Buscar

Análise Multimétrica do Sistema de Utilidades de uma Fábrica de Pneus

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Análise Multimétrica
Sistema de Utilidades de uma Fábrica de Pneus
Guilherme Henrique Alves de Souza
Igor Rennan Costa de Abreu
04 de maio de 2022
Sumário
1. Introdução 3
2. Descrição da indústria 3
2.1 Mistura de borracha do pneu: 4
2.2 Misturador 5
2.3 Compostos 5
2.4 Massa 6
2.5 Mantas 6
2.6 Corte 7
3. Descrição das demandas 9
3.1 Consumo de energia 9
3.1.2 Vulcanização 10
3.1.3 Central de produção de vapor 11
3.1.2 Rede de vapor 12
4. Modelo matemático 13
4.2 Tarifas 13
4.2 Valor Presente Líquido (VPL) 14
5. Levantamentos/estimativas dos dados 15
6. Cenários financeiros 17
6.1 Cenário 1 18
6.2 Cenário 2 19
7. VPL ambiental 20
8. Cenários ambiental 21
8.1 Cenário 1 21
8.2 Cenário 2 22
9. Comparativo: 22
10 Conclusão 23
11 Referências bibliográficas 23
2
1. Introdução
Neste trabalho visamos aplicar os conhecimentos adquiridos na disciplina de
Termodinâmica aplicada. Este trabalho tratará da análise multimétrica dos sistemas
de utilidades de uma fábrica de pneus.
Para desenvolver o relatório, foi necessário estudar e conhecer os insumos
necessários para o funcionamento de uma fábrica de pneus na qual será detalhada
na próxima seção. Ao fazer o levantamento e análises matemáticas dos sistemas de
utilidades, foi levado a discussão cenários diferentes para atender tais demandas
variando o modelo de fornecer energia, forma de instalações ou ainda como
fornecer água gelada, estes serão apresentados posteriormente.
O objetivo do trabalho é a análise de cenários e de como chegar aos
mesmos, alguns dados foram escolhidos. Devido a isso, para que o projeto fosse
executado, haveria a necessidade de uma pesquisa mais aprofundada desses
dados.
2. Descrição da indústria
Em uma indústria de pneus, é necessário uma complexa montagem que
empregue a utilização de muitas matérias primas e processos. A seguir
detalharemos 5 etapas, porém somente a primeira apresentará um maior
detalhamento devido a ser a etapa que apresenta processos termodinâmicos.
São utilizados 5 etapas para construir o pneu:
2.1 Mistura de borracha do pneu:
Formada por aproximadamente por mais de 20 tipos diferentes de borracha e
outros ingredientes, que são misturados para criar um composto negro que será
enviado para a próxima fase do processo.
3
Figura 1: Borracha da seringueira
Todo pneu tem uma parcela de borracha natural e outra de borracha sintética,
derivada do petróleo, como esta. A quantidade de uma e de outra depende do
tamanho e da performance de cada pneu. Pneus de carros maiores e caminhões,
por exemplo, precisam de mais borracha natural do que sintética.
Figura 2: Borracha sintética
2.2 Misturador
É o processo no qual cada componente será separado em quantidades ideais
para cada tipo de pneu e levados para o misturador, onde terá início a fabricação da
borracha que vemos no pneu.
4
Figura 3: Misturador
2.3 Compostos
Além das borrachas natural e sintética, entre os compostos também estão
enxofre e negro de fumo, um subproduto do petróleo que aos poucos está sendo
substituído pela sílica, que é renovável e menos poluente. Na Pirelli, a sílica
utilizada vem da cinza da casca do arroz e, até 2015, a meta é que 40% dos pneus
sejam feitos com esse material.
Figura 4: Componentes para a fabricação
2.4 Massa
Dentro do bambury (ou misturador), os compostos são misturados em altas
pressão e temperatura até formarem uma massa preta, que sai da máquina na
forma dessas grandes mantas de borracha
5
Figura 5: Bambury
2.5 Mantas
As mantas de borracha saem desta maneira do misturador, mas ainda não estão prontas.
Cada manta deve voltar ao bambury mais uma ou duas vezes, a depender das
especificações, para a adição de novos componentes, até que fique com a composição
exata.
Figura 6: Mantas
6
2.6 Corte
A borracha é cortada em faixas com o objetivo de formar a estrutura básica
do pneu.
3 Construção do pneu:
Os pneus são feitos do interior para fora. São montados os elementos têxteis,
as cintas de aço, os talões, as telas, o piso e outros componentes. O resultado é o
que se chama de “pneu verde”, bem parecido ao produto final.
3.1 Máquina de Cura do pneu:
O “pneu verde”, que é o nome dado ao produto nesta etapa, é vulcanizado
com moldes quentes numa máquina de cura, que comprime as partes do pneu para
moldar o produto na forma final, incluindo também a marca do fabricante, por
exemplo.
3.2 Planta utópica
A análise sistemática será feita para uma indústria utópica retirada da
internet. Seria preciso um estudo mais detalhado para que esta análise fosse feita
para uma refinaria completa, pois as fábricas não disponibilizam suas informações
por completo. Abaixo estão dispostas plantas de fábricas de pneus para termos
noção dos segmentos desse tipo de indústria.
7
Figura 7: Planta TIRE Prodution
Figura 8: Overview dos processos de fabricação de pneus
3. Descrição das demandas
Nesse tópico será descrito os insumos necessários para a descrição do
sistema de utilidades estudado. Para fins práticos tomaremos como parâmetro
8
dados da empresa CNB/CAMAC, que é uma indústria bastante renomada no
mercado de pneus.
Na empresa CNB/CAMAC há consumo de fuelóleo, gasóleo, vapor e energia
elétrica, sendo o vapor a forma de energia mais consumida (36,1%) seguido da
energia eléctrica (33,8%), fuelóleo (29,9) e gasóleo (0,3%).
A cogeração consiste no aproveitamento local do calor residual originado nos
processos termodinâmicos de geração de energia elétrica, que de outra forma seria
desperdiçado. O aproveitamento pode dar-se sob a forma de vapor, água quente
e/ou fria (trigeração), para uma aplicação secundária, que pode ou não estar ligada
com o processo principal.
Nos processos convencionais de transformação da energia fóssil em energia
elétrica (centrais termoeléctricas), por mais eficiente que seja o processo, a maior
parte da energia contida no combustível, usado na acionamento das turbinas, é
transformada em calor e perdida para o meio ambiente.
As demandas então são subdivididas em:
3.1 Consumo de energia
O consumo de energia térmica na indústria de pneus é feita em duas etapas:
3.1.1 Banbury
Este procedimento consiste essencialmente em uma câmara de mistura
fechada com dois rotores, esses nos quais giram em sentidos opostos e com
velocidades diferentes. A mistura e o cisalhamento ocorrem tanto entre os rotores
como entre a câmara e os rotores. O Banbury é formado por alguns componentes
como por exemplo pistões pneumáticos com descarga feita no interior da máquina,
devido ser um misturador fechado a geração do calor durante a mistura é muito alta.
Com isso , o Banbury dispõe de sistemas de circulação de água na faixa de 15 C a
30 C para o resfriamento dos seus rotores, câmara e porta de descarga
(Grossman,1997)
9
Figura 9: Misturador interna
4. Pressão: A pressão exercida pelo pistão na mistura tem a finalidade de fixar
os materiais na câmara agindo com os rotores sobre o material. Quanto mais
pressão for aplicada, maior será a mistura.
5. Temperatura: Essa etapa é de extrema importância, o método de
aquecimento e resfriamento em conjunto com o tempo.
6. Grau de enchimento: é o volume real do material que irá para o processo.
7. Velocidade dos rotores: A velocidade dos rotores apresentam influência direta
no calor produzido sobre a borracha devido o atrito.
3.1.2 Vulcanização
É uma espécie de prensa na qual se cozinha o pneu em alta temperatura e
pressão. Seu molde interno irá criar os sulcos da banda de rodagem e as inscrições
técnicas na lateral. Após essa etapa passa por um estágio de durabilidade e
elasticidade.
Figura 10: Vulcanização
10
3.1.3 Central de produção de vapor
O vapor de água é utilizado como meio de geração, transporte e utilização de
energia.
Imensas razões coadjuvaram para a formação de energia através do vapor,
uma vez que a água é o composto mais abundante na Terra, portanto de fácil
obtenção, associado a um baixo custo.
A necessidade de caldeiras de maior rendimento, rapidez de geraçãode
grandes quantidades de vapor com níveis de pressão mais elevados, levou ao
surgimento da caldeira aquatubular. Nesse tipo de caldeira, os tubos que, nas
caldeiras flamotubulares, conduziam gases aquecidos, passaram a conduzir a água,
o que aumentou muito a superfície de aquecimento, aumentando bastante a
capacidade de produção de vapor.
Na fábrica, a produção de vapor é conseguida através de duas caldeiras do
tipo aquatubulares utilizando como combustível o óleo. Atualmente só se encontra
em funcionamento uma caldeira.
Figura 11: Fluxograma do processo produtivo
11
3.1.2 Rede de vapor
Na figura 3.15 é apresentado a rede de vapor da empresa, para abastecimento do
setor de vulcanização de pneus.
Figura 12: Diagrama ilustrativo da rede de vapor
Para chegar na indústria a água tem que ser descalcificada de modo a
ser-lhe retirada a carga eletromagnética e de sais minerais. A água purificada é
aquecida o retirando os gases, como o oxigénio e o dióxido de carbono;
Como esta caldeira não tem economizador, a mistura é alimentada à caldeira
a 85ºC. Deveria ter um sistema de pré-aquecimento feito através da troca de calor
com os gases de combustão que saem da caldeira, que possuem temperaturas
bastante elevadas. Para o aproveitamento do conteúdo energético dos gases de
combustão, cederão calor à água passando a estar a uma temperatura inferior em
seguida são libertados para a atmosfera.
12
Após esse procedimento o vapor produzido na caldeira será com uma
temperatura de aproximadamente 235ºC, é encaminhado para o colector de onde
sai o vapor a pressão de 12 bar e 23 bar depois de passar por um processo redutor
de pressão (válvula redutora de pressão).
Para a indústria, o vapor pode ser utilizado em diversas áreas como por
exemplo no aquecimento das prensas, cilindros e câmaras. Quando desenvolve o
condensado onde segue para o tanque de recuperação de condensados para serem
de novo alimentados à caldeira. A caldeira é imprescindível como um tratamento
químico adequado para impedir a geração de incrustações, para minimizar a
corrosão da mesma ou da tubagem de vapor, para evitar a contaminação do vapor
de água que pode ser transportado quer por formação de espumas quer por
arrastamento e para reduzir a corrosão devido ao oxigénio dissolvido na água de
alimentação.ASSIS, 2009]
4. Modelo matemático
Aqui iremos detalhar os cálculos abordados para a análise multimétrica.
4.2 Tarifas
Sabendo que ao longo das 24horas do dia o consumo de energia varia e que
assim o sistema de geração de energia tem que ter capacidade de suprir o pico de
consumo de qualquer horário, os custos também variam.
Sendo assim, para incentivar um consumo com melhor distribuição de
consumo durante o dia e assim ter um melhor aproveitamento da capacidade
instalada, são definidas tarifas diferentes para esses horários diferentes.
São elas, tarifa horário de ponta (THP) e tarifa fora de ponta (TFP).
Além da diferenciação das tarifas, (THP) e (TFP), explicaremos o sistema
tarifário que será considerado neste projeto. Além da tarifa binômia convencional,
que será considerada, temos a tarifa monômia convencional e a tarifa hora-sazonal,
que não são alvos de estudos deste projeto. Para tarifa binômia convencional, além
de pagar pelo consumo também paga-se pela potência máxima necessária pelo
estabelecimento.
13
4.2 Valor Presente Líquido (VPL)
O modelo utilizado para o cálculo dos diversos cenários parte do Valor
Presente Líquido (VPL). Esse método é indicado para fazer comparações de
cenários que envolvam custos e benefícios em relação ao tempo. Com ele,
conseguimos trazer esses valores para o presente e assim, fazer uma comparação
mais assertiva. Como iremos comparar custos com os diferentes cenários
projetados para suprir a demanda da refinaria, hipotética, de petróleo, dentre os
cenários propostos aquele que tiver o menor VPL será o melhor indicado
monetariamente.
𝑉𝑃𝐿 = 𝑉𝐼 + 𝑢. 𝑉𝑀
Onde:
VI = Investimento inicial [RS]
VM = Custo mensal [RS]
FVP = Fator do valor presente = 𝑢 = 1+𝑖
𝑛( )−1
1+𝑖𝑛( ).𝑖
Neste trabalho, para todos os cálculos que envolvam VPL será considerado i
= 1% a.m e n = 10 meses. Aqui, é importante deixar claro ao leitor que como esse
trabalho se trata de um estudo de casos de uma fábrica de pneus que não temos
acessos maiores informações restritas, consideramos uma receita de despesas
mensais iguais para todos os meses nessa hipótese.
A fórmula geral que será utilizada para o cálculo de todos os cenários que
serão expostos no decorrer do trabalho é expressa da seguinte maneira:
𝑉𝑀 = 𝐾
𝑐𝑜𝑚𝑏
* 𝑚
𝑐𝑜𝑚𝑏
+ 𝑘
𝑐𝑜𝑛𝑠, 𝐹𝑃
* 𝑃
𝑒𝑙, 𝐹𝑃
* ∆𝑇
𝐹𝑃
+ 𝐾
𝑐𝑜𝑛𝑠, 𝐻𝑃
* 𝑃
𝑒𝑙, 𝐻𝑃
* ∆𝑇
𝐻𝑃
* 𝐾
𝑑𝑒𝑚, 𝐹𝑃
* 𝑚𝑎𝑥 𝑃
𝑒𝑙, 𝐹𝑃( )𝐾𝑑𝑒𝑚, 𝐻𝑃. 𝑚𝑎𝑥 𝑃𝑒𝑙, 𝐹𝑃( )
Onde:
”Kinv,i = Custo de instalação do equipamento, da linha ou da rede em Rs/kW;
Pi = Potência máxima do equipamento, da linha ou da rede;
Kcomb = Taxa de combustível em Rs/kg;
mcomb = massa do combustível em kg;
Kcons,FP = Taxa de consumo elétrico no horário fora de ponta em Rs/kWh;
Pel,FP = Potência elétrica no horário fora de ponta em kW;
ΔT, FP = Tempo de operação no horário fora de ponta em horas ‘h’;
14
Kcons,HP = Taxa de consumo elétrico no horário de ponta em Rs/kWh;
Pel,HP. = Potência elétrica no horário de ponta em kW;
ΔTHP = Tempo de operação no horário de ponta em horas ‘h’;
Kdem,FP = Taxa de Demanda no horário fora de ponta em Rs/kW;
máx(Pel,FP) = Potência elétrica máxima no horário fora de ponta em kW;
Kdem,HP = Taxa de Demanda no horário de ponta em Rs/kW;
máx(Pel,HP) = Potência elétrica máxima no horário de ponta em kW”.
5. Levantamentos/estimativas dos dados
Considerando que a respectiva indústria opera de forma constante, ou seja,
com uma demanda fixa para todos os meses, as demandas energéticas necessárias
para seu funcionamento são, segundo a neoenergia:
Figura 13: Neoenergia
Através de pesquisas conseguimos colher o consumo diário de energia por
setor da fábrica da CNB/CAMAC. São eles:
Tabela 1: Média de consumo diário de energia por setor da fábrica
Com isso podemos pegar 3 parâmetros principais para analisar: O consumo
de vapor (fluidos + vulcanização) e o de energia elétrica no geral (soma de todos os
consumo de energia elétrica - vulcanização - centrais de fluido).
15
Vapor 5405 kwh
Energia elétrica 6095 kwh
Tabela 2: Demandas principais
Para atender essas demandas, foi respeitada a ordem correta entre fonte,
transformação e demanda. Os cenários propostos foram determinados através da
combinação entre essas três etapas. Segue abaixo um esquemático demonstrando
essas relações:
Figura 14: Biblioteca de Fontes, Transformações e Demandas energéticas
Os dados para equipamentos não se encontram disponíveis na bibliografia
principal, dessa maneira, utilizaremos o formulário fornecido para o professor em
que segue abaixo.
16
Tabela 3: Dados e considerações para análise dos cenários
Sendo assim, os possíveis cenários que atendem as demandas energéticas
da empresa em estudo são as que estão dispostas no tópico seguinte.
6. Cenários financeiros
Considerando que todas as demandas são fixas, já explicado anteriormente,
vamos considerar os valores de 6095 kWh para as demandas elétricas e para as
demandas térmicas 5405 kWh (vulcanização + fluidos).
Além disso, a fábrica trabalha 24h/dia, 7 dias/ semana. Ou seja, em um dia
ela terá 21 horas de FP e 3 horas de HP.
Também será usado os valores abaixo:
● Taxa de consumo elétrico no horário fora de ponta = 0,26 Rs/kWh
● Taxa de consumo elétrico no horário de ponta = 0,42 Rs/kWh
17
● Taxa de demanda no horário de ponta = 70 Rs/kW
● Taxa de demanda no hor ́ario fora de ponta = 20Rs/kw
Abaixo estará exposto o sistema de utilidades de cada cenário e, após isso,
uma discussão sobre os mesmos:
6.1 Cenário 1
Fonte: Rede elétrica; Transformação: Caldeira Elétrica e Chiller de absorção;
Demandas: EE e Vapor.
Figura 15: Cenário 1
Nessecenário, o objetivo é gerar 6095 kW de energia elétrica e 5405 kW de
vapor. Observe que a energia elétrica é obtida diretamente da rede elétrica. Já para
obter a demanda de vapor uma caldeira elétrica é alimentada através da rede. Parte
do vapor gerado alimenta o chiller de absorção para produzir água gelada.
𝑉𝐼
 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎çã𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
= 100 𝑅$𝑘𝑊 * 11. 784, 87 𝑘𝑊 = 𝑅$ 1. 178. 487, 00
𝑉𝐼
 𝐶𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
= 100 𝑅$𝑘𝑊 * 5. 405 𝑘𝑊 = 𝑅$ 540. 500, 00
1.718.987,00𝑉𝐼
 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
= 𝑅$ 
𝑇𝐶𝐻𝑃 = 63 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 * 11. 784, 87 𝑘𝑊 * 0, 7 𝑅$𝑘𝑊ℎ = 𝑅$ 519. 712, 767
𝑇𝐶𝐹𝑃 = 357 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 * 11. 784, 87 𝑘𝑊 * 0, 2 𝑅$𝑘𝑊ℎ = 𝑅$ 841. 439, 718 
18
𝑇𝐷𝐻𝑃 = 11. 784, 87 𝑘𝑊 * 70 𝑅$𝑘𝑊ℎ = 𝑅$ 824. 940, 90 
𝑇𝐷𝐹𝑃 = 11. 784, 87 𝑘𝑊 * 20 𝑅$𝑘𝑊ℎ = 𝑅$ 235. 697, 40
𝑉𝑀 = 𝑅$ 2. 440. 304, 79 
 𝑉𝑃𝐿 = 𝑉𝐼 + 𝑢𝑉𝑀 = 1. 718. 987, 00 + 9, 47 * 2. 440. 304, 79 = 
R$ 24.828.673,36
6.2 Cenário 2
Neste cenário usaremos o combustível como parcela da energia necessária
para o sistema. Então, definindo os parâmetros ficamos:
Fonte: Combustível; Transformação: GMG, Caldeira de Recuperação,
caldeira de Queima Direta e Chiller de Absorção; Demandas: EE, Vapor e Água
gelada.
Figura 16: Cenário 2
𝑉𝐼
 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙
= 100 𝑅$𝑘𝑊 * 5. 379, 92 𝑘𝑊 = 𝑅$ 537. 992, 00
𝑉𝐼
𝐺𝑀𝐺
= 500 𝑅$𝑘𝑊 * 8. 872, 80 𝑘𝑊 = 𝑅$ 1. 394. 995 𝑘𝑊
𝑉𝐼
 𝐶𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜
= 150 𝑅$𝑘𝑊 * 2. 500 𝑘𝑊 = 𝑅$ 375. 000, 00
𝑉𝐼
 𝐶𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎
= 300 𝑅$𝑘𝑊 * 2. 095 𝑘𝑊 = 𝑅$ 628. 500, 00
19
2.936.487 kW𝑉𝐼
 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
= 𝑅$ 
𝑇𝐶𝐻𝑃 = 63 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 * 5. 379, 92 𝑘𝑊 * 0, 7 𝑅$𝑘𝑊ℎ = 𝑅$ 237. 254, 472
𝑇𝐶𝐹𝑃 = 357 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 * 5. 379, 92 𝑘𝑊 * 0, 2 𝑅$𝑘𝑊ℎ = 𝑅$ 384. 126, 288 
𝑇𝐷𝐻𝑃 = 5. 379, 92 𝑘𝑊 * 70 𝑅$𝑘𝑊ℎ = 𝑅$ 376. 594, 40 
𝑇𝐷𝐹𝑃 = 5. 379, 92 𝑘𝑊 * 20 𝑅$𝑘𝑊ℎ = 𝑅$ 107. 598, 40
𝑉𝑀 = 𝑅$ 1. 124. 087, 56 
 𝑉𝑃𝐿 = 𝑉𝐼 + 𝑢𝑉𝑀 = 2. 936. 487 𝑘𝑊 + 9, 47 * 1. 124. 087, 56 = 
R$ 10.648.045,68
7. VPL ambiental
O fator ambiental está cada vez tomando maior valor para as empresas.
Estas, ganham vantagens, redução de tarifas, para quando reduzem as suas
emissões ou apresentam projetos que impactam positivamente o meio ambiente.
Por isso, é importante saber o quanto CO2 está emitindo.
O VPL ambiental caracteriza como uma unidade de massa/kW na construção
e na operação por unidade de massa/kWh, não apresenta distinção das taxas em
horário de ponta ou fora de ponta. Seu principal objetivo é determinar a emissão de
CO2 em cada cenário usando o VPL ambiental. Os valores da Intensidade
Carbónica (kg CO2 e/tep), durante o ano de 2010 na empresa, encontram-se na
tabela abaixo.
20
Tabela 4: Valores anuais da Intensidade carbónica (kgCO2/tep)
nos diferentes setores
A partir disso conseguimos estipular o consumo para cada equipamento do
sistema.
8. Cenários ambiental
Podemos partir do pressuposto dos mesmo cenários analisados no VPL financeiro.
8.1 Cenário 1
Como está ilustrado na figura 15:
Figura 15: Cenário 1
𝐶𝑂2 = 0 𝑅$𝑘𝑊 * 11. 784, 87 𝑘𝑊 = 0 𝑘𝑔
kg𝐶𝑂2
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
 = 12, 5 𝑘𝑔𝑘𝑊 * 5. 405 𝑘𝑊 = 𝑅$ 67. 562, 50 
𝑉𝐼
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
= 𝑅$ 67. 562, 50 𝑘𝑔
𝐶𝑂2
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜 𝑐𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
 = 0, 972 𝑘𝑔𝑘𝑊ℎ * 11. 784, 87 𝑘𝑊/𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 * 420ℎ = 4. 811. 055, 33 𝑘𝑔
𝑉𝑀 = 4. 811. 055, 33 𝑘𝑔 
de CO2𝑉𝑃𝐿 = 𝑉𝐼
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
+ 𝑢𝑉𝑀 = 45. 628. 256, 48 𝑘𝑔
21
8.2 Cenário 2
Figura 16: Cenário 2
= 0 kg/Kw * 5.379,92 kW = 0kg𝐶𝑂2
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙
= 270 KG/KW * 5.379,92 kW = 1.452.578,40 kg𝐶𝑂2
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜 𝐺𝑀𝐺
= * 5.379,92 kW = 5.229,28 kg𝐶𝑂2
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑢çã𝑜, 𝑐𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜
0, 972 𝑘𝑔𝑘𝑊ℎ
𝑉𝐼
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
 = 1. 457. 807, 58 𝑘𝑔
= 0,972 kg/kW * 5.379,92 kW * 420h = 2.196.298,54 kg𝐶𝑂2
 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙
Vm = 2.196.298,54 kg
VPL = VItotal +uVM
VPL = 22.256.754,75 kg de CO2
9. Comparativo:
Fazendo um comparativo entre os cenários abordados, vemos:
Tabela 5: Comparativo entre os cenários
Análise Cenário 1 (VPL) Cenário 2 (VPL)
Financeira R$ 24.828.673,36 R$ 10.648.045,68
Ambiental 45.628.256,48 de CO2 22.256.754,75 kg de CO2
22
Diante da observação e cálculos dos cenários fica evidente que o cenário 2
apresenta condições mais propícias no VPL ambiental e financeiro, portanto parece
ser o cenário mais ideal de implantação.
10 Conclusão
Análise multimétrica de uma fábrica de pneus, essa que é tão presente no
nosso cotidiano, a pesquisa dessa atividade nos possibilitou um aprofundamento do
conteúdo visto em sala de aula além do aprendizado quanto ao desenvolvimento e
escolha de um sistema mais viável a ser implantado.
O projeto foi uma proposta desafiadora para a duplas pois mesmo com tempo
reduzido e menos pessoas do que em outros períodos conseguiu superar seus
limites permitiu desenvolver características como resiliência, comunicação,
disciplina e comprometimento que futuramente, no mercado de trabalho serão
diferenciais importantes.
Além disso foi possível ter uma melhor compreensão nos âmbitos social,
econômico
e ambiental do qual as indústrias e empresas estão inseridas, é conciliar um
parâmetro de crescimento sustentável.
No mais, a dupla conclui esse trabalho com satisfação e podemos dizer que
agregou um enorme conhecimento sobre o conteúdo apresentado neste relatório.
11 Referências bibliográficas
https://quatrorodas.abril.com.br/auto-servico/cozinhando-borracha-e-assim-que-sao-
fabricados-os-pneus-do-seu-carro/
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/35183/000792956.pdf?..
.1#:~:text=O%20Banbury%20consiste%20essencialmente%20de,a%20c%C3%A2m
ara%20e%20os%20rotores.
23

Outros materiais