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Processo Penal I

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Processo Penal 
Sistemas Processuais: 
Existem três sistemas processuais: 
1. Inquisitivo 
2. Acusatório 
3. Misto 
Sistema Inquisitivo: O próprio órgão que 
investiga e o mesmo que pune, não existe 
separação de funções, pois o juiz inicia a ação, 
defende o réu e julga ao mesmo tempo. 
Sistema Acusatório: diferentemente do 
sistema anterior, aqui existe uma separação 
entre as funções de acusar, julgar e defender. 
Sistema Misto: une a virtude dos dois sistemas 
anteriores, divide o processo em duas fases: 
• 1º - Instrução preliminar: sistema 
inquisitivo 
• 2º - Julgamento: sistema acusatório 
Existem divergências doutrinarias acerca do 
sistema adotado no Brasil, entre acusatório e 
misto, mas até então e adotado o sistema 
Acusatório. 
Princípios 
Princípios constitucionais: 
• P. Dignidade da Pessoa Humana: e o 
princípio que garante qualquer ser 
humano respeito a sua integridade física 
e legal. 
• P. Legalidade: não há crime sem lei 
anterior que o defina, nem pena sem 
previa cominação legal. 
• P. Devido Processo Legal: todo cidadão 
deve ter sus direitos respeitados sem 
nenhuma restrição 
• P. Juiz e promotor naturais: garante 
que todos tem direito de serem julgados 
por um órgão jurisdicional competente. 
• P. Publicidade: em regra os atos 
processuais devem ser realizados 
publicamente, sem segredos e sem sigilo. 
• P. Presunção de inocência: todo 
acusado e considerado inocente até o 
trânsito em julgado do processo. 
• P. Contraditório: que dizer que toda 
prova apresentada no processo por uma 
das partes, tem o adversário o direito 
de se manifestar. 
• P. Ampla defesa: e concedido ao réu o 
direito de se defender das acusações 
feitas pela outra parte. 
• P. Razoável duração do processo: 
assegura que toda pessoa tem direito de 
ser ouvida perante juízo ou tribunal 
dentro de um prazo razoável. 
• P. Fundamentação das decisões 
judiciais: todas as decisões judiciais 
devem ser fundamentadas, sob pena de 
nulidade. 
• P. Nemo tenetur se detegere: o preso 
será informado de seu direito de 
permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de 
advogado. 
Princípios Processuais: 
• Obrigatoriedade da ação penal publica: 
o Estado tem o dever a agir em casos 
crimes de ação penal pública. 
• Princípio da demanda: veda que o juiz 
de início a ação penal, visto que a 
iniciativa deve ser por parte do 
Ministério Público. 
• Impulso oficial: é o princípio pelo qual 
compete ao juiz, uma vez instaurada a 
relação processual, mover o 
procedimento de fase em fase, até o 
trânsito em julgado. 
• Busca pela verdade: e o princípio do 
qual estabelece que nem sempre a 
verdade será fiel a realidade do crime, 
por isso o juiz deve basear-se na 
verdade através das provas colhidas. 
Não pode violar direitos e garantia do 
investigado/acusado. 
• Favor Rei: quando houver uma norma 
que traga interpretações diferentes, 
deve o juiz optar pela mais favorável 
sempre que a acusação não tenha obtido 
provas suficientes para a obtenção da 
acusação. 
Para o STJ, esse princípio não tem aplicação 
nas fases de oferecimento da denúncia e na 
prolação da decisão de pronúncia no 
Tribunal do Júri, nas quais prevalece o 
princípio do in dubio pro societate 
• Imparcialidade do Juiz: exige-se do 
órgão julgador um desinteresse por 
ambas as partes. Ou seja, deve o juiz 
interessar-se apenas pela busca da 
verdade processual, esteja ela com quem 
estiver. 
• Ne bis in idem: nenhuma pessoa poderá 
ser julgada pelo Tribunal por atos 
constitutivos de crimes pelos quais este 
já a tenha condenado ou absolvido. 
Lei Processual Penal no espaço: 
Significa aplicar a lei processual penal 
brasileira a todo delito ocorrido em território 
nacional. (lex fori – princípio da 
territorialidade) 
Art. 1° O processo penal reger-se-á, em todo o 
território brasileiro, por este Código, 
ressalvados. 
• Não admite extraterritorialidade 
• Territorialidade absoluta 
• Processos que estão tramitando no 
Brasil, são objetos da lei processual 
brasileira. 
Não se aplica o código de processo penal em: 
I – Tratados, convenções e regras de direito 
internacional: Aqueles que gozam de imunidade 
diplomática, se vier a cometer algum crime em 
solo nacional, aqui não será punido. 
II – Crimes de responsabilidade será 
competência do poder legislativo. 
III – Crimes de competência da Justiça 
militares. Existe código específico, CPPM. 
IV – Crimes contra a segurança nacional serão 
julgados pela justiça comum. 
Lei Penal no Tempo 
Art. 2° - A lei processual penal aplicar-se-á 
desde logo, sem prejuízo da validade dos atos 
realizados sobre a vigência de lei anterior. 
Princípio da aplicação imediata: a lei tem sua 
aplicação imediata. (tempus regit actum) 
1. Aplicação imediata 
2. Atos realizados em vigência de lei 
anterior são considerados validos. 
Lei processual penal não e revogada para 
beneficiar o réu como ocorre na lei penal. 
Com relação a alteração de prazo recursal por 
lei nova, o novo prazo se aplica caso o prazo da 
lei antiga não tenha começado a fluir. 
Normas Mistas: normas que são ao mesmo 
tempo penal quanto processual penal, 
apresentam duplicidade de conteúdo. Neste 
caso, havendo sucessão de leis, segue o 
regramento do direito penal 
 No tempo No espaço 
Processual 
Penal 
Tempus regit 
actum 
Lex fori 
 
Inquérito Policial: 
E um conjunto de atos praticados, pela polícia 
judiciaria, com a intenção de apurar a autoria e 
materialidade de uma infração penal, para ar ao 
Ministério Público, elementos necessários para 
a propositura da ação penal. 
Objetivo: 
• Investigar a existência de um crime 
• Determinar seus agentes e responsáveis 
• Descobrir e recolher provas 
Características do IP: 
Inquisitorial: não permite que o indiciado ou 
suspeito tenha direito de defesa, tendo em 
vista que ele não está sendo acusado de nada, 
mas, sim, sendo investigado. 
Escrito/Formal: e exigido que as peças do 
inquérito sejam escritas ou datilografadas e 
assinadas pela autoridade. 
Oficialidade: o inquérito policial e apenas uma 
das espécies de investigação criminal (exemplo: 
CPI, PIC, Sindicâncias e investigação 
particular) 
Autoridade: o inquérito policial deve ser 
precedido de autoridade legal, que é o 
delegado. 
Obrigatoriedade: quando existir indícios 
mínimos da ocorrência de um delito, o delegado 
e obrigado a instaurar o inquérito policial. 
Oficiosidade: nos casos de delito de ação penal 
publica incondicionada, o delegado instaura o 
inquérito de ex officio. 
Indisponibilidade: uma vez instaurado, deve ser 
conduzido até que se esgotem as diligências 
legalmente possíveis. Não pode mandar 
arquivar, uma vez que não e ele o destinatário 
do IP. 
Discricionário: a autoridade tem a liberdade de 
agir, dentro dos limites legais. 
Dispensável: o inquérito policial não é 
indispensável para a propositura de qualquer 
ação. E possível que exista ação penal sem o 
inquérito. 
Sigiloso: o inquérito policial deve ser sigiloso, 
mas não é absoluto, visto que não se aplica ao 
MP, Poder Judiciário e ao advogado. 
Temporário: O inquérito policial não pode 
tramitar Ad eternun, o CPP estabelece prazo 
para que o IP seja concluído. Podendo o prazo 
ser prorrogado. 
Destinatários: 
• Mediato: Juiz das Garantias 
• Imediato: titulares da ação 
Juiz das Garantias: e o responsável por 
fiscalizar a investigação criminal. Uma das suas 
principais funções e a prorrogação de prazo de 
duração do inquérito e prisões além de 
determinar o trancamento do IP. 
Atenção: O Ministro Luiz Fux, vice-presidente 
do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu 
por tempo indeterminado a eficácia das regras 
do Pacote Anticrime (Lei 13.964/2019) que 
instituem a figura do juiz das garantias. 
Pode ser instaurado: 
• Ex officio; 
• Por requerimento/representação do 
ofendido;• Por requisição do MJ, MP ou Juiz; 
• Por força de declaração feira por 
terceiro; 
• Por força de prisão em flagrante; 
Início do inquérito: 
Crimes de ação penal pública incondicionada: 
• Ex officio 
• Requisição do juiz ou MP (ordem) 
• Ato de prisão em flagrante 
• Requerimento de qualquer interessado 
Crimes de ação penal pública condicionada: 
• Requisição da vítima ou representante. 
• Requisição do Juiz ou MP desde que 
acompanhado da representação da 
vítima ou do MJ. 
• Prisão em flagrante desde que 
acompanhada de representação da 
vítima. 
Crimes de ação privada: 
• Requerimento da vítima. 
• Requisição do juiz ou MP desde que 
esteja acompanhada com o requerimento 
da vítima. 
Não é possível instaurar inquérito somente com 
base em denúncia anônima. 
 
Infrações de Menor Potencial Ofensivo: O IP 
e instaurado para infrações penais com penas 
superioras a 2 anos. Infrações de menor 
potencial ofensivo será lavrado um TC (termo 
circunstanciado). 
Notitia criminis: ciência da autoridade policial 
de um fato criminoso. 
• Indireta: toma conhecimento por meio 
de algum ato jurídico de comunicação, 
como requerimento da vítima, requisição 
do MP ou do MJ. 
• Direta: toma conhecimento por meio de 
suas atividades rotineiras, por meio de 
investigação, noticia de imprensa ou 
serviços de disque denúncia. 
• Coercitiva: ocorre na hipótese de prisão 
em flagrante. 
Investigação criminal contra autoridades com 
prerrogativas de foro, somente podem ser 
investigadas e processadas em determinados 
tribunais 
Delatio Criminis: quando qualquer pessoa do 
povo comunica a autoridade policial a existência 
de uma infração penal. Comunicação verbal ou 
escrita 
Requisição, requerimento e representação: 
• Requisição: exigência, fundamentada em 
lei; 
• Requerimento: solicitação, passível de 
indeferimento; 
• Representação: exposição de um fato ou 
ocorrência. 
Conteúdo do requerimento, requisição e da 
representação: 
Requisição dirigidas a autoridade policial, 
exigindo a instauração do inquérito contra 
determinada pessoa, ainda que aponte o crime, 
em tese necessita conter dados, suficientes 
para a propositura do IP, não e cabível um 
oficio genérico a requisição deve sustentar-se 
em fatos. 
Caso a autoridade policial instaure uma 
investigação totalmente descabida, poderá 
responder por abuso de autoridade, a 
responsabilidade será tanto de quem requisitou 
quanto de quem cumpriu. 
O mesmo se dá com o requerimento e com a 
representação. 
Prazo para a conclusão do Inquérito 
• Investigado preso: 10 dias, contados da 
data da prisão. 
• Investigado solto: 30 dias, a contar da 
instauração do IP. (Prorrogável) 
Prazo de natureza processual: exclui o dia do 
começo e inclui o dia do fim, se o dia final for 
final de semana ou feriado passa para o 
próximo dia útil. (investigado solto). 
Prazo de natureza penal (material): inclui o dia 
do começo, se o prazo final for no final de 
semana ou feriado o prazo tem fim naquele dia. 
(investigado preso) 
Prazos Especiais: 
 
Diligências: 
Após a instauração do IP, a autoridade policial 
deverá determinar a realização de diligências: 
1. Isolar o local do crime; 
2. Apreender objetos após a liberação do 
perito; 
3. Colher provas; 
4. Ouvir a vítima; 
5. Ouvir o suspeito; 
• Preso: 10 dias
• Solto: 10 dias
Crimes contra a 
economia popular
• Preso: 15 dias (prorrogavel 
por +15)
• Solto: 30 dias
Policia Federal
• Preso: 20 dias
• Solto: 40 (prorrogavel por 
+20)
Codigo de 
Processo Penal 
Militar
• Preso: 30 dias (pode duplicar)
• Solto: 90 dias (pode duplicar)
Lei de Drogas
6. Fazer o reconhecimento de coisas e 
pessoas; 
7. Corpo de delito (nas infrações que 
deixam vestígios); 
8. Identificação do indiciado (impressão 
digital); 
9. Averiguar a vida passada do indivíduo; 
(folha de antecedentes) 
10. Investigar a existência de filhos. 
11. Reprodução simulada se for possível 
(art. 7 CPP) 
As Diligências podem ser requisitadas pelo Juiz 
ou Ministério Público. 
Indiciamento: 
E quando a pessoa e posta como autor do delito, 
diante da presença de elementos da sua autoria 
colhidos no inquérito policial. 
O indiciamento acaba resultando em 
constrangimento, tendo em vista que a folha de 
antecedentes receberá essa informação, sendo 
permanente mesmo que o IP seja arquivado. 
• E um ato exclusivo da autoridade 
policial. 
Desindiciamento: 
Ocorre quando o Poder Judiciário, mediante 
apreciação de HC, determina a anulação do 
indiciamento, por motivos de ausência dos 
requisitos legais. 
Condenação com base no inquérito policial: 
O art. 155 do CPP determina que o juiz não 
pode fundamentar suas decisões com base 
somente nas provas colhidas no IP. 
Vicio no inquérito policial: 
Se houver atos de ilegalidade no IP pode 
acarretar o seu desfazimento. 
Exemplo: Auto de prisão em flagrante ser 
assinado por escrivão. 
Arquivamento do inquérito: 
O pacote anticrime trouxe nova forma de 
arquivamento do inquérito policial, entretanto o 
artigo 28 está com sua eficácia suspensa. 
Depois de encaminhado para o MP, poderá ter 
três opções: 
a) Oferecer a denúncia 
b) Devolver para a autoridade policial 
realizar novas diligências; 
c) Requerer o arquivamento. 
Antes do Pacote anticrime: 
Para que o IP seja arquivado, o ministério 
público poderá requerer o arquivamento com o 
magistrado. 
 
Fundamentos do arquivamento: 
Coisa Julgada Formal: pode ser reaberto. 
Coisa Julgada Material: não pode ser reaberto. 
• Ausência de pressupostos processuais 
ou de condições da ação. (formal) 
• Falta de justa causa. (formal) 
• Excludente de ilicitude. (material) 
• Excludente de culpabilidade. (material) 
• Excludente de punibilidade. (material) 
• Atipicidade do fato 
O despacho que arquivar o IP é irrecorrível, 
exceto em casos de crimes contra a economia 
popular. 
Desarquivamento do IP se dá mediante o 
surgimento de novas provas. 
A partir do pacote anticrime: 
O controle do arquivamento do IP passou a ser 
exclusivamente do MP, deixando de ser dirigido 
a um juiz. 
Requerimento 
do MP
Discordancia do 
Juiz
PGJ
Oferece a 
denúncia
Designa outro 
para oferecer
concorda com o 
arquivamento
 
Com o pacote anticrime, a autoridade policial 
pode retomar as investigações diante de notícia 
de nova prova. 
ATENÇÃO: A eficácia do artigo 28 do CPP está 
suspensa, dessa forma aplica-se atualmente a 
redação do artigo antes do pacote anticrime. 
Ação Penal: 
A ação penal e o direito do Estado ou do 
ofendido de ingressar em juízo. Divide-se em 
ação penal pública e ação penal privada. 
Ação penal pública: A legitimidade para 
propor a ação em ambos os casos será do 
Ministério Público. 
Se divide em: 
 
• Incondicionada: o MP independe de da 
manifestação de vontade de quem quer 
que seja, basta que tenha indícios 
suficientes. 
• Condicionada: depende de previa 
condição, sendo por requisição do MJ ou 
representação do ofendido 
(manifestação de vontade). 
Princípios: 
Obrigatoriedade: A polícia judiciaria e o MP 
tem o dever de agir. 
Obrigatoriedade mitigada: se o agente 
preenche os requisitos para a concessão da 
transação penal, pode e deve o MP oferecer a 
proposta antes de iniciar a ação penal. 
➢ Colaboração premiada 
➢ Acordo de leniência 
➢ ANPP – espécie de negócio jurídico pré-
processual. 
 
Indisponibilidade: Proíbe que o MP desista da 
ação penal. 
Oficialidade: Ação penal e uma atividade 
obrigatória do Estado, que só deve ser 
exercida por órgãos oficiais do Estado. 
Obrigatoriedade: as autoridades públicas 
atribuídas da persecução penal, deve 
obrigatoriamente agir de ofício. 
Divisibilidade: O STF e STJ entendem que o 
MP pode até a sentença final, incluir novos 
agentes ou oferecer contra eles novas ações 
penais. 
Intranscedencia: vedação da aplicação da ação 
penal para quele que não sejao autor do fato. 
Representação do ofendido: 
a) Prazo: Prazo de 6 meses contados do dia 
em que se descobriu o autor do crime, 
ou no dia em que se esgotar o prazo para 
oferecimento da denúncia. 
b) Ofendido sem capacidade: quando o 
ofendido e menor de 18 anos, outra 
pessoa poderá representar em seu lugar. 
c) Ausência ou morte do ofendido: tem uma 
ordem de preferência 1° cônjuge, 2° 
ascendente, 3° descendente e 4° irmão. 
Retratação: pode ser feita antes do 
oferecimento da ação penal. 
• Tacita: vítima se reconcilia com o 
agressor. 
• Retratação da retratação: oferecer uma 
nova representação depois da primeira 
Miniterio Público
Arquivamento 
Arquivamento 
pelo MP
ratificação pela 
câmara de revisão 
ministerial
Ação Penal 
Pública
Incondicionada
Condicionada
Requisição do 
MJ
Representação
do ofendido
Ministerio 
Público
Investigado
(assistido por 
adv.)
Mitigado pelo SURSIS 
retratação, desse de que a situação 
esteja dentro do razoável. 
• Maria da penha: retratação pode ser 
feita se o recebimento da denúncia, será 
feita diante do juiz em audiência 
específica para esse fim. 
Ação penal privada: E aquela em que a 
iniciativa da ação e conferida a vítima. 
Princípios: 
• Oportunidade e conveniência: o ofendido 
tem a escolha de propor ou não a ação 
penal. 
• Disponibilidade: a decisão de continuar 
ou não com a ação e do ofendido. 
• Intranscedencia: só pode ser proposta 
em face do autor, não pode se estender 
a nenhuma outra pessoa. 
• Indivisibilidade: a ação deve ser 
proposta contra todos os autores, em 
caso de renúncia e perdão também será 
concedido a todos os autores. 
A ação penal privada se divide em: 
 
1. Exclusiva: em regra, iniciativa da vítima. 
Exceção: representante legal em caso de 
menor/incapaz ou CADI em caso de morte. 
2. Personalíssima: SÓ pode ser proposta pela 
vítima. 
3. Subsidiaria da pública: e a ação proposta 
pelo ofendido em crimes de ação penal 
pública, quando o MP não faz a denúncia. 
DECADÊNCIA: Perda do direito de agir. 
• Regra: prazo de 6 meses do dia em que 
vier a descobrir o autor do crime 
(art.38) 
RENÚNCIA: recusa da vítima de tomar 
providencias 
• Ocorre antes do ajuizamento da ação. 
• Expressa: o ofendido expressa para as 
autoridades a vontade de renunciar. 
• Tacita: o ofendido pratica atos 
controversos a vontade de continuar a 
queixa. Por exemplo: vítima se reconcilia 
com o agressor. 
Perdão: 
• Ocorre depois de iniciada a ação. 
• Não cabe na ação penal privada 
subsidiaria da pública. 
• Depende da concordância do querelado. 
PEREMPÇÃO: e o desinteresse em prosseguir 
com a ação. 
Requisitos para a propositura da ação: 
a) Descrição dos fatos (quem, quando, 
onde, como...) 
b) Qualificação do acusado (identificação) 
c) Classificação jurídica do fato 
d) Rol de testemunhas (se houver) 
e) Pedido de condenação 
Denúncia e queixa: 
A denúncia e a peça acusatória da ação penal 
pública, já a queixa e da ação penal privada. 
Prazo para oferecimento da denúncia: 
Regra: 5 dias preso e 15 se estiver solto. 
Exceção 
Crime eleitoral 10 d 
Lei de drogas 10 d 
Crimes contra a propriedade imaterial 8 d 
Crime contra a economia popular 2 d 
 
Jurisdição e Competência: 
Jurisdição: e o poder atribuído ao judiciário 
para decidir determinado litígio. 
Competência: e o conjunto de regras que define 
qual é o juiz que irá julgar determinado litígio. 
Princípios: 
Ação penal 
privada
Exclusiva
Personalissima
Subsidiaria da 
pública
Juiz Natural: e o princípio que decorre da 
jurisdição, da qual ninguém será processado por 
autoridade que não tenha competência. 
Investidura: apenas quem estiver legalmente 
investido como juiz, poderá desempenhar a 
jurisdição. 
Indeclinabilidade: o juiz não pode deixar de 
julgar casos que lhe forem apresentados. 
Improrrogabilidade: veda o exercício da 
jurisdição fora dos limites determinados por 
lei. 
Inevitabilidade: as partes não podem recusar o 
juiz. 
Inercia: o poder só poderá ser exercido se for 
provocado. 
Unidade: a jurisdição única. 
Critérios para fixação: 
1. Lugar da infração; 
2. Domicílio ou residência do réu; 
3. Natureza da infração; 
4. Distribuição; 
5. Conexão ou continência; 
6. Prevenção; 
7. Prerrogativa de Função; 
Espécies de competência: 
• Ratione materiae; em razão da matéria 
• Ratione personae: em razão da pessoa 
• Ratione Loci: em razão do local 
Lugar da infração: ratione loci 
Como regra, a jurisdição compete ao foro do 
local onde ocorreu a infração penal, se houver 
tentativa o foro será o local onde se deu o 
último ato. (art. 70) 
Crime a distância: se a execução tiver sido 
iniciada no território brasileiro e se consuma 
fora dele a competência será determinada pelo 
lugar em que se praticou o último ato 
executório no Brasil. 
Crimes plurilocais: a ação ou omissão se dá em 
determinado lugar e o resultado em outro. 
Domicílio do réu: quando não se tem certeza do 
lugar onde a infração penal se consumou, 
utiliza-se a regra do domicílio do réu. Tem se 
os seguintes critérios: 
• Residência com animo permanente; 
• Havendo mais de um domicílio, resolve 
se com a prevenção. 
Na ação privada, mesmo que se saiba o lugar da 
consumação do crime poderá o querelante optar 
pelo foro do domicílio do réu. Não se aplica na 
ação privada subsidiaria da pública. 
Natureza de infração penal: ratione materiae 
Vários juízes de um local podem ser 
competentes, mas deixa de ser em razão da 
matéria da infração. 
Por exemplo: um crime militar deve ser julgado 
pela justiça militar, sem se importar com o local 
do crime. 
Exceção: crimes dolosos contra a vida 
Prerrogativa de foro: ratione personae 
Determinado agente que comete infração penal, 
investido em função especial, revela-se as 
demais regras de fixação da competência. 
• Diz respeito a qualidade da pessoa em 
julgamento. 
Por exemplo: se um prefeito praticar um crime 
em cidade do interior, será julgado no tribunal 
de justiça na capital do Estado. 
Como saber qual é o juiz competente: 
a) Estabelecer a justiça e o órgão 
competente 
JUSTIÇA
Especiais
Militar
Da União
Dos Estados
Eleitoral
Comuns
Federal
Estadual
 
Definida a justiça, deve analisar qual será o 
nível de jurisdição em decorrência do cargo em 
que o réu ocupe. 
 
b) Estabelecer qual é o foro (local) 
Se for da justiça de 1º grau, se estabelece com 
base nos artigos 70 e 71 do CPP. 
c) Estabelecer qual a vara e o juízo 
Deve analisar se existem varas especiais. 
Deve recorrer aos critérios da distribuição e 
prevenção. 
Distribuição: ocorre quando existe mais de um 
juiz competente na mesma vara, sendo assim o 
processo será distribuído. 
Conexão ou continência: e o instituto pelo qual, 
permite que no mesmo processo tenha crimes 
ou pessoas que poderiam ser julgadas 
separadamente. 
• Conexão: conjunto de duas ou mais 
infrações. 
• Continência: ocorre quando uma 
demanda (causa, pedido, causa de pedir) 
estiver contida em outra. 
Conexão: de acordo com a doutrina, conexão 
se divide em três espécies: 
Intersubjetiva: vários crimes E vários agentes. 
• Intersubjetiva por simultaneidade: 
infrações praticadas ao mesmo tempo, 
por várias pessoas, sem que uma saiba 
da outra. 
• Intersubjetiva por concurso: várias 
infrações penais praticadas por 
concurso. 
• Reciprocidade: infração penal cometida 
por duas ou mais pessoas umas contra as 
outras. 
Objetiva: o crime e praticado para facilitar a 
execução de outro 
Instrumental: a prova de um crime influencia a 
existência de outro. 
Continência: ocorre quando os elementos de um 
fato criminoso contêm outros: 
• Subjetiva: quando duas ou mais pessoas 
foram acusadas da mesma infração penal. 
• Objetiva: quando os crimes são cometidos: 
 
 
 
Incompetência: 
Absoluta: em razão da matéria 
Relativa: em razão do local 
Teoria geral das provasProva e o conjunto de elementos produzido 
pelas partes ou determinadas pelo juiz, visando 
a formação do convencimento quanto atos, 
fatos e circunstâncias. 
Princípios: 
• Contraditório: toda prova admite uma 
contraprova. 
• Comunhão: uma vez trazida as provas 
aos autos, não pertencerão mais as 
partes que a acostou, mas sim ao 
processo. 
• Oralidade: em regra, deve ser produzida 
oralmente na presença do juiz. 
• Publicidade: se o processo e público as 
provas também serão. 
• Autorresponsabilidade das partes: e a 
possibilidade de uma prova acostada por 
uma das partes poder prejudicá-la. 
• Não autoincriminação: o acusado não e 
obrigado a produzir prova contra si 
mesmo. (Nemo tenetur se detegere) 
Sistema de aferição das provas 
Regra: livre convencimento mitigado (art. 155) 
STF STJ TRF/TJ
Orgão de 
1ºgrau
- Concurso formal 
- Erro na execução 
- Resultado diverso do pretendido 
 
• Obrigatoriedade de fundamento das 
decisões. 
• Ausência de hierarquia entre provas. 
• Liberdade de apreciação. 
Exceção: sistema da livre convicção (tribunal 
do júri) 
Fases do procedimento probatório 
1. Proposição: requer a produção de 
provas em juízo (fase pré-
processual). 
2. Admissão: momento que o juiz 
autoriza ou não a propositura da 
prova. 
3. Produção: momento de produção da 
prova. 
4. Valoração: momento em que o juiz 
analisa as provas. 
Prova x Elemento de Informação: 
Na fase da investigação criminal, o que se 
produz não e prova, mas sim elementos de 
informação, pois nessa fase não existe 
contraditório e nem ampla defesa, contudo, 
nesta fase podem ser produzidas provas 
cautelares, não repetíveis ou antecipadas. 
• Cautelares: deve ser praticada o quanto 
antes, pois corre risco de os vestígios 
desaparecerem com o tempo. Ex: 
interceptação telefônica. 
• Não repetíveis: não podem ser 
produzidas durante a fase pré-
processual, por impossibilidade material. 
Ex: perícia. 
• Antecipadas: são produzidas em 
incidente pré-processual, havendo a 
efetiva participação das futuras partes. 
Ex: depoimento de idoso ou efêmero. 
Indícios: art. 239 (prova indireta) 
E uma evidência ou pista, que por si só, não é 
conclusiva, mas que pode levar a conclusões 
razoáveis sobre a ocorrência de um fato. 
Podem condenar desde que sejam: 
• Mais de 1 indício. 
• For no mesmo sentido. 
• Deve ser incriminadora. 
Standard Probatório: se refere ao nível de 
prova necessárias para se estabelecer a 
veracidade de um fato. 
Presunção: 
Prova Diabólica: e a prova difícil ou impossível 
de ser produzida. 
Produção de provas pelo magistrado: Só e 
possível para dirimir dúvidas que surgem no 
decorrer do processo. 
Meio de prova x Meio de obtenção 
• Meio de prova: e a prova em si, por 
exemplo a impressão digital. 
• Meio de obtenção: e o meio que se 
utiliza para obter a prova, por exemplo 
busca e apreensão. 
Ônus da prova 
Em regra, cabe a quem acusa, mas entende-se 
que deve ser distribuído entre acusação e 
defesa. 
Momento de produção da prova 
As provas são produzidas durante o processo, 
entretanto podem ser produzidas na fase do 
inquérito policial, como provas cautelares, não 
repetíveis e antecipadas. 
Meios de provas: 
Toda prova que não contrarie o ordenamento 
jurídico, podem ser produzidas no processo 
penal. 
Meios específicos de prova: 
Estado de pessoa: prova prescrita na lei civil 
(certidão). 
Exame de corpo de delito: realizadas em 
infrações que deixam vestígios. 
a) Provas nominadas: a própria lei concede 
um nome, podem ser típicas, tem o 
procedimento descrito no CPP ou 
atípicas, não tem procedimento pré-
estabelecido. 
b) Provas inominadas: inexiste denominação 
legal, por exemplo o reconhecimento por 
meio de fotografia. 
Autópsia psicológica: e uma avaliação psicológica 
através de uma investigação imparcial, que tem 
o objetivo de compreender os aspectos 
psicológicos de determinada morte. O STJ 
entende como válida. 
Prova Anômala: e utilizada para chegar a 
objetivos diferentes daqueles que lhe são 
próprios. Há um desvio de finalidade da prova, e 
produzida por um procedimento previsto em lei, 
mas não o procedimento previsto para aquele 
meio de prova. Não e aceita no processo penal. 
Prova irritual: e produzida sem obediência ao 
modelo legal previsto em lei, trata-se de prova 
ilegítima, passível de declaração de nulidade, o 
modelo para aquele meio de prova e adequado, 
mas o procedimento utilizado não. 
Prova emprestada: 
Prova produzida em determinado processo pode 
ser apresentada documentalmente em outro 
processo. 
• Mesmas partes. 
• Observado o contraditório e ampla 
defesa. 
A prova de um processo e emprestada a outro 
sempre como prova documental. 
Prova Proibida (ilegal): não são admitidas no 
processo. 
• Ilícitas: obtidas mediante violação da 
CF, no momento de sua coleta, anterior 
ou concomitante ao processo. 
• Ilegítimas: obtidas ou produzidas por 
meio de ofensa a norma de natureza 
processual. Acontece no momento de 
produção da prova. 
Descontaminação do juiz: impedimento do juiz 
de julgar a causa, caso tivesse contato com a 
prova ilícita. (art. 157, § 5º - eficácia suspensa) 
• 1ª corrente – defende que o juiz segue 
no processo. 
• 2ª corrente: defende que o juiz não tem 
capacidade de esquecer a prova ilícita, 
portanto estará contaminado. 
PREVALECE A PRIMEIRA CORRENTE! 
Prova ilícita por derivação: 
A regra e a teoria do fruto da arvore 
envenenada: se a arvore e envenenada os frutos 
também são. 
A exceção: 
• Teoria da fonte independente: se possui 
as duas fontes, utiliza-se a fonte lícita e 
afasta a ilícita, admitindo a prova. 
• Teoria do encontro inevitável: a prova 
vai ser encontrada de qualquer maneira, 
seja de forma lícita ou não. 
Sistema de valoração das provas: 
 
Sistema da intima convicção do juiz: pode o juiz 
julgar até com o que não consta nos autos. Não 
e aceita no ordenamento brasileiro. 
Sistema da prova tarifada: as provas têm 
valores fixos, o que dá ao juiz a possibilidade 
de analisar somente as que tenham maior valor. 
Não e aceita no ordenamento brasileiro. 
Sistema do livre convencimento motivado: o 
juiz e livre para apreciar as provas e decidir 
como entender melhor, desde que motive a 
decisão. E adotada no ordenamento brasileiro. 
Teoria 
do 
pendulo
Sistema da 
intima 
convicção do 
juiz
Sistema da 
prova tarifada
Sistema do 
live 
convencimento 
motivado
Serendipidade: descobrir coisas por acaso, 
ocorre quando a prova de determinada infração 
penal é obtida a partir da busca autorizada de 
outro crime. 
• 1º grau: a nexo entre o crime apurado e 
o crime descoberto. Ex: uma busca e 
apreensão para apuração de tráfico de 
drogas, e acaba descobrindo também 
uma operação lava jato. 
• 2º grau: não há nexo entre o crime 
apurado e o crime descoberto. Ex: crime 
de busca e apreensão de crime de 
tráfico de drogas, e acaba descobrindo 
animais silvestres escondidos. 
• Objetiva: descobre fato não apurado. 
• Subjetiva: descobre agente até então 
desconhecido. 
Pescaria Probatória: ocorre quando existe 
fontes suspeita de uma situação flagrancial. 
Prova obtida por meio de psicografia: 
prova obtida por meio de “conexão” com 
espírito, não e aceita no ordenamento jurídico 
brasileiro, entretanto já foi aceita em 
julgamentos do tribunal do júri. 
Teoria da bomba-relógio: relativiza a 
proibição da tortura, do qual é o único meio de 
fazer o acusado confessar. 
Provas em espécie 
Perícia em geral: e o exame de alho ou de 
alguém realizado por técnicos ou especialistas 
em determinados assuntos. 
Cadeia de Custódia 
E o procedimento utilizado para armazenar em 
preservar as provas. 
Início da cadeia de custódia: 
• Preservação do local do crime 
• Procedimentos policiais 
• Procedimentos periciais 
Rastreamento do vestígio 
Fase interna 
• Reconhecimento: distingue elementos.• Isolamento: isolar e preservar o local. 
• Fixação: descrição detalhada dos 
vestígios. 
• Coleta: ato de recolher os vestígios. 
• Acondicionamento: cada vestígio 
coletado e embalado de forma individual. 
• Transporte: ato de transferir o vestígio 
de um local para outro. 
Fase externa: 
• Processamento: manipulação do vestígio. 
• Armazenamento: guardar 
adequadamente o material. 
• Descarte: liberação do vestígio. 
Requisitos da perícia: deve ser realizado por 
perito oficial. (regra) 
Exceção: 2 peritos não oficiais 
• Nomeados pelo Juiz 
• Pessoas inidôneas 
• Curso superior de preferência na área 
de atuação. 
Perícia complexa: exige a participação de 
peritos com mais de uma área de atuação. 
Assistente técnico: 
• E o auxiliar das partes. 
• Só poderá atuar depois de ser admitido 
pelo juiz. 
• Atua após o trabalho dos peritos. 
• Atua na presença do perito 
Laudo Pericial: e o documento elaborado pelo 
perito, no qual consta a descrição minuciosa do 
objeto examinado, fotografias, respostas aos 
quesitos formulados etc. 
• O prazo para elaboração do laudo 
pericial e de 10 dias prorrogáveis. 
Divergência entre peritos, na hipótese de a 
perícia ter sido realizado por mais de um perito 
e houver divergência entre eles, poderá 
elaborar 2 laudos diferente e 1 laudo com a 
explicação de cada um dos peritos, ou pode 
haver a nomeação de um terceiro perito. 
Exame de corpo de delito: e a verificação da 
prova de existência do crime, feita por um 
perito, diretamente ou por intermédio de 
outras evidências, quando os vestígios tenham 
desaparecido. 
• E feito em infrações que deixam 
vestígios. 
• E indispensável. 
Se os vestígios sumirem, a prova 
testemunhal poderá suprir a falta. 
Corpo de delito: e a prova da existência do 
crime, que pode ser direito ou indireto. 
• Direto: verificação dos rastros deixado 
nitidamente pelo delito. 
• Indireto: e a narrativa de testemunhas, 
que viram o fato. 
Vestígio: e o rastro, pista ou indício deixado 
por alguém. 
• Materiais: vestígios que podem ser 
notados visualmente (constatação do 
homicídio pelo corpo da vítima ferido e 
morto). 
• Imaterial: são aqueles que não são 
captáveis, nem passíveis de registro 
pelos sentidos humanos (injuria verbal 
proferida). 
Exige-se para a infração que deixa vestígios, a 
realização do exame de corpo de delito, direto 
ou indireto. 
Autopsia/necropsia 
E o exame feito no cadáver para determinar a 
cousa da morte. Por regra, deve ser feito 6h 
após a morte, o exame será interno e externo. 
Exceção: 
a) Evidência de morte: permite que a 
autopsia seja realizada sem necessidade 
de aguardar as 6h. 
b) Morte violenta: quando a morte e 
violenta só o exame externo basta para 
a autopsia. 
Exumação: consiste em desenterrar o cadáver 
da sepultura em caso de exame cadavérico. 
Exame do Local: consiste na análise dos peritos 
do local em que ocorreu o crime, com 
fotografias, desenhos ou esquemas. 
Crimes cometidos por meio de destruição ou 
rompimento de obstáculo os peritos devem 
analisar os vestígios e indicar os instrumentos 
utilizados para o rompimento/destruição do 
obstáculo. 
Perícias em laboratório: e o exame 
especializado realizado em lugares próprios. 
Exemplo: 
• Laboratório de balística 
• Laboratório de exames químicos 
Exame de avaliação: e o exame feito para 
atribuir valor a coisas destruídas ou que 
constituíam produto do crime. 
• Direta: perito analisa o próprio bem. 
• Indireta: estima seu valor por meio de 
comparação com coisas similares. 
Exame grafotécnico: exame para determinar a 
autoria de escritos, feita por comparação de 
letras. 
Exame de comparação de perfil genético: 
coleta de DNA para fins de identificação 
criminal, deve ser determinado pelo Juiz de 
ofício ou mediante representação da 
autoridade policial. Nos casos de crime 
hediondo ou com violência de natureza grave, 
independe de decisão judicial. 
Interrogatório do acusado: 
E o ato em que o acusado e ouvido pelo juiz, 
acerca da imputação que lhe e feita. E tanto um 
meio de defesa como um meio de prova. 
Características: 
• Ato personalíssimo: só o acusado pode 
ser ouvido. 
• Ato oral: não se aplica em caso de réu 
portador de necessidade. 
• Ato bifásico: pessoa do acusado + fatos 
• Ato não preclusivo: pode ser praticado 
a qualquer tempo. 
• Obrigatório: o juiz tem de ouvir o réu 
presente. 
Momento: deve ser o último ato instrutório da 
audiência. 
Interrogatório por vídeo conferência: pode por 
decisão fundamentada, de ofício ou a 
requerimento das partes realizar o 
interrogatório por videoconferência se: 
1. Prevenir risco (ex: fuga durante o 
deslocamento) 
2. Dificuldade para o comparecimento em 
juízo. 
3. Impedir a influência do réu no ânimo de 
testemunha ou da vítima. 
4. Questão de ordem pública 
Confissão: 
Admitir que é autor de um crime. 
A confissão, não constitui prova plena. Deve ser 
analisada em conjunto com a prova colhida, pois 
sozinha não justifica a condenação. 
Espécies: 
• Simples: apenas reconhece a prática 
delituosa, sem qualquer elemento novo. 
• Qualificada: reconhece que praticou o 
crime, mas alega algo em seu favor, 
como alguma causa excludente de 
ilicitude ou de culpabilidade. 
Delação: o acusado admite a própria 
responsabilidade e incrimina outrem, como 
participe ou coautor da infração. 
Oitiva do Ofendido: 
• A vítima não e considerada como 
testemunha. 
• Não pode se negar a comparecer para 
depor. 
• A vítima não presta compromisso de 
dizer a verdade, e nem e 
responsabilizada por falso testemunho. 
(pode responder por denunciação 
caluniosa) 
• Não pode invocar direito do silencio 
• Em casos de crimes clandestinos a 
palavra da vítima possui especial 
relevância. 
Prova testemunhal: 
E a pessoa que declara ter tomado 
conhecimento de algo, podendo confirmar a 
veracidade do ocorrido, agindo sob o 
compromisso de ser imparcial e dizer a 
verdade. 
Princípios: 
• Oralidade: a testemunha conta o que viu 
enquanto e filmada ou tem suas palavras 
redigidas. Algumas pessoas podem 
apresentar por escrito, por exemplo o 
presidente da república. 
• Objetividade: deve prestar seu 
compromisso de forma objetiva 
• Individualidade: as testemunhas 
prestam seus depoimentos 
individualmente. 
• Incomunicabilidade: as testemunhas não 
se comunicam durante a audiência, ficam 
aguardando sua hora de depor em locais 
separados. 
• Retrospectividade: só e possível prestas 
compromisso sobre fato passado. 
Classificação: 
• Direta: testemunha que presenciou o 
acontecimento. 
• Indireta: testemunha que ouviu falar do 
fato. 
• Numerarias: testemunha que presta o 
compromisso de dizer a verdade, sob 
pena de responder por falso 
testemunho. 
• Informantes: não são obrigadas a dizer 
a verdade, pois tem interesse no 
processo. 
• Referida: e a pessoa que foi citada por 
outra. 
• Feudatária: são testemunhas que dão fé 
a legalidade de um ato. 
• Abonatório: servem para abanar a 
conduta social do réu. 
Testemunhas numerárias: 
− Procedimento comum ordinário – até 8 
testemunhas. 
− Procedimento comum sumario – até 5 
testemunhas. 
− Rito sumaríssimo – até 5 testemunhas. 
− Segunda fase do tribunal do júri – até 5 
testemunhas. 
Testemunhas não numerarias, que não contam 
entre as testemunhas indicadas. São elas: 
• Testemunha referida 
• Testemunha não compromissada 
• Testemunha judicial 
• Testemunha que nada sabe 
Testemunhas que residem fora da jurisdição, 
em comarca diferente, será ouvida mediante a 
expedição de carta precatória. Se for fora do 
país, mediante expedição de carta rogatória. 
Ofendido Testemunha 
Não tem dever de 
dizer a verdade 
Tem dever jurídico 
de dizer a verdade 
Não presta 
compromisso 
Assume compromisso 
de dizer a verdade 
E indagado de quem 
presume ser o autor 
da infração 
Depoimentodeve ser 
livre de opinião 
pessoa 
Pode indicar provas 
ao juiz 
Não sugere meios de 
provas 
 
Reconhecimento de pessoas ou coisas: 
E o ato pelo qual uma pessoa admite e afirma 
como certa a identidade de outra ou a 
qualidade de uma coisa. 
Acareação: 
E o ato, presidido pelo juiz, que coloca frente a 
frente os depoentes, confrontando e 
comparando declarações contraditórias ou 
divergentes, visando a busca da verdade real. 
Pressupostos: 
a) Que as pessoas já tenham sido ouvidas 
em oportunidade anterior 
b) Que haja divergência entre as 
declarações. 
Sujeitos: 
• Acusado x Acusado 
• Acusado x Testemunha 
• Testemunha x Testemunha 
• Testemunha x Ofendido 
• Ofendido x Ofendido 
Busca e apreensão: 
Busca conjunto de ações dos agentes para a 
procura e descoberta daquilo que interessa ao 
processo, já apreensão e o ato de retirar 
pessoa ou coisa do local em que esteja. 
Exige o risco do perecimento ou 
desaparecimento da pessoa ou da coisa que se 
quer conservar (periculum in mora) e de 
razoável probabilidade de que o objeto da 
diligência se relacione a fato criminoso (fumus 
boni iuris). Se trata de um meio de prova 
cautelar. A busca e apreensão pode ocorrer 
somente durante o dia. 
Prisão em flagrante 
E a forma de prisão que pode ser aplicada a 
quem acabou de ser cometer ou ainda está 
cometendo ato criminoso. 
Fases da prisão em flagrante: 
 
A partir do momento em que a autoridade 
judiciaria é comunicada acerca da detenção, o 
ato e convertido em ato judicial. 
Tipos de flagrante: 
1. Obrigatório: as forças policiais têm o 
dever mesmo fora do expediente de 
trabalho. 
Captura
Condução 
coercitiva
Elaboração 
do APF
Recolhimento 
a prisão
2. Facultativo: qualquer um pode prender. 
3. Próprio (perfeito): acontece quando o 
agente está cometendo ou acabou de 
cometer o delito e ainda está no local do 
crime. 
4. Improprio: ocorre quando o individuo e 
perseguido logo após a prática do crime. 
Deve ter três requisitos: 
• Atividade: Perseguição 
• Temporal: deve ser 1logo após a 
prática do crime. 
• Circunstancial: se presume que é o 
autor da infração. 
5. Presumido: o agente e encontrado logo 
depois da prática do delito, com objetos 
que façam presumir ser ele o autor da 
infração (o sujeito não é perseguido, 
mas sim localizado). 
6. Esperado: a polícia se coloca em 
campana para prender o autor do crime 
(ex: casinha) 
7. Postergado: retarda a prisão em 
flagrante, na esperança de fazer em 
momento mais oportuno para a colheita 
de provas. 
8. Preparado: sofre a intervenção de 
terceiros antes da prática do crime 
9. Forjado: realizado para incriminar 
pessoa inocente e que não tinha vontade 
de delinquir (e nulo). 
Sujeito passivo: em regra qualquer pessoa pode 
ser presa em flagrante, porém existem algumas 
hipóteses: 
• Presidente 
Não pode ser preso por nenhum tipo de prisão 
cautelar. 
• Senadores e Deputados 
Só podem ser presos pela prática de crimes 
inafiançáveis, sendo nas 24h seguintes. 
• Membros do poder judiciário e do MP 
 
1 Logo após: compreende todo o espaço de tempo 
necessário para a polícia chegar ao local, colher provas e 
dar início a perseguição. 
Só podem ser presos em flagrante pela prática 
de crime inafiançável. Magistrados se 
apresentam ao presidente do tribunal vinculado 
e os membros do MP ao procurador geral no 
prazo de 24h. 
• Advogados 
Só pode ser preso em flagrante por motivo 
ligado ao exercício da profissão em caso de 
crime inafiançável. Garante a presença de um 
representante da OAB no momento da 
lavratura do auto de prisão. 
• Imunidade diplomática 
Não podem ser objeto de nenhuma forma de 
prisão (convenção de Viena 1961) 
• Menor de idade 
Se for adolescente (+ de 12 e – de 18) será 
possível a apreensão em flagrante pela prática 
de ato infracional. 
• Inimputáveis (doença mental) 
Podem ser presos para eventual aplicação de 
medida de segurança. 
• Eleitor 
Só podem ser presos em flagrante, nos 5 dias 
anteriores e nas 48 horas posteriores ao 
encerramento das eleições. 
• Candidato 
Nos 15 dias que antecede as eleições, o 
candidato só poderá ser preso em flagrante. 
Crimes: 
Crimes de ação penal privada: admite prisão em 
flagrante, mas o auto de prisão só será lavrado 
se o ofendido quiser. 
Homicídio e lesão corporal na direção de veículo 
automotor: e vedado a prisão em flagrante do 
condutor que prestar imediato socorro a vítima. 
Auto de prisão em flagrante: 
Deve ser lavrado no prazo de 24h a contar do 
ato da prisão, sendo encaminhada a cópia ao 
juiz competente dentro do prazo mencionado. 
Nota de culpa: 
E o documento que a autoridade da ciência ao 
preso dos motivos da sua prisão, do nome do 
condutor e das testemunhas. Deve ser assinada 
pela autoridade e entregue ao preso. 
A ausência da nota de culpa no prazo legal 
acarreta a ilegalidade da prisão. 
Audiência de custódia: 
Após ser presa em flagrante a pessoa deve ser 
apresentada ao magistrado, no mesmo prazo de 
24h, para que após a manifestação do MP e do 
Defensor, possa deliberar sobre a necessidade 
de manutenção da prisão. 
 Finalidade: 
a) Tutelar a integridade física do preso 
b) Analisar a legalidade da prisão e a 
necessidade de sua manutenção. 
Relaxamento de prisão: 
Incide na prisão ilegal. 
Hipóteses de ilegalidade que leva, ao 
relaxamento: 
a) Falta de formalidade essencial na 
lavratura do auto 
b) Inexistência de hipótese de flagrante 
c) Atipicidade da conduta 
d) Excesso de prazo de prisão 
Conversão do flagrante em prisão 
preventiva: 
Quando a prisão e legal o juiz verifica os 
seguintes requisitos: (art. 312 e 313) 
• Garantia de ordem pública. 
• Quando houver prova da existência do 
crime, indícios de autoria e perigo 
gerado pelo estado de liberdade do 
imputado. 
• Crime doloso com pena máxima superior 
a 4 anos 
• Se tiver sido condenado por outro crime 
doloso com trânsito em julgado 
• Se o crime envolver violência doméstica 
e familiar contra mulher, criança, idoso, 
efêmero. 
Concessão de liberdade provisória: 
Se o juiz na audiência de custódia entender 
ausente os requisitos para a decretação da 
prisão preventiva e no caso de a prisão ter sido 
legal, deve conceder a liberdade provisória, 
com ou sem fiança dependendo do caso. 
Após realizar a audiência de custódia, o MP 
oferece a denúncia. 
Prisão preventiva e temporária 
Prisão preventiva: 
Modalidade de prisão cautelar decretada 
exclusivamente pelo juiz. 
Oportunidade de decretação: 
• Converte o flagrante em preventiva – 
prisão preventiva por conversão do 
flagrante ou derivada. 
• Quando o autor não foi preso em 
flagrante, mas as circunstâncias 
demonstram necessidade – prisão 
preventiva originaria. 
• Quando o acusado descumpre medida 
cautelar diversa da prisão 
anteriormente imposta – prisão 
preventiva substitutiva. 
Pressupostos e fundamentos: 
− Prova da materialidade do crime 
− Indícios suficientes de autoria 
− Indícios de perigo gerado pelo estado 
de liberdade do imputado. 
Quanto aos fundamentos: deve o juiz explicar o 
motivo de sua decisão, nas razoes previstas no 
artigo 312. 
• Garantia da ordem Pública: 
Necessidade de afastar o acusado 
imediatamente do convívio social em razão da 
sua periculosidade. 
• Garantia da ordem econômica: 
Visa coibir graves crimes contra a Ordem 
Tributária, o Sistema Financeiro, a Ordem 
Econômica etc. 
• Conveniência de instrução criminal: 
Tem o objetivo de inibir a tentativa do acuado 
de forjar provas em seu favor ou de destruir 
as que existem em sei desfavor, e resguarda a 
integridade da vítima ou testemunha. 
• Garantia da futura aplicação da lei 
penal: 
Baseia se na existência de indícios de que o 
acusado está prestes a fugir. 
Condições de admissibilidade: 
• Crime doloso com pena máxima superior 
a 4 anos 
• Se tiver sido condenadopor outro crime 
doloso com trânsito em julgado 
• Se o crime envolver violência doméstica 
e familiar contra mulher, criança, idoso, 
efêmero. 
• Quando houver dúvida acerca da 
identidade civil da pessoa. 
Revogação e nova decretação: O juiz, pode a 
qualquer momento revogar a prisão preventiva, 
de ofício, ou a requerimento das partes. 
E obrigatório que a cada 90 dias se faça uma 
revisão da necessidade da medida. 
A duração da prisão preventiva não está 
estabelecida em lei, mas a doutrina e a 
jurisprudência entendem que um prazo razoável 
para a duração da prisão preventiva seria de 
aproximadamente 120 dias. 
O fato de o acusado se apresentar 
voluntariamente a autoridade, não impede a 
decretação da prisão preventiva. 
Prisão preventiva domiciliar: 
Consiste no recolhimento do acusado em sua 
residência, só podendo sair com autorização 
judicial. Pode ser substituída a prisão 
preventiva pela domiciliar quando: 
1. Maior de 80 anos 
2. Debilitado por doença grave 
3. E responsável por menor de 6 anos ou 
com deficiência 
4. Mulher com filho de até 12 anos 
incompletos. 
5. Gestante. 
6. Homem, caso seja o ÚNICO responsável 
por filho menos de 12 anos. 
Prisão temporária: 
E uma medida privativa de liberdade provisória, 
decretada por tempo determinado, destinada a 
possibilitar as investigações de crimes 
considerados graves, durante o inquérito 
policial. 
 Diferenças: 
Preventiva Temporária 
Prevista no CPP Lei 7.960/89 
Cabe na investigação e na 
ação penal 
Apenas na fase de 
investigação 
Não tem prazo Tem prazo 
Crimes dolosos com pena 
máxima de 4 anos, 
reincidente, execução de 
medida protetiva de 
urgência. 
Só e cabível para 
crimes previstos no 
art. 1º inciso III da 
lei 7.960 e 
hediondos. 
A requerimento do MP, 
do querelante, ou 
representação do 
delegado. 
A requerimento do 
MP ou 
representação do 
delegado. 
 
Hipóteses de cabimento: lei 7.960/89 
Imprescindível para as investigações do 
inquérito policial: 
• Não pode servir como uma prisão para 
averiguação 
• Não pode ser usada para violar o direito 
de autoincriminação 
Não tiver residência fixa: 
• Para o STF, tal condição mostra-se 
dispensável ou, quando impetrado 
isoladamente, e inconstitucional. 
Houver fundadas razões (taxativo, mais 
hediondos) 
• E taxativo e não admite analogia ou 
interpretação extensiva (norma de 
natureza hibrida, in malam partem) 
Novos requisitos 
• Gravidade concreta do crime. 
• Fatos novos e contemporâneos. 
• A temporária não se sujeita as 
condições do art. 313 do CPP. 
Procedimento: 
E uma medida que so pode ser decretada pelo 
juiz, depende de requerimento do MP ou 
representação da autoridade policial. 
Pazos: 
Regra: 5 dias (prorrogável uma única vez, desde 
que provada sua necessidade) 
Exceção: 30 dias (prorrogável por + 30, no caso 
de crimes hediondos ou equiparados a 
hediondos) 
Pode ser convertida em preventiva nesse prazo. 
Equiparados a hediondo: 
 
Ato de prisão em residência: 
Pode ocorrer de duas formas: 
• Em razão da prisão em flagrante. 
• Em decorrência de cumprimento de 
mandado de prisão. 
Prisão em flagrante: mesmo contra a vontade 
do morador pode invadir a residência. 
Prisão por mandado: com consentimento e 
possível o ingresso na casa para cumprir a 
ordem de prisão a qualquer hora, sem o 
consentimento, o cumprimento do mandado só 
pode ser durante o dia. 
Liberdade Provisória: 
E o instituto que concede ao individuo o direito 
de aguardar em liberdade até o final do 
processo. 
Na audiência de custódia o juiz pode: 
• Relaxar 
• Liberdade provisória 
• Converter em preventiva 
Crimes inafiançáveis: art. 323 CPP 
• Crime de racismo 
• Crimes de Tortura, tráfico e terrorismo 
• Crimes contra a ordem constitucional e 
o estado democrático 
Crimes afiançáveis: todos que não forem 
inafiançáveis 
Cometeu crime afiançável, mas não terá direito 
a fiança (art. 324 CPP) 
• Quebrado fiança anterior 
• Caso de prisão civil ou domiciliar 
• Decretação de prisão preventiva 
Finalidade da fiança (art. 336) 
Serve para o pagamento das custas, da 
indenização do dano, da prestação pecuniária e 
da multa se o réu for condenado. 
Condições: 
• Comparecer perante autoridade 
• Não pode mudar de residência sem 
autorização 
• Não pode ausentar se por mais de 8 dias 
da residência sem comunicar a 
autoridade 
Quebra de fiança: perda de metade do seu 
valor 
Arbitramento de fiança pelo delegado: 
pode conceder nos casos de infração cuja pena 
máxima não seja superior a 4 anos. 
Tráfico 
Terrorismo 
Tortura 
 
OBS: 
• No crime afiançável o juiz pode 
conceder a liberdade sem fiança 
• No crime inafiançável o juiz poderá 
conceder a liberdade provisória sem 
fiança 
• Art. 24 – A lei 11.340/06 
• Pagamento da fiança pode ser feito por 
qualquer pessoa. 
Liberdade provisória sem fiança nos 
crimes afiançáveis 
• Indícios de que o crime foi cometido 
diante de uma excludente de ilicitude. 
• Acusado não tem condições financeiras 
de arcar com o pagamento de fiança. 
(Art. 350 CPP) 
Valor da fiança: art. 325 CPP 
Depende da gravidade da infração penal e da 
situação econômica do réu. 
Objeto da fiança: art. 330 CPP 
Consiste em deposito de dinheiro, pedras, 
objetos ou materiais preciosos, títulos da 
dívida pública federal, estadual ou municipal, ou 
em hipoteca inscrita em primeiro lugar. 
Consequências: 
• Quebramento (Art. 341 e 343): 
Ocorre quando o acusado não cumpre as 
condições impostas para a concessão da 
liberdade provisória. A quebra consiste na 
perda de metade do seu valor. 
• Reforço (Art. 340) 
Ocorre quando o valor recolhido for inferior, 
surgindo a necessidade de complementação. 
• Cassação (Art. 338 e 339) – perda total 
do valor da fiança 
Consiste na correção de um erro. A cassação e 
a devolução do valor pago a título de fiança do 
acusado. 
• Restituição (Art. 337) 
O valor da fiança será integralmente restituído 
ao acusado, corrigido monetariamente. 
• Perda (Art. 344 e 345) 
Após serem descontadas as custas e demais 
encargos, o valor remanescente será recolhido 
ao fundo penitenciário, caso o acusado não se 
apresente espontaneamente para o 
cumprimento da pena. Se o condenado se 
apresentar para cumprir pena, os valores 
remanescentes após os descontos das custas e 
dos encargos serão restituídos ao condenado. 
Medidas cautelares diversas da prisão: 
• Comparecimento periódico em juízo 
• Proibição de acesso a determinados 
lugares 
• Proibição de manter contato com 
pessoa determinada 
• Proibição de ausentar-se da comarca 
• Suspensão do exercício de função 
pública 
• Internação provisória 
• Fiança 
Regras gerais de aplicação: 
As medidas cautelares previstas neste Título 
não se aplicam à infração a que não for isolada, 
cumulativa ou alternativamente cominada pena 
privativa de liberdade.

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