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Hemograma Analisa as informações específicas sobre os componentes do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas) sendo composto de três partes: 1. Eritrograma (avalia-se anemia) O eritrograma é um exame constituído de: - Hemácias (responsáveis por transportar O2) - Hemoglobinas (se liga ao O2, e é padrão ouro para diagnóstico de anemia) Para valores altos de hemácias e hemoglobinas, chamamos de policitemia - Hematócritos (quantidade de hemácias em 100mL de sangue) VALOR ALTO Desidratação grave VALOR BAIXO Anemia, gravidez, administração excessiva de líquidos (hemodiluição) Índices hematimétricos Os índices hematimétricos são cálculos a partir da análise do tamanho das hemácias e a quantidade de hemoglobina presente nas hemácias Volume corpuscular médio O VCM calcula o volume de hemoglobinas em 100mL de hemácias. Sendo o padrão ouro para a classificação das anemias. > V.R = anemia megaloblástica Exame para confirmar o achado: dosagem de ácido fólico e vitamina b12 Conduta: prescrever ingestão de ácido fólico e vitamina b12 < V.R = anemia ferropriva Exame para confirmar o achado: perfil do ferro Conduta: prescrever ingestão de alimentos ricos em ferro e encaminhar para um especialista Hemoglobina corpuscular médio HCM calcula a quantidade de hemoglobina em uma única hemácia >V.R Hipercromia anemia hemolítica Exame para confirmar o achado: Coombs direto Conduta: encaminhar para um especialista <V.R Hipocromia Na hipercromia, há um aumento no número de hemoglobina por hemácia, resultando numa cor mais avermelhada. É um achado frequente na anemia hemolítica porque as hemácias que sobrevivem tendem a carregar mais hemoglobina (o conteúdo das hemácias é liberado na corrente sanguínea, incluindo a hemoglobina) em uma tentativa de compensar a diminuição do número de hemácias no sangue e manter o transporte adequado de oxigênio pelo corpo. Concentração de hemoglobina corpuscular média O CHCM representa a quantidade média de hemoglobina presente nem relação ao volume médio de hemácias (tamanho), pode ajudar a identificar diversas anemias e outras condições relacionadas ao sangue. >V.R esferocitose Diferença entre HCM e CHCM Para entender melhor a diferença, imagine que você tem duas amostras de sangue: uma com hemácias grandes e outra com hemácias pequenas, mas ambas com a mesma quantidade de hemoglobina. Se você medir o HCM, encontrará o mesmo valor nas duas amostras, pois a quantidade de hemoglobina em cada hemácia é igual. No entanto, se você medir o CHCM, encontrará valores diferentes nas duas amostras, pois a concentração de hemoglobina em relação ao volume das hemácias é diferente. Red Cell Distribuition Width O RDW avalia o tamanho das hemácias MAIOR OU IGUAL AO V.R Anisocitose Reticulócitos Hemácias/eritrócitos imaturos RETICULOPENIA Diminuição na quantidade de reticulócitos ocasionado por uma falha na medula ou deficiência (B9,B12,Fe) RETICULOCITOSE Medula produz mais reticulócitos devido uma perca de sangue por precisar de uma demanda maior de O2 CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS HIPO PLORI FERATIVAS Redução na produção de reticulócitos por falta de Fe,B9,B12, doenças na medula óssea ou deficiência de eritropoietina (horm liberado pelo rim p prod. mais células vermelhas HIPERPLORI FERATIVAS Quando há uma destruição das hemácias e a medula precisa repor, aumentando o número de reticulócitos (reticulocitose) Pecilocitose/poiquilocitose Presença de formas anormais de reticulócitos 2. Leucograma Avalia os números de leucócitos para determinação do tipo de infecção LEUCÓCITO COMBATE CONFIRMA CONDUTA Neutrófilo segmentado (antes é bastonete) Infc. Bacteriana Raio x da região, ou ultrassom (adbominal), cultura se sangue, fezes exame de escarro Antibiótico + remédio necessário na hist.. clínica como antitérmico, antihermético + terapia Linfócitos Infc. Viral Sorologia para arboviroses Repouso, reidratação e sem uso de AAS Eosinófilos Infc, alérgica ou parasitária 3. Plaquetograma Avalia a contagem de plaquetas por mm³ de sangue Trombocitose Aumento no número de plaquetas Trombocitopenia Redução do número de plaquetas Teste de Coombs Exame que avalia se há a presença de anticorpos específicos que atacam as hemácias, as destruindo. Classificação DIRETO – detecta se há anticorpos presentes aderidos na superfície da hemácia, que as destroem e dá origem a anemia hemolítica e doenças autoimunes (como a anemia hemolítica autoimune.) INDIRETO – verifica-se há presença de anticorpos circulantes no sangue. No caso das grávidas com Rh (-), se observa se há a sensibilização contra o Rh (+) do bebê. Coagulograma Exame que avalia e detecta alterações na coagulação do sangue, ocasionando eventos trombóticos (coagulação excessiva) ou eventos hemorrágicos (sangue não coagula corretamente) É frequentemente solicitado antes de cirurgias ou outros procedimentos invasivos, bem como para o diagnóstico e monitoramento de condições que afetam a coagulação sanguínea, como a hemofilia e a trombofilia. Tempo de protrombina TAP/TP avalia quanto tempo é necessário para o sangue coagular. Analisando a via EXtrínseca dos fatores de coagulação, que é ativada quando o sangue sofre uma lesão externa (fora do vaso sanguíneo) Dessa forma, o TAP é solicitado quando: - O paciente tiver sangramentos/hematomas frequentes. - Disfunção no fígado, pois o fígado é responsável pela produção de alguns fatores de coagulação que são dependentes da vitamina K que é absorvida pelo fígado e desencadeia o processo de produção de coagulação. Obs.: Quando o TAP vier alterado, solicita-se o exame para verificar a vitamina K e a dosagem TGO, TGP e GGT (são enzimas produzidas pelo fígado e liberadas na corrente sanguínea quando há danos ou disfunções no órgão) TAP ALTO Há um aumento no tempo de coagulação, o sangue coagula devagar, que pode ser explicado por: - Deficiência da vitamina K Devido: - Alteração na flora intestinal (má absorção) - Alimentação pouco equilibrada - Hemofilia (há uma deficiência ou ausência de um dos fatores de coagulação sanguínea, o que leva a dificuldade de coagulação do sangue e aumento do risco de sangramentos.) - Uso de anticoagulantes (esses medicamentos afetam a coagulação sanguínea através da inibição da vitamina K, bloqueiam a ativação do fator chave para desencadear a cascata, que é presente na via extrínseca.) TAP BAIXO Sangue coagula muito rápido - Forma coágulos que levam ao infarto ou AVC - Há a ingestão exagerada de vitamina K ou uso de suplementos. - Há uso de comprimidos como o estrogênio, presente no anticoncepcional Tempo de tromboplastina parcial ativado TTPA avalia a capacidade de coagulação do sangue através da ativação da via INtrínseca da coagulação. TTPA ALTO O aumento no tempo de coagulação é devido a/o: - Deficiência dos fatores de coagulação - CIVD (Coagulação Intravascular Disseminada, uma condição em que a coagulação sanguínea ocorre de forma anormal em todo o corpo, levando a formação de coágulos em pequenos vasos sanguíneos e causando lesão em diversos órgãos.) - Doença de Von Willebrand - Uso de anticoagulantes injetáveis TTPA BAIXO - Câncer avançado - Trombofilias A via intrínseca se difere da extrínseca devido seu local de ativação. A via intrínseca é ativada pelo colágeno exposto após lesão dos vasos, ou seja, a ativação ocorre dentro do próprio sistema de coagulação, enquanto a via extrínseca é iniciada pela liberação do fator tecidual em resposta a lesão dos tecidos ao redor dos vasos, a ativação ocorre fora do sistema de coagulação, na presença de fatores teciduais. Índice Normatizado Internacional INR relaciona o TAP do paciente e um valor padrão do tempo de protrombina refletindo o tempo médio necessário para o sangue coagular. O INR é uma medida que permite comparar o resultado do TAP de diferentes laboratórios, tornando o resultado mais padronizado e confiável para avaliar a coagulação sanguínea. Esse exame é usado pra monitorar o uso de anticoagulante oral para que o anticoagulantenão iniba demais a vitamina k e o sangue fique muito líquido incapaz de coagular. O uso de anticoagulantes orais influencia no aumento do tap, ou seja, o sangue demora mais a coagular e o INR utiliza do tap para calcular o valor médio de sangue a ser coagulado O resultado do INR sai no mesmo tempo que o do TAP. Quanto maior o INR maior o tempo de coagulação (mais tempo leva pro sangue coagular) Fibrinogênio Não faz parte do hemograma mas também avalia a coagulação. O fibrinogênio é um fator de coagulação produzido no fígado e desencadeado quando há lesão de um vaso. O que não acontece quando há uma lesão hepática. Porque fazer? Ele avalia distúrbios hemorrágicos e é usado para investigar riscos coronarianos (lesão cardíaca) Quando fazer? Após um episódio de sangramento; Quando há alteração no TP ou TTPA FIBRINOGÊNIO ALTO - Inflamação ou lesão tecidual temporárias - Infecção agua - Contribui com a doença coronariana - IAM, AVC, artrite reumatoide e glomerulonefrite além de traumatismos FIBRINOGÊNIO BAIXO - Prejudica a formação de coágulos - Afibrinogenemia - Doenças hepáticas avançadas e desnutrição intensa além de CIVD D-dímero Qualquer evento de coagulação produzirá d-dímero D-dímero é um produto de degradação da fibrina, que é um dos componentes da coagulação sanguínea. Sua presença no sangue pode indicar a formação de coágulos sanguíneos ou a presença de distúrbios tromboembólicos, como a trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Em casos de covid porque na tentativa do organismo combater o vírus responsável pela doença, há a liberação de citosinas que provoca uma lesão nos vasos e ativa a cascata de coagulação. Dessa forma, há aumento nos níveis de D-dímeros circulantes
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