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SEMANA 5 - HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA

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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA 
 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS V 
JOÃO PEDRO ASSUNÇÃO 
5º PERÍODO 
ATIVIDADE ACADÊMICA 
TIC´s – HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA – SEMANA 5 
GUANAMBI/BA 
2023 
PERGUNTA: Hiperplasia adrenal congênita: que ocorre neste grupo de 
distúrbios? Como detectar esta patologia no recém nascido? 
RESPOSTA: 
 A denominação hiperplasia adrenal congênita (HAC) engloba um 
conjunto de síndromes transmitidas de forma autossômica recessiva, que se 
caracterizam por diferentes deficiências enzimáticas na síntese dos esteroides 
adrenais. As manifestações clínicas na HAC dependem da enzima envolvida e 
do grau de deficiência enzimática (total ou parcial). 
 A deficiência enzimática mais frequente é a da 21-hidroxilase. Quando 
isso acontece, o cortisol é o hormônio que se torna deficiente e os hormônios 
andrógenos (masculinizantes) aumentam seus níveis. Em meninas, isso pode 
levar ao aparecimento de caracteres sexuais masculinos (pêlos, aumento do 
clitóris) e, em ambos os sexos, pode levar ou não a uma perda acentuada de 
sal e ao óbito. Na deficiência da 21-hidroxilase existe um espectro de 
manifestações clínicas, que podem ser divididas em três formas: forma clássica 
perdedora de sal, forma clássica não perdedora de sal e forma não clássica. 
Forma clássica perdedora de sal: 
Constitui a forma mais comum de HAC clássica (60% dos casos). Nos 
recém nascidos do sexo feminino há virilização da genitália externa (aumento 
de clitóris, fusão labial e formação de seio urogenital), decorrente do excesso 
de andrógenos durante a vida intrauterina. Nos recém nascidos do sexo 
masculino e nos do sexo feminino nos quais a virilização da genitália externa 
não foi identificada, como há deficiência mineralocorticóide, a apresentação é 
nos primeiros dias de vida com crise adrenal: depleção de volume, 
desidratação, hipotensão, hiponatremia e hipercalemia. 
Forma clássica não perdedora de sal (virilizante simples): 
Nos recém nascidos do sexo feminino há virilização da genitália externa. 
Como nesta forma não há deficiência mineralocorticóide com repercussão 
clínica, os recém nascidos do sexo masculino são frequentemente identificados 
em idade tardia por sinais de hiperandrogenismo: velocidade de crescimento 
aumentada, maturação óssea acelerada, ou pubarca precoce. 
Forma não-clássica (de início tardio): 
Esta forma de apresentação é cerca de 15 vezes mais freqüente que a 
forma clássica de HAC (7). Os pacientes com as formas não-clássicas 
frequentemente são assintomáticos ou se apresentam tardiamente na infância 
ou adolescência. No sexo feminino, devido ao hiperandrogenismo decorrente 
da deficiência enzimática, a apresentação pode ser por aumento de clitóris, 
pubarca precoce, ciclos menstruais irregulares e hirsutismo. No sexo 
masculino, o quadro costuma ser assintomático. 
O diagnóstico no recém nascido é subdividido em clínico e laboratorial: 
• Clínico: 
• Em recém nascidos do sexo feminino, o diagnóstico de HAC forma 
clássica é suspeitado pela presença de virilização da genitália externa. 
Já em recém nascidos do sexo masculino, o diagnóstico clínico de HAC 
é dependente do grau de deficiência mineralocorticóide. 
• A HAC forma perdedora de sal apresenta-se nos primeiros dias de vida 
com desidratação, hipotensão, taquicardia, vômitos, perda de peso, 
letargia, hiponatremia e hipercalemia. A HAC forma nãoperdedora de 
sal (virilizante simples), no sexo masculino, apresentase mais 
tardiamente, com pubarca precoce, velocidade de crescimento 
aumentada ou maturação óssea acelerada. 
• O diagnóstico de HAC forma não-clássica, em pacientes do sexo 
feminino, deve ser considerado em meninas com sintomas ou sinais de 
hiperandrogenismo. Os pacientes do sexo masculino com diagnóstico 
de HAC forma não-clássica são geralmente assintomáticos. Entretanto, 
alguns desses pacientes, com tecido adrenal ectópico em testículo, 
podem apresentar aumento do volume testicular e oligospermia. 
• Laboratorial: 
• Forma clássica: A dosagem de 17-OH-progesterona é utilizada como 
forma de rastreamento neonatal através do Teste do Pezinho. Os 
valores de 17-OH-progesterona em neonatos dependem da idade 
gestacional ao nascimento, da idade de coleta do exame , do peso de 
nascimento e do sexo. O uso de corticóide antenatal pela mãe, devido a 
sua passagem transplacentária, pode suprimir a produção de 17-OH-
progesterona no neonato, podendo ocasionar resultados falso-
negativos. Os valores de referência para ponto de corte para 
rastreamento de HAC variam de 15 a 40ng/mL. 
• Forma não clássica: Valores de 17-OH-progesterona > 0,8ng/mL em 
crianças, e > 2ng/mL em mulheres adultas (coletados durante a fase 
folicular do ciclo menstrual) sugerem o diagnóstico. Nesses casos, teste 
de estímulo com 250mcg de ACTH, com dosagem de 17-OH-
progesterona > 10ng/mL confirma o diagnóstico. 
REFERÊNCIAS: (USAR NORMAS ABNT) 
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 16, de 15 de janeiro de 2010. 
Brasília, 2010 
Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) ou Hiperplasia Congênita da Supra-renal. 
Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: <h>ps://www.gov.br/saude/pt-br/
composicao/saes/sangue/programa-nacional-da-triagem-neonatal/hiperplasia-adrenal-
congenita-hac-ou-hiperplasia-congenita-da-supra-renal>. Acesso em 6 de março de 2023. 
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue/programa-nacional-da-triagem-neonatal/hiperplasia-adrenal-congenita-hac-ou-hiperplasia-congenita-da-supra-renal
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue/programa-nacional-da-triagem-neonatal/hiperplasia-adrenal-congenita-hac-ou-hiperplasia-congenita-da-supra-renal
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/sangue/programa-nacional-da-triagem-neonatal/hiperplasia-adrenal-congenita-hac-ou-hiperplasia-congenita-da-supra-renal

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