Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Inspeção de Produtos Cárneos: Todo derivado cárneo é um produto cárneo, mas nem todo produto cárneo é um derivado cárneo • Não confundir derivado cárneo com subproduto. → Produto cárneo: Produto cuja matéria-prima principal é a carne, tendo no mínimo 50%. Ex: cortes cárneos (corte de picanha), derivados cárneos (mortadela, salaminho). Com finalidade de aumentar a vida útil ou tornar o produto cárneo mais atrativo. Para fabricação de qualquer produto cárneo a matéria prima tem que ser de origem inspecionada. A indústria quer maior tempo de validade para ter maior barganha, apesar da segurança. • Produto cárneo conservada pelo frio • Produto cárneo conservada pelo calor → Derivados cárneo: produto cuja matéria-prima principal é a carne e passou por grande transformação na indústria, vai ser muito beneficiada na indústria, também tem que ter no mínimo 50% de carne. Ex: Embutidos: linguiça, salsicha, mortadela, salaminho; hamburguer, presunto, apresuntado, patê. Todo embutido é um derivado cárneo, mas nem todo derivado cárneo é embutido, visto que os embutidos têm que ter um envoltório natural ou sintético na fabricação. → Subproduto/coproduto cárneo: Tudo aquilo é obtido do animal de abate fora a carcaça. • Comestíveis: fígado, sangue (faca vampira- não pode ter tocado o chão, se toca o chão é não comestível), coração, língua, mocotó- comestíveis pelo homem. • Não-comestíveis: farinhas de sebo, feto, sangue, couro. • Opoterápicos: válvulas cardíacas, pericárdio, soro fetal, intestino (para fio categute), sangue. Utilizadas pela indústria farmacêutica ou médica. Os produtos cárneos são constituídos por carne que sofreu processamento industrial com a finalidade de aumentar a vida útil (conservação, para ter mais tempo para comercializar) do produto ou para torná- lo mais atrativo, tem maior poder de barganha e é um produto mais seguros. Para fabricação de qualquer produto cárneo deve-se utilizar matéria prima(carne) de origem inspecionada. A cadeia do frio é empregada largamente na indústria de alimentos, tendo em vista que as baixas temperaturas apresentam efeito bacteriostático, ou seja, são capazes de impedir a multiplicação dos microrganismos. As carnes podem ser classificadas como frescas ou resfriadas, quando são acondicionados sob refrigeração, em temperatura entre 4 à 7°C, tendo prazo de validade entre 72 a 96h (3 a 4 dias). carnes congeladas, em que a temperatura de acondicionamento é de -10 a -18°C, e o prazo de validade é de 60 dias. O congelamento de qualquer produto cárneo deve ser realizado o mais rapidamente possível, mas em contrapartida, o descongelamento deve ser feito lentamente, para que as características sensoriais e nutricionais da carne sejam mantidas. Em temperaturas mais baixas, há menor proliferação de microrganismos, reações enzimáticas e físico- químicas, permitindo uma maior durabilidade do produto. Quando esses produtos são embalados sob baixa tensão de oxigênio, popularmente conhecido como “embalagem vácuo”, a ausência de oxigênio também contribui para prolongar a shelf life do alimento, podendo chegar de 6 a 8 meses. O tempo de validade do produto também está relacionada com a contaminação inicial do produto. O congelamento de qualquer produto cárneo deve ser realizado o mais rapidamente possível, mas, em contrapartida, o descongelamento deve ser feito lentamente, para que as características sensoriais e nutricionais da carne sejam mantidas. 1) Introdução: 2) Carnes conservadas pelo frio: A vantagem das carnes resfriadas sobre as carnes congeladas seria do ponto de vista econômico, considerando que o custo para realização do congelamento e manutenção da carne a temperaturas muito baixas é muito superior do que o custo com a refrigeração. Como desvantagem, o prazo de validade da carne fresca, resfriada é consideravelmente inferior ao da carne congelada. Inspeção: → Coloração (vermelho-vinho) → Aspecto e consistência caraterística: superfície brilhosa, porém sem muco; textura firme, porém não enrijecida → Ausência de larvas e insetos → Ao corte: não apresenta exsudação em excesso ne desfragmentar – indício de deterioração → Exame microbiológicas e físico-químicas, coleta amostra, prova e contraprova, manda para o laboratório, no caso do SIF para os LDFA e faz o exame microbiológico, para pesquisa de Salmonella spp. Coliformes a 30°C e a 45°C, Contagem Bacteriana Total) e físico-químicos (pH, composição nutricional). A conservação pelo calor tem efeito bactericida, o que prolonga substancialmente o prazo de validade do alimento, além de torná-lo muito mais seguro. Diante deste cenário é possível que o armazenamento desse produto seja feito sob temperatura ambiente, o que é extremamente vantajoso do ponto de vista econômico para a cadeia produtiva. A matéria-prima é a carne curada (adicionada nitrato ou nitrito de sódio ou potássio- para conservação contra microrganismos esporulados- importante para Clostridium. Hoje em dia também são utilizados para dar coloração rósea) ou não, condimentada (temperada), “esterilizada” pelo calor (não é uma esterilização essencial microbiológica, visto que não tem microrganismos. A esterilização feita é a esterilização comercial, com contagem microbiana muito baixa) e imediatamente resfriada para manter as características sensoriais e nutricionais. Ex: salsicha tipo Viena. A embalagem utilizada tem que ser resistente a altas temperaturas, sendo elas principalmente, o vidro e a lata. A lata é feita de um material chamado de “folha de flandres”, que é uma chapa metálica, feita de ferro com estanho. A lata precisa ser hermeticamente fechada e vai para esterilização, não podendo ter contato do meio externo com o meio interno. Do ponto de vista higiênico-sanitário é um produto muito seguro e dificilmente acontece a recontaminação pós- tratamento térmico, visto que o produto é tratado dentro da embalagem, essa técnica de conservação também é empregada como aproveitamento condicional na indústria, mas nem todo produto cárneo em conserva é fabricado a partir de matéria- prima carne oriunda de aproveitamento condicional. Já existem alguns plásticos resistente que são embalados. Após ser aberto, o produto deve ser retirado da embalagem original, refrigerado e consumido no prazo máximo de três dias. O produto curado é aquele adicionado de nitrito e/ou nitrato de sódio e/ou potássio, substância que tem aspecto semelhante ao sal. Inicialmente, o seu emprego tinha como objetivo a conservação do alimento, em virtude da sua boa atuação contra microrganismos esporulados anaeróbios, sendo estes justamente os agentes que se proliferam em produtos enlatados. No entanto, esses aditivos passaram a ser utilizados com a finalidade de produzir a coloração rósea característica de alguns produtos cárneos, pois quando submetidos a temperaturas elevadas, o calor atua como catalizador da reação, levando à modificação da coloração do alimento. → IN 211/2023 ANVISA: Os limites de nitrato de sódio ou potássio: 300mg/kg; nitrito de sódio ou potássio: 150mg/kg; combinação nitrato + nitrito: 150mg/kg. O Nitrato é convertido em nitrito, para ter o efeito conservante e corante. Após ingeridos, por meio dos alimentos, conjugam-se com o grupo amina das proteínas e formam as nitrosaminas, as quais são carcinogênicas, por isso tem limites estabelecidos. Os enlatados são produtos que menos precisam de aditivos devido ao processo de conservação dele. Mas altera as características sensoriais e nutricionais. A inspeção das conservas enlatadas, o principal teste que esse tipo de produto sofre é o teste de esterilização. Este consiste na análise desse no mínimo, 1% do lote, e essas amostras devem permanecer durante10 dias em sala-estufa a 37°C. Ou frequência baseada em análise de risco: volume de produção, tipo de produto, PAC, atendimento da empresa aos requisitos de inspeção. Após esse período de armazenamento das amostras, essas são submetidas a avaliações: condição do recipiente, que 3) Carnes conservadas pelo calor: 4) deve não apresentar nenhum tipo de falha, ferrugem (oxidação por proliferação bacteriana, que abri um micro poro tem troca de bactérias do meio externo para interno), orifícios (passagem de microrganismos) e amassados (comprometimento da integridade da embalagem, provavelmente por Clostridium. ); durante a percussão, a embalagem não pode ocorrer o desprendimento de gases nem a projeção de líquido, e a conserva que toma a forma da lata deve ser retirada em um único bloco; odor, sabor e coloração devem ser próprios de cada alimento; conservas que tomam a forma da lata: retirá-las num só bloco. Também pode-se lançar mão de exames microbiológicos e físico-químicos dos produtos. Só libera o lote todo se passar pelo teste de esterilização, todo enlatado tem que ser passado por teste de esterilização, a inspeção é periódica, a não ser que o enlatado seja fabricado no abatedouro-frigorífico. No interior da lata tem um produto que é o verniz, um produto comestível, não é tóxico, mas se a lata estiver o amassada, o verniz é quebrado e o efeito de proteção dele é quebrado. Para a indústria não é desvantajoso ficar 10 dias sem vender o produto, visto que o prazo de validade é longo. Só analisa 1%, não precisa ser em triplicata. Depois que compra a lata, deve ser lavada, com detergente e/ou álcool, não tem diferença estatística de lavar só com sabão ou com sabão e álcool. Se abrir a lata, deve retirar da lata, e colocar em vasilha de plástico e colocar na geladeira. Se alguma das características esperadas para o produto estiverem fora do padrão, ocorre a condenação total do lote. Atualmente, há uma forte tendência da adesão da inspeção com base em risco, que visa identificar os fatores de risco para a proteção da saúde dos consumidores, determinar prioridades e alocar recursos efetivamente e eficientemente (BRASIL, 2019). Nesse cenário, considera-se o volume da produção, o tipo de produto, monitorando os pontos críticos de controle e mitigando os riscos, sobretudo para coleta de amostras e realização de testes laboratoriais São conhecidas como carne seca, carne de sol e charque, entretanto, do ponto de vista tecnológico, existem algumas diferenças entre esses três produtos e, mais ainda, existem diferenças regionais e culturais em suas tecnologias de fabricação. Associa duas técnicas, sendo elas o sal e a desidratação, a maioria dos organismos não se proliferam bem nem em meio com baixa umidade e a maioria dos microrganismos não são resistentes ao sal. O limite de umidade na porção muscular da carne é de 45% e o resíduo mineral máximo é de 15%, podendo haver variação de 5% para mais ou para menos, as bactérias halofílicas são resistentes ao sal. Uma carne fresca tem cerca de 75% de umidade. Na carne bovina salgada e desidrata associam duas técnicas de conservação (salga e desidratação), o que torna o produto mais seguro, todavia, isso pode aumentar o custo produtivo. Durante a inspeção sanitária desses produtos, deve-se considerar a presença de odor e sabor desagradáveis e anormais, presença de gordura rançosa; aspecto amolecido, úmido ou pegajoso; áreas com coloração anormal (vermelhão, sendo indicativo de proliferação de bactérias halofílicas – ocorre uma proteólise a carne fica mais escura); e a presença de larvas e parasitas (miíase). Se o lote em questão apresentar qualquer uma dessas alterações, este deve ser totalmente condenado. Frescos e congelados: • Produto cárneo obtido a partir da moagem de massas musculares, seguido de imediato resfriamento ou congelamento. Ex: Carne moída • Não tem aditivos, é simplesmente um corte cárneo, que foi moída e resfriamento e congelamento. Seu prazo de validade é inferior ao corte cárneo inteiro em virtude da manipulação sofrida, que é um forte gerador de contaminação • É preciso ter na embalagem o tipo de corte cárneo, visto que depois de moer não tem como reconhecer o tipo de corte. Embutidos: • Produto cárneo, dentro dos produtos cárneos ele é um derivado cárneo, produzido a partir de carne, sangue, vísceras comestíveis, curados ou não, condimentos, cozidos ou cru, tendo um envoltório natural (intestino, bexiga) ou sintético (a base de celulose, por exemplo). • Objetivos principais: dar rendimento ao produto cárneo e agregação de valor a matérias-primas de menor valor comercial, 5) Conservação pela salga: 6) Produtos cárneos picados tornando-a, ao mesmo tempo, atrativa, apetecível e de fácil conservação. • Grandes modificações nas elaborações ao longo dos anos • Muitas variedades: linguiças, salsichas, salaminhos, mortadelas, defumados, crus, cozidos – frango, suíno, misto. • Valorização comercial: carnes 3ª categoria (Ex: pescoço, toucinho, bochecha) • Não evitam contaminações posteriores a sua elaboração • São chamados de semiconserva • Prazo de validade varia muito = composição variada e vários sistemas de produção. Apresentam prazo de validade maior que o do corte cárneo, mas, inferior ao dos enlatados. O seu processo de fabricação não assegura a destruição completa da carga microbiana e também não evita a contaminação posterior a sua elaboração. → Fatores de conservação que faz com que tenham o prazo de validade maior que os cortes cárneos: • Substâncias antimicrobianas- sal, nitratos, nitrito • Especiarias, condimentos e corantes – alho, urucum • Tripa natural ou sintética – barreira física • Eliminação do ar – embalagem a vácuo, baixa tensão de oxigênio, só prolifera bactérias anaeróbias (minoria dos microrganismos) • Desidratação- a maioria dos microrganismos precisam de água para se proliferar. • Defumação e calor (cozimentos)- bactericida • Aditivos Embutido maturado: Sofrem mudanças microbiológicas, bioquímicos, físico- químicas, por meio de processos tecnológicos, fornecendo aroma e sabor, cor e aspecto característico. Acondiciona o produto cárneo (salaminho) sob uma certa temperatura e uma certa umidade em câmaras de maturação. A maioria das indústrias trabalham com cerca de 4 meses e outras 6 meses de maturação, durante a maturação com umidade e temperatura, ocorre tais mudanças. Quanto mais maturado, maior melhor a qualidade do produto. Aumenta o prazo de validade, visto que o produto desidrata, altera o pH tornando um meio ácida, sofrem fermentação, degradando açúcar para formação de ácido lático. O salaminho além de maturado é fermentado, com utilização de bactérias ácido láticas e carboidratos, que são adicionados intencionalmente durante a fabricação do produto. Degradam açúcar e carboidrato, formando ácido lático, o ácido lático diminui o pH do produto que ajuda para conservação, mas também caracteriza o sabor do salaminho. → pH do salaminho: no final da maturação o pH é de 4,6, na massa inicial da carne o pH é 6,2 a 6,5. • Todo produto maturado tende à acidificação. → Umidade: o produto desidrata cerca de 70 a 80% em produtos frescos, sempre haverá perda de peso e é influenciada por temperatura e porosidade da tripa, para perder água para o meio, o principal envoltório utilizado é a de celulose, que é bastante poroso. Os produtos maturados apresentam 16%, tendo em vista que o produto é submetido a processos de desidratação, aumentando a concentração dos constituintes sólidos, por isso tende a ser mais caro. → Composição química: aumento relativo dos constituintes sólidos, pois há perda de água, degradação proteica, modificação dos ácidos graxoscom liberação de substâncias aromáticas. → Carga microbiana: diminuição da contagem total de micro-organismos; contagem de coliformes diminui progressivamente (18 a 20 dias elas desaparecem) • Início da maturação: Enterococcus, Pseudomonas, Achromonacter, Micrococcus • Final da maturação: Lactobacillus e Pediococcus • Fungos (Aspergillus, Penicillium, Mucor)- mofo na superfície. A legislação permite a utilização de antifúngico, pode pulverizar ácido sórbico, ao longo da maturação, mas não pode ir na massa do salaminho, só pode pulverizar. A maioria dos fungos são aeróbicos, então começa de fora para dentro. São de cunho não intencional, ou seja, são acidentais e, na maior parte das vezes, têm como principais causas má qualidade da matéria-prima, falta de higiene e limpeza durante a elaboração dos produtos, assim como estocagem, transporte e distribuição inadequados. 7) Alteração em produtos cárneos: Causas principais: • Matérias-primas de má qualidade • Falta de higiene e limpeza na elaboração do produto cárneo. • Transporte e distribuição inadequados (ex: temperatura) • Estocagem inadequada Alterações: → Alterações zooparasitárias: • Larva de mosca (miiase) • Excrementos (ratos, baratas) • Insetos (barato) • Acaro: a carne seca pode ter a contaminação por Saltão (parece um piolho esbranquiçado) Ocorre quando em alguma etapa precisava de condições higiênico sanitária, seja na elaboração ou na conservação do produto. O julgamento é condenação total. → Ranço oxidativo: • Presente principalmente em produtos mais ricos em lipídeos • Inicia-se perifericamente e atinge os restos gordurosos • Alteração sensorial: sabor insípido, de sebo, de velho, papelão e metálico • Altera características sensoriais e nutricionais • Atua na quebra da cadeia de ácidos graxos insaturados, onde se insere átomos de oxigênio, formando peróxido, óxidos, aldeídos e cetonas. Os aldeídos e cetonas que conferem a alteração sensorial do alimento que sofreu ranço. • Os catalizadores são oxigênio, luz, calor, metais pesados. • A embalagem deve ser opaca, com baixa tensão de oxigênio, de plástico e tem que ser conservado sobre frio. • O ranço começa da parte externa para parte interna, visto que o teor de oxigênio é maior na parte externa. → Putrefação: • Alterações sensoriais e de carga microbiana deteriorantes • Inicia-se superficialmente e caminha para o centro do produto • Menos frequente em embutidos maturados, devido a menor umidade e pH mais baixos • Ação de coliformes por falta de processamento (falta de higiene) • São considerados microrganismos indicadores da qualidade do produto. • Alterações principais: cor cinzenta e disseminações verdosas (varia de acordo com o pigmento que o microrganismo produz sobre o produto), odor putrefato e sabor picante, ácido; superfície visco-mucosa (pegajosa). • Alteração de características nutricionais • A carne moída é muito propensa a putrefação devido a manipulação • Devido a presença de microrganismo deteriorante, sofreu alteração sensorial e nutricional, e onde está presente microrganismos deteriorantes, pode ter presença de microrganismos patogênicos. • O critério de julgamento é condenação total com destino as graxarias. → Amaciamento da pasta: mais frequente em embutidos cozidos -mortadela, salsicha. A massa pode ficar muito mole, não conseguindo dar forma ao produto. • Causas tecnológicas: excesso de gordura; trituração excessiva no cutter, carne oriunda de animais estressados • Causas microbiológicas: Bacillus, contaminante de especiarias-cominho, pimenta, esse microrganismo degrada as proteínas, causando amolecimento da massa. • Causas associadas à qualidade da matéria- prima: excessiva quantidade de pâncreas e estômago na massa, possuem enzimas que são proteolíticas, então degradam proteínas e causa o amolecimento da massa. O critério de julgamento é condenação total. Mas o que ocorre é condenação parcial. Acontecem de forma intencional e, normalmente, estão associados a fatores econômicos. Correlacionado com adição de algum componente não permitido ou a adição em excesso de algum componente que é permitido. → Adição de água: limites máximos em embutidos não-cozidos sendo de 3% e para os cozidos permite a 8) Adulteração em produtos cárneos: adição de 10%, visto que no cozimento a água vai evaporar. • Efeito cascata, como fica mais mole a massa adiciona géis como gelatina, amido, ágar, metil-celulose • A deteção é determinação da umidade- método de secagem em estufa a 105°C. Faz a pesagem, coloca na estufa e depois pesa e ver a diferença do peso para determinar a quantidade de água. • É utilizado para diminuir custo, dá mais rendimento, é um produto barato → Adição de amido: • Os limites máximos para salsicha são de 2%, mortadela é de 5% e patê 10% • Quanto mais amido, menor a qualidade • Normalmente, está associada a adição de água, visto que é recorrente, considerando que apresenta efeito ligante. → Adição exagerada de tecido conjuntivo e cartilagem: é muito frequente • É difícil de ser detectado • Pode ser adicionada, mas a carne tem que ser o principal componente • Detecção: microscopia, dosagem de aminoácidos triptofano (tecido muscular, que tem que ser em maior quantidade) e hidroxiprolina (colágeno). Pega uma fatia bem fina e leva para o microscópio, visualiza muitos tecidos na lâmina, mas o que tem que prevalecer é o tecido muscular. A dosagem de aminoácidos pode ser realizada por meio de teste de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE ou HPLC), sendo este um teste qualitativo e quantitativo. → Adição exagerada de vísceras: • Também é frequente e visa aumentar o lucro da indústria. • Detecção difícil, devendo lançar mão de exames microscópicos. Pode ter vísceras, mas tem que prevalecer o tecido muscular. → Adição excessiva de proteína de soja: • Objetivo: diminuir custo de produção, visto que é um produto mais barato. • Existem limites máximos permitidos para cada derivado cárneo • Detecção: cromatografia liquida de alta eficiência → Adição de aditivos não permitidos ou em teores elevados: • Objetivo: mascaramento do produto e controla a contaminação microbiana • Existem limites máximos permitidos para cada aditivo em cada tipo de produto cárneo • Detecção: teste de CLAE- teste caro, para identificar e quantificar o aditivo presente no produto. Critério de julgamento é condenação total- graxaria A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio da Instrução Normativa nº 211/2023, estabelece os aditivos alimentares autorizados para uso em carnes e produtos cárneos Durante a inspeção são realizados exames externo, interno e laboratorial. → Exame externo: avaliação do rótulo (identificação do produto), embalagem, formato e coloração, consistência e textura, aroma, palpação e percussão e verificação da ocorrência de estufamento (gás no interior devido a presença de microrganismo). → Exame interno: ao corte, observa-se características da superfície como corpo, proporção de gordura, tecidos fibrosos, adesividade do envoltório (despendimento dos componentes) e cocção (cozimento, para análise sensorial). → Exames laboratoriais- não é tão frequente: avaliam a composição nutricional do alimento e características microbiológicas, sendo descritos de forma mais detalhada nos RTIQ de cada produto. No caso de indústria sob SIF, vai para os LDFA, fazem todos os tipos de análise, a legislação deve trazer qual tipo de procedimento de análise vai utilizar. 9) Inspeção em produtos cárneos:
Compartilhar