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Direito das obrigações

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Direito das obrigações 
Elementos: sujeitos, prestação e vínculo jurídico 
Obrigação é uma relação jurídica (relação jurídica como 
um dos tipos de efeito do fato jurídico) – relação jurídica 
que depende da correspectividade de direitos e deveres, 
de pelo menos dois sujeitos 
Credor como sujeito ativo e devedor como sujeito passivo. 
Toda obrigação além de ter pelo menos dois sujeitos, é 
necessário que haja pelo menos um sujeito em cada um 
desses polos 
Capacidade não importa para ser credor ou devedor; não 
seria a capacidade de exercício, mas a capacidade de 
direitos e deveres na ordem civil --- o que pode acontecer 
é que o evento que deu origem a essa obrigação dependa 
da capacidade, de modo que pode perder seus efeitos/ser 
anulado 
A obrigação pode ter vários credores e vários devedores 
de uma mesma prestação. Na obrigação pode haver um 
credor ou devedor determinável, ou seja, a partir de um 
evento futuro se identifica o sujeito (deve seguir critérios, 
não pode ser indeterminável) 
Devedor deve cumprir uma prestação em favor do credor, 
de modo que se não cumprir pode ser responsabilizado 
SUJEITOS: 
• Dois polos com um sujeito em cada ou mais 
• Não precisa ser capaz para ser titular da 
obrigação 
• Sujeito determinado ou determinável 
• Deve cumprir prestação 
 
A prestação e objeto da obrigação são sinônimos, de 
modo que essa prestação sempre é uma conduta (realizar 
ou deixar de realizar algo em favor do outro, devedor-
credor). Conduta que pode ter uma coisa envolvida ou não 
A prestação pode ser dotada de valor econômico ou não 
O vínculo jurídico é composto pela ideia de dever e 
responsabilidade. O ordenamento deve reconhecer 
aquele comportamento como um dever e prever que o 
credor pode utilizar o Estado para responsabilizar/cobrar 
o devedor 
Obrigação não se resume ao sujeito cumprir com a 
prestação principal, pois não significa que cumpriu a 
obrigação como um todo – mesmo antes da obrigação 
existir a boa-fé já gera deveres entre os sujeitos; 
obrigação como um processo devido a uma série 
encadeada de atos que geram deveres a serem 
cumpridos 
Obrigação como um processo está diretamente ligado a 
ideia de boa-fé objetiva: 
 Ideia de cooperação entre as partes, uma vez 
que desde o primeiro momento antes mesmo do 
estabelecimento da obrigação há uma relação de credor e 
devedor entre as partes, assim, a cooperação entre as 
partes é fundamental para o adimplemento das 
obrigações 
Essa relação independe da realização/ estabelecimento 
de um contrato 
O principio da boa-fé/ boa-fé objetiva seria um “padrão 
ideal de conduta” em que a sociedade espera/exige que o 
comportamento das partes siga esse comportamento 
ideal. O atendimento do princípio da boa-fé não passa 
unicamente pela vontade da parte, é necessário que o 
padrão ideal de conduta seja atendido (pessoa pode agir 
de boa fé subjetiva e mesmo assim a objetiva não ser 
cumprida) 
Uma das funções da boa-fé objetiva é coibir o abuso de 
direito, além da função corretiva, interpretativa (atua como 
cânone hermenêutico integrativo) de modo que sempre 
houver uma dúvida interpretativa no âmbito obrigacional 
se deve utilizar a boa-fé como critério para interpretar 
essas situações; além da função de criação de deveres 
jurídicos (supletiva) que é justamente quando vai virar os 
deveres anexos, de modo que a autonomia da vontade 
das partes não é a única criadora de obrigações/direitos e 
deveres entre as partes, assim há outros deveres não 
ditos mas que devem ser cumpridos 
Os deveres anexos estão ligados diretamente a boa-fé 
objetiva que cria deveres jurídicos que devem ser 
cumpridos para adimplir a obrigação mesmo que não haja 
a pactuação expressa das partes sobre elas 
a) Informação – ideia de que o sujeito deve estar bem 
informado sobre aquilo que está fazendo, o negócio 
que está fazendo 
b) Cuidado – ideia de não causar dano a outra parte, 
mesmo que não pareça como cláusula do contrato 
c) Assistência e lealdade – conversa com a ideia de 
cooperação que as partes devem ter ao longo do 
adimplemento das obrigações e até mesmo depois 
Lógica de Fernando Noronha 
a) Informação 
b) Cuidado 
c) Assistência 
d) Lealdade 
Ao serem violados ocorre a violação positiva 
RELAÇÃO ENTRE DIREITO DAS OBRIGAÇÕES E 
DIREITO DAS COISAS: 
 
1. Indique três pontos de distinção entre Direito das 
Obrigações e Direito das Coisas. 
a) obrigação tem efeito inter partes e das coisas é erga 
omnes (os efeitos das obrigações só vão se dar entre os 
envolvidos enquanto os efeitos do direito das coisas incide 
sobre toda a sociedade, independente de haver ou não 
uma relação jurídica direta com cada sujeito) 
b) obrigação é temporária e das coisas é perpétuo ( pode 
haver situações do direito das coisas que são limitadas no 
tempo enquanto a obrigação pode não ter prazo 
determinado. No entanto, em regra, a obrigação tende a 
ter um caráter de transitoriedade, se extinguindo a partir 
do momento em que a obrigação é cumprida, e o direito 
das coisas tem caráter continuo/perpetuo por não ser 
pensado como modo de transmissão como nas 
obrigações, mas sim de manutenção) 
c) obrigação depende da cooperação enquanto o das 
coisas não necessita da cooperação entre os sujeitos; tem 
a ver com a própria estruturação das obrigações 
 2.Um cliente lhe procura querendo saber, na condição de 
credor, qual das três seguintes garantias reais lhe seria 
melhor: penhor, hipoteca ou anticrese. Explique as três e 
responda à dúvida do seu cliente. 
o correto seria a hipoteca devido a praticidade de 
conseguir alienar o bem e restituir o valor 
- Penhor x Hipoteca x Anticrese (direitos reais de garantia, 
pois além de se constituirem sobre a coisa só existem 
como garantia de uma obrigação) 
na hipoteca há a averbação do bem declarando que houve 
a hipoteca do bem para determinada pessoa 
correspondente a determinado valor 
anticrese é o único que não gera a perda de propriedade 
do bem pelo inadimplemento do devedor 
Há, também, a alienação fiduciária 
3. Na condição de juiz, chega até você um caso em que 
A, proprietário, locou para B um apartamento. Neste 
contrato, ficou determinado que as parcelas condominiais 
deveriam ser pagas pelo locatário. B não pagou três 
meses da citada parcela. O condomínio, então, ingressou 
com ação contra A, para que pague o valor devido. Em 
sua contestação, A apresentou o contrato firmado com B, 
argumentando que tal responsabilidade foi a este 
transmitida. Como julgaria esse litígio entre A e o 
condomínio? 
O fato de alguém ser proprietário faz com que ele tenha o 
dever de arcar com a obrigação, de modo que A que tenha 
que pagar. De modo que, mesmo transmitindo esse dever 
para B em seu contrato, isso não transmite o onus para o 
locatário do condomínio - obrigação propi terrem - o sujeito 
não pode por obrigação contratual se desvincular do dever 
de pagar as taxas condominiais; 
obrigação porpi terrem e onus reais (diferença entre eles) 
taxa de condomínio, como exeção - propi terrendi; só é 
sujeito da obrigação quando era dono 
obrigação com eficácia real - em virtude de uma situação 
obrigacional surge um dever real; como o direito de 
preferencia 
AUTONOMIA DE FUNÇÃO SOCIAL - boa parte das 
obrigações surgem de situações negociais marcadas pela 
autonomia de vontade das partes; autonomia importante, 
mas não é a única coisa 
A redação do texto de lei atual limitou a atuação da função 
social na prestação de obrigação; muito utilizado para 
conter abusos. Boa fé e função social “limitam a 
autonomia” em prol de configurar o negócio jurídico de 
forma adequada 
FONTES DAS OBRIGAÇÕES: 
No direito romano começa com uma ideia bipartida, dos 
contractos e delito. A obrigação pode surgir de contratos 
ou de delitos/atos ilícitos. Criaram uma terceira teoria de 
varias causas por figurae, e depois uma quartateoria 
como contrato quase contrato (atos negociais/ de vontade 
que não seriam contrato) e delito quase delito (faltava a 
intencionalidade). Essa classificação sofre acréscimo com 
o CC Napoleônico, levando a lei como fonte direta das 
obrigações. 
No direito brasileiro nunca houve uma enumeração das 
fontes das obrigações, de modo que essa função ficou 
para a doutrina. 
 Fernando Noronha diz que lei não é fonte, visto 
que a lei por si só não gera nenhuma obrigação. Assim, 
as fontes das obrigações são os fatos jurídicos, partindo 
dos efeitos de um fato jurídico (separa os conjuntos de 
normas que regulamento determinados tipos de 
obrigações, como negociais, indenizativos e 
enriquecimento sem causa) 
 Só usa o enriquecimento sem causa se o fato não 
se encaixar nas outras categorias, como um tipo de 
exceção 
CLASSIFICAÇÃO: 
Quanto ao objeto: 
a) Dar, fazer, não fazer (critério quanto a natureza 
da obrigação) 
Dar e fazer – ação 
Não fazer – inação 
b) Simples, cumulativas e alternativas (diz respeito 
a quantidade de prestações) 
Simples – apenas uma 
Cumulativa – mais de uma e todas devem ser cumpridas 
Alternativa – mais de uma que se colocam como 
possibilidade de adimplemento 
Facultativas 
c) Divisíveis e indivisíveis (divisibilidade do objeto 
da prestação) 
Divisíveis - dinheiro sempre vai ser divisível; considera a 
obrigação dividida em tantas obrigações quanto sejam os 
devedores 
Indivisíveis- não há como fracionar o objeto da prestação, 
exemplo de carros 
Quanto aos sujeitos: 
a) Únicas e múltiplas (quantos sujeitos têm) 
Única – a obrigação tem apenas um sujeito; relação de um 
credor e um devedor 
Múltipla (como pré- requisito para a obrigação solidária) – 
a obrigação tem mais de um sujeito, mais de um devedor 
b) Solidária e não solidária (modifica como se dá a 
relação entre os sujeitos) 
Solidária – qualquer um dos devedores pode adimplir com 
a obrigação sozinho ou em conjunto 
Não solidária 
Quanto a liquidez: 
a) Líquidas ou ilíquidas 
Líquida – o conteúdo da prestação já está determinado 
Ilíquida – o conteúdo ainda não está completamente 
definido, de modo que depende de um evento posterior 
para chegar ao conteúdo da obrigação 
Quanto ao conteúdo do adimplemento: 
a) Meio ou resultado 
Meio – basta que o sujeito tenha agido da maneira 
adequada para tentar atingir o resultado almejado, visto 
que alcançar esse resultado não depende diretamente 
dele 
Resultado – independente do meio o sujeito é responsável 
por alcançar o resultado previsto, sempre de maneira lícita 
Quanto à eficácia: 
a) Simples (ou puras), condicionais, modais e a 
termo 
Simples – a prestação da obrigação não está relacionada 
à condição, termo ou encargo; não há nada modificando a 
eficácia, já podendo ser exigida desde a firmação do 
negócio jurídico 
Condicional, modais e a termo – ligado a condição termo 
e encargo 
Reciprocamente consideradas: 
a) Principais e acessórias (mesma lógica de bens 
principais e acessórios) 
Principais- 
Acessórias – depende de uma obrigação anterior principal 
para poder ser exigida 
Quanto à exigibilidade: 
a) Civis e naturais 
Civis- o credor, pode solicitar judicialmente a ação de 
execução para exigir o adimplemento da obrigação 
Naturais – aquelas em que o ordenamento reconhece o 
dever, mas não reconhece a obrigatoriedade; exemplo 
das apostas 
QUESTÕES: 
1 - João se obrigou a dar para Carla seu veículo placa 
ABC 1234 ou pagar cinquenta mil reais. 
Quanto ao objeto, verificamos o “dar”, pois João se abriga 
a dar algo para Carla; 
Possuindo caráter alternativo, pois há a opção entre um 
ou outro objeto; 
Dependendo da escolha de Carla, a obrigação pode ser 
divisível (o valor de cinquenta mil reais) ou indivisível (o 
veículo); 
Quanto ao sujeito, considera-se a obrigação como única 
devido a um único devedor, que seria João e uma credora, 
Carla. Sendo assim, não solidária, uma vez que João 
cumpre sozinho com a obrigação 
Ao dar o carro ou os 50 mil, entende-se a obrigação como 
Ilíquida devido a determinação expressa do objeto da 
prestação 
Entende-se como obrigação pelo resultado, visto que 
João, independente da maneira que agir, se obriga a dar 
o carro ou os 50 mil à Carla 
é uma obrigação simples, pois não se encaixa nas 
situações de condição, termo e encargo 
é uma obrigação principal, visto que não depende de 
nenhuma outra obrigação prévia para ser adimplida 
É obrigação civil porque Carla pode solicitar, mediante 
ação judicial, o adimplemento da obrigação para receber 
o carro ou os 50 mil 
2 -Gustavo apostou com Márcio que se um dia o 
Vitória for campeão brasileiro da série A lhe pagará 
um milhão de reais. 
Dar não solidária principal 
simples líquido condicional 
divisível resultado natural 
única 
3 - Fernando, advogado, foi contratado para dar um 
parecer sobre determinado caso. 
Fazer 
simples não solidária principal 
indivisível líquido simples 
única resultado civil 
4 - Criou-se uma obrigação em que Joana e Cláudia 
ficaram obrigadas a pagar quatrocentos reais, 
podendo o credor exigir o valor integral de qualquer 
delas. 
Dar solidária principal 
simples líquido múltipla 
 
QUSTÕES (01/09) 
01. O sujeito tinha a obrigação de dar coisa certa, devido 
a venda que foi efetuada. No entanto, em razão do 
furto este não assume obrigação de restituir o “novo 
dono”, visto que o prejuízo fica para o vendedor, mas, 
para evitar o enriquecimento sem causa o valor 
recebido previamente deve ser resolvido. Obrigação 
se resolve porque não há culpa 
Obrigação de dar coisa certa propriamente dita. Sendo um 
bem móvel ele só se transmite a partir da tradição. 
Obrigação de dar coisa certa – o objeto da prestação 
está determinado em concreto (“este computador”; 
“carro com placa x”) 
Obrigação de dar coisa certa pode ser tanto 
propriamente dita ou de restituir 
Se houver culpa no inadimplemento da obrigação o 
prejuízo fica para o culpado, no entanto se não houver 
culpa o dono que arca com o prejuízo sem 
necessidade de o devedor restituir o bem/ pagar 
indenização 
02. O sujeito tinha a obrigação de entregar o notebook 
que pegou emprestado, dar coisa certa, mas, devido 
ao roubo se considera a obrigação resolvida. Assim, 
o credor assume o prejuízo, já que não houve culpa 
do devedor 
Não tem culpa – obrigação se resolve, o dono assume o 
prejuízo, sem necessidade de indenização por parte do 
devedor 
03. O sujeito tinha a obrigação de dar coisa incerta, já 
que mesmo determinado o tipo de máscara esta 
colocação foi genérica (objeto determinado em 
abstrato), sem restringir exatamente quais seriam. 
Assim, poderiam ser quaisquer 10 máscaras PFF2. 
No entanto, devido ao furto em sua residência, 
considera-se que a obrigação se mantém, embora 
não haja culpa o devedor deve assumir o prejuízo 
Não se fala em perda – na obrigação da coisa incerta se 
parte da premissa que o gênero não perece. Então como 
a coisa só está definida em abstrato não cabe falar de 
perda e nem em deterioramento da coisa 
04. Embora tenha sido roubado a obrigação do sujeito em 
relação ao seu credor não muda, mantendo o débito 
de 1000 reais. Assim, esse segue tendo a obrigação 
pecuniária 
Devedor não tem culpa do rouba, mas sua obrigação se 
mantém 
Na obrigação pecuniária não se fala em perda, assim 
como na obrigação de dar coisa incerta 
 
Classificações das obrigações de dar: 
A) Dar coisa certa: o objeto está determinado em 
concreto; o acessório acompanha o principal, 
assim, mesmo que silenciado o acessório 
acompanha 
Se tem perfeitamente, concretamente, individualizada 
a coisa a ser entregue 
1- Propriamente dita – o devedor como o proprietário da 
coisa 
Perda: quando se perde a coisa; como qualquersituação 
que impossibilite totalmente o cumprimento da prestação. 
Só se fala em perda para as obrigações de dar coisa certa 
propriamente dita (Art.234, CC) 
 Perda sem culpa: antes da tradição ou pendente 
da condição suspensiva fica resolvida a obrigação para 
ambas as partes 
*lembrar das contraprestações; enriquecimento sem 
cuasa 
 Perda resultante de culpa: o culpado responde 
pelo equivalente (valor pecuniário daquele bem) além de 
perdas e danos (indenização para compensar/amparar o 
dano que aquele sujeito sofreu) 
Sempre que tem culpa há a discussão sobre o pagamento 
de perdas e danos; a solução para a perda com culpa 
sempre será a mesma para todos os tipos de obrigação 
de dar 
2- De restituir (Art.238): 
 
 
Deterioração: quando a coisa ainda existe, mas sofreu um 
dano que faz ela perder seu valor; deixa de ser a coisa 
que foi pactuada no início 
 Na propriamente dita – Art.235 e 236 
Sem culpa há o abatimento ou o dono assume o prejuízo 
(art.235); cobra o valor abatido 
Com culpa (art.236) – paga o equivalente com perdas e 
danos; o culpado arca com mais prejuízos; o credor pode 
solicitar a coisa mesmo deteriorada além das perdas e 
danos 
Se a coisa “melhorou” – Art.237 
Para a obrigação de dar propriamente dita: Os frutos 
percebidos antes do momento em que a coisa tem que ser 
entregue ficam para o credor, mas, se for posterior fica 
para o comprador 
Enquanto na obrigação de dar de restituir: Analisa se o 
devedor empregou trabalho ou dispêndio (o sujeito tem 
direito a ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e 
úteis, e caso o credor quiser manter as voluptuárias este 
paga também, há também o direito de retenção que seria 
manter o bem até ser indenizado pelo credor; no entanto 
se o possuidor age de má-fé tem direito a indenização pela 
benfeitoria necessária) ou se aconteceu de maneira 
“natural” (o benefício vai para o credor/vendedor) 
Sobre os frutos – possuidor de má fé é obrigado a 
indenizar o dono pelos frutos percebidos e não percebidos 
O de boa fé – igual 
B) Dar coisa incerta 
Escolha como ponto central 
Na obrigação de dar coisa incerta há apenas a 
especificação do “gênero e quantidade” do objeto da 
prestação. Sabe-se, assim, qual é a prestação a ser 
cumprida, mas de forma abstrata, sem a individualização 
da coisa a ser entregue (há um universo de várias coisas 
correspondentes àquele gênero ao qual pertence) 
Se escolhe a coisa, na específica prestação – Pontes 
Miranda afirma que seria uma escolha interna 
Entende-se que o objeto da prestação ainda não foi 
trazido para o concreto; tem-se sua determinação em 
abstrato a partir da indicação de seus gênero e quantidade 
Não se fala em perda ou deterioração da coisa incerta 
antes de realizada a escolha (genus non perit – gênero 
não perece) Art. 246 CC, visto que há a possibilidade de 
sua substituição por outra, em perfeito estado, para 
atender ao interesse do credor 
Como já pontuava Pothier: “o prejuízo ocasionado pela 
perda das coisas desse gênero, ocorrida depois da 
obrigação assumida, não recai sobre o credor; porque as 
coisas que perecem não são as que lhe são devidas, 
bastando, portanto, subsistir obrigação subsista” uma 
delas, seja em que parte for, para que a obrigação 
subsista. O risco, portanto, estaria sempre a cargo do 
devedor. 
A perda pode ser: 
a) Sem culpa do devedor – mesmo a perda sem 
culpa do devedor não resolve a obrigação, de 
modo que o devedor deve pagar por perdas e 
danos ao credor 
No entanto, podem haver situações em que pode haver o 
perecimento (ou quase) do gênero da prestação em 
questão que leva a resolução da obrigação sem a 
responsabilização do devedor. Comum em casos que, 
embora seja obrigação de dar coisa incerta a perda leva a 
impossibilidade de adimplemento da prestação, pois não 
haveria outra coisa daquele gênero e quantidade para 
substituir (desde um perecimento substancial até um 
perecimento absoluto) 
b) Culposa (com culpa do devedor) 
Para que se chegue na coisa em concreto é necessário 
que seja realizada a escolha. Escolha como o ato de 
individualização da coisa, sua concretização – sai do 
abstrato e se concretiza/diferencia para o cumprimento da 
obrigação. Em regra, a escolha é realizada pelo devedor 
(mediae aestimationis – “qualidade média” do objeto 
escolhido) 
A lógica da escolha não deve ser analisada apenas com 
base no texto legal, mas também em consonância com os 
ditames da boa-fé objetiva, ligada a expectativa legítima e 
o seu atendimento dentro do padrão ideal de conduta – o 
objeto deve corresponder aos elementos determinados, 
mesmo que postos de maneira genérica (Art.244 “não 
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a 
melhor”). Entregar a coisa abaixo da média significa 
descumprir a obrigação; a escolha se guiaria pela regra do 
meio-termo (mediae aestimationis) 
O credor não pode exigir receber o melhor das coisas, 
apenas não o pior ou seus similares, ou seja, o credor só 
pode exigir a qualidade média do gênero. A lógica da 
escolha está ligada não apenas ao que é determinado 
pela lei, mas, também, pelo que se espera a partir da boa-
fé objetiva – delimitando a expectativa legítima e o seu 
atendimento dentro do padrão ideal de conduta 
Quando, as partes decidem deferir o poder de escolha ao 
credor, acredita-se que ele pode sim escolher o melhor 
das coisas. Posto que não fariam esse acordo se a 
intenção não fosse beneficiar o próprio credor; questão 
relacionada ao uso e aos bons costumes que levam a 
legítima expectativa do credor em receber o melhor das 
coisas, em conformidade com a boa-fé objetiva 
Conclui-se, assim, quanto a esta questão, que, em regra, 
quando for a escolha deferida ao credor ele não estará 
adstrito a escolher de acordo com a regra do meio-termo. 
Apenas se houver outra cláusula contratual que determine 
isso 
A prestação da obrigação de dar coisa incerta pode vim 
tanto de um “universo geral” como de um “universo 
específico” determinado pelo credor, o qual traz certo grau 
de concretização e limitação em relação à generalidade 
ainda mais abstrata do anterior. Assim, a regra do meio 
termo aplicada à escolha do devedor está diretamente 
ligada ao universo da coisa da prestação indicada no 
momento em que o contrato é firmado. 
Embora a escolha individualize a coisa, esta está ligada 
apenas ao devedor de modo que continua se aplicando as 
condições da obrigação de dar coisa incerta. Assim, para 
que se converta para a obrigação de dar coisa certa é 
necessária a cientificação do credor, Art.245. Entende-se 
como cientificação do credor o ato do devedor de, além de 
comunicar qual a coisa escolhida, apresentar critérios e 
elementos suficientes para que o credor também consiga 
distinguir a coisa escolhida de outras da mesma espécie. 
c) Obrigação pecuniária 
Categoria não se encontra descrita no Código Civil de 
2002, embora se apresente em toda a sistemática 
obrigacional; faz parte da obrigação de dar, embora se 
reconheça como categoria autônoma 
A prestação devida é a transferência de determinado valor 
monetário – extremamente comum em praticamente todas 
as relações obrigações; dinheiro como moeda de troca 
O credor quer o dinheiro não para dar um uso direto à 
cédula, mas sim pelo valor que ela representa (não tem 
valor enquanto coisa, valor atribuído diferente das outras 
coisa que têm valor em si); não se confunde com a 
obrigação de dar – dinheiro funciona como suporte para o 
valor que lhe é atribuído, não há concretude da coisa 
Como a coisa não importa não pode ser comparada a 
escolha certa 
A perda ou deterioração da coisa correrá sempre por 
conta do devedor, até o efetivo adimplemento 
No adimplemento das prestações pecuniárias a tradição é 
vista como elemento acidental, não essencial 
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no 
vencimento, em moeda corrente epelo valor nominal, 
salvo o disposto nos artigos subseqüentes. 
Aplica-se o nominalismo, ou seja, o adimplemento das 
obrigações pecuniárias se dará levando em consideração 
o valor nominal e não o valor funcional do débito. 
Favorecendo o devedor, de modo que se houver baixa no 
valor funcional este prejuízo recai sobre o credor. 
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de 
prestações sucessivas. 
Este artigo relativiza o que foi determinado no anterior. 
Dessa forma, vigora também o valorismo no ordenamento 
brasileiro, pelo qual se estabelece a correção do valor 
devido, para que até o momento do pagamento seja 
mentido o seu valor real, ou seja, funcional. 
A medida do art.316 visa garantir o equilíbrio contratual, 
permitindo a criação de cláusula pelas partes que autorize 
modificação do valor devido quando ocorra fato que altere 
tal equilíbrio 
Correção monetária para atualização do valor – todo 
aumento no valor da prestação, ainda que para a 
manutenção do seu valor funcional ou real, modifica seu 
valor nominal, lavando o aumento da prestação devida e 
exceção ao nominalismo 
Evento externo inesperado ou com efeitos inesperados 
também autoriza o aumento da prestação – embora os 
efeitos sejam inesperados a previsão do aumento deve ter 
sido estipulada anteriormente pelas partes 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier 
desproporção manifesta entre o valor da prestação devida 
e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, 
a pedido da parte, de modo que assegure, quanto 
possível, o valor real da prestação. 
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em 
ouro ou em moeda estrangeira, bem como para 
compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda 
nacional, excetuados os casos previstos na legislação 
especial. 
É uma medida de proteção da moeda nacional, vedando 
a realização de pagamentos em ouro ou em moeda 
estrangeira; fixa o curso forçado da moeda nacional. 
Impedindo seu desprezo e desvalorização frente as 
moedas estrangeiras 
A regra do uso forçado não é absoluta 
É necessário um processo de execução específico 
d) Obrigações de fazer e não fazer 
DE FAZER: 
Art.247-249 
A obrigação de fazer envolve uma conduta como uma 
obrigação de dar, no entanto não há a transmissão da 
coisa; observação o núcleo da obrigação 
A obrigação de fazer pode ser: 
• Fungível – o que importa é que tão somente seja feito 
independente de quem 
• Infungível (personalíssima) – a obrigação foi criada 
levando em conta não somente o que tem que ser 
feito, mas também quem deve fazer 
Para o adimplemento dessa obrigação aquele sujeito 
específico deve fazer a prestação 
A razão da contratação/criação da obrigação passa por 
aquele sujeito que vá desempenhar 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o 
devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele 
exeqüível. 
Ligada a obrigação de fazer infungível; obrigação que 
somente aquele sujeito pode adimplir 
O sujeito fica obrigado a pagar perdas e danos 
Mesmo na obrigação de dar infungível se busca adimplir 
a obrigação, a tutela específica seja provida ao invés de ir 
diretamente para as perdas e danos 
A tutela específica conseguida não anula a possibilidade 
de haver, também, as perdas e danos 
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa 
do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, 
responderá por perdas e danos. 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao 
credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou 
mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, 
independentemente de autorização judicial, executar ou mandar 
executar o fato, sendo depois ressarcido. 
Ligado a obrigação de fazer fungível, de modo que o 
credor pode substituir o sujeito que vai adimplir a 
obrigação de modo que o devedor fica obrigado a custear 
a execução do fato, sempre determinado anteriormente 
por autorização judicial 
DE NÃO FAZER: 
Qualquer cláusula de exclusividade traz consigo uma 
obrigação de não fazer 
O dever de sigilo também é uma obrigação de não fazer; 
cláusulas de não concorrência 
Normalmente apresentam maior extensão temporal 
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem 
culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que 
se obrigou a não praticar. 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se 
obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se 
desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer 
ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, 
sem prejuízo do ressarcimento devido. 
Se não der pra ser desfeito, o que resta é pagar perdas e 
danos e eventualmente tentar evitar a ampliação do dano 
sofrido, aumentando seus efeitos ou perdurando no 
tempo. 
Sendo possível desfazer não impede, também, o 
pagamento de perdas e danos 
e) Obrigação alternativa 
Há pelo menos duas prestações possíveis e pelo menos 
uma delas deve ser adimplida 
A obrigação acumulativa e simples funcionam da mesma 
forma, de modo que toda a prestação deve ser cumprida, 
em conjunto ou de maneira isolada 
A obrigação pode ser, ao mesmo tempo, alternativa e 
acumulativa 
Na obrigação alternativa a escolha está relacionada a 
prestação, enquanto na obrigação de dar coisa incerta o 
sujeito escolhe dentro do universo das coisas. 
O direito de escolha cabe ao devedor e todas as 
alternativas têm o mesmo valor liberatório, não haveria 
porque discutir qual prestação seria melhor ou pior, pouco 
importando o valor econômico; não se aplica a regra da 
escolha da coisa incerta 
Sobre a escolha na obrigação alternativa: 
- embora a escolha seja do devedor, este não pode obrigar 
o credor a receber parte em uma prestação e parte em 
outra, visto que isso implicaria na criação de uma nova 
prestação não prevista pelas partes 
- na obrigação alternativa de prestação periódica, como o 
pagamento de um aluguel, a cada novo momento de 
pagamento se renova, também, o direito de escolha 
- quando se tem a pluralidade de optantes, como em 
casos de que há vários devedores, a escolha tem que ser 
uninânime 
- quando a escolha deve ser realizada por terceiro e este 
não fizer o direito de escolha volta para os sujeitos que 
devem decidir conjuntamente 
- se impossibilita as duas alternativas sem culpa do 
devedor se resolve a obrigação 
- quando se impossibilita uma sem culpa do devedor este 
é obrigado a adimplir a outra alternativa, independente se 
a escolha foi do credor ou do devedor 
- quando se impossibilita uma alternativa com culpa e 
ainda subsiste a outra cabe ao devedor adimplir a outra 
prestação 
- se for de escolha do credor e este escolheu a prestação 
que se perdeu por culpa do devedor este paga por perdas 
e danos e, se assim acordado, adimple a outra prestação. 
No entanto, se o credor escolhe a subsistente não há 
perdas e danos 
- quando se impossibilita uma prestação por culpa se 
acumula o adimplemento na subsistente, deixa de ser 
alternativa 
- quando há culpa no descumprimento da obrigação, por 
analogia o devedor é obrigado a pagar por perdas e danos 
aquela que por último se impossibilitou 
FACULTATIVA- quando a obrigação é criada não há 
alternatividade de escolha do sujeito. Lei determina que o 
sujeito tem a opção de ao invés de adimplir a prestação 
que deve se liberar dessa prestação por uma outra 
conduta 
Art.1234 
Questões: 
Fernanda é credora de um notebook a ser entregue por 
Guilherme e Lara. 
Juliana é credora de mil reais de Fellipe e Carlos, 
devedores solidários. 
Partindo das duas situações acima: 
a) analise como deve se dar o pagamento e a diferença 
dos fundamentos. 
No caso de Fernanda o pagamento pode serrealizado 
tanto por Guilherme como por Lara visto que o notebook 
é um bem indivisível, assim como presente no par. Único 
do art 259 “O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no 
direito do credor em relação aos outros coobrigados”, ou 
seja aquele que adimpliu a obrigação se torna um novo 
credor para o outro devedor. 
 
Juliana pode tanto cobrar dos dois devedores ou 
individualmente, pois o bem é divisível. 
b) caso um dos devedores morra, deixando dois herdeiros, 
como isso influenciaria no cumprimento da obrigação em 
cada um dos casos? 
No caso de Fernanda a morte de um dos devedores obriga 
o outro a adimplir por completo a obrigação, podendo 
cobrar a parte dos herdeiros o valor proporcional ao 
hereditário, visto que o bem é indivisível 
Caso um devedor morra 
Obrigação divisível/indivisível – está relacionada a 
divisibilidade da prestação, de modo que não 
necessariamente o bem precisa ser indivisível para a 
prestação ser indivisível. 
Os bens divisíveis que perdem seu valor com a 
divisibilidade são considerados como prestações 
indivisíveis 
Obrigação divisível: há o fracionamento da obrigação. 
Trata-se as obrigações distintas para cada devedor 
correspondente, assim, o adimplemento ou 
inadimplemento de uma não afeta o da outra – assim, 
cada um só paga o que é seu, e cobrar a parte respectiva 
Obrigação indivisível: deve-se cobrar a integralidade da 
prestação a um dos devedores, que, quando o sujeito 
paga sozinho, se resolve a obrigação com o credor inicial 
e o devedor que adimpliu a obrigação se sub-roga no 
direito do credor do outro devedor (obrigação por sub-
rogação) 
Na multiplicidade de credores a prestação é indivisível, 
mas eles não são credores do todo, assim, o devedor ao 
pagar pode reunir os credores e pagar ou pagar a penas 
um dos credores com a apresentação da caução de 
ratificação (documento de garantia de confirmação pelos 
outros credores que autorizam outro a receber em nome 
deles), de modo que se esse credor age de má-fé o 
devedor não vai responder por nada 
Art.261 – o credor que recebe o bem tem que permanecer 
com ele e dar a cota aos outros credores 
Extinção- quando um dos credores perdoa a dívida da 
obrigação indivisível o devedor segue devendo adimplir 
com a integralidade da prestação, de modo que o credor 
que vai receber o bem deve devolver ao devedor a parte 
da obrigação que foi perdoada 
Confusão: quando o devedor é devedor e credor ao 
mesmo tempo 
Remissão: perdão de dívida 
Impossibilidade do adimplemento da prestação indivisível 
por culpa a obrigação se torna divisível (Art.263); o 
culpado arca sozinho com as perdas e danos, mas o 
adimplemento da prestação que agora é divisível deve ser 
cumprido pelas partes 
Solidariedade – ao invés de cada um puder exigir/pagar 
somente sua parte, o sujeito pode figurar como se fosse 
credor/devedor do todo. Assim, não existe presunção de 
solidariedade, só podendo decorrer da lei ou da vontade 
das partes 
Art.266 – a obrigação solidária pode criar regramentos que 
podem funcionar de formas diferentes nos sujeitos; assim 
o vínculo entre os sujeitos é individual 
Solidariedade ativa: há pelo menos dois credores e eles 
podem cobrar o todo, assim, o devedor pode pagar a 
qualquer um deles 
Não é necessário a caução de ratificação; assim o único 
impedimento que o devedor tem de pagar para um dos 
credores é se houver litígio entre eles 
Presunção que a divisão é pro rata (dividido em partes 
iguais) 
Se houver uma exceção pessoal do devedor para um 
credor, ele não pode se opor a pagar ao outro credor – 
devedor não pode opor a uma a exceção pessoal que tem 
em relação ao outro credor 
Efeitos da coisa julgada: Art.274 – o julgamento contrário 
a um dos credores não afeta os outros, mas o julgamento 
favorável é aproveitado para os outros credores 
Solidariedade passiva: há pelo menos dois devedores e 
eles podem pagar a integralidade 
O pagante sub-roga a posição do credor inicial 
Renúncia de solidariedade – o credor renuncia a 
solidariedade de um dos devedores que sai da 
solidariedade com a sua “parcela de dívida” e se torna 
devedor “único”; assim, os outros devedores se mantém 
na solidariedade com o restante do valor da parcela 
Falecimento do devedor solidário – os herdeiros podem 
ser cobrados isoladamente ou em conjunto pelo “novo 
credor”, não se estabelece solidariedade entre os 
herdeiros do devedor falecido 
Podem haver novas pactuações entre o credor e os 
devedores solidários – se tornar a obrigação mais onerosa 
isso não vai intervir na prestação dos outros credores, no 
entanto, se for favorável vai ser aproveitado 
Exceção pessoal é igual ao da solidariedade ativa 
Grau de inadimplemento – se houver um devedor 
insolvente, sua parcela será ratiada para todos os 
devedores, inclusive para aqueles excluídos da 
solidariedade 
Dívida de interesse exclusivo: o rateio nem sempre ocorre, 
visto que um pode ser “mais devedor” que outro no âmbito 
2ª UNIDADE - 
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES – quando se cria uma 
obrigação existe a possibilidade de haver a mudança tanto 
do credor como do devedor 
Cessão de crédito: Há a alteração de credores; entre o 
cedente e cessionário sem necessidade da anuência do 
devedor 
Em regra, não precisa haver nenhuma clausula na 
obrigação para que haja a cessão de crédito, em geral se 
permite, no entanto, há exceções sobre essas cessões do 
crédito como a própria vontade das partes, proibição 
expressa da lei, natureza da obrigação 
Negócio não tem eficácia para os devedores e nem para 
terceiros, no entanto, para que a eficácia atinja o devedor 
o processo é diferente. 
Eficácia para o devedor – o pagamento que vai liberar o 
devedor é aquele que 
Assunção de dívida 
vioe extinção da obrigação, no entanto há situações de 
adimplemento sem extinção (pagamento com sub-
rogação) e extinção sem adimplemento (extinção, 
transação, confusão, compensação) 
Natureza jurídica do pagamento: Pagamento como ato 
fato, já que a vontade das partes não compõe o suporte 
fático. Não se deve discutir sobre a validade do 
pagamento, visto que não haveria invalidade para ato fato, 
apenas se fosse para ato jurídico 
A anulação de um pagamento, se possível for, em nada 
afeta o débito anterior. Assim, mesmo desconstituído essa 
instituição o sujeito segue obrigado a adimplir com essa 
dívida – “não valerá” 
Jorge César Ferreira da Silva; para poder falar em 
pagamento deve haver um débito prévio determinado, que 
pode ser pago por quem deve ou por outra pessoa 
 Para o credor há a satisfação objetiva, visto que 
há o adimplemento do crédito que leva a possível extinção 
da obrigação e adimplemento 
 Podem haver situações em que não há a 
satisfação objetiva do credor, do mesmo modo que podem 
haver pagamentos que não liberem o devedor (comum 
quando o pagamento é realizado por terceiro como em 
pagamentos realizados pelo fiador) 
Ideia da pontualidade (como característica do 
pagamento): Diz que o pagamento só vai ser satisfatório 
desde que todos os pontos devem ser cumpridos para que 
haja efetivamente o adimplemento. Assim, o simples 
cumprimento da prestação não é por si só suficiente para 
dizer que a prestação aconteceu; pontualidade no sentido 
de ponto a ponto (pode ser relacionado aos deveres 
anexos) 
Discussão sobre se pode afirmar que o devedor tem o 
direito de pagar.. – Entende-se que o devedor tem o direito 
de se liberar da dívida, pois ele não pode ficar preso a 
obrigação por mero arbítrio do credor que se recusa à 
receber o pagamento 
Três sujeitos em posições distintas que podem realizar o 
pagamento: os terceiros que não são parte do negócio 
jurídico, mas podem realizam o pagamento. O terceiro 
pode ser interessado ou não, a partir dos efeitos jurídicos 
decorrentes do pagamento da dívida 
O interesse em relação ao pagamento realizado por 
terceiro é uminteresse jurídico, observando se essa 
relação tem algum impacto jurídico sobre o terceiro. Fiador 
pagando a dívida do devedor é terceiro interessado, 
enquanto um pai que paga a dívida do filho é terceiro não 
interessado. 
Tudo o que o devedor pode fazer para realizar o 
pagamento o terceiro interessado também pode 
quando o terceiro interessado realiza o pagamento da 
dívida a obrigação não se extingue, pagamento por sub 
rogação 
Já quando o pagamento é realizado pelo terceiro não 
interessado ele pode ser realizado de duas maneiras: 
a) em nome e na conta da devedora – extingue a 
obrigação e o terceiro não pode cobrar nada da 
devedora 
b) em nome e na conta de terceiro – extingue a 
obrigação e o terceiro pode cobrar da devedora; 
surge uma nova obrigação em que se mantém 
apenas o prazo da obrigação original 
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com 
desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a 
reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios 
para ilidir a ação. 
O sujeito não comunicou que ia pagar ou comunicou e o 
devedor não “deixou” – o terceiro que pagou não pode 
cobrar nada do devedor; O terceiro não pode cobrar nada 
do devedor visto que esse tinha como impedir a cobrança 
do credor, assim o terceiro não pode cobrar aquilo que 
nem o credor inicial poderia 
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar 
transmissão da propriedade, quando feito por quem 
possa alienar o objeto em que ele consistiu. 
Exemplo: só vende um imóvel aquele que tem legitimidade 
para realizar tal ato; assim só tem eficácia o 
pagamento/venda do imóvel que foi feito pela pessoa que 
podia vender 
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, 
não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a 
recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o 
direito de aliená-la. 
Necessariamente é uma obrigação de dar, excluindo a de 
restituir. É um pagamento que traz em si um outro fato 
jurídico que é a alienação da propriedade – discussão 
sobre a legitimidade dessa alienação 
Proteção do parágrafo único só se dá para o sujeito se 
este estiver de boa fe 
Daqueles a quem se deve pagar – credores (polo ativo) 
O representante do credor tem o poder de receber e dar 
quitação de modo que se o devedor pagar a ele se livra da 
obrigação. Há situações em que só se extingue a 
obrigação se o pagamento for realizado para o 
representante do credor, pois o credor estaria 
impedido/impossibilitado de dar quitação à dívida 
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao 
credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em 
benefício dele efetivamente reverteu. 
Pagamento feito ao credor putativo – teoria da aparência 
somado à boa fé objetiva; o devedor é liberado de modo 
que o credor verdadeiro pode cobrar/acertar as contas 
apenas com o credor putativo 
O pagamento realizado ao portador da quitação também 
libera o devedor, independe deste sujeito ser efetivamente 
o credor ou não 
só vai liberar o devedor provar que o pagamento foi 
revertido em benefício do credor 
Exemplo: pai que da o valor da pensão ao filho que gastou 
todo no cinema em vez, desse modo o pai tem de realizar 
o pagamento da pensão novamente 
O incapaz pode titularizar direitos de ser credor, mas não 
tem o poder de dar quitação do pagamento 
Penhora- quando o devedor paga ao credor sabendo que 
os bens do credor já foram empenhados, o certo é que o 
devedor deposite em juízo – se ele pagar diretamente é 
capaz que ele seja obrigado a realizar o pagamento 
novamente (Art.312) 
LUGAR E TEMPO DO PAGAMENTO 
A regra geral é que o local do pagamento é o domicílio do 
devedor – ônus para o credor; obrigação quesível caso 
não tenham convencionado o lugar (obrigação quesível 
como regra geral) 
Quando o local de pagamento é no domicílio do credor – 
obrigação portável 
O local do pagamento também pode ser convencionado 
pelas partes, ou imposta por lei. Se as partes escolherem 
dois ou mais lugares, cabe ao credor decidir qual será o 
local do pagamento 
Saber o local do pagamento importa para saber quem está 
inadimplente; se as partes convencionam o pagamento no 
shopping e nenhum vai ao local, entende-se que há um tu 
quoque, de modo que nenhuma das partes pode alegar o 
inadimplemento da outra. Mas se um foi e o outro não, 
aquele que não foi estará inadimplente 
Art.328; 
Motivo grave libera as pessoas de realizarem o 
pagamento no local correto 
Art.330; supressio e surrectio - razoabilidade do 
pagamento reinterado 
Tempo do pagamento: Art.331-333 
Em regra a obrigação tem exigibilidade imediata 
O vencimento convencionado só pode ser estabelecido a 
partir do momento em que a obrigação seja criada 
Termo como o limite de modo que o devedor pode pagar 
a qualquer momento até a definição do termo 
Obrigação condicional – paga se ocorrer o evento futuro e 
incerto; Art.332 o credor deve avisar que a condição 
aconteceu 
Obrigação com termo – se estabelece uma data de 
vencimento; um prazo que não pode ser exigido antes da 
data estabelecida 
Obrigação com termo neutro – quando o termo 
estabelecido é o momento exato que ele deve acontecer 
Cobrança antecipada x Vencimento antecipado 
O vencimento antecipado significa que o devedor está 
inadimplente, enquanto a cobrança antecipada o devedor 
não está inadimplente, de modo que ainda está dentro do 
prazo convencionado no momento de criação da 
obrigação do pagamento 
Se o credor vai atrás do pagamento antes da data 
estipulada – cobrança antecipada 
Art.333 – o credor tem direito de cobrar a dívida antes do 
vencimento; casos em que o credor pode fazer a cobrança 
Se houver solidariedade passiva um dos devedores 
estiver em uma das situações do art.333, os outros 
devedores não podem ser prejudicados 
Objeto do pagamento e sua prova – Arts. 313 até 326 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação 
diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa 
Identidade do objeto do pagamento; objeto não é 
formado pelo valor, mas sim pela prestação 
determinada. O inverso também se aplica, o devedor não 
pode ser obrigado a adimplir com uma prestação 
diferente da determinada, ainda que menos valiosa 
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto 
prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a 
receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não 
se ajustou. Indivisibilidade do pagamento; a regra geral é 
que o pagamento se dá em um único ato 
Arts.315 e 318 – ligados à obrigação pecuniária. 
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no 
vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, 
salvo o disposto nos artigos subseqüentes. Trata sobre o 
nominalismo e o curso forçado; na obrigação pecuniária 
o valor devido é o valor nominal (nominalismo) e as 
dívidas pecuniárias no Brasil devem ser pagas na moeda 
corrente, não podendo ser realizada em ouro ou moedas 
estrangeiras (curso forçado da moeda nacional) 
O nominalismo tem uma espécie de exceção (Art. 316. É 
lícito convencionar o aumento progressivo de prestações 
sucessivas.) gera um mecanismo de realização de 
contratos com períodos mais longos – nominalismo é 
algo pensado inicialmente em proteção ao devedor 
(inflação ligada ao valor nominal), mas não se quer criar 
situações que prejudiquem tanto o credor 
Art.316 como cláusula de escala móvel; no momento em 
que cria o contrato já se coloca uma clausula indicando o 
reajuste a ser feito - não rompe com o nominalismo, mas 
da uma certa flexibilidade 
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier 
desproporção manifesta entre o valor da prestação 
devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz 
corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, 
quanto possível, o valor real da prestação. 
Traz a possibilidade de revisão daquilo que é devido; 
artigo pensado para a obrigação pecuniária 
Decisões judiciaiscitam esse art junto aos 478-480 
(ligados à resolução de contratos por onerosidade 
excessiva). A intenção é atender as expectativas 
relacionadas ao momento em que o contrato foi 
realizado; deve ser pensado pela lógica da exceção – 
regramento para que o sujeito busque a modificação 
diante de uma situação atípica (teoria da imprevisão – 
motivos imprevisíveis) 
Teoria da imprevisão/onerosidade excessiva – pode 
rever o contrato realizado diante de uma situação atípica 
Requisitos: 
a) tem que ser um fato que saia do ordinário; 
motivos imprevisíveis. Ideia de fortuito interno 
e externo 
exemplo de compra e venda de safra futura – vende uma 
safra que ainda não tinha e no momento de receber o 
pagamento o valor da safra foi valorizado (vende por x e 
quer cobrar depois por 2x) 
b) desproporção manifesta entre o valor da 
prestação devida e o momento de sua execução 
diferente da figura da lesão, a desproporção na lesão é 
uma desproporção originária, enquanto nesses casos 
surge uma desproporção posterior 
Regra geral sobre a despesa do pagamento: Art. 325. 
Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o 
pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do 
credor, suportará este a despesa acrescida. 
Se for por culpa do credor ele responde pelas despesas 
 Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, 
ou peso, entender-se-á, no silêncio das partes, que 
aceitaram os do lugar da execução. – Comum em 
situações de medidas de “lotes de terra” que o valor pode 
variar de acordo com as regiões no país, mas pode ser 
convencionado entre as partes 
PROVA DO PAGAMENTO 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por 
instrumento particular, designará o valor e a espécie da 
dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este 
pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a 
assinatura do credor, ou do seu representante. 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos 
neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das 
circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. 
 Quitação como do direito do devedor em receber, pois é 
a comprovação de que ele está livre da dívida; quitação 
stricto sensu (agente capaz e livre manifestação de 
vontade) de modo que a pessoa deve ser capaz para 
poder emitir a quitação 
Presunção do pagamento: em regra a quitação é a prova 
do pagamento, mas ainda sem a quitação o pagamento 
pode ser identificado como pago (juris tantum) 
a) quanto as cotas periódicas: quando o credor emite, 
sem ressalvas, a quitação da ultima parcela sem ter 
dado a quitação das anteriores (Art.322 – como 
contas de luz) 
b) quanto ao capital e juros: quando o devedor paga o 
capital e o credor gera a quitação, de modo que se 
entende que os juros também foram pagos 
independente de não constarem na quitação; juros 
vão se presumir pagos (Art.323) 
c) entrega da quitação: com a entrega da quitação se 
presume que houve o pagamento da dívida, 
havendo um prazo de 60 dias para se recorrer sobre 
a entrega da quitação, de modo que passando desse 
prazo a presunção absoluta do pagamento (Art.324) 
Situações atípicas de adimplemento: 
Objeto do pagamento - 
a) pagamento em consignação: por alguma das causas 
previstas o sujeito não consegue fazer o pagamento 
ao credor e a lei autoriza que ele faça um depósito 
da coisa (ao invés de pagar ao credor faz o depósito 
em juízo ou depósito bancário) 
somente para obrigações de dar 
o pagamento em consignação tem o mesmo valor 
liberatório do que como se tivesse pago ao credor; se for 
feito pelo poder judicial se faz uma consignação em 
pagamento 
o pagamento em consignação normalmente ocorre por 
iniciativa do devedor, mas pode ser solicitado pelo credor 
em uma situação específica 
quem arca com as despesas da ação, custos é “quem está 
errado” – pode ser tanto o devedor visto como 
inadimplente ou o credor 
o código não afasta a escolha do credor para que ele 
escolha a coisa, como em casos de dar coisa certa 
alternativa 
possibilidade de levantamento do depósito – lei permite 
que o devedor “pegue de volta” a coisa que ele depositou 
em juízo, voltando a ser inadimplente. Quanto mais para 
frente na ação, mas difícil do devedor conseguir o 
levantamento. Antes do pronunciamento do credor o 
devedor é livre para fazer o levantamento; quando o 
credor se manifesta de qualquer forma, mas ainda não 
teve a sentença o levantamento do depósito só depende 
do consentimento do credor, sem necessidade de 
acolher o consentimento dos co-devedores e fiadores, 
assim, o credor que aceitou só pode cobrar 
posteriormente ao devedor que fez o levantamento 
após a sentença o devedor só consegue realizar o 
levantamento com o consentimento do credor, co 
devedores e fiadores 
 Art. 335. A consignação tem lugar: 
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar 
receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; 
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no 
lugar, tempo e condição devidos; (comum em obrigações 
quesíveis; credor que vai até o devedor) 
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, 
declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de 
acesso perigoso ou difícil; (se o curador do ausente não 
tiver o poder de receber e dar quitação; só tem poder de 
administrar os bens) (só tem sentido quando se relaciona 
às obrigações portáveis; quando o devedor vai até o 
credor) 
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente 
receber o objeto do pagamento; (como em casos de 
cessão de crédito e não se sabe quem é o “novo” credor) 
(situação em que vários sujeitos se apresentam como 
credores; exemplo: casos de herdeiros de credor falecido 
– situação em que autoriza o credor a requerer o 
pagamento em consignação; Art. 345. Se a dívida se 
vencer, pendendo litígio entre credores que se 
pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles 
requerer a consignação.) 
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
Ação de pagamento por consignação é quando o juiz 
manda abrir a conta para o credor depositar a obrigação 
(obrigação de dar ou pecuniária) - se o credor não 
escolher durante a ação aberta cabe ao devedor escolher 
Após a abertura da ação o credor pode recorrer, mas 
cabe ao juiz observar – cabe as despesas do depósito 
ação aquele que “estava errado” 
Pode haver o levantamento do depósito, em que o 
devedor pega a coisa depositada em juízo de volta, em 
três momentos (Art.338,339,340) 
b) imputação do pagamento: há duas obrigações ou 
dois sujeitos obrigados em que as dívidas são 
líquidas, vencidas e da mesma natureza, sendo 
fungíveis entre si 
o devedor realiza o pagamento parcial – momento em 
que há imputação do pagamento, de modo que o 
devedor deve indicar qual das dívidas foi paga, pois elas 
se confundem 
ex: João deve 500 reais a Maria e depois passou a dever 
mais 150, depois de um tempo ele paga 200 reais de 
modo que deve indicar qual das dívidas foi paga. – o 
credor deve aceitar o pagamento parcial da dívida 
No entanto, se o devedor for omisso no momento do 
pagamento o credor que deve indicar qual dívida foi paga 
no momento em que ele vai dar a quitação. Como no 
exemplo maria indicaria que a dívida de 150 foi paga e 
parte da de 500. 
Se tanto o credor como o devedor se mostram omissos 
na declaração de qual dívida foi paga (Art.353, 355) 
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das 
dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se 
aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a 
reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo 
provando haver ele cometido violência ou dolo. 
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, 
e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará 
nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as 
dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, 
a imputação far-se-á na mais onerosa.Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-
se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, 
salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a 
quitação por conta do capital. - na imputação do 
pagamento dentro de uma mesma dívida em que há 
juros, o credor que vai indicar se o pagamento foi sobre 
os juros ou sobre o capital 
DAÇÃO - como o credor aceita receber uma prestação 
diversa da que lhe é devida (Art.356,357) 
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação 
diversa da que lhe é devida. 
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em 
pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão 
pelas normas do contrato de compra e venda. 
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em 
pagamento, a transferência importará em cessão 
Tem a evicção como consequência Art.359 - Se o credor 
for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-
seá a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação 
dada, ressalvados os direitos de terceiros 
A obrigação inicial volta ao devedor que entregou coisa 
em que o dono original reivindicou. Assim, o credor que 
recebeu prestação diversa da que lhe era devida na 
dação devolve aquilo que foi recebido de modo que o 
devedor que já estava livre da obrigação volta a dever a 
prestação inicial 
c) pagamento com sub-rogação: é a única situação em 
que o pagamento não extingue a obrigação, de 
modo que a obrigação se mantém e todos os direitos 
e garantias passam para aquele que realizou o 
pagamento inicial e se sub-rogou nos direitos do 
credor 
pagamento por sub rogação legal – opera-se de pleno 
direito, não dependendo de ato de vontade 
 Só há a sub-rogação naquilo que o sujeito pagou 
Pode haver uma sub-rogação parcial em que o credor 
segue se mantendo credor e surge um novo credor sub-
rogado, de modo que o credor originário tem preferência 
em relação ao credor sub-rogação (em situações de 
insolvência, pois o devedor não teria bens suficientes 
para realizar o pagamento para ambos os credores) 
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em 
favor: 
I - do credor que paga a dívida do devedor comum; (não 
ocorre com tanta frequência) 
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a 
credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o 
pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; 
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual 
era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. (caso 
mais comum em que o terceiro interessado paga) 
pagamento por sub rogação convencional – deriva de um 
acordo entre as partes 
Art. 347. A sub-rogação é convencional: 
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e 
expressamente lhe transfere todos os seus direitos; (se 
aplica as regras da cessão de crédito) 
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a 
quantia precisa para solver a dívida, sob a condição 
expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do 
credor satisfeito (a sub rogação vai depender do acordo, 
devindo vir expresso no momento do emprestímo) 
Efeitos da sub-rogação: 
• não extingue a obrigação, de modo que o “novo 
credor” se sub-roga em todos os direitos do credor 
inicial. No entanto, na sub-rogação legal a sub-
rogação é apenas no valor pago, de modo que eles 
se tornam co-credores, de modo que o credor 
originário tem preferência no pagamento 
• sub-rogação parcial: o sujeito se sub-roga apenas no 
valor que foi pago; se torna co-credor 
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos 
os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em 
relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores. 
Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá 
exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma 
que tiver desembolsado para desobrigar o devedor. 
Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, 
terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida 
restante, se os bens do devedor não chegarem para 
saldar inteiramente o que a um e outro dever. 
EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO – 
Questão pratica 
Novação – Cria-se uma nova obrigação no intuito de 
extinguir a obrigação anterior, podendo ser objetiva ou 
subjetiva. Será objetiva se forem mantidos os sujeitos 
(credor e devedor) em que surge uma nova obrigação 
alterando apenas a prestação a ser cumprida. No 
entanto, se for subjetiva ativa ou passiva se alteram os 
sujeitos 
Animus novanti 
A novação subjetiva passiva um terceiro pode procurar o 
credor sem procurar um devedor primitivo para que se 
crie uma nova 
Art. 365 
A novação extingue a obrigação por completo, assim se 
houver devedores solidários só participam da nova 
obrigação aqueles que participaram da novação, 
enquanto os outros seriam liberados 
Compensação – 
Exceção em que o código permite que a compensação 
ocorra entre sujeitos que não eram credores e devedores 
na obrigação inicial. O fiador pode usar o crédito do 
devedor que a fiança, mesma compensação que o 
devedor podia fazer o fiador pode fazer também 
Compensação só pode ocorrer quando as dívidas estão 
vencidas, no entanto, quando tem um prazo de favor 
(quando o credor amplia o prazo por liberalidade, não 
tinha nenhuma obrigação) a compensação pode ocorrer 
no decorrer desse prazo. Durante a constância do prazo 
de favor a compensação pode ser realizada 
Em regra, qualquer obrigação pode ser compensada de 
modo que ao criar a obrigação não é necessário indicar 
que a obrigação poderá ser compensada. No entanto, há 
situações em que o legislador não permite a 
compensação no art. 373 CC ou então pela própria 
vontade das partes 
Compensação com imputação - 
Confusão – Art.383; a extinção se da somente na parte 
do crédito ou da dívida daquele sujeito (confusão parcial 
se mantem a obrigação para as partes solidárias) 
Remissão – perdão de dívida 
a) total; parcial 
b) expressa; tácita ou presumida 
QUESTÃO João é dono da fazenda Rancho Feliz e é credor 
de 30 vacas leiteiras de Maria, no entanto na data no 
pagamento Maria deu para João apenas 15 vacas e 
prontamente recebeu a quitação (total da obrigação). Há 
extinção de obrigação nesse caso? Se sim, justifique 
indicando qual espécie foi utilizada. 
Inadimplemento: absoluto; relativo; violação positiva 
Há inadimplemento absoluto quando a obrigação não foi 
cumprida e nem vai ser tanto porque a prestação se 
tornou impossível (como em casos perda) ou deixou de 
ter utilidade pra o credor (pode ser um inadimplemento 
absoluto ou relativo) 
a) relativo – o pagamento não aconteceu, mas ainda 
pode acontecer visto que há utilidade para o credor 
receber essa prestação, podendo consertar as 
questões relacionadas à forma 
comum em obrigações pecuniárias – exemplo: mora 
(violação negativa em que a prestação principal não foi 
cumprida) 
o clapresenta um caráter transitório, de modo que a 
obrigação pode ser cumprida ou tornar o 
inadimplemento absoluto 
b) absoluto – o pagamento não aconteceu e a 
prestação perde utilidade para o credor 
c) violação positiva do contrato – não tem previsão 
expressa no código civil; apresenta um espectro 
limitado 
a prestação principal foi cumprida, mas há algo de errado 
Exemplo: casos de descumprimento dos deveres anexos 
d) inadimplemento total – não pagou nada; critério 
quantitativo 
e) inadimplemento parcial – não pagou uma parte; 
critério quantitativo 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor 
por perdas e danos, mais juros e atualização monetária 
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários de advogado. – Consequência do 
inadimplemento absoluto 
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações 
respondem todos os bens do devedor. – Todos os bens 
que possam responder (atenção aos bens 
impenhoráveis) 
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples 
culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por 
dolo aquele a quemnão favoreça. Nos contratos 
onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo 
as exceções previstas em lei. 
Quando é um contrato oneroso a regra é que quem for o 
culpado responde, mas nos benéficos o legislador buscar 
trazer algum estímulo a parte que não se beneficia, assim 
este só responde por dolo, enquanto a parte beneficiada 
responde por simples culpa 
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos 
resultantes de caso fortuito ou força maior, se 
expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior 
verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não eram 
possíveis evitar ou impedir. 
Nesse momento o legislador tratou caso fortuito e força 
maior tendo a mesma consequência partindo de uma 
mesma situação, mas na doutrina há certa diferenciação 
entre eles. Assim, o devedor não vai responder pelo 
prejuízo, a não ser que esteja determinado 
contratualmente que não haverá a liberação do devedor 
por casos de fortuito ou força maior (deve-se analisar em 
que contexto essa cláusula foi criada, pois desequilibra a 
regra geral da responsabilidade) 
Mora também chamada de inadimplemento relativo 
Ocorre quando o pagamento não ocorre no lugar, forma 
ou tempo determinados. Pode ser mora tanto do 
devedor quanto do credor, em que, na maioria das partes 
não depende de nenhuma atividade da outra parte. 
Ex persona – quando o credor vai cobrar ao devedor 
(como livro emprestado sem prazo) 
Ex ré – o devedor se torna inadimplente 
automaticamente (como atraso de pagamento de 
boleto) 
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua 
mora der causa, mais juros, atualização dos valores 
monetários segundo índices oficiais regularmente 
estabelecidos, e honorários de advogado. – Como na 
mora ainda há a possibilidade de o devedor cumprir com 
a prestação vai se adimplir a prestação e pagar os 
prejuízos decorrentes da mora 
Art. 399. O devedor em mora responde pela 
impossibilidade da prestação, embora essa 
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força 
maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se 
provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda 
quando a obrigação fosse oportunamente 
desempenhada. – Se o devedor já estiver em mora a 
regra é que o devedor não pode alegar caso fortuito ou 
de força maior, assim o devedor perde o direito de 
liberação da obrigação 
Consequências da mora do credor: Art. 400. A mora do 
credor subtrai o devedor isento de dolo à 
responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o 
credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-
la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável 
ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido 
para o pagamento e o da sua efetivação – como se fosse 
uma norma espelho do art.399, assim, se o credor está 
em mora o devedor só responde se agir dolosamente e o 
credor deve arcar com as despesas para conservar a 
prestação. Além disso, se houver alguma oscilação do 
preço, o preço a ser pago pelo credor é aquele mais 
favorável ao devedor 
Mora como um estado transitório, de modo que a 
purgação da mora pode acorrer tanto pelo 
inadimplemento absoluto ou adimplir com a obrigação 
 Art. 401. Purga-se a mora: 
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação 
mais a importância dos prejuízos decorrentes do dia da 
oferta; 
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o 
pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a 
mesma data. 
CONSEQUÊNCIAS DO INADIMPLENTO: 
Questão 01 – perdas e danos e cláusula penal 
Num contrato foi fixada cláusula penal moratória no 
montante de 2mil reais, posteriormente houve 
inadimplemento absoluto por parte do devedor, que 
causou ao credor prejuízo de 5mil reais. Como se resolve 
a questão indenizatória nesse caso? 
Na clausula penal moratória o credor pode exigir a 
satisfação da pena juntamente com o desempenho da 
obrigação principal. (Art.411) 
O normal é que a cláusula penal seja uma pré liquidação 
das perdas e danos, havendo vantagens (por ser 
independente de prova de prejuízo) e desvantagens 
(normalmente não se cumula o valor fixado da cláusula 
com as perdas e danos, mas pode ser convencionado o 
valor como mínimo de indenização enquanto o restante 
de perdas e danos deveria ser provado, chamada de 
cláusula penal cumulativa que pode ser compensatória 
ou moratória) 
Se fosse uma cláusula penal compensatória o devedor 
deveria pagar apenas os 2 mil reais – cláusula ligada ao 
inadimplemento relativo 
Resposta – Tendo em vista que houve o inadimplemento 
absoluto não há mora, assim, a cláusula penal moratória 
não se aplica. Dessa forma, o devedor responde apenas 
por perdas e danos, ou seja, os 5 mil reais de prejuízo 
Perdas e danos independem do acordo entre as partes, 
enquanto a cláusula penal deve ser convencionada pelas 
partes. No entanto, o valor por perdas e danos deve ser 
provado pelo sujeito para que possa receber o valor 
“gasto”, enquanto o valor fixado na cláusula penal vai ser 
pago independe da prova do prejuízo do sujeito, de modo 
que basta provar o inadimplemento da obrigação 
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal 
não pode exceder o da obrigação principal 
Limitação trazida pelo código, principalmente ligada a 
cláusula penal compensatória. Enquanto o valor das 
moratórias se liga aos usos e costumes e leis espaças 
Na obrigação divisível (Art.415) – cada devedor vai 
responder pela sua parte 
Na obrigação indivisível (Art.414) – se todos os devedores 
foram culpados pelo o inadimplemento qualquer um 
deles pode ser responsabilizado integralmente pela 
cláusula penal. No entanto, se somente um dos 
devedores for o culpado o credor pode cobrar tanto do 
culpado como dos não culpados um valor referente a 
quota de cada um de modo que os não culpados podem 
“cobrar” a sua quota o codevedor culpado 
Perdas e danos estão mais ligados a questões de 
inadimplemento de uma obrigação que gerou danos 
patrimoniais. No entanto, o descumprimento de um 
contrato pode gerar, além de danos patrimoniais, danos 
extrapatrimoniais. 
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em 
lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além 
do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente 
deixou de lucrar. – Que são respectivamente os danos 
emergentes (aquilo que o sujeito efetivamente perdeu) e 
os lucros cessantes (aquilo que o sujeito razoavelmente 
deixou de lucrar) 
A doutrina traz uma terceira questão que seria a “perda 
de uma chance”, podendo tanto se encaixar no meio 
patrimonial como extrapatrimonial. Assim, vai se 
indenizar uma chance que o sujeito já tem/ que já integra 
o patrimônio do sujeito (ponto de vista patrimonial) – 
Exemplo: caso do jogo do milhão 
Punitive damages - defende que o juiz fixe uma 
indenização que seja maior que o valor do dano, com o 
intuito de evitar que outras pessoas venham a ter a 
mesma conduta e até mesmo de punir o sujeito que 
praticou o ilícito. Exemplo: a montadora de carros. Não 
há, porém, um entendimento e aplicação uniformizado/ 
regulamentado sobre o punitive demages 
Cumulatividade de danos – para MR só haveriam dois 
meios de danos (patrimoniais ou extrapatrimoniais). 
Danos estéticos ligado a danos morais que podem se ligar 
os lucros cessantes 
Arras – a partir do Art. 417 CC 
Os sujeitos estão realizando um contrato e uma das 
partes entrega a outra algo a título de arras. Não 
necessariamente as arras são da mesma natureza da 
prestação que é devida 
Quando o que é dado tem a mesma natureza do que se 
deve a arras dada é considerada como parte do 
pagamento (pagou 5mil de arras enquanto devia 10mil). 
No entanto, se forem de natureza diferentes a coisa que 
foi entregue funciona apenas como garantia, sendo 
devolvido ao devedor realizar o pagamento (entregou 
um notebook, mas devia 10 mil) 
Se osujeito que deu as arras é o responsável pela não 
continuidade do adimplemento do contrato ele perde o 
que foi entregue 
Se o sujeito que recebeu as arras é o responsável pela não 
continuidade do contrato, ele deve devolver o valor de 
recebeu mais o equivalente 
Arras confirmatórias – não há o direito de 
arrependimento, de modo que há o inadimplemento em 
que as arras vão funcionar como o mínimo da 
indenização e o que exceder paga com perdas e danos 
Em regra, as arras vão cumular com as perdas e danos 
Arras penitenciarias – não se presume, de modo que 
devem vir expresso sua natureza o direito de 
arrependimento (da ao contratante o direito de desistir 
do contrato, de modo que não caracteriza o 
inadimplemento). Tem como única consequência em 
relação às arras 
Juros 
Não se deve confundir os juros com correção monetária, 
já que simboliza acréscimo no valor (amplia o capital, 
gerando frutos civis) 
Pode haver perdas e danos se o sujeito provar que o 
descumprimento da obrigação pecuniária ultrapassou o 
valor dos juros 
O simples atraso leva a aplicação dos juros, independente 
da prova de prejuízo 
Juros legais – independem de qualquer pactuação entre 
as partes 
Juros convencionais – significa que os juros foram criados 
por ato de vontade dos envolvidos, foi pactuado entre 
eles. Mesmo sendo juros convencionais as taxas de juros 
sempre serão legalmente fixadas (valor máximo 
determinado por lei) 
Juros moratórios – juros ligados a qualquer 
inadimplemento que gerem juros 
Juros compensatórios – independem de um 
inadimplemento, como a cobrança de um empréstimo 
realizado pelo banco e parcelamento de compra no 
cartão de crédito 
Cálculo dos juros: juros simples e compostos 
a) simples: quando os juros são gerados, estes não 
integralizam o capital para o cálculo de novos juros 
b) compostos: no momento em que esses juros 
surgem, estes já passam a integralizar o capital para 
efeito de cálculo de novos juros 
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem 
convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou 
quando provierem de determinação da lei, serão fixados 
segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do 
pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional 
Decreto 22626/33 – lei da usura que fixa a taxa de juros 
de 1% ao mês que não se aplica as instituições do sistema 
financeiro

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