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Eliana F. Ozela 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA ANÁLISES BROMATOLÓGICAS BROMATOLÓGICAS Eliana Ferreira Ozela 2009 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA ANÁLISES BROMATOLÓGICAS BROMATOLÓGICAS Eliana Ferreira Ozela Eliana F. Ozela 2 APRESENTAÇÃO Caro aluno Este roteiro de aulas práticas foi criado pensando unicamente em você, com o intuito de proporcionar aos alunos de Farmácia e Nutrição dados de consulta, no próprio laboratório, sobre os métodos que serão abordados no decorrer do nosso curso, com isso diminuindo o tempo gasto em consultas em bibliotecas. Esperamos com este trabalho propiciar um melhor aprendizado e o despertar pelas Análises Bromatológicas. O reconhecimento a todos aqueles que contribuíram com suas obras, nos dando subsídios para realização deste trabalho. E. F. Ozela Eliana F. Ozela 3 SUMÁRIO LAVAGEM E SECAGEM DE VIDRARIA .............................................................................. 4 UTILIZAÇÃO DE BALANÇAS ANALÍTICAS ...................................................................... 6 SOLUÇÕES ............................................................................................................................... 7 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE EM ALIMENTOS ....................................... 17 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CINZAS EM ALIMENTOS ........................................... 21 DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ EM ALIMENTOS ............................................................. 23 DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS ..................................................................................... 30 ANÁLISE DE CARNE ............................................................................................................ 35 ANÁLISE DO MEL ................................................................................................................. 39 ANÁLISE DE ÓLEOS ............................................................................................................. 46 DETERMINAÇÃO DE VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO) ........................................... 54 ANÁLISE DO LEITE .............................................................................................................. 56 ANÁLISE DE FARINHA ........................................................................................................ 62 ANÁLISE DE SUCO DE FRUTA ........................................................................................... 66 DETERMINAÇÃO DE FIBRA BRUTA................................................................................. 69 PESQUISA DE CORANTES NATURAIS EM ALIMENTOS .............................................. 71 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 73 Eliana F. Ozela 4 LAVAGEM E SECAGEM DE VIDRARIA O controle do material de laboratório principalmente as vidrarias é essencial para um programa de controle de qualidade. Atenção especial deve ser dada à vidraria considerada volumétrica, esta vidraria é fabricada dentro de limites especificados, particularmente no que se refere à exatidão da calibração, pois certas determinações requerem diluições específicas e controladas transferências de volume de várias quantidades. É este tipo de vidraria que contribuirá para que possa garantir a acuracidade dos resultados analíticos. As vidrarias devem está fisicamente, quimicamente e bacteriologicamente limpas dependendo do trabalho que será desenvolvido. As vidrarias devem ser limpas logo após a sua utilização, evitar quando possível a limpeza da vidraria momentos antes de se realizar as análises. Após a limpeza toda vidraria deve ser guardada em locais adequados, livre de poeiras e de qualquer outra coisa que possa comprometer a limpeza feita. A maioria dos materiais de vidro novos é levemente alcalina durante a reação, por isso deve-se ter cuidado especial na utilização de vidraria nova, que será utilizada pela primeira vez. Estas vidrarias devem ser colocadas de molho em solução ácida (ácido clorídrico ou nítrico a 1%) antes de serem lavados. Após o término de uma análise, colocar a vidraria de molho em sabão neutro ou pó de limpeza. Detergentes comerciais, de uso doméstico, podem ser empregados na limpeza na maioria das vezes. O ideal seria que a temperatura da água estivesse entre 45°-50°, utilizar escovas para remoção da sujidade. Depois de lavar, enxaguar os materiais de vidro com água corrente quantas vezes forem necessário, o último enxágüe deverá ser em água destilada. Secar as vidrarias em estufa com temperatura em torno de 55°. Um teste rápido para verificar a limpeza de um frasco de vidro consiste em enchê-lo com água destilada. Em seguida, dispensar a água. O resíduo de água que permanecer no frasco deverá formar uma película contínua. Se ocorrer a formação de gotícula, o frasco está sujo e deve ser repetida a operação de limpeza. Para garantir uma melhor limpeza de vidraria embaçada, deve-se lavá-la com Solução Sulfocrômica. ATENÇÃO! Muito cuidado ao manusear a solução sulfocrômica ela é extremamente ácida, podendo provocar queimaduras na pele. Preparação da solução sulfocrômica ¾Triturar em gral o dicromato de potássio; ¾pesar em um béquer 20 gramas do dicromato de potássio comercial; ¾adicionar 2ml de água destilada para formar uma pasta grossa ¾adicionar lentamente 300mL de ácido sulfúrico concentrado comercial, agitando bem; OBS: A solução sulfocrômica pode ser usada repetidas vezes até que fique com uma coloração esverdeada, depois de certo tempo de uso é aconselhável filtrar a solução sulfocrômica através de lã de vidro colocada no fundo de um funil Eliana F. Ozela 5 Pode-se utilizar também como reagente desengordurante a mistura de 100gramas de hidróxido de potássio em 50 mL de água. Após o resfriamento, completa-se o volume com álcool metílico, para 1000 mL. Para recipientes excepcionalmente sujos, um pó de limpeza, com ação levemente abrasiva, proporcionará melhores resultados. O abrasivo não deverá riscar o vidro. Vidros riscados são mais propensos a quebra durante o uso. Qualquer marca na superfície uniforme do vidro é um ponto de quebra em potencial, especificamente se ele é aquecido. Pode-se ainda remover gordura fervendo a vidraria submersa em uma solução diluída de carbonato de sódio, aproximadamente 5%. Acetona ou outros solventes para gordura podem ser utilizados. Eliana F. Ozela 6 UTILIZAÇÃO DE BALANÇAS ANALÍTICAS A balança analítica é um dos instrumentos mais importantes em um laboratório. Este instrumento, nos últimos anos tem passado por modificações radicais. Estas modificações foram estimuladas pelo desejo de se ter um instrumento mais robusto, menos dependente da experiência do operador, menos susceptível a variações ambientais e de operação mais rápida, ao mesmo tempo garantindo precisão e exatidão nas pesagens. A balança química tradicional, com dois pratos foi substituída pela balança de um prato. Atualmente, é tomada como instrumento padrão de pesagem a balança eletrônica. Este tipo de balança proporciona comodidade na pesagem, maior independência em relação a falhas mecânicas e sensibilidade muito pequena em relação às vibrações. Cuidados que se deve ter na operação de uma balança analítica de um prato e eletrônica ¾O local onde será colocada a balança deverá ser livre de correntes de ar, de incidência direta de luz solar, de muita poeira e elevada umidade; ¾colocar a balança sobre uma base firme evitando ao máximo as vibrações mecânicas; ¾a balança deverá está nivelada; ¾as portas das balanças deverão, sempre que possível,permanecer fechadas; ¾as balanças eletrônicas não devem permanecer desligadas por um longo período de tempo; ¾nunca exceder a carga máxima da balança; ¾manter a balança sempre limpa; ¾nunca pegar com os dedos os objetos a serem pesados; ¾nunca colocar diretamente sobre o prato substâncias químicas ou objetos que possam danificá-lo; ¾um analista pouco experiente nunca deve tentar regular uma balança. Eliana F. Ozela 7 SOLUÇÕES 1. INTRODUÇÃO O preparo das soluções tem grande importância na exatidão das análises, uma solução com concentração diferente da desejada, provoca erros grosseiros e algumas vezes invalida o princípio em que está baseada a determinação. Para que as soluções sejam confiáveis, aconselha-se: ¾Conhecimento preciso do preparo das soluções; ¾Padronização; ¾Controle freqüente das soluções no decorrer do uso; ¾Cuidado com os fatores que afetam a estabilidade. SOLUÇÃO: é uma mistura homogênea constituída de duas ou mais substâncias. A substância que se dissolve é o soluto e a que dissolve o solvente. SOLUÇÃO = SOLUTO + SOLVENTE CONCENTRAÇÃO: é a quantidade de soluto que se encontra dissolvido em determinada quantidade de solvente (alguns autores empregam a palavra título como sinônimo de concentração). A concentração pode ser expressa dos seguintes modos: PORCENTAGEM: é a relação entre o peso ou volume do soluto em 100 mL ou 100 g de solução final. Considera-se quatro casos: Peso em Peso (p /p ): é o número de gramas de substâncias ativa em 100 g de solução final. Exemplo: uma solução a 25% (p/p) contém 25 g de soluto e 75 g de solvente. Peso em Volume ( p/v) : é o número de gramas da solução ativa em 100 mL da solução final. Exemplo: uma solução a 25% (p/v) contém 25g de soluto em um volume final de 100 mL de solução. Volume em Volume ( v/v): é o número de mililitros de substância ativa contida em 100 mL da solução final. Exemplo: uma solução a 25% contém 25 mL de soluto em um, volume final de 100 mL de solução. Volume em Peso (v/p): é o número de mililitro da substância ativa contida em 100 g da solução final. Exemplo: uma solução a 25% contém 25 mL de soluto em 100 g de solução final. NORMALIDADE: a normalidade de uma solução é o número de equivalente-gramas de soluto existente em 1 litro de solução. Por conseguinte, numa solução normal (N), têm-se 1 equivalente-grama de soluto em 1000 mL de volume final Eliana F. Ozela 8 SOLUÇÃO PADRÃO: a análise volumétrica consiste, essencialmente, em determinar o volume de uma solução de concentração exatamente conhecida requerido para reagir quantitativamente com a solução da substância a determinar. As soluções volumétricas de concentração exatamente conhecida são denominadas Soluções Padrões. A análise volumétrica é conduzida de maneira que a adição da solução padrão a solução contendo o constituinte possa ser interrompida ao verificar que todo o constituinte acabou de reagir (através de indicador). A partir do volume de solução padrão gasto na operação é então calculado o peso do constituinte. 2. OBJETIVO Preparar e padronizar as soluções utilizadas em um laboratório nas análises químicas. 3. MATERIAL E MÉTODO O hidróxido de sódio fornecido comercialmente, mesmo o P.A, é contaminado com carbonato e é extremamente higroscópico. Uma solução saturada de NaOH é a melhor fonte para o preparo de soluções mais diluídas. Uma solução saturada de hidróxido de sódio terá 50,1% de NaOH e densidade de 1,53 g / mL A solução de NaOH 0,1N será preparada a partir desta solução. 3.1. PREPARO DA SOLUÇÃO DE HIDRÓXIDO DE SÓDIO 0,1N A PARTIR DA SOLUÇÃO SATURADA DE NaOH ( LIXÍVIA ) 3.1.1. MATERIAIS E EAGENTES MATERIAIS REAGENTES Pipeta graduada de 1,0 mL Solução saturada de NaOH Balão volumétrico de 100 mL Água destilada Pipetador automático Béquer de 50 mL (2) 3.1. 2. CÁLCULOS Calcular o volume de NaOH (concentração igual 50,1% e densidade igual 1,53 g/mL) necessário para preparar 100 mL de solução 0,1N. N = m (grama) Eq. V(litro)u m = N x Eq. x V m = 0,1 x 40 x 0,1 m = 0,4 g Como se está partindo de uma solução 50,1%, a massa de NaOH necessária deverá ser obtida da seguinte relação: 0,4g NaOH --------------------- 50,1 % X ------------------- 100 % X = 50,1 1000,4u X = 0,79 g de solução de NaOH 50,1% Eliana F. Ozela 9 O volume que contém 0,79 g de NaOH, a partir da solução saturada (d=1,53 g /L)) será: d = m V ÎV = m d Î 1,53 0,79 = V V= 0,52 mL. 3.1. 3. MÉTODO Meça 0,52 mL de lixívia em uma pipeta de 1,0 mL. Transfira para o balão volumétrico e complete o volume com água destilada recentemente fervida e resfriada. Ao transferir a solução de NaOH saturada para o balão, aguarde alguns segundos antes do escoamento, pois esta solução é muito viscosa. Após a homogeneização no balão, transfira a solução para o frasco. Não use frascos de vidro com tampa esmerilhada, pois será impossível utilizá-la depois. Use um frasco de vidro com tampa de frasco rosqueável. 3.1. 4. PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE NaOH 0,1N O padrão primário usado para padronização da solução de NaOH é o biftalato de potássio (PM = 204,2 ). Esta substância deverá ser seca a 110 ºC é mantida em pesa filtro no dessecador. 3.1. 5. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Proveta de 50 mL Solução alcoólica de fenolftaleína a 1% Béqueres de 50 mL (2) Solução de hidróxido de sódio 0,1N Erlenmeyer de 250 mL Biftalato de potássio P.A Espátula Bureta de 25 mL Água destilada 3.1. 6. CÁLCULOS Deve-se primeiro calcular a massa do biftalato de potássio necessária para neutralizar 20 mL de solução de NaOH 0,1N. N = m (grama) Eq. V(litro)u m = N x Eq. x V m = 0,1 x 204,2 x 0,02 m = 0,408 g Eliana F. Ozela 10 Em segundo lugar, calcula-se o fator que transformará a concentração aproximada em concentração exata. N = m (grama) Eq. V(litro)u N = 0,408 204,2 0,02. u N = 0,099902 Cálculo do fator de correção fc = N (exata ) N (aproximada fc = 0,099902 0,1. fc = 0,999 (colocar em um rótulo no frasco estas informações) 3 1. 7. MÉTODO Pesar em becker tarado 0,408g de biftalato de potássio. Transferir quantitativamente para um erlenmeyer de 250 ml com auxílio de 20 mL de água destilada. Agite até dissolver todo o biftalato. Adicionar 2 a 3 gotas do indicador fenolftaleína e titular até leve coloração rosa. Realize este procedimento em duplicata. 3.1. 8. REAÇÃO 3.2. PREPARO DA SOLUÇÃO DE NaOH 0,1 N A PARTIR DO NAOH P.A. LENTILHAS 3.2.1. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Espátula Hidróxido de sódio P.A Balão volumétrico de 100 mL Água destilada Funil de vidro Bastão de vidro Béquer de 50 mL COOK COOH + NaOH COOK COONa + H2O Eliana F. Ozela 11 3.2.2. CÁLCULOS Deve-se primeiro calcular a massa do NaOH ( puro ) necessário para preparar 100 ml de solução 0,1 N de NaOH ( Eq = 40 ). N = m (grama) Eq. V(litro)u m = N x Eq x V m =0,1 x 40 x 0,1 m = 0,4 g. 3.2.3. MÉTODO Pese em becker tarado 0,4g de NaOH lentilhas. Transfira quantitativamente para balão volumétrico com auxílio de água destilada fervida recentemente. Complete o restante do volume com água destilada. 3.2.4. PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE NaOH 0,1 N NOTA: Seguir o mesmo procedimento feito para NaOH 0,1 N a partir da solução saturada ( Lixívia ) 3.3. PREPARO DA SOLUÇÃO DE ÁCIDO CLORÍDRICO 0,1 N O HCl P.A. disponível apresenta (37,2 % p/p) (d = 1,19 g/ml ). 3.3.1. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Pipetas graduadade 1,0 mL Ácido clorídrico concentrado Balão volumétrico de 100 mL Água destilada Pipetador automático Béquer de 50 mL (2) 3.3.2. CÁLCULOS Deve-se primeiro calcular a massa de HCl puro necessário para preparar 100 mL de uma solução 0,1 N ( Eq. = 36,5 ). Eliana F. Ozela 12 N = m (grama) Eq. V(litro)u m = N x Eq. x V. m = 0,1 x 36,5 x 0,1 m = 0,365 g Como se está partindo de uma solução 37,2%, a massa de HCl necessária deverá ser obtida da seguinte relação: 0,365 g HCl ------------------- 37,2 % X ------------------- 100 % X = 0,365 100 37,2 u ? X = 0,9811 g O volume que contém,0,9811g de HCl, a partir do HCl com densidade 1,19 g/mL, será: d = m V V = m d V = 1,19 0,9811 V = 0,82 mL. 3.3.3. MÉTODO Adicione cerca de 80 ml de água destilada em um balão volumétrico de 100 mL. Transfira para um becker um volume próximo ao calculado de HCl concentrado ( não use pipeta diretamente no frasco, pois poderá contaminar o restante da solução), por meio de uma pipeta transfira 0,82mL de HCl e transfira para um balão volumétrico de 100 ml. Use um pipetador automático, pois os vapores de HCl são altamente corrosivos. Complete o volume com água destilada. 3.3.4- PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO HCl 0,1 N O padrão primário será o carbonato de sódio (Na2CO3, PM = 106 ) 3.3.5. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Proveta de 50 mL Sol. alcoólica de vermelho de metila 0,2% Bureta de 25 mL Solução de ácido clorídrico P.A Erlenmeyer de 250 mL Carbonato de sódio P.A Béquer de 50 mL Preparação do vermelho de metila 0,2% Vermelho de metila..................0,2g Álcool.......................................60,0 mL Água q.s.p..............................100,0 mL Eliana F. Ozela 13 3.3.6. CÁLCULOS Deve-se primeiro calcular a massa de carbonato de sódio necessária para neutralizar 20 mL de solução de HCl 0,1 N. N = m (grama) Eq. V(litro)u m = N x Eq. x V. m = 0,1 x 53 x 0,02 m = 0,106 g. Em segundo lugar calcula-se o fator que transformará a concentração aproximada em concentração exata. N = m (grama) Eq. V(litro)u N = 0,106 53 0,02u N = 0,1 Cálculo do fator de correção fc = N (exata ) N (aproximada fc= 0,1 0,1 fc = 1,0. 3.3.7. MÉTODO Pesar em béquer tarado 0,106 g de carbonato de sódio. Transferir quantitativamente, para erlenmeyer de 125 ml com auxílio de 20 ml de água destilada. Adicionar algumas gotas de vermelho de metila e titular com HCl 0,1 N até a viragem. Calcular o fator e transferir a solução para um frasco devidamente rotulado. 3.3.7 REAÇÃO Na2 CO3 + 2 HCl 2 NaCl + CO2 + H2O 3.4. PREPARO DA SOLUÇÃO DE TIOSSULFATO DE SÓDIO 0,1 N 3.4.1. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Funil Tiossulfato de sódio P.A Balão volumétrico de 200 mL Água destilada Espátula Béquer de 50 mL Eliana F. Ozela 14 3.4.2. CÁLCULOS Deve-se primeiro calcular a massa de tiossulfato de sódio necessário para preparar 200 ml de solução 0,1 N de tiossulfato ( Eq = 246 ).. N = m (grama) Eq. V(litro)u m = N x Eq. x V m = 0,1 x 246 x 0,2 m = 4,92 g. 3.4.3. MÉTODO Pese 0,492g de tiossulfato de sódio e transfira quantitativamente para um balão volumétrico com auxílio de água destilada, completando o restante do volume com água destilada 3.4.4. PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE TIOSSULFATO DE SÓDIO 0,1 N O padrão primário utilizado para padronização da solução de Na2S2O3 é o dicromato de potássio (PM = 294). 3 4 5. PREPARO DA SOLUÇÃO DE DICROMATO DE POTÁSSIO 0,1 N 3.4.6. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Funil de vidro Dicromato de potássio P.A Balão volumétrico de 100 mL Água destilada Béquer de 50 mL Bastão de vidro 3.4.7. CÁLCULOS: Deve-se primeiro calcular a massa de dicromato necessária para preparar 100 ml de solução 0,1 N. N = m (grama) Eq. V(litro)u m = N x Eq. x V m= 0,1 x 49 x 0,1 m = 0,49 g Eliana F. Ozela 15 3.4.8. MÉTODO Pesar 0,49 de dicromato de potássio. A solução sendo preparada com o máximo rigor é uma solução padrão do tipo direta. Transferir quantitativamente para um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com água destilada. 3.4.9. REAÇÕES 6 KI + K2Cr2O7 + 14 HCl 3 I2 + 8 KCl + 2 CrCl3 + 7 H2O (1) I2 + 2 Na2S2 O3 . 5 H2O Na 2 S4 O6 + 2 Na I + 10 H2O (2) Na equação (1), a variação de carga que ocorre com dicromato de potássio é a seguinte: K2 Cr2+3 O7..............................................2 Cr+3 Cl3 Nº de Oxidação = 2 x 3 = 6 Eq. = PM / 6 = 294 / 6 = 49 3 4.10 MATERIAIS E REAGENTES PARA A PADRONIZAÇÃO MATERIAIS REAGENTES Buretas de 25 mL (2) Solução de dicromato de potássio 0,1N Erlenmeyer de 250 mL HCl concentrado Pipeta de 5 mL Solução de amido a 1% Proveta de 100 mL Iodeto de potássio 10 % Solução de tiossulfato de sódio 0,1N 3.4.11. MÉTODO DA PADRONIZAÇÃO Transferir através de uma bureta 20 ml de solução de dicromato de potássio 0,1 N para um erlenmeyer de 250 mL com tampa. Adicionar 5 mL de HCl concentrado e 10 mL de iodeto de potássio a 10 %. Titular com solução de tiossulfato de sódio 0,1 N, adicionando o indicador ( solução de amido a 1 %) nas proximidades do ponto de equivalência. 3.4.12. CÁLCULOS Agora calcula-se o fator que transformará a concentração aproximada em concentração exata, colocando no frasco um rótulo com estas informações. Supondo-se que se tenha pesado 0,5002 g de dicromato de potássio então será: fc = 0,5002 0,49 fc = 1,02 E a normalidade do dicromato de potássio então será: 0,1 x 1,021 = 0,1021 N Eliana F. Ozela 16 Supondo-se que tenham sido gastos na bureta 19,9 ml de tiossulfato de sódio 0,1 N, pode-se determinar a sua normalidade exata pelo princípio da equivalência. Nº Eq. do tiossulfato = Nº Eq. do dicromato N1 x V1 = N2 x V2 N1 x 19,9 = 20 x 0,1021 N1 = 0,1026 O fator de correção da solução será então: fc = 0,1026 0,1 fc = 1,026 OBSERVAÇÃO : a adição do amido se dá pelo fato de que o iodo (I2) liberado na equação (1) na presença do iodeto, combina -se com a amilose do amido na forma do radical [I3], formando um complexo de azul interno no interior da mólécula. Na reaçaõ com tiossulfato a coloração azul desaparece, indicando ser este o ponto de eqquivalência. A solução de amido deve ser adicionada no final da titulação a hidrólise expressiva e a coloração oriunda do composto [I3] e amilose será prejudicada. Eliana F. Ozela 17 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE EM ALIMENTOS 1. INTRODUÇÃO A determinação da matéria seca é o ponto de partida da análise dos alimentos. É de grande importância, uma vez que a preservação do alimento pode depender do teor de umidade presente no material e, além disso, quando se compara o valor nutritivo de dois ou mais alimentos, temos que levar em consideração os respectivos teores de matéria seca. Usualmente o conteúdo de água de um alimento é expresso pelo valor obtido na determinação da água total contida no alimento. Entretanto, esse valor não nos fornece indicações de como está distribuída a água nesse alimento como também não permite saber se toda a água está ligada do mesmo modo ao alimento. A água contida nos alimentos encontra-se sob duas formas: livre e combinada. A água livre é a que se encontra fracamente ligada ao substrato, e que funciona como solvente, permitindo o crescimento dos microorganismos e reações químicas e que é eliminada com relativa facilidade, por outro lado a água combinada está fortemente ligada ao substrato, maisdifícil de ser eliminada e que não é utilizável como solvente, portanto, não permite o desenvolvimento de microrganismos e retarda as reações químicas. A umidade se caracteriza pela perda de peso sofrida pelo produto quando aquecido em condições nas quais a água é removida. Para isso é necessário termos certeza de que o que está sendo evaporado é somente a água, os componentes restantes não devem ser eliminados. Geralmente a determinação de água em alimentos é efetuada por métodos de secagem, que na maioria das vezes são rápidos e permitem a determinação de várias amostras ao mesmo tempo. No entanto, deve ser dada atenção aos possíveis erros que poderão ocorrer na determinação e que causarão alteração dos resultados. As principais fontes de erros são: secagem incompleta, oxidação do material, erros de amostragem, erros de pesagem e erros do observador. Dessa forma, a amostra deverá ser representativa do lote. Se a amostragem não é feita dentro de técnicas adequadas, não se pode ter confiança, nos resultados. Os métodos para determinação de umidade podem ser divididos em diretos e indiretos. MÉTODOS INDIRETOS Esses utilizam uma propriedade da amostra que varia com o seu teor de umidade. Exemplos: métodos baseados nas propriedades dielétricas da amostra em estudo, na resistência elétrica ou na condutividade. Todos esses se fundamentam no fato das propriedades dielétricas, da resistência elétrica ou da condutividade da amostra variar de acordo com o seu teor de umidade. MÉTODOS DIRETOS Vários são os métodos diretos empregados para determinação de umidade, dentre eles citaremos: Destilação com líquidos imiscíveis, balança infra - vermelho, Karl Fischer e estufa. Eliana F. Ozela 18 DESTILAÇÃO COM LIQUÍDOS IMISCÍVEIS Este método se aplica a alimentos que possuem uma grande porcentagem de substâncias voláteis a 105ºC. A água deve ser retirada da amostra por destilação contínua, com solvente imiscível, e coletada num tubo graduado. BALANÇA INFRA - VERMELHO O princípio de funcionamento da balança é o aquecimento direto através de raios infra - vermelhos. Eliana F. Ozela 19 KARL FISCHER O reagente de Karl Fischer é constituído por uma mistura de iodo, dióxido de enxofre e piridina em metanol, numa única solução ou em duas soluções separadas: uma contendo iodo em metanol e, outra, contendo piridina e dióxido de enxofre em metanol. As soluções separadas são mais estáveis e reconstituem o reagente pela simples mistura de ambas. Com este reagente podem ser determinadas pequenas quantidades de água. Se bem que o método não seja universalmente aplicável, as limitações de dosagem diretas podem ser contornadas pelo tratamento preliminar adequado da amostra. O reagente não é estável e deve ser padronizado diariamente. O ponto final da reação é verificado eletrometricamente. O método de Karl Fischer não pode ser usado para produtos que contenham substâncias que reajam com iodo. ESTUFA COMUM - ESTUFA Á VÁCUO É considerado um método tradicional e que apresenta resultados de grande confiabilidade. Dependerá da natureza do produto a escolha da estufa a ser utilizada. Para produtos que possuem substâncias que se volatilizam facilmente usa - se a estufa à vácuo onde a pressão é controlada (geralmente 25 mm Hg) e a temperatura quase não ultrapassa 70ºC. Então existem produtos onde não se deve usar a secagem em estufa a 105ºC, porque além da água são liberados os voláteis evaporáveis a 105ºC. Para esses tipos de produtos devemos usar 65ºC / 72h com circulação de ar. Como esse método é muito demorado, ele não é muito utilizado, com a estufa a vácuo o processo é mais rápido: 60 - 65ºC / 5h. Quando retiradas da estufa as amostras deverão ser levadas ao dessecador, pois amostras ainda quente provocam corrente de convecção, prejudicando a precisão da pesagem. 2. OBJETIVO Determinar o teor de água contida nos alimentos Eliana F. Ozela 20 3. MATERIAIS Placa de petre. Espátula Estufa a 105ºC. Dessecador com cloreto de cálcio anidro Balança analítica. 4. MÉTODO Pese de 1 a 5g da amostra em placa de petre tarada, previamente aquecida em estufa a 105ºC, por 1 hora, resfriada em dessecador até temperatura ambiente e pesada. Aqueça em estufa a 105ºC por 3 horas. Resfrie em dessecador até a temperatura ambiente. Pese. Repita as operações de aquecimento e resfriamento até peso constante. 5. CÁLCULOS A = peso da placa de petre B = peso da placa de petre + amostra úmida C = peso da placa de petre + amostra seca B - A = X C – A = Y . Montar regra de três: X � 100 % Y � % de amostra seca onde: X = Nº de gramas de amostra pesada Y= Nº de gramas obtida após a secagem OBS: Para se obter a porcentagem da umidade, subtrair o resultado de 100% Eliana F. Ozela 21 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CINZAS EM ALIMENTOS 1. INTRODUÇÃO Cinza ou resíduo mineral é o produto que se obtém após o aquecimento de uma amostra, a temperatura de 500 a 600 ºC, ou seja até o aquecimento ao rubro, porém, não superior a 600ºC, durante quatro horas ou até a combustão total da matéria. Por meio do aquecimento, em temperatura elevada, todas as substâncias voláteis que se decompõem pelo calor serão eliminadas e a matéria orgânica é toda transformada em CO2 e H2O. As cinzas deverão ficar brancas ou ligeiramente acinzentadas caso contrário esfriar, adicionar 0,5 ml de água secar e incinerar novamente. Algumas amostras contendo sais de metais alcalinos, que retêm proporções variáveis de dióxido de carbono nas condições da incineração são tratadas inicialmente, com solução de carbonato de amônio ou ácido sulfúrico diluído e, após secagem do excesso de reagente, aquecidas e pesadas. O resíduo é então denominado cinzas carbonatadas ou cinzas sulfatadas respectivamente. O teor de cinza pode permitir às vezes, uma estimativa da riqueza em cálcio e fósforo do alimento analisado quando se trata de certos produtos como farinha de ossos de origem marinha. Todavia, quando se trata de produtos vegetais (forrageiras, rações, cereais, etc), a determinação de cinza tem relativamente pouco valor. Isto porque o teor de cinza oriunda de produtos vegetais nos dá pouca informação sobre sua composição, uma vez que seus componentes em minerais, são muito variáveis. A cinza nos alimentos contém principalmente, os seguintes cátions: Cálcio, potássio, sódio, magnésio, ferro, cobre, cobalto, alumínio e ânions: sulfato, cloreto, silicato, fósforo, etc. 2- OBJETIVO Identificar as cinzas presentes em alimentos, ou seja em elementos minerais contidos no mesmo. 3- MATERIAIS Espátula Cadinho de porcelana Forno mufla a 550ºC Dessecador com sílica gel Balança analítica 4- MÉTODO Pesar de 1 a 5 gramas da amostra em cadinho de porcelana, previamente aquecido em mufla a 550ºC resfriada em dessecador até a temperatura ambiente e pesado; carbonize em temperatura baixa 200ºC e incinere em mufla a 550ºC, resfrie em dessecador até a temperatura ambiente e pese. Repita as operações de aquecimento e resfriamento até peso constante. Eliana F. Ozela 22 5- CÁLCULO A = peso do cadinho Montar regra de três: B = peso do cadinho + amostra C = peso do cadinho = resíduo B - A ------ 100% C - A ------ % de cinzas Onde: B - A = Nº de gramas de amostra pesada C – A = Nº de gramas obtida após calcinação Eliana F. Ozela 23 DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ EM ALIMENTOS A medida de acidez em alimentos fornece uma avaliação do estado de conservação de um produto ou matéria prima. Processos de decomposição geralmente afetam a concentração de ácidos, tanto potencial como ativa. A acidez em alimento por ser estimada facilmente, através da titulação de amostras devidamente preparadas com soluçãode hidróxido de sódio padronizadas, utilizando fenolftaleína como indicador. Para determinação titulométrica da acidez, existem dois métodos básicos. Acidez total titulável e acidez volátil. Os resultados são sempre expressos em termos do ácido predominante no alimento que está sendo analisado. Em amostras contendo pigmentos, principalmente antocianinas de coloração vermelha, a melhor opção é o uso do pHmetro. 1. DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ TOTAL, FIXA E VOLÁTIL EM BEBIDAS ALCOÓLICAS FERMENTO - DESTILADAS 1.1. DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ TOTAL EM VINHOS 1.1.1. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Pipeta volumétrica de 10 mL Sol. alcoólica de fenolftaleína a 1 % Erlenmeyer de 250 mL Bureta de 25 mL Sol. de hidróxido de sódio 0,1N ou 0,01 N 1.1.2. MÉTODO Transfira com auxílio de uma pipeta, 10 mL do vinho para um frasco erlenmeyer de 250 mL. Adicione 2 gotas do indicador fenolftaleína. Titule com solução de hidróxido de sódio 0,1N ou 0,01N até coloração rósea. 1.1.3. CÁLCULO V fc N PE 100 A 1000 u u u u u ácido Tartárico % p/v Onde: V = nº de mL de solução de NaOH gasto na titulação fc = fator da solução de hidróxido de sódio PE = peso equivalente do ácido tartárico( PM= 150,1 ; PE = 75,,05) N = concentração da solução de NaOH A.= Nº de mL da amostra Eliana F. Ozela 24 1.2. DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ FIXA EM VINHO 1.2.1. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Pipeta volumétrica de 10 mL Sol. de hidróxido de sódio 0,1 N ou 0,01 N Cápsula de porcelana de 100 mL Erlenmeyer de 250 mL Sol. de fenolftaleína alcóolica 1 % Álcool etílico neutralizado Proveta de 100 mL Bureta de 25 mL Água destilada neutralizada 1.2.2. MÉTODO Transfira com o auxílio de uma pipeta 10 mL do vinho para uma cápsula de porcelana. Evapore em banho-maria até a secagem. Aqueça em estufa a 100ºC, por uma hora. Dissolva e transfira o resíduo para um frasco erlenmeyer de 250 mL, com o auxílio de 30 mL de álcool etílico neutralizado e 50 mL de água neutralizada. Adicione 2 gotas do indicador fenolftaleína. Titule com solução de hidróxido de sódio 0,1N ou 0,01N até coloração rósea. 1.2.3. CÁLCULO V fc N 100 A u u u acidez fixa em solução normal % v/v. Onde: V = nº de mL de solução de NaOH gasto na titulação fc = fator da solução de hidróxido de sódio N = concentração da solução de NaOH A =.nº de mL. da amostra . 1.3. DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ VOLÁTIL Subtraia o nº de mL de solução normal por cento v/v, obtido em “Acidez Total”, do nº de mL de solução normal por cento v/v, obtido em “ Acidez Fixa”, considere a diferença como volume gasto em mL e aplique o cálculo. 1.3.1. CÁLCULO A � B = volume gasto em Acidez volátil A = nº de mL de solução normal ( Acidez Total) B = nº de mL de solução normal ( Acidez Fixa) V fc N PE 100 A 1000 u u u u u ácido acético % p/v Eliana F. Ozela 25 Onde: V = A-B fc = fator da solução de hidróxido de sódio PE = peso equivalente do ácido acético (PE = 60) N = concentração da solução de NaOH A.= Nº de mL da amostra 2. DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ TOTAL EM REFRIGERANTES As amostras de refrigerantes deverão ser diluídas, e todo o dióxido de carbono (CO2) eliminado, a fim de que não haja interferência. 2.1. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Beckeres de 50 mL (2) Sol. de hidróxido de sódio 0,1 N ou 0,01 N Erlenmeyer de 250 mL (2) Bureta de 25 mL Sol. de fenolftaleína alcoólica 1 % Pipeta volumétrica de 10 mL Balões volumétricos de 50 e 100 mL 2.2. MÉTODO Retirar o gás do refrigerante. Medir 50 mL do refrigerante em um balão volumétrico e transferir para outro balão volumétrico de 100mL completando o volume com água destilada. Transferir a solução para um erlenmeyer de 250 mL. Agitar bastante a solução, com ligeiro aquecimento em banho - maria, a fim de eliminar o CO2 presente. Retirar uma alíquota de 10 mL e transferir para erlenmeyer de 250 mL, adicionar algumas gotas de fenolftaleína, e titular com solução de hidróxido de sódio 0,1N ou 0,01N até leve coloração rósea. 2.3. CÁLCULO u u uuuu 50 100 1000A 100PENfcV acidez em ác. predominante % p/v Onde: V = nº de mL de solução de NaOH 0,1N ou 0,01N gasto na titulação fc = fator da solução de hidróxido de sódio PE = peso equivalente do ácido predominante N = concentração da solução de NaOH A acidez é expressa em porcentagem de ácido fosfórico para o refrigerante tipo cola (H3PO4, PM = 98, PE = 49) ou ácido cítrico para guaraná (PM =192,2; PE = 64,06); predominante na amostra. Eliana F. Ozela 26 3. DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ TOTAL EM SUCOS 3.1 MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Pipeta volumétrica de 10 mL Sol. de hidróxido de sódio 0,1 N ou 0,01N Erlenmeyer de 250 mL Bureta de 25 mL Sol. de fenolftaléina alcóolica 1 % 3.2. MÉTODO Medir 10 mL do suco em uma pipeta, transferir para erlenmeyer de 250 mL, adicionar algumas gotas de fenolftaleína, e titular com solução de hidróxido de sódio 0,05N até leve coloração rósea. 3.3. CÁLCULO V fc N PE 100 A 1000 u u u u u acidez em ác. predominante, % p/v Onde: V = nº de mL de solução de NaOH 0,05N gasto na titulação fc = fator da solução de hidróxido de sódio 0,05N PE = peso equivalente do ácido N = concentração da solução de NaOH 3.4. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Pipetas volumétricas de 10 mL Balão volumétrico de 100 mL Bureta de 25 mL Solução alcoólica de fenolftaleína a 1% Solução de hidróxido de sódio 0,1N ou 0,01N 3.5. MÉTODO Medir 10 mL do suco em uma pipeta, colocar em um balão volumétrico e completar o volume com água destilada. Retirar uma alíquota de 10 mL e transferir para erlenmeyer de 250 mL, adicionar algumas gotas de fenolftaleína, e titular com solução de hidróxido de sódio 0,1 ou 0,01N até leve coloração rósea. 3.6. CÁLCULO u u uuuu 10 100 1000A 100PENfcV acidez em ác. predominante, % p/v Eliana F. Ozela 27 Onde: V = nº de mL de solução de NaOH gasto na titulação fc = fator da solução de hidróxido de sódio PE = peso equivalente do ácido predominante N = concentração da solução de NaOH Principais ácidos predominantes em alguns sucos de frutas SUCOS Ácido Predominante – PE Laranja Cítrico - (PM = 192,2) - PE = PM /3 Limão Cítrico Maçã Málico - (PM = 134,1) - PE = PM/2 Maracujá Cítrico Tomate Cítrico Uva Tartárico - (PM = 150,1) - PE = PM/2 Manga Cítrico Caju Ascórbico (PM = 176,13); (PE = PM/8) Goiaba Málico Abacaxi Ascórbico 4. DETERMINAÇÃO DE ACIDEZ EM IOGURTE 4.1. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Pipetas volumétricas de 10 mL Balão volumétrico de 100 mL Bureta de 25 mL Erlenmeyer de 250 mL Béquer de 50 mL (2) Bastão de vidro Solução alcoólica de fenolftaleína a 1% Solução de hidróxido de sódio 0,1N ou 0,01N 4.2. MÉTODO Pesar em béquer 10 mL de iogurte, transferir com o auxílio de água destilada para um balão volumétrico e completar o volume com água destilada. Retirar uma alíquota de 10 mL e colocar em erlenmeyer de 250 mL, adicionar algumas gotas de fenolftaleína, e titular com solução de hidróxido de sódio 0,1 ou 0,01N até leve coloração rósea. 4.3. CÁLCULO 4.3.1. ACIDEZ EM SOLUÇÃO NORMAL % u uuu 10 100100NfcV A acidez em solução N % Eliana F. Ozela 28 Onde: V = nº de mL de solução de NaOH gasto na titulação fc = fator da solução de hidróxido de sódio N = concentração da solução de NaOH A = nº de gramas de amostra 4.3.2. ACIDEZ EM ÁCIDO LÁTICO u u uuuu 10 100 1000A 100PENfcV ácido lático % Onde: V = nº de mL de solução de NaOH gasto na titulação fc = fator da solução de hidróxido de sódio N = concentração da solução de NaOH A = nº de gramas de amostra PE = peso equivalente do ácido lático = 90 4.3.3. ACIDEZ EM GRAUS DORNIC 0,01% ácido lático ---------- 1°DORNICX ---------- Y Onde: X = valor encontrado na determinação de ácido lático % 4.4. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Erlenmeyer de 125 mL Béquer de 50 mL (2) Bureta de 25 mL Solução alcoólica de fenolftaleína a 1% Solução de hidróxido de sódio 0,1N ou 0,01N 4.5. MÉTODO Pesar em erlenmeyer de 125 mL, 10gramas de iogurte, adicionar algumas gotas de fenolftaleína, e titular com solução de hidróxido de sódio 0,1N ou 0,01N até leve coloração rósea. 4.6. CÁLCULO 4.6.1. ACIDEZ EM SOLUÇÃO NORMAL % u uuu 10 100100NfcV A acidez em solução N % Eliana F. Ozela 29 Onde: V = nº de mL de solução de NaOH gasto na titulação fc = fator da solução de hidróxido de sódio N = concentração da solução de NaOH A = nº de gramas de amostra 4.6.2. ACIDEZ EM ÁCIDO LÁTICO u u uuuu 10 100 1000A 100PENfcV ácido lático % Onde: V = nº de mL de solução de NaOH gasto na titulação fc = fator da solução de hidróxido de sódio N = concentração da solução de NaOH A = nº de gramas de amostra PE = peso equivalente do ácido lático = 90 4.6.3. ACIDEZ EM GRAUS DORNIC 0,01% ácido lático ---------- 1°DORNIC X ---------- Y Onde: X = valor encontrado na determinação de ácido lático % Eliana F. Ozela 30 DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS 1. INTRODUÇÃO A determinação de proteínas baseia-se na determinação de nitrogênio. O nitrogênio é o elemento de propriedades mais distintas presentes nas proteínas. O teor de nitrogênio em materiais biológicos não provém somente das proteínas, mas também de outros componentes como ácido nucléicos, aminas, carboidratos e lipídeos substituídos por radicais nitrogenados. No entanto a medida de nitrogênio é geralmente, uma boa estimativa do conteúdo de proteína de materiais biológicos. 2. OBJETIVO Quantificar o teor de proteínas presente no alimento 3. MÉTODO DE KJELDAHL PARA DOSAGEM DE NITROGÊNIO 3.1. Princípio As proteínas e outros compostos nitrogenados na presença do ácido sulfúrico concentrado, a quente , contendo catalisadores produzirá sulfato de amônio que na presença de hidróxido de sódio, libera NH3 que é recebido na solução de ácido bórico. A amônia, na solução de ácido bórico, é titulada com ácido clorídrico ou sulfúrico de título conhecido. 3.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS O método de Kjeldahl descrito inicialmente há quase um século, tem passado por modificações e desde então, até hoje é o mais amplamente adotado e o mais indicado para amostras de origem biológica. No método de Kjeldahl determina-se o nitrogênio contido na matéria orgânica, incluindo o nitrogênio protéico propriamente dito e outros compostos nitrogenados não protéicos, tais como: aminas, amidas, lecitinas, nitrilas e aminoácidos. Neste caso, o resultado será dado como proteína bruta. Logo o valor do nitrogênio encontrado deverá ser multiplicado pelo fator 6,25 para transformá-lo em proteína bruta. O método é dividido em três etapas: 1ªfase- DIGESTÃO Onde o nitrogênio orgânico é transformado em amônia e os compostos orgânicos são convertidos em C02, H20 etc. A amostra é colocada no balão de Kjeldahl embrulhada em papel impermeável, juntamente com a mistura digestora e o H2SO4, aquecer, possivelmente as reações abaixo são observadas: O carbono contido na matéria orgânica é oxidado e o CO2 se desprende, e no final da digestão o material fica completamente claro depois de passar por uma fase bastante escura, Eliana F. Ozela 31 no início da digestão. Além dos grupamentos protéicos, existe nitrogênio sob forma de amina, amida e nitrila, que é transformado em NH3. Este NH3 formado reage com H2SO4, formando sulfato de amônio (NH4)2SO4, conforme indicam as reações. O sulfato de amônio, que fica no balão, ao se esfriar, forma cristais. Reações 2ª fase DESTILAÇÃO É a fase que sucede a digestão. Pode ser feita por aquecimento direto ou por arraste a vapor, sendo preferível este último. O sulfato de amônio é tratado com NaOH (1+1). Em excesso, ocorrendo a liberação do NH3. Ao se adicionar o NaOH (1+1), devem-se usar algumas gotas de fenolftaleína, no destilador, para garantir um ligeiro excesso de base. O NH3 desprendido é então recebido em um erlenmeyer contendo H3BO3 (fixa o NH3) com indicador, previamente adaptado ao conjunto de destilação. Considera-se terminado o processo, quando todo o NH3 já se desprendeu. O H3BO3 + indicador que, no início, era de cor rosa, adquire a cor verde, à medida que se vai formando o NH4H2BO3. Reações: (NH4)2 SO4 + 2NaOH 2NH4OH + Na2SO4 ' NH4OH NH3 + H2O NH3 + H3BO3 NH4H2BO3 3ª fase- TITULAÇÃO É a última fase NH4H2BO3 (borato de amônio) é titulado com uma solução padrão HCl 0,02N com fator conhecido até viragem do indicador, fazer a titulação, duas horas no máximo, após a destilação, pois o NH3 está fracamente ligado ao H3BO3. Reação: NH4+ + H2BO-3 . + HCl H3BO3 + NH4Cl Matéria Orgânica H2SO4 SO2 + CO2 H2O+ R__ NH2+ NH2__R H2O+ H2SO4 R-OH + NH3 O NH2R + H2O H+ R O OH + NH3 2NH3 + H 2SO4 ( NH4)2SO4 Eliana F. Ozela 32 Finalidades da Mistura Digestora O sulfato de sódio ou de potássio contido nesta mistura tem a finalidade de elevar o ponto de ebulição do ácido sulfúrico de 180°C para aproximadamente 400°C, e pela formação de S2O7 tornar a digestão mais rápida. O sulfato cúprico e o selênio são catalizadores, transformam o oxigênio e o ativam (oxigênio ativo) tornando-o de maior poder de oxidação. Equações químicas do método H2SO4; K2SO4; Na2SO4 Amostra (NH4)2 + CO2 + SO2 + SO3 + H2O) Cu++; Hg++; Se; H2O2 (NH4)2SO4 + 2NaOH Na2SO4 + 2NH3 + H2O NH3 + H2SO4 (NH4)2SO4 H2SO4 em excesso + 2 NaOH padronizada Na2SO4 + 2H2O 3.3. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Digestor e Destilador de Kjeldahll Papel manteiga ou de filtro Espátula Pipeta graduada 1mL Pipeta volumétrica de 1 mL Erlenmeyer de 50 mL Proveta de 50 mL Ácido sulfúrico concentrado Solução de hidróxido de sódio (1+1) Solução de ácido bórico (H2BO3) 2% Solução de ácido clorídrico 0,01N 3.4. PREPARAÇÃO DOS REAGENTES Mistura catalítica ^ dióxido de titânio, sulfato de cobre e sulfato de potássio (0,3 : 0,3 : 6 ). Mistura catalítica ^sulfato de potássio ou sódio anidro,sulfato de cobre, selênio Metálico em pó (100 : 1 : 0,8) Reagente de Nessler: Hidróxido de sódio........................14,3g Água..............................................95,0ml Iodeto de mercúrio vermelho...........5,0g Eliana F. Ozela 33 Indicador: Vermelho de metila ................................0,5g Vermelho de bromocresol ......................0,75g Alcool etilíco........................................100,0ml 3.5. MÉTODO Pesar de 100 a 200 mg de amostra seca ao ar e embrulhada em papel impermeável ou de filtro, introduzindo o embrulho no tubo de ensaio de Kjeldahl de 100mL. Adicionar a seguir de 1 grama da mistura catalizadora ou digestora e 5 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado. Aquecer o balão moderadamente, no início, evitando a formação de espuma e depois fortemente, até que o conteúdo do balão fique claro. Aquecer então 40 minutos, tendo o cuidado de não deixar que a chama, se for o caso, atinja o nível superior do líquido. Deixar esfriar e adicionar 70mL de água destilada. Agitar transferir com pipeta volumétrica uma aliquota de 20mL da solução digestora imediatamente para o conjunto de destilação e adicionar de 10 ml de NaOH (1+1). Num erlenmeyer de 50 ml colocar 20 ml de solução de H2BO3 2% + indicador e adaptar ao conjunto de destilação para receber o NH3.A ponta do condensador deve ser introduzida na solução, afim de evitar perda da amônia. A velocidade do destilado deve ser entre 4 e 5 mL/min. Destilar o conteúdo, até que algumas gotas de destilação não apresentem reação com o reativo de Nessler (K2HgI4), o que indicará o fim da destilação. O volume do destilado é aproximadamente 40 ml. Lavar a ponta do condensador com água destilada, assim como as paredes superiores do erlenmeyer e titular com HCl 0,01N SV de título conhecido. Deve-se fazer dois testes em branco com o objetivo de eliminar a interferência e contaminação dos reagentes, assim como o papel usado. O teste em branco é feito sempre que novos reagentes são preparados. BLOCO DIGESTOR DE KJELDAHL Eliana F. Ozela 34 DESTILADOR DE KJELDAHL TITULAÇÃO 3.6. Cálculo: 20 75 1000 A 100 14 Fc N VB)-(VA %N u uuuu onde: V = volume gasto na amostra – volume gasto no branco N = normalidade do HCl Fc = fator de correção do HCl A = peso da amostra em grama % de proteína = % de N x 6,25 fatores comuns para transformar teor de nitrogênio em proteínas são 6,25 para leguminosas (100 y 16), 6,38 para leite (100 y 15,6), 5,7 para trigo (100 y 17,6). Eliana F. Ozela 35 ANÁLISE DE CARNE 1- CARACTERÍSTICA ASPECTO- Uniforme, sem acúmulo sanguíneo, corpos estranhos, etc. COLORAÇÃO - Uniforme, sem manchas escuras ou zonas claras, variando de vermelho rosado ao vermelho pardo. Com o envelhecimento há escurecimento da superfície que progressivamente torna-se acinzentada ou esverdeada pela ação de microorganismos. CONSISTÊNCIA - Normalmente é firme, compacta e elástica. No início da putrefação a superfície torna-se viscosa ou limosa e a carne perde a firmeza. ODOR - Suave, agradável e característico em carnes sãs, tornando-se amoniacal e depois fétido. 2- OBJETIVO Determinar o estado de conservação da carne. 3- MÉTODOS 3.1. PREPARO DA AMOSTRA De modo geral as “carnes frescas” como são entregues ao consumo, são analisadas em relação as suas características organolépticas, classificação e presença de conservantes. Na preparação da amostra para análise é importante lembrar que, para ser conseguida uma homogeneidade, é preciso retirar ossos, peles, passar por picador de carnes e então misturar em gral. Em certos casos, é necessário repetir algumas vezes todo o processo. A amostra homogeneizada deve ser guardada ao abrigo da umidade, em refrigerador. Durante as pesagens é aconselhável o uso de recipientes com tampa, a fim de evitar perda de umidade durante as mesmas. 3.2. PROVA DA FILTRAÇÃO 3.2.1. FUNDAMENTO Baseia-se no volume de extrato aquoso obtido por filtração em papel de filtro de porosidade padronizada e em tempo padronizado 3.2.2. MATERIAIS Erlenmeyer de 250 ml com rolha esmerilhada Funil grande Papel de filtro Whatman nº 1 ou equivalente Béquer de 50 e 600 ml 3.2.3. MÉTODO Colocar 10g da amostra homogeneizada em erlenmeyer, com rolha esmerilhada. Adicionar 100 ml de água destilada recente. Fechar e agitar vigorosamente por 15 minutos, com intervalos de repouso. Lançar o líquido e os fragmentos da carne, de uma só vez, em Eliana F. Ozela 36 funil com capacidade não inferior que 150 ml e com papel de filtro Whatman nº 1 ou similar. Medir o tempo de filtração. TEMPO DE FILTRAÇÃO 5 minutos: carne fresca e sã, boa para consumo 6 - 10 minutos: carne de média conservação. 10 minutos ou mais: carne suspeita, provavelmente alterada. OBSERVAÇÃO - Os produtos solúveis de proteólise bacteriana condicionam a lentidão da filtração. ASPECTO DO FILTRADO O filtrado da carne sã é límpido, róseo - claro, cheiro sui generis e com reação ácida. Na carne alterada o filtrado é turvo, de tonalidade groselha mais ou menos acentuada, reação alcalina e odor amoniacal ou sulfídrico. 3.3. DETERMINAÇÃO DO pH 3.3.1.MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Béquer de 50 ml Bastão de vidro pHmetro Solução tampão pH 4,0 Solução tampão pH 7,0 3.3.2. MÉTODO Misturar 50 g de amostra homogeneizada com 10 ml de água destilada recente para possibilitar a penetração do eletrodo. Ajustar o pHmetro com solução tampão pH 7 e fazer a leitura da amostra. INTERPRETAÇÃO pH de 5,8 a 6,2 - carne boa para consumo pH 6,4 - apenas para consumo imediato ( limite crítico para consumo) pH acima de 6,4 - início de decomposição. 3.4. PROVA DE COCÇÃO 3.4.1. MATERIAL Béquer de 250 ml Vidro de relógio Placa aquecedora Eliana F. Ozela 37 3.4.2. MÉTODO Em béquer de 250 ml colocar em torno de 20 g de amostra, cobrir bem com água destilada e tapar o béquer com vidro de relógio. Aquecer, até o início dos primeiros vapores e perceber o odor dos vapores produzidos. O odor amoniacal ou sulfídrico é facilmente identificado. Deixe ferver por mais 5 minutos e observar as características do caldo e da carne. A consistência da carne deve ser firme e o sabor deve ser próprio. 3.5. PROVA PARA GÁS SULFÍDRICO (H2S) OU PROVA DO PLUMBITO 3.5.1. FUNDAMENTO Baseia-se na decomposição dos aminoácidos sulfurados com liberação de enxofre. Este em meio ácido transforma-se em H2S e que combinado com acetato de chumbo produz sulfeto de chumbo que enegrece o papel. 3.5.2. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Erlenmeyer de 125 ml Pipetas graduadas de 5 mL Papel de filtro Barbante Garra Banho-maria Solução de plumbito de sódio Solução de acetato de chumbo 3.5.3. REAGENTES Solução de plumbito de sódio Solução saturada de acetato de chumbo...........5 ml Solução de hidróxido de sódio a 10 %..............até dissolver o precipitado Solução de acetato de chumbo Acetato de chumbo a 5%...............................100 ml Ácido acético glacial.......................................1 ml 3.5.4. MÉTODO Transfira 10 g da amostra homogeneizada para um frasco erlenmeyer de 125, adicione 10 ml de água ml, agite.. Feche com um pedaço duplo de papel de filtro embebido na solução de plumbito de sódio. Coloque o frasco em banho - maria de modo que o fundo do frasco fique a 3 cm acima do nível da água. Aqueça por 10 minutos. O aparecimento de mancha preta no papel de filtro indica a presença de gás sulfídrico. (Considere em bom estado de conservação - reação negativa - as amostras que derem uma reação de gás sulfídrico inferior à Eliana F. Ozela 38 produzida por 0,1 mg de Na2S.9H2O em meio ácido, que corresponde a 0,014 mg de H2S, nas mesmas condições do método adotado. OBSERVAÇÃO: Em lugar da solução de plumbito de sódio pode-se usar a solução de acetato de chumbo. 3.6. PROVA PARA SULFITO 3.6.1. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Cápsula de porcelana Pipeta de 5 ml Espátula Solução alcoólica verde de malaquita a 0,02% 3.6.2.MÉTODO Transfira 3,5 g da amostra para uma cápsula de porcelana. Junte 0,5 ml da solução de verde malaquita a 0,02 %. Misture, com o auxílio da espátula, por 1 a 2 minutos. A presença de sulfito na amostra descora a solução de verde malaquita. Na ausência de sulfito, a amostra adquire uma coloração verde - azulada. 3.7. PROVA PARA AMONÍACO OU PROVA DE ÉBER 3.7.1. MATERIAL MATERIAIS REAGENTES Proveta de 50 ml Balão volumétrico de 250 ml Tubo de ensaio de 25 ml Arame de 20 cm de comprimento Reagente de Eber 3.7.2. MÉTODO Transfira 5 ml do reagente de Éber para um tubo de ensaio de 25 ml. Fixe um pedaço da amostra na extremidade de um arame de 20 cm de comprimento e introduza no tubo de ensaio de modo que não toque nem nas paredes do tubo nem na superfície do reagente. O aparecimento de fumaças brancas e espessas indicará que o produto está em início de decomposição.Eliana F. Ozela 39 ANÁLISE DO MEL 1- CARACTERES ORGANOLÉPTICAS. Aspecto: Líquido denso, viscoso, translúcido ou cristalino. Odor: agradável e característico. Classificação: segundo a coloração: branco de água, extra branco, branco, extra âmbar claro, âmbar, âmbar escuro. Esta classificação é feita em fotômetro ou espectofotômetro a 560 nm usando como branco a glicerina pura. 2- PREPARO DA AMOSTRA PARA ANÁLISE. Mel Fluído- basta homogeneizar com bastão de vidro. Mel semi-cristalizado- dividir em duas partes: uma para as determinações de provas enzimáticas e hidroximetilfurfural; a outra porção devera ser liqüefeita em banho-maria sob constante agitação, com cuidado para que a temperatura não ultrapasse a 60Oc. Esfriar imediatamente. 3. DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS SOLÚVEIS (°Brix) A determinação indireta de açúcares por refratometria usa-se mais comumente para o controle rápido na indústria. Os açúcares solúveis (sólidos solúveis) se expressam em equivalentes de sacarose. A medida do índice de refração pode ser feita diretamente em aparelhos, como o refratômetro de Abbé, ou em refratômetro de imersão, que possui pequeno intervalo de leitura, mas de grande precisão, devem ser previamente aferido com água. Os prismas devem ser rigorosamente secos com tecidos ou papel absorventes. Quando for usado substância oleosa ou gordurosa, o prisma deve ser lavado com tolueno, seguido de acetona e, depois, de água quente. Brix é o número de gramas de sacarose contida em 100g de uma solução de sacarose (% m/m sacarose) à 20ºC. 3. 1. MÉTODO Homogeneize a amostra e transfira de 1 a 2 gotas para o prisma do refratômetro, desprezando partículas grandes caso exista. Espere até que a temperatura da amostra e a do aparelho se igualem antes da leitura. Leia o índice de refração e os graus Brix na escala do aparelho. Corrija os graus Brix em relação à temperatura, e ácido cítrico contido na amostra, segundo a tabela da página 68. 4- ACIDEZ 4.1. PRINCÍPIO: Fundamenta-se na neutralização por soluções de NaOH até pH 8,3. Eliana F. Ozela 40 4.2. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Erlenmeyer de 250 mL Bureta de 25 mL Bastão de vidro Proveta de 50 mL c/ tampa Béquer de 50 mL (2) Solução de fenolftaleína alcóolica 1% Solução de hidróxido de sódio 0,01 N SV 3.3. MÉTODO Pese 5 g da amostra em um bequer. Transfira para um erlenmeyer de 250 mL com auxilio de 75 mL de água. Adicione 2 gotas de fenolftaleína. Titular com solução de hidróxido de sódio 0,01 N até aparecimento de coloração levemente rósea persistente. 4.4. CÁLCULOS 4.4.1. DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ EM SOLUÇÃO NORMAL % V x fc x N x 100 = mL de Sol. N % A V = n0 de mL de Sol. de NaOH 0,01 N gasto na titulação fc = fator da solução de NaOH A = n0 de grama da amostra N = concentração da solução de NaOH 4.4.2. DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ EM ÁCIDO FÓRMICO V x fc x N x PE x 100 = ácido fórmico % p/v A x 1000 PE = Peso equivalente do ácido fórmico = 46 g 5- PESQUISA DE ADULTERANTES. 5.1 - PESQUISA DE FERMENTO DIASTÁSICO 5.1.1.Princípio: Fundamenta-se na hidrólise do amido pela ação das amilases existentes no mel. 5.1.2.MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Proveta de 50 mL c/ tampa Bastão de vidro Pipetas de 1 mL e 10 mL Tubo de ensaio Solução de amido a 1% Solução de iodo Eliana F. Ozela 41 5.1.3. PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DE IODO iodo....................................0,1g iodeto de potássio..............0,2g água ................................30,0 mL 5.1.4. MÉTODO Medir 10 mL da amostra em uma proveta de 50 mL. Adicionar 20 mL de água previamente fervida e resfriada. Misturar bem. Transferir, com auxilio de uma pipeta, 10 mL da solução para um tubo de ensaio de 50 mL. Adicionar 1mL da solução de amido solúvel. Agitar mergulhar o tubo em banho-maria a 45OC por uma hora. Retirar do banho. Adicionar 1 mL da solução de iodo. OBS: Faça uma prova em branco, sem aquecer. Compare as colorações obtidas. 5.1.5. INTERPRETAÇÃO Na presença de fermentos diastásicos (mel natural não aquecido acima de 45oC aparecerá uma coloração verde-oliva ou castanha. Na ausência de fermentos diastásicos (mel adulterado ou mel aquecido acima de 45Oc ) aparecerá uma coloração azul. 5.2-REAÇÃO DE FIEHE 5.2.1. PRINCIPIO: O hidroximetilfurfural (produto da desidratação da frutose ocorre quando houver inversão da sacarose em meio ácido) reage com a resorcina em meio ácido, dando um composto de condensação de coloração vermelha. 5.2.2.MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Proveta de 10 mL Béqueres de 50 mL Bastão de vidro Cápsula de porcelana Pipeta graduada de 2 mL Eter etílico Ácido clorídrico concentrado Solução de resorcina a 1% em HCl Obs: A solução de resorcina a 1% em ácido clorídrico deverá ser feita na hora do uso 5.2.3.MÉTODO Pese 5g de amostra em um béquer e adicionar 5 mL de éter etílico, agitar vigorosamente. Transfira a camada etérea para uma cápsula de porcelana; deixar evaporar a temperatura ambiente e adicionar 5 gotas de solução recente de resorcina a 1% em ácido clorídrico concentrado. Observar a coloração que se formará no fundo da cápsula de porcelana. 5.2.4. INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO: Na presença de glicose comercial ou mel super aquecido aparecerá uma coloração vermelha após 5 a 10 minutos. Eliana F. Ozela 42 5.3-PROVA DE LUND 5.3.1. PRINCIPIO: Fundamenta-se no fato de que o ácido tânico precipita as substâncias albuminóides que são componentes normais do mel. 5.3.2. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Proveta de 50 mL com tampa esmerilhada Pipeta volumétrica de 10 mL Pipeta graduada de 0,5 mL Solução de ácido tânico a 0,5 % 5.3.3.MÉTODO Transferir com pipeta volumétrica 10 mL da solução de mel a 20% para uma proveta de 50 mL. Adicionar 5 mL de solução de ácido tânico a 0,5%. Acrescentar água destilada até a marca dos 40 mL. Agitar e deixar em repouso por 24 horas. 5.3.4.Interpretação: Na presença de mel natural forma-se-á um depósito de 0,6 a 3 mL. Se o mel for artificial não formará deposito. Se a mel for adulterado o volume será menor de 0,6 mL. 5.4.—REAÇÃO DE LUGOL 5.4.1. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Proveta de 50 mL Béqueres de 50 mL Pipeta graduada de 1 mL Solução de lugol 5.4.2. PREPARAÇÂO DA SOLUÇÃO DE LUGOL iodo ------------------- 1,0 g iodeto de potássio 3;0 g água 50,0 mL 5.4.3.MÉTODO Pesar 10 gramas da amostra em um béquer de 50mL. Adicione 10 mL de água. Agitar. Adicione 1mL da solução de lugol. 5.4.4. INTERPRETAÇÃO. Na presença de glicose comercial, a solução ficará colorida de vermelho-violeta a azul. A intensidade da cor depende da qualidade e a quantidade das dextrinas presentes na glicose comercial Eliana F. Ozela 43 6. DETERMINAÇÃO DE GLICÍDIOS REDUTORES (GLICOSE) 6.1.PRINCÍPIO DO MÉTODO O sulfato de cobre em meio alcalino é reduzido pela glicose dando um precipitado vermelho de óxido cuproso. 6.2. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Béqueres de 50 mL Enlenmeyer de 250 mL Balão volumétrico de 100 mL Pipeta graduada de 2 mL e 5 mL Solução de Fehling A Solução de Fehling B Solução de azul de metileno a 1% 6.3 MÉTODO Medir com pipeta volumétrica 2 mL da solução de mel a 20% (0,4 g) e transferir para um balão volumétrico de 100 mL. Complete o volume com água destilada. OBS: Se o mel for muito escuro adicionar, antes de completar o volume, 1 mL de solução de ferrocianeto de potássio a 15 % e 1 mL de acetato ou sulfato de zinco a 30 %. Agitar depois de cada adição e completar o volume a 100 mL, filtrar em filtro seco para frasco seco. Transferir esta solução para uma bureta de 25 mL. Pipetarcom pipeta volumétrica 5 mL de cada uma das soluções de Fehling A e B para erlenmeyer de 250 mL e adicionar 20 mL de água destilada. Aquecer até a ebulição e gotejar a solução até que o líquido sobrenadante fique levemente azulado. Mantendo a ebulição adicionar 1 gota de solução de azul de metileno a 1% e continuar gotejando até descoloração do indicador. O tempo da titulação não deve ultrapassar de 3 minutos. 6.4 CÁLCULO 100 x 100 x T = % glicídios redutores em glicose V x P T= título da solução de Fehling V= mL de amostra gastas na titulação P= peso da amostra em gramas na solução (0,4) 7. DETERMINAÇÃO DE AÇÚCAR NÃO REDUTORES (SACAROSE) AÇÚCAR INVERTIDO 7.1. PRINCÍPIO Como os grupos redutores aldeído e cetona não se encontram livres na sacarose, efetua-se uma hidrólise ácida, tendo como resultado duas moléculas de açúcares redutores, uma de glicose e uma de frutose que serão determinadas quantitativamente pelo método de Lane-Eynon. Eliana F. Ozela 44 7.2. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Béqueres de 50 mL Enlenmeyer de 250 mL Balão volumétrico de 100 mL Pipeta graduada de 2 mL e 5 mL Pipetas volumétricas de 2 e 10 mL Bastão de vidro Banho-maria Bureta de 25 mL Proveta de 50 mL (2) Ácido clorídrico concentrado Solução de carbonato de sódio anidro Solução de ferricianeto de potássio a 15% Solução de Fehling A e B Solução de acetato ou sulfato de zinco a 30% Solução de azul de metileno a 1% 7.3. MÉTODO Medir com pipeta volumétrica 2 mL da solução a 20 % (0,4g) e transferir para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 40 mL de água destilada e 1 mL de ácido clorídrico concentrado. Coloque em banho–maria a 60°C por 15 minutos. Esfrie e neutralize com carbonato de sódio anidro, usando papel de tornassol como indicador. OBS: Se o mel for muito escuro adicionar 1 mL de solução de ferricianeto de potássio a 15% e 1 mL de solução de acetato ou sulfato de zinco a 30 %, agitando após cada adição. Complete o volume a 100 mL com água destilada. Transferir esta solução para uma bureta de 25 mL. Pipetar com pipeta volumétrica 5 mL de cada uma das soluções de Fehling A e B para erlenmeyer de 250 mL e adicionar 20 mL de água destilada. Aquecer até a ebulição e gotejar a solução até que o líquido sobrenadante fique levemente azulado. Mantendo a ebulição adicionar 1 gota de solução de azul de metileno a 1% e continuar gotejando até descoloração do indicador. O tempo da titulação não deve ultrapassar de 3 minutos. 7.4 CÁLCULO 100 x 100 x T = % glicídios totais (não redutores), açúcar invertido. V x P T= título da solução de Fehling V= mL de amostra gastas na titulação P= peso da amostra em gramas na solução (0,4) % SACAROSE = ( glicídios totais – glicídios redutores) 0,95 Sacarose = 1 mol de Frutose +1 mol de glicose 342g--------360g 342g 180g 180g X --------1g X=0,95 Eliana F. Ozela 45 8. SOLUÇÕES DE FEHLING A E B 8.1 PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DE FEHLING A Dissolver 34,639 g de sulfato de cobre pentahidratado, em água e diluir para 1000 mL em balão volumétrico. 8.2. PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DE FEHLING B Dissolver 173 g de tartarato duplo de sódio e potássio e 50 g de hidróxido de sódio em água destilada e diluir para 1000 mL. Deixar em repouso por 24 horas e filtrar a solução. 8.3. PREPARAÇÃO DO PADRÃO GLICOSE Pesar exatamente 0,5 g de glicose, previamente dessecada em estufa a 105ºC por 1 hora. Transferir para balão volumétrico de 100 mL com auxílio de água destilada , dissolver bem e completar o volume.A solução padrão de glicose para titular a solução de Fehling tem que ser recentemente preparada. 8.4.TÍTULO DA SOLUÇÃO DE FEHLING Colocar na bureta a solução padrão de glicose. Transferir, com pipeta volumétrica , 5 mL de cada uma das soluções de Fehling A e B para erlenmeyer. Adicionar 20 mL de água destilada e aquecer até a ebulição. Gotejar a solução padrão, sem agitação até quase o final da titulação. Mantendo a ebulição, adicionar 1 gota de azul de metileno a 1% e completar a titulação até descoramento do indicador. O ponto final da titulação será em torno de 5 mL de glicose. mL gastos de glicose x 0,5 = Título da solução de Fehling. 100 Eliana F. Ozela 46 ANÁLISE DE ÓLEOS 1- COLETA DE AMOSTRA Quando em grandes partidas, colher amostras médias parciais (de vários recipientes) e destas, após homogeneização, colher as amostras definitivas em números de três (03), colocadas em frascos limpos de um (01) litro de capacidade, que serão convenientemente arrolhadas, rotulados e autenticados. Quando o produto estiver contido em recipientes de folha de flanders ou em frasco de vidro de 1 litro de capacidade, colher três (03) unidades. 2- ANÁLISES 2.1-INDICE DE ACIDEZ 2.1.1. INTRODUÇÃO Definido como o nº de mg de hidróxido de potássio necessário para neutralizar os ácidos livres de 1 grama da amostra, o índice de acidez releva o estado de conservação do óleo. A decomposição dos glicerídios é acelerada por aquecimento e pela luz, e a rancidez é quase sempre acompanhada pela formação de ácido graxo livre. Poderá ser expressa também em mL de solução normal por cento v/p ou em g de ácido olêico por cento p/p. A percentagem de Ácidos Graxos Livres (A.G.L.), normalmente é expressa em função do ácido olêico. Para gorduras de coco e babaçu o resultado é expresso em ácido láurico e palmítico, respectivamente. 2.1.2. OBJETIVO Conhecer o teor de ácidos graxo livre em óleo e gordura 2.1.3. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Erlenmeyer de 125 mL Proveta de 50 mL Bureta de 25 mL Becker de 50 mL Solução éter – álcool (2:1) Solução alcoólica de fenolftaleína a 1% Solução de hidróxido de sódio 0,01N 2.1.4- MÉTODO Pesar 10g da amostra em um frasco erlenmeyer de 125 mL. Em seguida, adicionar 25 mL de uma solução éter-álcool (2+1) neutra. Agitar, adicionar duas gotas de indicador fenolftaleína. Titular com solução de KOH (ou NaOH) 0,01 N até coloração rósea. 2.1.5. CÁLCULOS Eliana F. Ozela 47 2.1.5.1. Em solução normal % A 100NfcV uuu = % Solução Normal V = n0 de mL de Sol. de NaOH 0,01 N gasto na titulação fc = fator da solução de NaOH A = n0 de grama da amostra N = concentração da solução de NaOH 2.1.5.2. Em ácido oléico 1000A 100PENfcV u uuuu = % ácido oleico V = n0 de mL de Sol. de NaOH 0,01 N gasto na titulação fc = fator da solução de NaOH A = n0 de grama da amostra N = concentração da solução de NaOH PE= peso eqivalente do ácido oleico(282) 2.1.5.3. Índice de acidez 1000A 100PENfcV u uuuu = índice de acidez V = n0 de mL de Sol. de NaOH 0,01 N gasto na titulação fc = fator da solução de NaOH A = n0 de grama da amostra N = concentração da solução de NaOH PE= peso equivalente do hidróxido de potássio 2.2. REAÇÃO DE KREISS A floroglucina reage em meio ácido com os triglicerídios oxidados, dando uma coloração rósea ou vermelha, cuja intensidade aumenta com a deterioração devido, provavelmante, à presença de aldeído malônico ou de aldeído epidrínico. 2.2.1. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Pipeta volumétrica de 5 mL Proveta de 10 mL Proveta de 50 mL com rolha esmerilhada. Pipetas graduadas de 5 mL Ácido clorídrico concentrado Solução de floroglucina 0,1% em éter 2.2.2. MÉTODO Eliana F. Ozela 48 Transfira com auxílio de uma pipeta, 5 mL de substância fundida para uma proveta de 50 mL, com rolha esmerilhada. Adicione 5 mL de ácido clorídrico concentrado e agite suavemente por 30 segundos. Adicione 5 mL de uma solução de floroglucina a 0,1% em éter. Agite novamente por 30 segundos e deixe em repouso por 10 minutos. Na presença de substâncias rançosas, a camada inferior apresentará uma coloração rósea ou vermelha. NOTA: Se a intensidade da coloração for fraca , comparea camada inferior com uma quantidade análoga de solução de permanganato de potássio a 0,0012% (3,8 mL de uma solução de 0,01 N elevada a 100 mL). Se a intensidade for a mesma ou inferior, o resultado pode deixar de ser levado em consideração, se as características organolépticas do produto for satisfatórias. 2.3. ÍNDICE DE PERÓXIDOS EM ÓLEOS E GORDURAS 2.3.1. INTRODUÇÃO O índice de peróxido é um indicador muito sensível no estádio inicial da oxidação e sua presença é indício de que a deterioração do sabor e odor; em função de sua instabilidade , está por acontecer. Quando sua concentração atinge certo nível, mudanças complexas ocorrem, formando compostos de baixo peso molecular, oriundos de sua degradação. O grau de oxidação denomina-se rancidez, que é a alteração no sabor e odor dos óleos e gorduras provocada pela ação do ar ( rancidez oxidativa) ou de microorganismos ( rancidez cetônica). A quantidade de peróxido não constitui um índice infalível das características de conservação, porém indica até que ponto a oxidação progrediu. 2.3.2. OBJETIVO Determinar o grau de oxidação de óleos e gorduras 2.3.3.MATERIAL MATERIAIS REAGENTES Erlenmeyer de 250 mL c/tampa Proveta de 50 mL Bureta de 25 mL Pipeta de 1mL Béquer de 50 mL Solução de ácido acético – clorofórmio (3+2) Solução de iodeto de potássio 5% Solução de tiossulfato de sódio 0,01N Solução de amido 1% 2.3.4. MÉTODO Pesar 5g da amostra em erlenmeyer de 250 mL. Adicionar 30 mL de solução ácido acético- clorofórmio (3:2). Agitar o frasco até dissolução da amostra. Adicionar 0,5 mL de solução de iodeto de potássio 5%. Deixar em repouso no escuro por 5 minutos. Adicionar 30 mL de água e titular com solução de tiossulfato de sódio 0,01N com agitação. Prosseguir a titulação até que a coloração amarela tenha quase desaparecido. Adicionar 0,5 mL de solução de amido a 1% e prosseguir a titulação até o ponto de equivalência, quando quase todo o iodo Eliana F. Ozela 49 se libera da camada de clorofórmio. Adicionar gota a gota a solução de tiossulfato de sódio até que a coloração azul tenha desaparecido. Preparar uma prova em branco nas mesmas condições. 2.3.5- CÁLCULO A 1000NfcB)-(A uuu = índice de peróxido, em mEq / 1000g da amostra onde: A = Nº de mL de solução de tiossulfato de sódio 0,01N gasto na titulação da amostra. B = Nº de mL de solução de tiossulfato de sódio 0,01N gasto na titulação do branco. Fc = fator de correção N = normalidade da solução de tiossulfato de sódio 0,01N A = gramas de amostra 3.3. ÍNDICE DE SAPONIFICAÇÃO 3.4.1. INTRODUÇÃO O índice de saponificação definido como o número de mg de hidróxido de potássio necessário para neutralizar os ácidos graxos, resultantes da hidrólise de uma grama da amostra, é inversamente proporcional ao peso molecular médio dos ácidos graxos dos glicerídios presentes. È importante, para demonstrar a presença de óleos e gorduras de alta proporção de ácidos graxos de baixo peso molecular, em mistura com outros óleos e gorduras O valor obtido indica indiferentemente a quantidade, em peso, de ácidos graxos obtidos após a saponificação. A partir dele, é possível calcular o peso molecular médio do glicerídio em análise. Um equivalente químico de triglicerídio corresponde a três equivalentes de KOH (PM= 56) 3 x 56 x 1000 = PM média. I.S. O peso molecular médio permite uma estimativa dos tipos de ácidos graxos presentes no lipídio. 3.4.2. OBJETIVO Determinar através do índice de saponificação o peso molecular dos glicerídios presentes no óleo e gordura 3.4.3. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Balão fundo chato boca esmerilhada de 250 mL(2) Refrigerador de refluxo Chapa elétrica Bureta de 25 mL (2) Sol. de KOH 0,5N em etanol 95% Sol. alcoólica de fenolftaleína a 1% Ácido clorídrico 0,5N Eliana F. Ozela 50 3.4.5. MÉTODO Pesar 2g da amostra em um balão de 250 ml com boca esmerilhada. Adicione, com auxílio de uma bureta, 20 mL de solução alcoólica de hidróxido de potássio 0,5N. Adapte ao erlenmeyer um refrigerador de refluxo. Aqueça até ebulição branda, durante 30 minutos. Resfrie um pouco. Adicione 2 gotas do indicador fenolftaleína. Titule com ácido clorídrico 0,5N até que a coloração rósea desapareça. Faça uma prova em branco transferindo, com o auxílio de uma bureta, 20 mL da solução alcoólica de hidróxido de potássio a 4% para outro erlenmeyer de 250 m. Adapte, ao frasco, um refrigerante de refluxo e aqueça até ebulição durante 30 minutos. Resfrie um pouco. Adicione 2 gotas de indicador fenolftaleína e titule com ácido clorídrico 0,5N. A diferença entre os números de mL de ácido clorídrico gastos nas duas titulações é equivalente à quantidade de hidróxido de potássio gasto na saponificação. 3.4.6. CÁLCULO V x fc x N x PE = índice de saponificação de Koettstorfer A x 1000 V = diferença entre os números de ml do ácido clorídrico 0,5N gastos nas duas titulações Fc = fator de correção do ácido clorídrico 0,5N N = normalidade da solução de ácido clorídrico 0,5N A = nº de g da amostra PE = Peso equivalente do KOH = 56,11 3.5. DENSIDADE (PICNÔMETROS) São recipientes de alta exatidão para medidas de volume. Se a medida de massa é efetuada em balança analítica (r 0,1mg), exatidão de 5 ppm (5x10-6) pode ser obtido. Para medir densidade com picnômetro, deve-se pesá-lo, enchê-lo com o líquido a ser medido, retirar excesso do líquido por meio de capilares ou fitas de papel e pesá-lo novamente. Fazer correções para temperatura. 3.5.1. OBJETIVO Estabelecer a densidade de alimentos líquidos. 3.5.2. MATERIAIS Picnômetro Balança analítica 3.5.3. MÉTODO Conhecer a tara do picnômetro, depois encher o picnômetro com água destilada e pesar, lavar o picnomêtro com água destilada secá-lo e encher com a amostra tendo o cuidado de retirar o excesso com fita de papel de filtro Eliana F. Ozela 51 3.5.4.CÁLCULOS V – T = X TA – T = Y D = M / V ou D = Y / X Onde: T = tara do picnômetro V = volume (peso com a água) T.A = Tara + amostra 3.6. MÉTODO DE EXTRAÇÃO DE GORDURA (SOXHLET) 3.6.1. Princípio do método O éter usado no processo é aquecido até tornar-se volátil e, ao condensar-se, circula sobre a amostra em análise, arrastando toda a fração gordurosa e demais substâncias solúveis em éter. Este é recuperado em outro recipiente, enquanto a gordura extraída é calculada por diferença de pesagem. 3.6.2. CONSIDERAÇÕES GERAIS A extração intermitente é a mais usada neste caso, apesar do processo contínuo ser bastante simples e muito eficiente. A extração contínua feita no aparelho do tipo Soxhlet tem também a vantagem de usar quantidades menores de solventes. Eliana F. Ozela 52 Os solventes mais usados são éter etílico e o éter de petróleo, ou a mistura dos dois. O éter de petróleo apesar de não ser um o solvente por excelência tem algumas vantagens como: a) só extrai a porção lipídica; b) é mais barato; c)não é afetado por pequena quantidade de água; d)é muito mais apropriado a sua recuperação por destilação O éter etilíco apesar de ser um excelente extrator para lipídio tem algumas desvantagens como: a) deve ser isento de água; b) a amostra deve está completamente seca; c) é altamente inflamável e quando oxidado é explosivo; d) a sua recuperação deve ser cautelosa EXTRATOR DE SOXHLET Refrigerado r Extrator Balão Eliana F. Ozela 53 3.6.3. MATERIAIS E REAGENTES MATERIAIS REAGENTES Cartucho de extração ou papel de filtro Extrator de Soxhlet com aquecimento elétrico Balão de 250 mL Estufa a 105°C e dessecador com cloreto de cálcio anidro. Éter etílico ou éter de petróleo 3.6.4. MÉTODO Pese cerca de 3g do material dessecado e transfira
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