sintomas presentes por pelo menos 3 meses e ausência de alterações estruturais -A bactéria Helicobacter pylori está associada à patogênese da úlcera péptica. No Brasil, a prevalência da infecção varia de 62 a 81%, ao passo que, em outros países, como os EUA, ñ chega a 15% da população ANAMNESE -A história deve ser dirigida p/ a detecção de sinais de alerta e a presença de sintomas que sugiram diagnósticos diferenciais à síndrome dispéptica, como problemas cardíacos ou biliares -É importante definir, também, a frequência dos sintomas e a correlação c/ hábitos como comer demasiadamente, ingestão de bebidas alcoólicas ou alimentos específicos e tabagismo, - Alguns medicamentos são responsáveis por sintomas dispépticos, seu uso devendo ser averiguado: AINEs, antagonistas do cálcio, bifosfonados, biguanidas, corticoides, nitratos e teofilina. -Aproximadamente 25% daqueles que sofrem de dispepsia procuram por atendimento médico, e a grande maioria deles já apresentava sintomas e se automedicou. EXAME FÍSICO -Geralmente, o exame físico é normal ou c/ uma dor discreta na região epigástrica. A presença de massa abdominal pode ser indicativa de malignidade e deve ser investigada EXAMES COMPLEMENTARES -Os exames complementares relacionados à investigação de dispepsia e + comumente usados são a endoscopia digestiva alta (EDA) e os testes para detecção de H. py lori IESC VI Carolina Ferreira -A EDA é o padrão-ouro p/ o diagnóstico de lesões estruturais e consequentemente de causas específicas da dispepsia. Realizar investigação endoscópica como 1º escolha de cuidado em pessoas sem sinais de alerta demonstrou uma discreta redução de recidivas dos sintomas. É um método invasivo, e complicações como dor abdominal, dor torácica e pneumonia estão presentes .Assim, ela está indicada na abordagem inicial apenas naqueles que apresentarem sinais de alerta p/ a exclusão de doença orgânica grave -Ainda é controversa a indicação de EDA em indivíduos c/ + de 55 anos sem alertas vermelhos. Observou-se que pessoas acima dessa faixa etária apenas c/ dispepsia de início recente ou contínua ñ apresentaram associação c/ CA gastrintestinal à endoscopia. Sugere-se, portanto, solicitar o exame p/ indivíduos > de 55 anos, quando os sintomas dispépticos persistem, independente de tratamento adequado inicia -P/ aqueles que já realizaram EDA em algum momento e retornaram c/ os sintomas dispépticos, deve-se introduzir terapêutica de acordo c/ o diagnóstico anterior. A repetição do exame está indicada somente naqueles que apresentarem sinais de alerta ñ presentes no momento da intervenção anterior.O tratamento prévio c/ IBPs ñ prejudica ou retarda o diagnóstico de malignidade. Contudo, aqueles que serão submetidos à EDA, deverá ser suspenso o uso de IBP e antagonistas H2 durante 2 semanas antes da realização do exame , pois esses medicamentos podem diminuir a sensibilidade para detecção do H. pylori. -P/ identificar infecção pelo H. p ylori sem realização de EDA, as técnicas +utilizadas são o teste respiratório com 13C ureia e o exame sorológico. - Ñ há evidências de que solicitar exames complementares na abordagem inicial reduza a morbidade ou a mortalidade. CRITÉRIOS DE ROMA IV -De acordo c/ Consenso de Roma IV 2016, a dispepsia é definida como a presença de sintomas dispépticos crônicos na ausência de doença estrutural ou metabólica. -Dor epigástrica: desconforto no epigástrico, náuseas, vômitos -Sintomas pós-prandiais: empachamento, plenitude, saciedade precoce, eructações excessivas DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Gastrite ou úlcera péptica? Parasitose? Duodenite? Doenças da vesícula biliar? TRATAMENTO DA DISPEPSIA FUNCIONAL -A estratégia inicial na dispepsia ñ investigada é o tratamento empírico c/ IBPs (A), que apresentou melhor resposta e custo-efetividade quando comparado aos antagonistas H2 e antiácidos -Há evidências de que a erradicação da bactéria aumenta a taxa de melhora dos sintomas e/ou diminui a sua recorrência nas principais causas de dispepsia -São usados as seguintes medicações e medidas: Antieméticos e estimuladores da motilidade gastrointestinal (procinéticos) Redutores da acidez gástrica Protetores da mucosa gástrica (IBPs) Erradicação do h. Pylori Antidepressivos IESC VI Carolina Ferreira -O esquema + recomendado p/ erradicação do H. py lori é amoxicilina, 1 g, e claritromicina, 500 mg, por 7 dias, em 2 tomadas diárias, associadas ao IBP em dose plena. A efetividade é estimada em 80 a 85%. O esquema prolongado, de 14 dias, independentemente de incrementar 10% no sucesso de erradicação da bactéria, traria benefício absoluto QUANDO REFERENCIAR -Aqueles c/ achados suspeitos de malignidade à endoscopia deverão ser referenciados ao especialista. Se a EDA ñ estiver disponível na APS, serão referenciadas também as pessoas c/ dispepsia que têm indicação para o exame PROGNÓSTICO E COMPLICAÇÕES -A dispepsia é uma condição recorrente e intermitente. Estima-se que 50% daqueles que fizeram tratamento adequado terão recidiva de sintomas em 1 ano, e até 80% terão recidiva em algum momento da vida. ATIVIDADES PREVENTIVAS E DE EDUCAÇÃO -Apesar de ñ ser clara a associação entre tabagismo, sobrepeso, dieta inadequada e ingestão de álcool e café c/ dispepsia, sugere-se recomendar modificações nos hábitos de vida -Aqueles que sofrem por tempo prolongado c/ sintomas dispépticos devem ser encorajados a reduzir o uso das medicações prescritas: inicialmente, usando a < dose efetiva, passando ao uso livre conforme a demanda, até o retorno ao autocuidado, c/ uso somente de antiácidos como sintomáticos -Em pessoas com lesão renal crônica, a exposição prolongada a altas doses de sais de alumínio ou magnésio pode causar encefalopatia, demência, anemia microcítica e piora da osteomalácia induzida por diálise. Apesar de serem considerados efeitos colaterais raros, é recomendado evitar o uso de antiácidos naqueles c/ função renal comprometida. Ainda é controversa a indicação de EDA em indivíduos c/ + de 55 anos sem alertas vermelhos. -Observou-se que pessoas acima dessa faixa etária apenas c/ dispepsia de início recente ou contínua ñ apresentaram associação c/ CA gastrintestinal à endoscopia. -Sugere-se, portanto, solicitar o exame p/ indivíduos >de 55 anos, quando os sintomas dispépticos persistem, independente de tratamento adequado inicial. IESC VI Carolina Ferreira REFLUXO GASTROESFÁGICO (RGE) -São sinônimos e nomes populares associados ao refluxo gastresofágico (RGE): azia, queimação, empanzinamento, boca amarga, regurgitação, refluxo, dor na boca do estômago, hérnia de estômago -A azia (pirose) é a principal queixa e raramente deixa de ocorrer. Pode piorar, por exemplo, quando se dobra o peito sobre a barriga e quando se deita c/ o estômago cheio. É referida como ardência ou queimação, pode ser tão intensa como uma dor no peito, causando até a impressão clínica de um infarto agudo do miocárdio -A sensação de regurgitação surge em + da metade dos casos e representa a percepção da volta do conteúdo estomacal no sentido da boca, sem enjoo ou vômito, frequentemente c/ azedume ou amargor. Não raro determina tosse, pigarro e alterações da voz -Nem sempre a presença de RGE significa presença de esofagite, em especial quando os sintomas são ocasionais; ou seja, a endoscopia normal não descarta a possibilidade de RGE -O engasgo: tosse forte e súbita, atrapalhando a respiração –pode despertar do sono e representar uma situação de RGE. -Define-se por doença do refluxo gastresofágico (DRGE) a presença de sintomas, lesões teciduais, ou ambas as situações, resultantes de refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago -No Brasil, concluiu que a DRGE é uma afecção crônica, decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal p/ o esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele, acarreta um espectro variável de sintomas e/ou sinais esofagianos e/ou extraesofagianos, associados ou ñ a lesões teciduais -Portanto, + do que uma doença, a DRGE constitui uma síndrome. A esofagite de refluxo identifica um subgrupo de pessoas c/ DRGE e alterações histopatológicas da mucosa esofágica -A DRGE tem impacto negativo na qualidade de vida, ↑os custos c/ saúde e o risco p/ adenocarcinoma do esôfago. -Os países do mundo oriental (Índia – 7,5%; Malásia – 3,0%; China – 0,8%) apresentam taxas bem inferiores, sugerindo possível participação de fatores ambientais, alimentares e até mesmo raciais na determinação da DRGE O QUE PODE OCASIONAR -A patogenia está correlacionada à barreira existente na junção esofagogástrica, que permite a passagem dos alimentos p/ o estômago e dificulta o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago, sendo IESC VI Carolina Ferreira influenciada pelo esfíncter esofágico inferior é constituído por musculatura lisa especial, capaz de manter uma pressão + elevada do que a intragástrica -Mantém, habitualmente, um tônus de 15 a 30 mmHg, que relaxa c/ a chegada da onda peristáltica desencadeada pela deglutição, também apresenta relaxamento transitório, independente da deglutição e associado, frequentemente, ao RGE -A ineficácia do mecanismo de barreira na junção esofagogástrica é o principal fator patogênico do RGE -As teorias dominantes p/ explicá-la são: Relaxamento transitório do EEI sem anormalidade anatômica concomitante. Alteração anatômica da junção esofagogástrica, provavelmente associada à hérnia hiatal Hipotonia do EEI, sem alteração anatômica associada -A gravidade da lesão da mucosa esofágica é determinada pelo tempo que o esôfago fica exposto ao ácido e pelo pH do material refluído do estômago. ANAMNESE E EXAME FÍSICO -A história clínica deve ser voltada p/ as principais manifestações clínicas típicas da DRGE, que são a pirose (referida pela pessoa como azia) e a regurgitação ácida -Define-se pirose como a sensação de queimação retroesternal que se irradia do manúbrio do esterno à base do pescoço, podendo atingir a garganta. Ela ocorre, em geral, 30 a 60 min após a ingestão de alimentos, especialmente se a refeição for copiosa, ou rica em gordura ou ácido, podendo ser aliviada após a ingestão de antiácido, ou mesmo água. -Pessoas que apresentam sintomas c/ frequência mínima de 2vezes/semana, há cerca de 4 a 8 semanas, devem ser consideradas possíveis portadoras da DRGE. -Deve-se salientar que existe marcada correlação entre o tempo de duração dos sintomas e o ↑do risco p/ o desenvolvimento de EB e adenocarcinoma do esôfago. -As manifestações atípicas em geral se apresentam como: Esofagianas: dor torácica ñ cardíaca Pulmonares: asma, tosse crônica, hemoptise, bronquite, bronquiectasia e pneumonias de repetição. Otorrinolaringológicas: rouquidão, pigarro (clareamento da garganta), laringite posterior crônica, sinusite crônica, otalgia. Orais: desgaste do esmalte dentário, halitose e aftas -Pacientes c/ manifestações atípicas podem ñ apresentar sintomas típicos da DRGE. Os critérios de seleção p/ a investigação de RGE em pacientes c/ tosse crônica incluem ausência de tabagismo e de irritantes ambientais, exclusão de asma, secreção pós-nasal e radiografias torácicas e de seios da face dentro da normalidade. EXAMES COMPLEMENTARES -Na grande maioria dos casos, a investigação complementar deve ser solicitada nas seguintes condições: Ausência de resposta ao tratamento Manifestações de alarme: disfagia, odinofagia, anemia, hemorragia digestiva e emagrecimento, história familiar de câncer, náuseas e vômitos, dor torácica, além de sintomas de grande intensidade e/ou de ocorrência noturna Sintomas crônicos (lembrar-se da possibilidade de EB) Necessidade de tratamento continuado. - EDA é o método + comumente utilizado para avaliar pessoas c/ RGE. -pHmetria apesar de ser considerada como padrão-ouro , é sujeita a críticas, pois tem demonstrado haver variações significativas na sensibilidade do método. Ainda assim, trata-se do melhor procedimento p/ caracterizar RGE -Esofagomanometria não tem papel diagnóstico no RGE, mas é utilizada p/ avaliar a peristalse e a competência do EEI. -Exame radiológico contrastado do esôfago DIAGNÓSTICO -Os sintomas clássicos de pirose retroesternal e regurgitação são suficientemente específicos p/ fundamentar o diagnóstico de DRGE, ñ sendo obrigatório aliar exame complementar, como a EDA ou a pHmetria. IESC VI Carolina Ferreira COMPLICAÇÕES -As complicações + frequentemente relacionadas ao RGE são as esofagites leves, moderadas e graves, que variam suas classificações endoscópicas entre 2 parâmetros internacionais: Savary-Miller (grau 1 – leve; graus 2 e 3 – moderada; graus 4 e 5 – grave) e de Los Angeles (grau A – leve; grau B – moderada; graus D e E – grave) -Os portadores da DRGE aqueles com evolução de longa data, podem apresentar complicações, tais como esôfago de Barrett (EB), estenose péptica e hemorragia -A + importante delas é o EB, por sua predisposição em progredir p/ adenocarcinoma. O EB acomete 10 a 15% dos refluidores crônicos e consiste na substituição do epitélio escamoso esofágico, em geral de sua posição distal, por epitélio colunar glandular contendo células calciformes. -Outra complicação grave é a estenose péptica, sendo + frequente naqueles c/ esofagite grave, cursando c/ disfagia decorrente da obstrução esofágica. A hemorragia é a complicação menos frequente, sendo provocada pelas úlceras esofagianas. TRATAMENTO CLÍNICO -O diagnóstico de RGE é geralmente clínico e tem como objetivo o alívio dos sintomas, a cicatrização das lesões e a prevenção de recidivas e complicações. -A educação das pessoas p/ as modificações que devem impor ao seu estilo de vida é de suma importância; elas devem ser discutidas com o médico caso a caso -Em pessoas que referem pirose e/ou regurgitação como sintomas predominantes ou únicos, não é necessário fazer investigaçãocomplementar, ao menos em um 1º momento, devendo ser tratadas empiricamente. Se responderem ao tratamento, assume-se que tenham RGE -Pessoas c/ menos de 40 anos de idade e que apresentam manifestações típicas (pirose e regurgitação), c/ frequência inferior a 2 vezes por semana, sem manifestações de alarme, e tempo de história por período ñ superior a 4 semanas, podem receber, como conduta diagnóstica inicial, terapêutica com IBPs em dose plena (“teste terapêutico”). -O RGE inclui todos os sintomas e formas de dano tecidual 2º ao refluxo do conteúdo gástrico p/ o esôfago, ao passo que a esofagite de refluxo se refere a um grupo de pessoas c/ RGE que apresentam alterações histopatológicas da mucosa, causadas pelo refluxo de material ácido e péptico. -Sendo o ácido gástrico o elemento-chave no desenvolvimento de sintomas e lesões na mucosa em pessoas c/ DRGE, a intervenção farmacológica + comumente usada no tratamento delas é a redução da secreção ácida, c/ o uso de antagonistas H2 ou IBPs. -Atualmente, as medicações de 1º escolha são os IBPs, que inibem a produção de ácido pelas células parietais do estômago, reduzindo a agressão do esôfago representada pelo ácido. -O omeprazol é o IBP largamente empregado em nosso país, sendo fornecido gratuitamente, em dose plena devem constituir o tratamento de escolha inicial por período de 4 a 8 semanas -Os antagonistas dos receptores H2 da histamina e os procinéticos são considerados medicações de 2º escolha. Eles atuam bloqueando os receptores da histamina existentes nas células parietais, reduzindo a secreção de ácido. Os + usados são a ranitidina, a famotidina, a cimetidina e a nizatidina -Os procinéticos têm a propriedade de acelerar o esvaziamento gástrico, porém não exercem ação sobre os relaxamentos transitórios do EEI. Os + empregados são a metoclopramida e a domperidona, devendo ser indicados quando o componente de gastroparesia estiver presente. IESC VI Carolina Ferreira TRATAMENTO CIRÚRGICO -Deve ser reservado p/ casos muito específicos, embora as indicações do tratamento cirúrgico da DRGE ñ complicada possam ser consideradas nas seguintes situações: Pessoas que ñ respondem satisfatoriamente ao tratamento clínico, inclusive aquelas c/ manifestações atípicas, cujo refluxo foi devidamente comprovado. Pessoas p/ as quais é exigido tratamento de manutenção c/ IBP, especialmente aquelas com menos de 40 anos de idade. Casos em que ñ é possível a continuidade do tratamento de manutenção, por exemplo, na impossibilidade de arcar financeiramente c/ os custos do tratamento clínico em longo prazo. -A cirurgia antirrefluxo pode ser convencional ou laparoscópica, sendo, ambas, operações de fundoplicatura, e são equivalentes no desaparecimento dos sintomas, c/ base em observações por períodos de até 3 anos TRATAMENTO ENDOSCÓPICO -A fundoplicatura endoscópica é um método recente e permanece experimental até que + resultados em longo prazo estejam disponíveis.
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