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Carla Bertelli – 5° Período Laboratório de Anatomopatologia N2 (Laboratório de Anatomopatologia N2) Doença de Parkinson Alterações Macroscópicas – Despigmentação da substância negra e do locus ceruleus, diminui os neurônios pigmentados e catecolinérgicos Alterações Microscópicas – Corpúsculos de Lewy, acúmulo de alfa sinucleína (corpo celular), perda de células dopaminérgicas, gliose nas áreas de perda neuronal As alterações começam de baixo para cima – progressão ascendente da doença Carla Bertelli – 5° Período Carla Bertelli – 5° Período A. Corpo de Lewy típico no tronco cerebral dentro de um neurônio contendo neuromelanina na coloração histológica de rotina de hematoxilina e eosina. B. Corpo de Lewy típico do tronco encefálico com o halo característico, visualizado por imuno-histoquímica de α- sinucleína, um método muito mais sensível que também pode revelar neuritos de Lewy distróficas como visto em C. D. Corpo de Lewy cortical, menos definido e sem halo Doença de Alzheimer Alterações macroscópicas: o cérebro apresenta graus variáveis de atrofia cortical difusa, bilateral e simétrica nos lobos frontal, parietal e temporal, com redução de 15 a 35% do peso do encéfalo. Há acentuado alargamento dos sulcos cerebrais e estreitamento de giros. Em consequência da atrofia cerebral, há redução do volume da substância branca cerebral e dilatação compensatória dos ventrículos, os quais podem ter o dobro do volume em relação aos dos indivíduos da mesma idade sem demência. Hipocampo, córtex entorrinal e amígdala estão envolvidos precocemente na doença e se tornam gravemente atrofiados em suas fases avançadas. Alterações Microscópicas – Perda de neurônios neocorticais nos lobos frontal e temporal, amígdala, hipocampo, subículo e no núcleo basal de Meynert (principal núcleo colinérgico). Observa- se também redução nas ramificações dendríticas e no número de sinapses, contribuindo para a disfunção cognitiva. Outra alteração comum é o acúmulo de proteínas anormais que leva à formação das placas neuríticas e emaranhados neurofibrilares. A perda neuronal e a gliose são progressivas e no final são graves nas mesmas regiões onde há maior carga de placas e emaranhados. Depósitos amiloides vasculares também são observados em pacientes com DA. Placa neurítica: corresponde a pequenas áreas arredondadas contendo depósitos extracelulares de peptídios β-amiloide no centro da placa, circundados por processos neuríticos dilatados e tortuosos, além de células microgliais e astrócitos reativos. Esses agregados se originam da clivagem do domínio extracelular da proteína transmembrana Proteína Precursora Amilóide. As placas são encontradas no hipocampo, amígdala e neocórtex. Emaranhados neurofibrilares: são feixes de filamentos helicoidais de proteína tau depositada no corpo e nos dendritos dos neurônios. A tau é uma proteína que normalmente se associa a microtúbulos dos axônios e quando sofre hiperfosforilação perde essa capacidade de se ligar aos microtúbulos e forma os emaranhados. Os emaranhados neurofibrilares são encontrados nos neurônios corticais, hipocampo, amígdala e tronco encefálico. Carla Bertelli – 5° Período Neurotoxoplasmose Hospedeiro Definitivo – Gato, fazendo ciclo sexuado e assexuado Hospedeiro Intermediário – Homem e outros animais, faz ciclo assexuado (divisão celular), Taquizoíto e Bradizoíto Formas de Transmissão – Água e alimentos contados, direto do gato, ingestão de oocistos esporulados Forma Evolutiva que se Multiplica Rapidamente nos tecidos -> Taquizoítos (fases agudas ou reativação) Forma Evolutiva que Permanece encistada e se multiplica lentamente -> Bradizoíto, forma cisto nos tecidos (fase crônica) Fichas correspondendo às formas evolutivas: Infiltrado perivascular e cisto de bradizoítos Imunocompetente – Lesão situada no polo posterior, próximo à mácula, áreas brancas ou amareladas que evoluem com atrofia e pigmentação Carla Bertelli – 5° Período escura. Necrose focal, destruição da retina, hiperemia, infiltrado de linfócitos e macrófagos Imunocomprometidos – Infiltrado inflamatório perivascular, composta por linfócitos, macrófagos e plasmócitos. Obliteração dos vasos • Cursa com meningoencefalite: nódulos microgliais multifocais, destruição de neurônios Carla Bertelli – 5° Período Análise Laboratorial do Líquor Viral: Linfócitos, Ácido Lático, glicose, proteínas Bacteriana: Turvo, Neutrófilos, LDH, glicose zerada, proteína alta, ácido lático Meningite Fúngica: ligeiramente turvo, neutrófilos Meningite tuberculosa Meningite bacteriana mascarada por antibióticos Carla Bertelli – 5° Período Síndrome de Guillain-Barré Polirradiculoneuropatia de natureza autoimune, formação de autoanticorpos contra gânglios presente na membrana plasmática do SNC. Acomete primordialmente a mielina da porção proximal dos nervos periféricos de forma aguda/subaguda. Etiologia: Acomete a mielina da porção proximal dos nervos periféricos. • Parestesia em luva e bota • Dor neuropática (semelhante à do esforço físico) • Fraqueza progressiva • Paralisia simétrica, ascendente, aguda • Não tem febre • Paralisia flácida Anti GM1, Anti GD1a, Anti GQ1b Diagnóstico Clínico – Fraqueza muscular em mais de um segmento apendicular de forma simétrica, incluindo musculatura craniana. Análise de LCR – Elevação da proteína no líquor acompanhada por poucas células mononucleares. Eletroneuromiografia (ENMG) – Análise da neurocondução nervosa, permite classificar as principais formas de apresentação da SGB, diferenciando as formas de acometimento desmielinizante das formas axonais do nervo periférico. • Velocidade de condução motoras reduzidas • Prolongamento das latências motoras distais • Sinais de bloqueio da condução nervosa motora ‘ Forma desmielinizante, lentifica a transmissão. Evidência da desmielinização axonal através da presença de figuras de mielina. Ocorre degeneração da mielina que se inicia junto ao nodo de Ranvier e se estende ao restante do Internodo. O material resultante da destruição da bainha de mielina pode ser encontrada no interior das células de Schawnn, este processo pode ser verificado pela presença de uma bainha de mielina de mielina delgada com poucas lamelas, que, contrasta com a espessura do axônio Carla Bertelli – 5° Período Formas axonais agudas -> Interrompe a transmissão nervosa Presença de nova mielina não compactada que está sendo formada ao redor do axônio. Nas formas axonais agudas, que são mais graves, pode haver reconhecimento de gangliosídeos dos axônios pelos auto anticorpos, levando a uma degeneração axonal e desprendimento da mielina Esclerose Lateral Amniotrófica Paralisia assimétrica, hiperreflexia, fasciculações, espasmos, sem alterações sensitivas e cognitivas, de evolução lenta a progressiva Perda de neurônios motores superiores e inferiores – resulta em denervação muscular (fraqueza que se torna profunda enquanto a doença progride) Macroscópicas: • Atrofia visível do giro motor pré-central • Raízes anteriores da medula ficam finas e atróficas (perda de neurônios motores inferiores) • Raízes posteriores normais • Músculo esqueléticos inervados pelos neurônios motores inferiores afetados – atrofia neurogênica Microscópicas: • Redução no número de neurônios do corno anterior ao longo do comprimento da medula espinal, associado à gliose reativa • Achados similares nos nervos cranianos: hipoglosso e motor do trigêmeo • Neurônios remanescentes contém inclusões citoplasmáticas – denominada de Corpúsculo de Brunina, que se parecem ser remanescentes de vacúolosautofágicos • Perda de neurônios motores superiores: leva à degeneração dos tratos corticoespinais laterais, ausência de fibras mielinizadas e presença de células grânulo-adiposas Carla Bertelli – 5° Período Encefalites Virais Herpética – Causa mais frequente de encefalite aguda necrosante, atingindo lobos temporais e sistema límbico. Após a infecção primária o vírus estabelece infecção latente no gânglio sensitivo correspondente. Sintomas típicos: alteração de humor, memória e comportamento. Pode cursar com fraqueza, letargia, ataxia e crises convulsivas. Macroscopicamente: hiperemia, edema de um ou ambos lobos, pode ter necrose liquefativa e hemorrágica do córtex e substância branca. Histologicamente, observa-se necrose de neurônios corticais, células gliais e endotélio vascular, acompanhada de hemorragias petequiais múltiplas, células granulo- adiposas, infiltrado inflamatório mono e polimorfonuclear difuso e perivascular. Muitos neurônios e células da glia na periferia das áreas de necrose apresentam inclusões virais, intranucleares do tipo A de Cowdry ou intracitoplasmáticas. Nos pacientes que sobrevivem, após meses ou anos nota-se atrofia e cavitação cortical de cor acastanhada, além de gliose, nas áreas de lesão. Carla Bertelli – 5° Período Poliomielite – Causada pelo vírus da pólio que é transmitido pelas vias oral e respiratória. Após produzir infecção intestinal leve ou subclínica, o vírus se replica no tecido linfoide da mucosa intestinal, atinge o SNC. Manifesta-se com febre, cefaleia, vômitos, rigidez na nuca, dor muscular e distúrbios sensitivos, precedendo ou acompanhando paralisia flácida de início abrupto, que atinge os membros inferiores. Lesão nos cornos anteriores da medula espinhal onde, macroscopicamente, observa-se congestão intensa e hemorragia, de distribuição irregular, uni e bilateral. Nos casos mais graves pode haver necrose liquefativa Histologicamente, na fase aguda observa-se morte de neurônios motores e ao redor deles o acúmulo de neutrófilos e macrófagos, formando as figuras de neuroniofagia. Observa-se ainda nódulos microgliais, células granulo-adiposas e infiltrados linfocitários perivasculares e nas meninges. Encefalite Rábica – Transmitida pela mordida de um animal contaminado, o vírus da raiva penetra na placa motora do músculo local por meio de receptores nicotínicos e atinge o SNC através do nervo periférico correspondente. . A doença inicia-se com febre, cefaleia, mal-estar e parestesia no local da ferida, podendo evoluir para (1) raiva encefalítica ou furiosa, caracterizada por um estado de hiperexcitabilidade ou (2) raiva paralítica ou muda, caracterizada por paralisia flácida ascendente, ambas fatais. Macroscopicamente, edema no cérebro e congestão vascular intensa. Microscopicamente, degeneração neuronal difusa, infiltrado inflamatório perivascular e nódulos microgliais. Na forma furiosa, o infiltrado inflamatório é discreto no encéfalo e na medula. Na forma paralítica o infiltrado inflamatório é mais intenso no tronco encefálico. Os núcleos da base, medula espinhal e gânglios das raízes dorsais também podem estar envolvidos. Os corpúsculos de Negri são inclusões citoplasmáticas eosinofílicas arredondadas ou ovoides, encontrados nos neurônios piramidais do hipocampo e nas células de Purkinje do cerebelo, são patognomônicos da doença Carla Bertelli – 5° Período Swchannoma Tumor das células de Schwann – Pode ter hiperplasia celular, pleomorfismo nuclear, aumento da Celularidade. Ê benigno, expansivo, pode acometer qualquer nervo periférico, de crescimento lento Sintomas: Perda auditiva, paralisia facial, vertigem, desequilíbrio. Acomete o VIII craniano, hipoacusia, aumento da pressão intracraniana, diplopia. Massa ocupando o conduto auditivo externo e caixa timpânica. • Sintomas mais comum = Sintomas associados ao nervo vestibular, perda auditiva, tontura, desequilíbrio, zumbido Macroscopicamente: Cápsula fibrosa, bem definido, delimitado, esférico ou ovoide. Consistência macia, esbranquiçada, pode conter cistos, áreas amareladas, hemorragia. Crescimento expansivo Microscopicamente: 2 padrões histológicos Tipo A de Antoni. Formado por células neoplásicas alongadas, dispostas em feixes que se entrelaçam em várias direções. Núcleos alongados e ocupam a parte central das células e colocam-se no mesmo plano, Formado paliçadas que quando dispostas frente a frente e separadas por material fibrilar são os corpos de Verocay • Material fibrilar formado por feixes de fibrilas de colágeno finas que correspondem à membrana basal que envolve as células de Schwann • Paliçada • Denso, fibrilar • Alongamento do núcleo • Corpos de Verocay • Hipercelular Tipo B de Antoni: Células possuem núcleo arredondado, arranjam-se frouxamente, delimitando pequenos vacúolos e microcistos. • Frouxo • Vacúolos • Menor quantidade de células • Claro No geral um Swchanoma apresenta: ✓ Uma mesma lesão pode aposentar os dois padrões histológicos ✓ Tumor bem Vascularizado, vasos dilatados (hialinose ao redor) ✓ Hialinose da parede vascular (proteínas = fragilidade) ✓ Trombose oclusiva ✓ Focos de hemorragia recente e antiga ✓ Necrose ✓ Acúmulo de macrófagos xantomizados (contendo hemossiderina) em situações antigas, fica marrom Carla Bertelli – 5° Período Colesteatoma Conhecido também como otite média colesteatoatosa, é um cisto não neoplásico revestido por epitélio escamoso que descama e tem crescimento expansivo no interior do ouvido médio. Tumor (massa, cisto) benigno e expansivo Lesão da orelha média – pele no lugar errado. Gera infecção de repetições, pode ter otorreia (geralmente acontece em pessoas que tem alterações na orelha media) Congênitos – constituídos de restos epitelial embrionário, localizados principalmente nos ossos do crânio Adquiridos – Após o nascimento precedidos por lesão na parte flácida da membrana timpânica ou de perfuração. Sintomas – Otorreia purulenta, odor fétido, perda auditiva, zumbido, pode atacar o Labirinto e causar desequilíbrio, afeta VII. Características Macroscópica- Tumor cístico, superfície lise ou nodular, de volume variado, envolto por Cápsula delgada, cor perolácea, Focos de calcificação. Mole, esbranquiçado e oleoso Características Microscópica- Formada por tecido fibroso, infiltrado inflamatório mononuclear, revestido por epitélio estratificado escamoso queratinizado , que descama para a cavidade cística. Pode atingir o espaço subaracnóidea provocando leptomeningite crônica granulomatosa do tipo corpo estranho • Atrofia • Acantose • Hiperplasia da camada basal • Presença de cones epiteliais Atrofia – Adelgaçamento da matriz do colesteatoma Acantose – Proliferação da camada espinhosa resultando em aumento da espessura do epitélio Hiperplasia da Camada Basal – Aumento do número de células da camada basal, que em alguns casos pode formar invaginações para o interior da perimatriz caracterizada por cones epiteliais Qual relação entre o padrão histológicos e a capacidade de proliferação e invasão? Quanto mais acantose maior a hiperplasia das células, e daí tem presença de mais cones que aumentam a invasão Carla Bertelli – 5° Período Osteomielite Normal Locais mais Acometidos: Metáfise distal do fêmur e metáfise proximal da tíbia Osteomielite Piogênica Aguda e Crônica Aguda – Proliferação bacteriana, reação inflamatória neutrofilica, Necrose das células ósseas e da medula. Quando atingem o cortical externa há formação de um abcesso subperióstico. Pode ocorrer disseminação do pus para tecidos moles gerando fístula, ou a disseminação para cartilagem articular. Sequestro ósseo é a porção neurótica do osso que foi destacadodo osso vivo por ação dos osteoclastos. Sequestro pode ser reabsorvido ou eliminado por fístulas • Exsudato purulento • Sequestro • Neutrófilos • Fibrina • Necrose de osteócitos • Fragmento de trabécula que se destacou Crônica – Infiltrado mononuclear, reabsorção do tecido necrótico, fibrose de medula óssea e deposição do osso reativo. Pode haver deposição de osso novo ao redor do osso necrótico. ✓ Linha Cementantes = Divide antigo do recente ✓ Presença de osteócitos ✓ Infiltrado crônico ✓ Osso jovem - Ausência de lamelas ✓ Osso necrótico- lamelas maduras ✓ Fibrose da medula Osteomielite micobacteriana - Formação de granuloma caseoso tuberculoso, causa necrose das trabéculas, Processo inflamatório granulomatosa, gigantócitos. Se propaga para região cortical, periósteo e tecidos moles. Evolução crônica, difícil controle. complicação mais temida é comprometimento neurológico decorrente da deformidade da coluna com formação de abcesso epidural ✓ Necrose caseosa = tuberculose ✓ Gigantócitos ✓ Granulomas de células epitélioides Carla Bertelli – 5° Período Lâmina da Aula – Ostemioelite piogênica crônica Tumores Ósseos Osteoma osteoide – benignos, produtores de osso, massas arredondadas, • Trabéculas esteoides circundados por tecido conjuntivo fibravascular • Trabéculas interconectados aleatoriamente • Margeados por uma única camada de osteoblastos • Circundado por tecido conjuntivo frouxo Osteocondrama – Benignos, encapados por cartilagem hialina de espessura variável. Osso novo formado em um lugar anormal e ocorrem geralmente na região metafisária de ossos longos. São massas de crescimento lento que podem ser dolorosas. A cartilagem tem o aspecto de uma placa de crescimento desorganizada e sofre ossificação endocondral. Condroma – Benignos, produção de cartilagem hialina, ocorrem dentro da cavidade medular (encondrama), ou na superfície do osso (justacorticais) • Células arredondadas, poligonais ou estreladas • Distribuídas irregularmente em matriz basófila Condrossarcoma - Malignos, produtores de cartilagem. Podem ter calcificações centrais e áreas de necrose. Cartilagem infiltram o espaço medular e envolve as trabéculas. são malignos, produtores de cartilagem, grandes e volumosos constituídos por nódulos de cartilagem branco-acinzentada, brilhante, translúcida, com matriz muitas vezes gelatinosa, ocorrem geralmente no esqueleto axial. Podem ter calcificações centrais e áreas de necrose. A cartilagem infiltra o espaço medular e envolve as trabéculas ósseas preexistentes. Os tumores variam em celularidade baixa e alta, atipia citológica e atividade mitótica. • Condrócitos anaplásticas Carla Bertelli – 5° Período Osteossarcoma – Malignos, produtor de matriz osteoide ou cesso mineralizados. ão malignos, produtores de matriz osteoide ou osso mineralizado, apresentam-se como massas dolorosas, de crescimento progressivo, granulosos, branco-acizentados, com áreas de hemorragia, rompem o córtex produzindo massas de tecido mole, se espalham pelo canal medular, infiltrando e substituindo a medula hematopoética. Geralmente ocorrem na região metafisária de ossos longos. As células tumorais variam em tamanho e forma, apresentam núcleos grandes, há invasão vascular, formação de osso neoplásico geralmente de arquitetura fina. Pode haver a formação de matriz cartilaginosa ou fibrosa em associação à matriz óssea. • Matriz esteoide Tumor de células Gigantes – Benigno, destruição do córtex sobrejacente. células tumorais, ovais, percursoras de osteoblastos. Benignos, mas localmente agressivos, pois ocorre destruição do córtex sobrejacente, com produção de uma massa de tecido mole saliente geralmente nas epífises, delineada por uma fina camada de osso reativo, com coloração vermelho- acastanhada, não há produção de matriz óssea ou cartilaginosa. As células que constituem o tumor são células ovais ou fusiformes precursoras de osteoblastos e expressam altos níveis de RANKL, o que induz a proliferação de osteoclastos, por isso há numerosas células gigantes no estroma do tumor. Necrose e atividade mitótica podem ser proeminentes. Metastáses - forma mais comum de malignidade óssea. • Osso infiltrado por tumor • Matriz óssea reacional • Reação desmoplástica Carla Bertelli – 5° Período Artrite Reumatoide Autoimune, crônica, inflamatória, Sistêmica Fatores genéticos e ambientais - HLA-DRI, HLA- DR4, Cigarro, patógenos, pode causar alterações em proteínas e colágeno tipo II, Citrulinização – Quando o aminoácido arginina dessas proteínas é convertida em Citrulina, não as reconhecendo como autoantígenos. Ativam células TCD 4, produzem autoanticorpos Pannus - Aumento de células sinoviais e imunes, é uma membrana sinovial espessa e inchada com tecido de granulação ou cicatriz, presença de Fibroblastos e células inflamatórias Destruição da Cartilagem - O pannus danifica a cartilagem, células sinoviais secretam proteases que quebram proteínas Anticorpos - Fator Reumatoide, Anti CCP, formam imune complexos que se acumulam e ativam o Sistema complemento – inflamação e lesão Outros órgãos – Pulmão, ossos, cérebro, músculo, pele, vasos sanguíneos, fígado Padrão de envolvimento - Poliarticular, Simétrico. Afetam pequenos articulações, metacarpo falângicos e inter falangicos proximais da mão, metatarso Falangica dos pés. Deformidades - Desvio ulnar dos dedos, botoeira, pescoço de cisne, bola sinovial no joelho cisto poplíteo Aspectos Morfológicos: Sinóvia edematosa, espessada e hiperplástica, contorno liso coberto por vilosidades que se projetam em direção a cavidade articular • Proliferação e hiperplasia de células sinoviais • Infiltrado inflamatória TCD 4, células B, plasmócitos, células dendríticas, macrófagos • Linfócitos B organizados em folículos linfoide contendo centros germinativos • Aumento da vascularização – angiogênese • Exsudato fibrinapurulento • Atividade osteoclastica – Linfócitos T – RANKL - Ativa osteoclastos • Formação de Vilosidades • Agregado linfoide denso • Anquiloses - Cicatriz mediada pelo pannus Carla Bertelli – 5° Período Lúpus Doença que afetam a pele, sistêmico, autoimune, crônico inflamatória, eritematoso Fatores genéticos e ambientais - genes de suscetibilidade HLA-DR3, radiação, atacam os antígenos, tabagismo, vírus, estrogênio, mulheres Células B, Anticorpos Antinucleares Se ligam aos antígenos nucleares, formando complexo antígeno- anticorpo, se depositam ou vão para a corrente sanguínea. Causam uma reação inflamatório que causa dano através da ativação do sistema complemento, permite que fluídos e moléculas entram e , saiam fazendo a célula estourar - Hipersensibilidade do tipo Ill e ll Anti eritrócitos, Anti Leucócitos Gatilho (danifica as células, expondo esses antígenos) - Fatores genéticos - Resposta Imune (falha no reconhecimento de autoantígenos) Diagnóstico 1. Erupção malar, Rash na face – borboleta 2. Erupção cutânea discorde 3. Fotossensibilidade 4. Úlceras em mucosas 5. Serosite, inflamação de serosas 6. Artrite (reversível) 7. Doença Renal 8. Convulsões, psicose, desordens no cérebro 9. Distúrbios Hematológicos – Anemia, leucopenia 10. Anticorpo Antinuclear 11. Outros Anticorpos – Anti Smith, Anti dS DNA, Anti- Fosfolipídeos Auto anticorpos associados à LES critérios diagnóstico - > 4 Gota Gota é a síndrome constituída por hiperuricemia, crises recorrentes de artrite agudas, provocada pela cristalização de ácido úrico em forma de uratos nas articulações e artrite crônica caracterizada pela formação de massas de uratos nas articulações e nos tecidos periarticulares. O paciente apresenta dor lancinante na articulação acometida, a qual se mostra tumefeita, hiperêmica e dolorosa.A hiperuricemia pode resultar da superprodução ou da secreção reduzida de ácido úrico. Na gota primária, que representa a grande maioria dos casos (90%), o defeito metabólico responsável pela hiperuricemia é desconhecido. A gota secundária é decorrente de uma doença conhecida, genética ou não, que resulta em hiperuricemia (doença renal crônica, anemias hemolíticas) Os tofos geralmente só aparecem 10 anos ou mais após a primeira crise de gota, chamada gota tofácea crônica, que Se caracteriza por crises mais frequentes e prolongadas, muitas vezes poliarticulares. Carla Bertelli – 5° Período Aspectos morfológicos: A artrite gotosa aguda caracteriza-se por sinovite aguda com exsudato rico em neutrófilos e macrófagos no líquido sinovial e na sinóvia. Associado a isto, há deposição de micro cristais de urato monossódico organizados em pequenos agregados na membrana sinovial. A membrana sinovial se torna edemaciada e congesta. As articulações mais comprometidas são a metatarsofalangiana do primeiro pododáctilo, dorso do pé, tornozelo, calcanhar, joelho, punho, dedos e cotovelos. Na artrite gotosa crônica, há deposição repetitiva e progressiva de massas de uratos nas cartilagens articulares e tecidos justarticulares, circundadas por intensa reação inflamatória, rica em linfócitos, macrófagos, fibroblastos e numerosas células gigantes multinucleadas. Isto constitui o tofo gotoso. A membrana sinovial se torna hiperplásica, fibrótica e espessada por células inflamatórias, levando a destruição da cartilagem e a erosão óssea. Macroscopicamente, as lesões aparecem como nódulos de coloração leitosa, revestidos por uma cápsula fibrosa. São mais frequentes nos tecidos justarticulares, sobretudo na primeira articulação metatarsofalangiana, nas articulações; interfalangianas, cotovelos, bolsas patelares e cartilagens auriculares. Nas lesões mais extensas, háformação de tofos intraósseos, podendo resultar em anquilose fibrosa ou óssea.. A artrite crônica é a fase incapacitante, com múltiplas recidivas do processo agudo e tem tendência a comprometer várias articulações. Os tofos gotosos se formam nas cartilagens, nas membranas sinoviais e nos tecidos moles justarticulares, prejudicando a movimentação. Nessa fase, há sinais de disfunção renal em até 90% dos pacientes; nos casos avançados, pode surgir insuficiência renal.
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