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Carências Específicas Desnutrição engloba a carência de macro e micronutrientes Fatores de risco para deficiências de micronutrientes: Dieta monótona (baixa ingestão e biodisponibilidade) Baixa ingestão de alimentos de origem animal Baixa prevalência de aleitamento materno Baixa densidade de micronutrientes na alimentação complementar Vitamina A Vit. A (retinóide) refere-se a três compostos pré-formados que exercem atividade metabólica O ÁLCOOL (retinol) O ALDEIDO (retinal ou retinalaldeido) ÁCIDO (ácido retinoico) As formas ativas da vit A existem apenas nos produtos de origem animal Os vegetais contêm um grupo de compostos conhecidos coletivamente como carotenóides, que podem produzir retinóides quando metabolizados ANIMAL – Forma ativa VEGETAL – Forma inativa RBP (proteína ligadora de retinol) – precisa de vitamina A e Zinco O retinol é mais eficientemente absorvido (70 a 90%) que os carotenóides (20 a 50%) em humanos A absorção intestinal do retinol dispensa a presença de sais biliares, enquanto os carotenóides são dependentes deles A absorção dos carotenóides é altamente dependente do teor de gorduras da dieta A absorção do retinol continua alta, mesmo quando a ingestão aumenta, enquanto os carotenóides têm absorção limitada pelo aumento da ingestão Adipogênese - ↑ gordura ↓vit. A - ↑ adipogênese Carência Aumento da mortalidade infantil e materna Cegueira na infância (xeroftalmia) Redução na incorporação do ferro na hemácia Hiperqueratose folicular Funções da vitamina A Processo visual: o retinal ou retinol combina-se com a opsina para produzir a rodopsina – pigmento visual dos bastonetes que participa do processo visual em condições de luminosidade reduzida. Na deficiência de vit A: Cegueira noturna Diferenciação celular: A vit A atua nas células produtoras de queratina em vários tecidos epiteliais do organismo, e, na ausência desta, ocorre ressecamento epitelial denominado xerose, tipicamente encontrado na conjuntiva e na córnea Resposta imunitária: atua nos processos de manutenção da imunocompetência, principalmente em relação aos linfócitos, de respostas mediadas pelas células T e de ativação dos macrófagos Carências Específicas Fontes de Vit A Vit A pré-formada ou retinol (animal e suplementos): ovos, leite e derivados (tem absorção 6x maior que a de origem vegetal Pró vitamina A ou carotenoide (vegetal): cenoura, mamão, laranja, etc. (são aproximadamente 600 e 50 são precursores da vit A. Entre esses se encontram o betacaroteno (convertido cerca de 100% em retinol no organismo), o alfa-caroteno (50 - 54% de conversão), e o gama-caroteno (42 – 50% de conversão) O teor de vitamina A dos alimentos é medido como equivalentes de atividade de retinol (RAE) 1 RAE = 1mcg de retinol = 12mcg de betacaroteno ou 24mcg de outros carotenoides pró vitamínicos = 3,33UI IMPORTANTE 1500mcg de retinol = 5000UI Deficiência de vitamina A A deficiência crônica de Vitamina A ainda é um dos mais resistentes problemas nutricionais nos países em desenvolvimento, a despeito dos sintomas não serem de difícil identificação, da etiologia ser bem conhecida, do tratamento ser disponível e, em grande parte das situações, de existirem fontes alimentares, disponíveis e acessíveis, de vit A, seja na forma de carotenoides, seja como retinol As deficiências primárias – ingestão inadequada As deficiências secundárias – má absorção causadas pela gordura dietética insuficiente, insuficiência biliar ou pancreática, transporte prejudicado, hepatopatias, desnutrição proteico-calórica ou deficiência de zinco Quadro clínico da xeroftalmia 1º fase: Cegueira noturna. Se tratar, com 3 dias volta ao normal, sem deixar lesão 2º fase: Xerose de conjuntiva. Devido a diminuição da síntese de glicoproteínas (sem muco). Se tratar, não deixa lesão 3º fase: Mancha de Bitot. Se tratar, com 3 dias volta ao normal, sem deixar lesão (macha branca) 4º fase: Xerose da córnea. Perde a transparência do olho. Se tratar, ainda deixa uma lesão 5º fase: Úlcera da córnea. Se for no centro da visão, leva à cegueira 6º fase: Ceratomalácia. Estágio mais grave. Ocorre praticamente desnutrição total do olho TRATAMENTO > 1 ANO DE IDADE 1 cápsula de 200.000 UI e outra após 24h CRIANÇAS ENTRE 6 E 11 MESES 1 cápsula de 100.000 UI e outra após 24h CRIANÇAS < 6 MESES 1 cápsula de 25.000 UI e outra após 24h Programa Nacional de Suplementação de vitamina A - Norte E Nordeste - Municípios das regiões centro-oeste, Sul e Sudeste, contemplados no Programa Brasil sem Miséria Esquema para administração de vitamina A em crianças IDADE CRIANÇAS: 6 – 11 M CRIANÇAS: 12 – 15 M DOSE 100.000 UI 200.000 UI FREQUÊNCIA UMA DOSE UMA VEZ A CADA 6 MESES Portaria MS, nº729, 13 de maio de 2005 Carências Específicas Esquema para administração de vitamina A em puérperas: Período Dose Via de administração Frequência Somente no pós-parto imediato, antes da alta hospitalar 200.000UI Oral Uma vez Portaria MS, nº729, 13 de maio de 2005 Fatores que interferem na biodisponibilidade: a quantidade de vitamina A ingerida; O tipo de carotenoide ingerido; a influência de outros nutrientes ou componentes do alimento na sua absorção, como vit E, ptn, gorduras, fibra; idade do indivíduo; processamento térmico Toxicidade da vit A - Hepatopatia - Teratogênicos PNDS, 2006 – 12,3% de mulheres no período fértil e 17,4% de crianças Não é toda a população que apresenta deficiência Vitamina D - Mantém a homeostase normal do cálcio e fósforo e a mineralização óssea - Essencial para o crescimento esquelético Carência de vitamina D Raquitismo – crianças – baixa estatura e/ou diminuição da velocidade de crescimento, deformidades esqueléticas Osteomalácia – adultos – pode ser assintomática, quando sintomática: dor óssea difusa e fraqueza muscular, fraturas com trauma mínimo, deformidades ósseas Fontes de vitamina D D2: ergocalciferol (formada a partir da pró vitamina ergosterol): fungos D3: colecalciferol (sintetizada pelo organismo): necessita da luz solar para ser ativada Ambos são metabolizados no fígado formando a vitamina D. a vit D para ser utilizada, precisa receber uma hidroxila à nível renal. A forma endógena precisa de luz solar para ser ativada Estabilidade: D2 e D3 são destruídas rapidamente pela luz, pelo oxigênio e pelos ácidos ↑ PTH ↓ FOSFATO - ↑ ATIVAÇÃO DA VITAMINA D VIT D ↑ ABSORÇÃO DE CÁLCIO A NÍVEL INTESTINAL CÁLCIO NA CORRENTE SANGUINEA ↓ PTH ↑ DESMINERALIZAÇÃO ÓSSEA – OSTEOPENIA, OSTEOPOROSE PTH – RETIRADA DO Ca DO OSSO PARA A CORRENTE SANGUINEA CYP2781 – ENVOLVIDO NA CRIAÇÃO DAS ENZIMAS DE ATIVAÇÃO DA VIT. D Endotélio, placenta, próstata, monócito, macrófagos, pelve, cólon e encéfalo – Ativam vit. D sozinhas Carências Específicas Metabolismo da vit D e fatores reguladores No intestino delgado, a 1,25(OH)2D estimula a absorção do cálcio Sem vitamina D, apenas 10 - 15% do cálcio e cerca de 60% do fósforo são absorvidos. A suficiência de vit D aumenta a absorção em 30 – 40% e 80% de cálcio e fósforo, respectivamente No osteoblasto, a 1,25(OH)2D interage com o receptor da vit D, induzindo os monócitos imaturos a tornarem- se osteoclastos maduros, que dissolvem a matriz e mobilizam cálcio e outros minerais do esqueleto No rim, a 1,25(OH)2D estimula a reabsorção de cálcio do filtrado glomerular Osteoblasto – produz matriz óssea Osteoclasto – degrada matriz óssea Além de manter a homeostase normal do cálcio, fósforo e a mineralização óssea, a vitamina D desempenha ações sobre a regulação do transporte de cálcio, síntese proteica e cinética da contração, sendo importante para manutenção da massa, da força e da velocidade de contração do músculo esquelético Diferença entre vit D e C no processo de calcificação Para a calcificação, é preciso que a matriz orgânica esteja formada (o que requer vitamina C) para que o cálciose deposite. E outro fator importante para que ocorra a calcificação (ossificação) é a sua ligação com o fósforo. Faltando vit D, falta cálcio e não se forma a matriz OBS: Na osteoporose ocorre deficiência tanto na matriz óssea, quanto na calcificação Hipovitaminose D – Matriz orgânica está normal e o problema é na calcificação Hipovitaminose C – A calcificação é normal, mas há um defeito na matriz orgânica Fatores que interferem a formação da vitamina D: Exposição à luz solar Idade (idosos ingerem menos leite e apresentam síntese reduzida de vitamina na pele) Estação Latitude Ingestão de etanol (diminui a biodisponibilidade de vit D) Ingestão de fibras (diminui a biodisponibilidade de vit D) Valores séricos de referência 25(OH)D Baseado na literatura em relação aos valores ideais de 25(OH)D para a população deverá ser estratificado de acordo com a idade e características clínicas individuais Acima de 20ng/ml é o valor desejável para a população saudável (até 60 anos) Entre 30 e 60ng/ml é o valor recomendado para grupos de risco como: idosos, gestantes, lactantes, pacientes com raquitismo/Osteomalácia, osteoporose, pacientes com história de quedas e fraturas, causas secundárias de osteoporose (doenças e medicações), hiperparatireoidismo, doenças inflamatórias, doenças autoimunes, doença renal crônica e síndromes de má absorção (clínicas ou pós-cirúrgicas) Acima de 100ng/mL: risco de toxicidade e hipercalemia Câncer, doenças infecciosas, inflamatórias e autoimunes, cardiovasculares e metabólicas como obesidade e hipertensão Vitamina D Carências Específicas Não existem evidencias para solicitação do nível sérico de 25(OH)D para a população adulta sem comorbidades, portanto, a triagem populacional indiscriminada não está indicada As evidências atuais não suportam o conceito de suplementação generalizada da população Indivíduos com baixa insolação constituem-se a principal população de deficientes Suplementação e o TTº deve-se dar preferência para a vitamina D3 (concentrações mais estáveis) As doses para tratamento variam de acordo com o grau de deficiência e com a meta a ser atingida Valores séricos de: 12ng/mL seriam suficientes para evitar o raquitismo e a Osteomalácia, assim como para normalizar a absorção intestinal de cálcio Entretanto, para reduzir fraturas, concentrações acima de 24ng/mL, são necessários Para evitar o desenvolvimento de hiperparatireoidismo secundário, concentrações acima de 30ng/mL são desejáveis Portanto, especialmente durante o tratamento da osteoporose, recomenda-se que a 25(OH)D plasmática esteja acima de 30ng/mL Dose de manutenção Tabela 3 doses de manutenção diárias de vit D recomendadas para população geral e para população de risco para deficiência Faixas etárias População geral UI População de risco UI 0 – 12 M 400 400 – 1000 1 – 8 A 400 600 – 1000 9 -18 A 600 600 – 1000 19 – 70 A 600 1500 - 2000 > 70 A 600 1500 – 2000 GESTANTES 14 – 18 A 600 600 – 1000 GESTANTES > 18 A 600 1500 – 2000 LACTANTES 14 – 18 A 600 600 – 1000 LACTANTES > 18 A 600 1500 – 2000 ADAPTADA INSTITUTE OS MEDICINE E DA ENDÓCRINE SOCIETY Carências Específicas - Estrógeno – cálcio no osso Raquitismo e Osteomalácia São doenças caracterizadas por defeito de mineralização do osso. Usualmente elas coexistem na criança até o fechamento das cartilagens de crescimento Razões: Alteração na produção do osteoide Falta dos substratos (cálcio e/ou fósforo) Carência nutricional, deficiência ou incapacidade de absorver, metabolizar ou utilizar a vitamina D Tubulopatia perdedora de fósforo Deficiência da enzima fosfatase alcalina (hipofosfatasia) Alteração no pH dos ossos (nas acidoses metabólicas) ou presença de substâncias inibidoras da mineralização A deficiência de vit D é uma das principais causas tanto de raquitismo quanto de Osteomalácia Carências Específicas Raquitismo Ocasiona: baixa estatura e/ou diminuição da velocidade de crescimento e deformidades esqueléticas que mais comumente atingem as partes do esqueleto com crescimento mais rápido: antebraço distal, joelhos e junções costocondrais Hipocalcêmico e Hipofosfatêmico – Redução de fosfato Hipofosfatêmico – Perda de fosfato Hipocalcêmico - Vitamina D ou resistência à sua ação Causas do raquitismo Carênciais (que compreendem a exposição solar inadequada ou ingestão inadequada de vitamina D, cálcio ou fósforo) Dependentes de vit D (tipo I, sendo secundária a um defeito genético que diminui a hidroxilação renal da vit D, e tipo II, secundária a um defeito genético no receptor de vit D) Resistentes à vit D (decorrentes de perda renal de fosfato) Outras causas mais raras de raquitismo são secundárias a tumores e doenças que cursam com má absorção intestinal. O uso de alguns medicamentos também pode provocar raquitismo, como diuréticos de alça, glicocorticoides, etc. Osteomalácia Ocorre por defeito de mineralização da matriz óssea, se apresenta na vida adulta e é uma das causas de baixa densidade mineral óssea. A Osteomalácia pode ser secundária a alteração em qualquer das etapas do metabolismo ou da ação da vitamina D e tem como causa mais comum deficiência da vitamina Ocorre mais frequentemente por deficiência dietética e de exposição solar, porém também pode resultar de má absorção intestinal, insuficiência renal crônica ou resistência à sua ação Os níveis séricos de 25-hidroxivitamina D, tanto em adultos jovens quanto em idosos, variam conforme a região geográfica, dependendo da latitude, sendo mais adequados perto da linha do Equador Estas concentrações também variam conforme a estação do ano Pode ser assintomática Quando sintomática, apresenta-se com sintomas inespecíficos, como dor óssea difusa e fraqueza muscular A dor óssea é geralmente mais pronunciada na coluna lombar, na pelve e nas extremidades inferiores, onde podem ocorrer fraturas com trauma mínimo Um sinal clínico importante é dor à palpação destes locais Vitamina K Filoquinona (K1 – é encontrada naturalmente em vegetais) Menaquinona (K2 – é sintetizada por bactérias no trato intestinal de humanos e animais) Menadiona (K3 – é sintético não possui cadeia lateral, mas pode ser alquilado no fígado para produzir menaquinonas) K3 – 2 x + potente que K1 e K2 Defeito de mineralização das cartilagens de crescimento na criança e se apresenta com retardo no crescimento e deformidades esqueléticas Hipocalcêmico (hipofosfatemia) Causas: Vit D ou resistência à sua ação Hipofosfatêmico (hipofosfatemia) Causa: Perda renal de fosfato Carências Específicas Vitamina lipossolúvel, sensível a luz e lentamente destruída pelo oxigênio, é relativamente estável ao calor Participação no transporte de elétrons da fosforilação oxidativa das mitocôndrias Os vitâmeros K (subfamílias de vit K) são absorvidos pelas células intestinais - linfa/QM – fígado – tecidos periféricos Fontes: vegetais verde-escuros (espinafre, brócolis, aspargo), fígado, cereais, frutas e leite de vaca Deficiência de vit K Atenção especial para: recém-nascidos, má absorção intestinal, uso de antibióticos, fármacos anticoagulantes, nutrição parenteral total, alteração na microbiota intestinal O leite materno tem menos vit K que o de vaca. Não supre o suficiente. A microbiota intestinal produz vitamina K. A criança deve receber vitamina K ao nascer para evitar hemorragias intracranianas e outras Quanto à vitamina K sintetizada pelas bactérias, sabe-se que o intestino humano contém grandes quantidades de bactérias produtoras de menaquinonas, contudo, sua importância nutricional não é clara A biodisponibilidade é menor do que se imagina e depende da forma que a vitamina é consumida Quando ingerido na forma pura (farmacêutico) a absorção da filoquinona é 6x maior do que quando presente em algum alimento A biodisponibilidade é influenciada por fatores nutricionaise digestivos e a adição de gordura à dieta favorece a biodisponibilidade Vit K e diabetes A vitamina K tem sido relacionada ao metabolismo da glicose, sensibilidade à insulina e diabetes Tem papel protetor em doenças crônicas com inflamação subclínica ↑ Filoquinona ↓ Risco metabólico ↓ Inflamação ↓ Resistência à insulina Complexo B B1 – TIAMINA – Beribéri – produção de energia, parestesia e dormência de extremidades B2 – RIBOFLAVINA – Quelite, queilose, glossite, - células vermelhas NIACINA – Metabolismo energético, Pelagra; Vitamina PP, ANTILIPIDÊMICO B9 – FOLATO – Anemia B12 – CIANOCOBALAMINA – Anemia macrocitica / Anemia perniciosa VITAMINA C – Hemorragia e escorbuto B1 – tiamina Tiamina pirofosfato (TPP) Conhecida como vitamina antiberibérica ou antineuritica. A deficiência causa beribéri Síndrome de Wernecke-korsakoff: combina a encefalopatia de Wernicke (confusão mental, paralisia dos músculos oculares – oftalmoplegia, ataxia) com a amnésia de korsakoff (a memória para fatos recentes está afetada) A deficiência na ingestão de tiamina leva a uma redução acentuada na capacidade das células em produzir energia: formação do Acetil-CoA Outros sintomas da deficiência incluem: constipação, perda de apetite, náusea, depressão, fadiga, PARESTESIA E DORMÊNCIA DE EXTREMIDADES Beribéri úmido – água, edema, menos urina, retenção hídrica Beribéri seco – desidratação Carências Específicas Fontes: animais e vegetais. Carne de porco magra, germe de trigo e leveduras (principais), víscera, carnes magras, feijões, ervilhas, grãos integrais, nata, gema de ovo e peixe A quantidade de tiamina necessária está relacionada com a necessidade de carboidratos na dieta É termolábil. O tempo de cocção e a quantidade de água utilizada e desprezada também influencia. O congelamento não tem influência. Consumo de etanol (reduz a absorção intestinal) Alcoólatra – ↓ B1 – DEFICIÊNCIA PRIMÁRIA B2 – riboflavina Atua principalmente como coenzima nas reações de oxidação-redução; respiração celular; gliconeogênese; formação de células vermelhas Quelite (carência aguda), queilose (degeneração crônica) e glossite (processo inflamatório na língua) Antibióticos podem causar deficiência secundária É uma vitamina termoestável (pouca quantidade perdida no cozimento e processamento dos alimentos) Pode ser destruída por álcalis e pela exposição à irradiação ultravioleta Fontes: leite e derivados, vísceras, vegetais verdes, ovos A fototerapia para lactentes com hiperbilirrubenia com frequência leva à deficiência de riboflavina (pela fotodestruição da vitamina) Niacina (Vitamina PP) Substrato para síntese das coenzimas NADH e NADPH, que são essenciais para produção de energia e metabolismo (glicólise, oxidação de cetoácidos, ácidos graxos e aminoácidos = dependem desses cofatores) Carência causa pelagra (diarreia, demência e dermatite = 3Ds) Alcoolismo pode causar deficiência secundária Outros sintomas: indigestão, fraqueza muscular, anorexia, perda de memória, descamação da pele Fontes: fígado, carne, aves, peixe, ovos, leite, leguminosas Vem sendo utilizada como suplemento medicamentoso em pacientes com dislipidemia e coronariopatias (papel Antihiperlipêmico) (Agente farmacológico – DOSE ACIMA DA UL) Os sintomas de envolvimento do SNC incluem confusão, desorientação e neurite A niacina pode ser sintetizada em humanos a partir de triptófano. Mas o processo requer vitaminas B1, B2 e B6 A doença de Hartnup é hereditária, rara, na qual o metabolismo de triptófano está prejudicado B9 – folato É essencial para a multiplicação celular e crescimento. Desempenha função de coenzima em reações de transferência de um único átomo de carbono (síntese de purina, pirimidina e interconversão de aminoácidos) Deficiência: gestantes, lactantes, idosos, alcoólatras, síndrome de má absorção, doenças hemolíticas e malignas (leucemia), epilepsia e depleção de B12 Sinais não específicos da deficiência: dores de cabeça, cansaço, fadiga, anemia megaloblástica, anorexia, queilose angular, glossite Fonte: fígado, vísceras, carne bovina, de porco, feijão, espinafre, laranja, cenoura, beterraba Alimentos enriquecidos (tem maior disponibilidade) O calor reduz biodisponibilidade de folato nos alimentos. Há perdas em alimentos cozidos em água (50 – 95% é perdido). Carência de B9 pode provocar Hiper-homocisteinemia (HHcy) Hiper-homocisteinemia (HHcy) – acontece por deficiência de três vitaminas: B9, B6 e B12 Carências Específicas B12 – Cianocobalamina Importante para células com alto poder de replicação. Sua deficiência causa anemia, parestesia periférica, constipação, glossite A deficiência dessa vitamina pode ocasionar transtornos hematológicos, neurológicos (déficit cognitivo) e cardiovasculares, estando ela diretamente relacionada com a HHcy, um fator independente de risco cardiovascular e danos neuronais, além de: mielopatia com ataxia, desmielinização subaguda de medula IMPORTANTE O DIAGNÓSTICO PRECOCE PARA EVITAR DANOS Fontes: fígado, rins, leite e derivados, carnes e ovos A vitamina B12 é sintetizada exclusivamente por bactérias Anemia perniciosa (deficiência de B12) – gestantes, lactantes, crianças e vegetarianos, idosos (síndrome de má absorção) e gastrectomizados por ausência de fator intrínseco – pode resultar em deficiência de ácido fólico. Estudos relacionam a B12 com DCV, renais, DM e câncer Mecanismo de absorção B12 + FI (complexo resistente as enzimas proteolíticas do intestino) – receptores específicos epiteliais na luz intestinal para absorção – depois essa é ligada a um transportador é lançada na circulação Vitamina C Deficiência causa hemorragias e escorbuto. A criança com raquitismo anda com dificuldade e com escorbuto, nem anda. É reversível Função: síntese do colágeno e tecido conjuntivo, combate radicais livres. Facilita absorção intestinal do ferro; reduz infecções Fontes: acerola, frutas cítricas, pimentões, tomates, morango, abacaxi, goiaba, kiwi É uma vitamina sensível à luz e ao calor Sua carência causa colagenoses. Para formar colágeno, necessita-se de lisina e prolina que precisam sofrer hidroxilação, que só ocorre na presença de ferro reduzido (Fe++) pela vit C. O colágeno forma a matriz orgânica Manifestações clínicas: Petéquias, gengivas inflamadas e sangrantes, artralgia, dispneia, cicatrização alterada, fraqueza, fadiga, depressão, instabilidade vasomotora Ferro Elemento fundamental para o adequado crescimento e desenvolvimento do organismo, funcionamento do sistema cardíaco, atividade imunológica, função cerebral Estágios até que a anemia se manifeste: 1º Depleção de Ferro 2º Deficiência de Ferro 3º Anemia por deficiência de ferro Esgotamento dos depósitos. As reservas de Fe estão exauridas, mas a [ ] de Hb permanece normal Eritropoese ferro-deficiente. Alterações bioquímicas podem aparecer Diminuição na concentração de Hb, com prejuízos funcionais ao organismo ↓ ferritina Ferro heme: absorção de 25% Ferro não heme: absorção de 5% Deficiência de ferro Anemia Redução no transporte de oxigênio Carências Específicas ↑ Absorção Cisteína (carnes, visceras) Vit. C, A e carotenos ↓ Absorção Fitatos (cereais integrais), taninos, ác. oxálico Ca e PT de leite e queijo O ferro absorvido é transportado pela transferrina e armazenado pela ferritina (solúvel) e, quando em excesso, também pela hemossiderina (insolúvel). O ferro compõe a hemoglobina Gestante e criança < 5 anos com Hb < 11g/dL = anemia Transferrina → transporte de Fe Ferritina → armazenamento de Fe (Solúvel) (Correlaciona com o ferro corporal total. Baixas concentrações: depleção do depósito de ferro (ausência de processos infecciosos) (1mcg/l de ferritina sérica = 8 a 10mcg de ferro armazenado Hemossiderina → armazenamento de Fe (insolúvel) Capacidade total de ligação do ferro (CTLF): Na deficiência de ferro: ↑ CTLF. Na infecção: ↓ CTFL. Exame bioquímico menossensível que a ferritina Ferro sérico e saturação de transferrina: Na deficiência de ferro, ambos estão diminuídos PROCESSO INFECCIOSO: ↑Ferritina ↓ CTFL Hepcidina Controle do ferro Regulador da homeostase do ferro Atua na inibição da absorção intestinal e na liberação do ferro por macrófagos e hepatócitos A produção de hepcidina é regulada homeostaticamente pela anemia e hipóxia, além de ser regulada por inflamação e estresse oxidativo Controla negativamente a absorção de ferro Então, o nível de hepcidina diminui, assim como o seu efeito inibitório Consequentemente mais ferro proveniente da dieta e dos estoques dos macrófagos e hepatócitos se torna disponível Baixas concentrações sanguíneas de hepcidina permitem que a ferroportina libere ferro para a corrente sanguínea; altas concentrações de hepcidina agem efetivamente diminuindo a absorção de ferro no enterócito não permitindo que a ferroportina libere ferro para o sangue Protoporfirina eritrocitária livre: O aumento na concentração da protoporfirina livre nos eritrócitos é resultado de uma redução no suprimento de ferro dentro dessas células Aumento da protoporfirina – deficiência de ferro A maior parte dessa protoporfirina (95%) liga-se ao zinco, formando o complexo chamado de zinco-protoporfirina Assim a concentração de protoporfirina pode ser determinada diretamente do sangue ou até mesmo, através da medida do zinco-protoporfirina Absorção de ferro: Heme – maior em 25% Não Heme – baixa disponibilidade e pode ser reduzida ou aumentada por: Eritrócitos O2 Liberação de Fe para o sangue (pela ferroportina) Hepcidina Carências Específicas As fibras não têm influência na absorção do ferro Prevenção e controle da anemia por deficiência de ferro Instituído pela Portaria nº730 de 13 de maio de 2005, é uma das estratégias da Política Nacional de Alimentação e Nutrição para o combate da deficiência de ferro no Brasil, sendo uma das ações prioritárias do setor de saúde na Ação Brasil Carinhoso O programa objetiva a prevenção e controle da anemia com suplementos de ferro para crianças de 6 a 24 meses de idade, gestantes (incluindo também o ácido fólico) e mulheres até 3º mês pós-parto e/ou pós aborto Público alvo Suplemento utilizado Dosagem Periodicidade Crianças 6 – 24 meses Sulfato ferroso gotas 25mg/mL 1mg/Kg/dia Diariamente Gestantes Sulfato ferroso Ácido fólico 40mg de ferro elementar 400mcg de AF Solução oral 0,2mg/mL Diariamente Puérperas Sulfato ferroso 40mg de ferro elementar Diariamente Maior rota de excreção do Fe – via fecal Ferro é reciclado Só é excretado quando em excesso Iodo - Bócio Participa da síntese dos hormônios tireoidianos (T3 e T4) que são fundamentais para o metabolismo orgânico ↓ Iodo – ↓ síntese de T3 e T4 – ↑ o trabalho da tireoide – a hipertrofia glandular causando bócio (hipotireoidismo) Provenientes de animais que consumiram ração ou pasto com iodo Carência no feto: aborto e alterações neurológicas Crianças e recém-nascido: retardo mental e motor Adultos: Bócio, hipotireoidismo, função mental prejudicada Causas: consumo de alimentos oriundo de solos pobres em Iodo: Uso de sal não iodado Programa Nacional de controle dos distúrbios por deficiência de iodo existe desde 1953 A ANVISA pela RDC nº23, de 24 de abril de 2013 reduziu entre 15 e 45mg/Kg de sal Excesso de iodo – tireoidite de Hashimoto (doença autoimune) – diminuição e excesso de iodo Zinco Importante para a síntese proteica Deficiência afeta mais células pela rápida divisão como eritrócitos, células de defesa e da pele Influencia metabolismo da vit A: síntese da RBP e enzima retinal redutase Deficiência em crianças e adolescente causa: Retardo do crescimento estatural, anorexia Hipogeusia (redução do paladar) Retardo na manutenção sexual Lesões de pele Alopecia Biodisponibilidade Facilitadores: Alimentos ricos em proteína de origem animal (absorção 4x maior), cisteína e histidina (ligam-se ao zinco e melhoram solubilidade) Inibidores: fitatos, ligninas e algumas fibras Carências Específicas Interações: Ferro e zinco (o aumento de um prejudica o outro e vice-versa) Ácido fólico e zinco (a deficiência do mineral leva a deficiência da vitamina) Cálcio e zinco (o cálcio inibe a absorção de zinco e aumenta a inibição da absorção de zinco pelo Fitato) Sinais físicos das carências nutricionais LOCAL SINAIS ASSOCIADOS A DESNUTRIÇÃO POSSIVEL DEFICIÊNCIA OU DOENÇA Cabelo Perda do brilho natural seco; fino e esparso; sinal de bandeira; despigmentado; fácil de arrancar sem dor Kwashiorkor e, menos comum, marasmo Olhos Cegueira noturna Manchas de Bitot, xerose conjuntival e córnea Ceratomalácia Inflamação conjuntival Vermelhidão e fissuras nos epicantos Defeito no campo da retina Vit A, Zinco Vit A Riboflavina, Vit A Riboflavina, Vit A Riboflavina, piridoxina Vit E Boca Estomatite angular, queilose Língua inflamada Língua magenta (púrpura) Fissura na língua Atrofia das papilas Redução da sensibilidade ao sabor Hemorragia gengival Perda do esmalte do dente Riboflavina, piridoxina, niacina Ácido nicotínico, ácido fólico, riboflavina, vitamina B12, piridoxina e ferro Riboflavina Niacina Riboflavina, niacina, ferro Zinco Vitamina C, riboflavina Flúor, zinco Glândulas Aumento da tireoide Aumento da paratireoide Iodo Inanição Pele Xerose, Hiperqueratose folicular Petéquias (pequenas hemorragias) Hiperpigmentação Palidez Seborreia nasolabial Dermatose vulvar e escrotal Dermatose cosmética descamativa Pelagra Machuca facilmente Vit A Vit C Niacina Ferro, B12, folato Riboflavina, ácidos graxos essenciais Riboflavina Kwashiorkor Ácido nicotínico Vit K ou Vit C Unhas Quebradiças, rugosas, coloníqueas Ferro Tecido subcutâneo Edema Gordura abaixo do normal Kwashiorkor Inanição, marasmo Tórax Fraqueza do músculo respiratório PTN, fósforo Sistema gastrointestinal Hepatoesplenomegalia Kwashiorkor Sistema musculoesquelético Desgaste muscular Ossos do crânio frágeis, fossa frontoparietal Alargamento epifisário, persistência da abertura do fontículo anterior e perna em X Rosário raquítico Frouxidão das panturrilhas Inanição Kwashiorkor Vit D Vit D ou vit C Tiamina Sistema nervoso Alteração psicomotora Perda de senso vibratório, do senso de posição e de capacidade de contração do punho; fraqueza motora: parestesia Demência Neuropatia periférica Tetania Desorientação aguda Kwashiorkor Tiamina, B12 Niacina, B12 e tiamina Tiamina, piridoxina, vit E Cálcio, magnésio Fósforo, niacina Sistema cardiovascular Aumento do coração, taquicardia Tiamina Carências Específicas Minerais são cofatores das enzimas que atuam na formação do ATP – ATUAM INDIRETAMENTE Fibra diminuí absorção do cálcio Cabelo branco precoce – selênio Edema – proteína Micronutrientes – 4 – 5% do peso corporal – 80% cálcio A RDA de cálcio é maior para mulheres de 51 a 70 anos, quando comparada com RDA para mulheres em idade fértil e grávidas FERRO – TODO O BRASIL VIT A – NORTE, NORDESTE, MUNICIPIOS DO BRASIL SEM MISÉRIA Carências Específicas Anemias Os pacientes sintomáticos podem apresentar: fraqueza, letargia, palpitação, cefaléia e dispneia ao esforço; nos idosos podem se apresentar falência cardíaca, angina e até confusão mental Individuo Hemoglobina (g/dL) Hematócrito (%) Crianças (6 – 59 meses) 11,0 33 Crianças (5 – 11 anos) 11,5 34 Crianças (12 – 14 anos) 12,0 36 Homem (acima de 15 anos) 13,0 36 Mulheres (acima de 15 anos) 12,0 33 Gestante 11,0 39 O oxigênio necessário para o metabolismo normal dos tecidos é fornecido pelas hemácias circulantes; quem realiza a função de transporte é a hemoglobina, localizada na membrana do eritrócito e que possui ferro na sua estrutura, ao qual está ligado à molécula deoxigênio Na anemia ocorre deficiência no tamanho ou número de eritrócitos ou na quantidade de hemoglobina que eles contêm, limitando a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o sangue e as células Não é uma doença em si, mas consequência de alterações que comprometem este binômio hemácia-hemoglobina. Vários fatores podem levar a anemia Definição: quando o nível de hemoglobina ou o nº de hemácias reduzem significativamente Índices hematimétricos mais utilizados além da hemoglobina Volume corpuscular médio (VCM) – avalia o tamanho médio dos eritrócitos Amplitude de variação do tamanho dos eritrócitos ou red distribution width (RDW) – avalia a variabilidade no tamanho dos eritrócitos Hemoglobina corpuscular média (HCM) e a Concentração de hemoglobina corpuscular média – avalia a concentração de hemoglobina no eritrócito Anemia ferropriva Corresponde a cerca de 90% das anemias. O ferro está intimamente envolvido no metabolismo do oxigênio, permitindo transporte e a participação do oxigênio em numerosos processos bioquímicos. Os estados de oxidação comuns são ferroso (Fe2+) ou férrico (Fe3+) pH neutro e alcalino – favorece o estado férrico – 3+ pH ácido – favorece o estado ferroso – 2+ No estado Fe2+, o ferro forma lentamente, complexos polinucleares grandes com íon hidróxido, água e outros ânions que possam estar presentes Ferro – transferrina – é uma beta1-glicoproteina sintetizada no fígado Ferritina e hemossiderina – encontradas no fígado, baço e medula óssea O principal sitio de absorção do ferro é o intestino delgado (maior parte no duodeno e menor no intestino distal) Em adultos normais a absorção varia de 1 a 2mg, varia de acordo com o estoque de ferro individual, assim como a transferência da mucosa para o capilar A maior parte do ferro do organismo (1,5 a 3,0g) se encontra ligada ao heme da hemoglobina Cerca de 300mg de encontram na mioglobina, na catalase e nos citocromos (ex: P450) e 3,0 a 4,0mg como ferro de transporte no plasma O restante do ferro, 600g a 1,5g, é armazenado sob a forma de ferritina e hemossiderina A anemia ferropriva é caracterizada por uma queda nos depósitos de ferro orgânico que promove uma redução do número de hemácia e glóbulos vermelhos. Etimologicamente é a principal causa de anemia hipocrômica microcítica Carências Específicas É característico da anemia: Má função de uma variedade de sistemas orgânicos Função muscular inadequada Disfunções neurológicas Fadiga, anorexia e picamalácia Deficiência de desenvolvimento cognitivo em crianças Deficiência de crescimento Distúrbios epiteliais Redução na acidez gástrica VCM – volume HCM - coloração Causas de deficiência de ferro Grupos mais afetados: crianças, gestantes, lactantes, meninas adolescentes e mulheres adulta em fase de reprodução são os grupos mais afetados pela doença CAUSAS POR FAIXA ETÁRIA CRIANÇAS Dieta inadequada (não balanceada em relação à quantidade de ferro) e parasitose intestinal MULHERES PRÉ-MENOPAUSA EM IDADE FÉRTIL Hiperfluxo menstrual é a principal causa, sendo importante a investigação de outra causa de sangramento (gastrointestinal) INDIVIDUOS DO SEXO MASCULINO E MULHERES PÓS-MENOPAUSA Sangramento gastrointestinal (varizes de esôfago, hérnia de hiato, gastrite, úlcera gastroduodenal, tumores, divertículos, colite ulcerativa) Obs.: vitamina C e cisteína aumentam a absorção de ferro. Cálcio compete com ferro pelo mesmo canal de absorção. Outros fatores inibidores da absorção de ferro: fitatos, taninos e o ácido oxálico Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2010;32(Supl. 2):22-28 Anemias megaloblásticas Defeito de síntese de DNA que originam assincronismo de maturação e de divisão celular, gerando glóbulos maiores (macrocitose: VCM varia de 100 a 150 fl; o índice de anisocitose (RDW) costuma estar elevado) Causada por deficiência de B12 ou ácido fólico – essenciais para síntese de nucleotídeos. As células megaloblásticas tendem a ser destruídas na medula As mudanças hematológicas são as mesmas, entretanto a anemia por deficiência de ácido fólico é a primeira a aparecer (2 a 4 meses) enquanto os estoques de B12 duram por vários anos (3 a 6 anos) Ocorre por baixa ingestão, alteração na absorção, necessidade metabólica aumentada ou perdas Carências Específicas É lenta e progressiva Os principais sintomas são: palpitação, dor precordial, astenia, fraqueza, dispneia, palidez cutaneomucosa, língua careca e icterícia, consequência da hemólise intramedular As alterações não hematológicas relacionada a deficiência de folato são: anormalidade de fechamento de tubo neural, doença vascular (risco aumentado devido à Hiper-homocisteinemia) e neoplasia de cólon Anemia falciforme - Excluir fontes de ferro e vitamina C É uma hemoglobinopatia hereditária autossômica quase exclusiva em negros, caracterizada por mutações genéticas que resulta em Hb com alongamento do formato eritrocitário (forma de foice) e privação de oxigênio com consequente vaso-oclusão Resulta em infartos teciduais agudos repetitivos que envolvem gradualmente todos os sistemas orgânicos, mais notadamente o baço, os pulmões, os rins e o cérebro Dietoterapia na Anemia Falciforme Dieta de elevado teor de folato (400 a 600mcg) são necessárias para produzir eritrócitos que são constantemente destruídos. Assim como, os outros nutrientes necessários para síntese de hemácias O zinco pode aumentar a afinidade por oxigênio dos eritrócitos normais e falciformes Atenção: efeitos em longo prazo (compete com o cobre podendo levar a deficiência deste mineral) Avaliar concentrações séricas de folato e vit.B12 (encontram-se reduzidas) Em vegetarianos, gestantes, usuários de megadoses de vit. C e na deficiência de folato, apesar do nível sérico de cobalamina estar baixo, os níveis teciduais estão normais Reposição da vitamina, mas também para a correção do fator causal Reposição prolongada em gastrectomia, síndrome de má absorção e outras causas que não podem ser corrigidas O TTº inadequado pode levar a instalação de lesão neurológica irreversível A hemólise constante de eritrócitos aumenta os estoques de ferro no fígado Anemias por deficiência de ferro e ácido fólico também podem coexistir Importante fazer diagnóstico diferencial pelos estoques de ferro A dieta deve excluir alimentos fontes de ferro, assim como ácido ascórbico que aumenta a absorção deste mineral Carências Específicas Anemia na Desnutrição Energético-proteica A ptn é essencial para produção apropriada de Hb e hemácias Na redução na massa celular (e consequente redução das necessidades de oxigênio na DEP), menos hemácias são necessárias para oxigenar o tecido O volume plasmático é o mesmo, este número reduzido de hemácias com pouca Hb (hipocrômica e normocítica) é uma anemia fisiológica (não prejudicial) Não há deficiência de ferro, uma vez que os estoques são mantidos pela constante destruição de hemácias Uma anemia ferropriva pode surgir quando a DEP for combatida, pois haverá um aumento súbito do número de hemácias e Hb circulantes É importante uma dieta com bom aporte proteico e calórico e suporte de ferro, cobre, B12 e ácido fólico Anemia Sideroblástica Distúrbio hematológico ocasionado pelo acúmulo de ferro na mitocôndria dos eritroblastos (hemácias jovens). Não há carência de ferro nesse caso Trata-se de uma anemia provocada por incapacidade da medula óssea em produzir adequadamente células de linha eritrocitária, apesar da disponibilidade normal ou aumentada de ferro Responde a administração de B6, não sendo deficiência dietética de piridoxina a causa dessa anemia, daí é classificada como anemia sensível a piridoxina e não anemia por deficiência de piridoxina Tratamento da Anemia Sideroblástica Dose terapêutica de B6 – 50 a 200mg/dia (25 a 100x a RDA) com terapia continuada por toda a vida Porém, a anemia é tratada parcialmente e os níveis normais de Hb e hemáciasnunca voltam ao normal Anemia Fisiológica da Gestante Os parâmetros laboratoriais normais para gestantes diferem dos das mulheres adultas, devido as manifestações fisiológicas que ocorrem durante a gestação A gestação de risco ou aquelas com fatores de riscos para complicações clínicas deve ser rotineiramente monitorada quanto aos seus parâmetros bioquímicos Normalmente, durante a gestação ocorre hiperplasia eritroide na medula óssea e assim a contagem e eritrócitos aumenta no sangue periférico O aumento desproporcional do volume plasmático resulta em hemodiluição (hidremia da gestação) Apesar da hemodiluição, a capacidade de transporte de oxigênio permanece normal por toda a gestação O hematócrito (Hct) diminui para cerca de 30% na gestação imediatamente após o parto Exames Mulheres adultas Gestantes HEMOGLOBINA 12 – 16g/dL 10,5 - 14g/dL HEMATÓCRITO 37 – 47% 33 – 44% FERRITINA 15 - 200ng/mL 5 - 150ng/mL FERRO 135mcg/dL 90mcg/dL CAPACIDADE DE LIGAÇÃO FÉRRICA 250 a 460mcg/dL 300 – 600mcg/dL
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