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VITAMINAS LiPOSSOLÚVEIS Alunas: Amanda Iamaguchi Fantini Ribeiro Alessandra de Fátima Barcelos Maria Silveira TRABALHO QUÍMICA DE ALIMENTOS Vitaminas - Definição As vitaminas são micronutrientes essenciais que contribuem para o desenvolvimento normal e manutenção da homeostase (SUCUPIRA, XEREZ, SOUSA, 2012). LIPOSSOLÚVEIS VS HIDROSSOLÚVEIS solúveis em base oleosa; são as vitaminas A, D, E e K. Elas podem ser armazenadas ou retidas pelo organismo. A sua facilidade de estocagem decorre do fato de serem mobilizadas e excretadas com dificuldade são as vitaminas B1, B2, B3, B5, B6, B9, B12, C, colina e H Não são armazenadas pelo organismo sendo, portanto, fundamental a sua ingestão diária (DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010) Vitaminas Lipossolúveis - Definição Solúveis nas gorduras -> são moléculas apolares e hidrofóbicas Derivadas do isopreno. Não são sintetizadas pelo organismo em quantidade adequadas e devem, portanto ser suportadas na dieta. Para serem absorvidas, eficientemente, necessitam que ocorra a absorção normal de gordura. Uma vez absorvidas, são transportadas no sangue e ligadas às lipoproteínas. (COULTATE, 2004) Vitaminas - Transformações temperatura, presença de oxigênio, luz, umidade, pH, duração do tratamento a que foi submetido o alimento As vitaminas podem sofrer degradação por vários fatores: O processamento de alimentos pode alterar significativamente a composição qualitativa e quantitativa dos nutrientes. (SUCUPIRA, XEREZ, SOUSA, 2012) Vitaminas Lipossolúveis Retinol ou Axeroftol A Colecalciferol (D3) Ergocalciferol (D2) D Tocoferolis E Filoquilina Menaquinonas K Imagens de domínio público disponibilizados na plataforma Canva Vitamina A: inclui o retinol e compostos relacionados, encontrados em tecidos animais, e alguns carotenóides, que são convertidos a retinol por enzimas da mucosa intestinal e estão presentes em alimentos tanto de origem animal, quanto vegetal (COULTATE, 2004; GREGORY, 2010) A Introdução - Definição VIT. Grupo de hidrocarbonetos insaturados com atividade nutricional -> retinol e carotenoides A Estrutura Química FIGURA - Estruturas de retinoides comuns (DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010) VIT. a vitamina A pré-formada ou retinol (de origem animal) a pró-vitamina A ou carotenóides (de origem vegetal). Podemos encontrá-la sob duas formas: A Estrutura Química (CEBALLOS et al, 2017) VIT. Figura - Molécula de retinol Fonte: GOOGLE, 2022. Retinoides -> retinol e derivados químicos, com 4 unidades de isoprenoides A Estrutura Química (DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010) VIT. Figura - Molécula de retinol Fonte: GOOGLE, 2022. A Estrutura Química (DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010) VIT. FIGURA - Estruturas de retinoides comuns FIGURA 7.5 Estruturas e atividades de pró-vitamina A de carotenoides selecionados. A Estrutura Química (DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010) VIT. Contribuem significativamente para a atividade de vitamina A em alimentos Cerca de 50-60 apresentam alguma atividade de pró-vitamina A (CEBALLOS et al, 2017). Beta-caroteno -> precursor da vitamina A A Estrutura Química Atividade de carotenoides: Fonte: domínio público, CANVA.( DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010) VIT. Funcionamento normal dos sistemas visual Fortalece o imunológico Crescimento e desenvolvimento Manutenção da integridade celular epitelial e para a reprodução Manutenção da pele, dentes e tecido ósseo (CEBALLOS et al, 2017) A Função no Organismo VIT. Origem vegetal: vegetais de folha verde e vegetais verdes, laranja e amarelos como cenouras e abóbora e algumas frutas (manga) Origem animal: fígado, ovos, leite, alguns tipos de peixes (atum), queijos A Fontes: VIT. (MINDELL, 1991) A Fontes: VIT. (BRASIL, 2014) Doses elevadas de beta- caroteno, ou outras formas de pró-vitamina A podem dar à pele uma cor amarela- alaranjada. (BAYER, 2021) A CURIOSIDADE VIT. (PORTAL G1, 2012) termossensível degradada pela luz, oxigénio e meios ácidos estável sob uma atmosfera inerte Vitamina A é: O beta-caroteno é menos sensível e é parcialmente encontrado na água de cozedura. Durante o processo de cozedura estima-se que as perdas de vitamina A não excedam os 20% (BAYER, 2021) A retenção de β-caroteno depende da espécie vegetal e do tipo de método de cozimento. Carotenóides são extremamente suscetíveis à degradação. Sua estrutura altamente insaturada lhe confere sensibilidade ao calor, oxigênio e luz (SUCUPIRA, XEREZ, SOUSA, 2012) A Transformações físicas, nutricionais,nutritivas e sensoriais - Durante o processamento e armazenamento VIT. Negi & Roy (2000) estudaram o efeito do branqueamento sobre o conteúdo de β-caroteno (precursor da vitamina A) em folha de beterraba, feno grego e amaranto. Os resultados mostraram que o componente foi sensível às condições de branqueamento. A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Cunha (2001) avaliou, entre outros parâmetros, o efeito do tratamento UHT (Ultra high temperature) e HTST (pasteurização rápida) sobre alguns nutrientes, como as vitaminas. Observou-se que não houve perdas significativas das vitaminas A, D e E, em ambos os processos térmicos. A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Suknark et al. (2001) avaliaram a estabilidade de dois snacks extrusados. Ambos os snacks foram enriquecidos com palmitato de retinil. Foi observado no snack de peixe uma redução de 46% de palmitato de retinil. Já no snack de amendoim houve uma redução de 20% de palmitato de retinil. A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. El-Aquar & Murr (2003) analisaram a desidratação osmótica do mamão formosa e verificaram perdas mínimas ns conteúdo de carotenóides totais (precursor vitamina A) para ambas as condições utilizadas (solução osmótica de ácido cítrico e lactato de sódio e solução osmótica de ácido lático e lactato de sódio). A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Hiane et al. (2003) avaliou o teor de carotenóides pró-vitamínicos A do fruto e da farinha do bacuri e verificou-se que, após processamento para obtenção da farinha (60ºC/2 dias – estufa ventilada), houve um percentual de perda de 37,3% de β-caroteno e de 36,5% de β-zeacaroteno. A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Kalluf (2006) realizou a desidratação da polpa de abóbora, avaliou os teores de β-caroteno e observou-se que as abóboras submetidas às três temperaturas de análise (50ºC, 55ºC e 60ºC/4,5h – estufa ventilada) obtiveram perdas expressivas de β- caroteno (70; 74,3 e 77,7%, respectivamente), em relação à abóbora crua centrifugada. A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Estudo realizado por Butz et al. (2002) onde foi avaliado o efeito do tratamento com alta pressão (600 MPa a 25ºC/60 min) sobre os teores de β-caroteno em tomate, não foram observadas mudanças significativas no conteúdo dessa vitamina com relação ao controle (25ºC). A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Lima et al. (2004) avaliaram os efeitos de baixas doses da radiação ionizante γ na concentração dos carotenóides totais e majoritários (α e β-caroteno) em cenouras minimamente processadas. Houve redução de aproximadamente 55% na concentração de carotenóides totais para os produtos não irradiados. Para os produtos irradiados, houve maiores reduções nos teores de carotenóides nos produtos submetidos à dose máxima de irradiação (1kGy). A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Estudo realizado por Wen et al. (2006) avaliou o efeito da radiação gama (4, 8 e 14 KGy) no conteúdo nutricional da fruta Lycium fruit e observou que não houve variação significativa no teor de β-caroteno (controle – 1,13mg/100g; 4 KGy – 1,13mg/100g; 8 KGy – 1,12mg/100g e 14 KGy – 1,12mg/100g).A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Freitas et al. (2006) avaliaram a estabilidade de carotenóides presentes no suco tropical de acerola, adoçado e envasado pelos processos Hot-Fill e asséptico, que apresentaram uma redução de 12,5%, após o período de armazenagem considerado (350 dias) no processo Hot Fill. Já no envase asséptico o teor de carotenóides apresentou pouca variação. A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. A estabilidade da vitamina A foi estudada por Garcia e Penteado (2005) em balas de gelatina no processo de fabricação e durante a vida de prateleira. Onde perdeu-se, em média, 25% da vitamina A. Durante a estocagem por seis meses, houve uma perda média de 93% para a vitamina A. A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Bernhardt & Schlich (2006) avaliaram o impacto do cozimento sobre a retenção da vitamina lipossolúvel β-caroteno, em brócolis e pimenta vermelha frescos e congelados. Nos brócolis frescos houve redução significativa de β-caroteno (entre 14% e 25%), enquanto que nos brócolis congelados nenhum decréscimo ocorreu. Já nas pimentas frescas e congeladas não foram observadas mudanças ou perdas significativas de β-caroteno. A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. George et al. (2011) avaliaram o efeito da pasteurização e da liofilização sobre o teor de carotenóides em tomates vermelhos e amarelos. Os autores verificaram que a pasteurização não afetou o teor de carotenóides no tomate vermelho, mas diminuiu 44% do conteúdo de carotenóides no tomate amarelo. No processo de liofilização a redução do teor de carotenoides foi de 14% e 11% em tomates vermelhos e amarelos, respectivamente A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Duch et al.(2013) avaliaram a influência do processamento e do tipo de embalagem na estabilidade de β-caroteno em couve de bruxelas congelada. O processo de branqueamento resultou na redução de 6,7% do teor de β-caroteno em comparação com vegetais crus. Já o processo de armazenamento por 24 horas não afetou o teor do componente estudado. Ocorrendo perdas de 17,4% nos sacos e 19,6% nas caixas após os três meses de armazenamento. A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Os efeitos da cocção (98ºC por 30 min) no conteúdo de carotenóides em mandioca foram estudados por Penteado e Almeida (1988). A atividade da provitamina A foi expressa como equivalente de retinol/100g variou de 2,8 a 13,9 para matéria prima crua e 4,9 a 10,7 para amostras cozidas a 98ºC por 30 min. O cozimento decresceu a atividade da provitamina A por 20-55%. A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Em relação ao β-caroteno, batatas irradiadas com doses de 0,1 kGy e armazenadas por seis meses, registraram perdas de 50% nos teores de pró-vitamina A (JANAVE E THOMAS, 1979). A Transformações NUTRITIVAS - Durante o processamento e armazenamento VIT. Vitamina D: pode ser encontrada na forma de colecalciferol (vitamina D3), que está presente naturalmente nos alimentos, e como ergocalciferol (vitamina D2), que é produzido sinteticamente, usado para aplicações farmacêuticas e suplementação alimentar (COULTATE, 2004; FRANCO, 2008) D Definição VIT. A atividade de vitamina D nos alimentos está associada a vários análogos de esteróis solúveis em lipídeos D Estrutura Química Fonte: DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010 Fontes animais (formado na pele mediante a exposição à luz solar) Produzido sinteticamente Existem 2 formas precursoras principais: Vitamina D2 = ergocalciferol -> Forma totalmente sintética produzida pela irradiação do esteróide vegetal ergosterol Vitamina D3 = colecalciferol -> Produzido fotoquimicamente pela ação de luz solar ou luz ultravioleta D Estrutura Química Fonte: DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010 VIT. A também chamada "vitamina do sol" A vitamina D é mais eficaz quando tomada junto com as vitaminas A, C, colina, cálcio e fósforo (MINDELL, 1991) Regulação da concentração de cálcio e fósforo no organismo Prevenção da diabetes Melhora do sistema imune -> Fortalecimento de ossos e dentes D Função no Organismo (TUA SAÚDE,2022) óleo de fígado de peixe manteiga nata gema de ovo salmão D3 - está presente apenas nos alimentos de origem animal D2 - está predominantemente presente nos alimentos de origem vegetal. D Fontes: bayer D Fontes: (BRASIL, 2014) Suscetível à degradação pela luz Com temperaturas elevadas há transformação irreversível desta vitamina Compostos sensíveis à degradação oxidativa D Transformações físicas, nutricionais,químicas e sensoriais - Durante o processamento e armazenamento VIT. Rocha (2004) ao revisar vários estudos, verificou que o leite pasteurizado, em virtude das características do processo ao qual é submetido, apresenta menores perdas de nutrientes quando comparado ao leite esterilizado – UHT onde a vitamina D apresentou perdas reduzidas durante a pasteurização e esterilização UHT. D - Durante o processamento e armazenamento VIT. Transformações NUTRITIVAS A estabilidade da vitamina D2 em leite fortificado foi estudada por Kaushik et al. (2014) que determinaram a perda desta vitamina durante o processamento, empacotamento e sob efeito da luz. As perdas não foram significativas estatisticamente durante a pasteurização, fervura e esterilização. Assim como quando o leite foi armazenado durante sete dias em embalagens de vidro e sob as três intensidades de luz. Entretanto quando armazenado em embalagens de polietileno e sob as três intensidades de luz houve perdas que variaram de 10,38 a 11,49%. D - Durante o processamento e armazenamento VIT. Transformações NUTRITIVAS Jakobsen e Knuthsenn(2014) investigaram a retenção de vitamina D3 e 25-hidroxivitamina D3 em ovos, vitamina D3 na margarina, e vitamina D3 e a vitamina D2 em pães submetidos a tratamento térmico. Os autores concluíram que as perdas de vitamina D dependem do tipo de alimento e do processamento empregado. Desta forma, sugerem que deve-se otimizar os processos de cocção para se ter uma maior retenção desta vitamina. D - Durante o processamento e armazenamento VIT. Transformações NUTRITIVAS Nenhuma perda de vitamina D foi observada durante a pasteurização e esterilização de leite ou durante a produção do leite em pó (DAVÍDEK et al., 1990). Além disso, exposição ao ar não afetou a estabilidade da vitamina D no leite, mas alguma perda ocorreu quando o leite foi exposto a luz (RENKEN & WARTHESEN, 1993). D - Durante o processamento e armazenamento VIT. Transformações NUTRITIVAS Vitamina E: Refere-se a uma família de compostos de ocorrência natural sintetizados pelas plantas, os tocoferois e os tocotrienois, sendo os óleos de sementes de plantas as fontes mais importantes desses compostos na dieta. Também é conhecida como um antioxidante biológico, com função de proteger principalmente as estruturas lipídicas das membranas celulares dos efeitos nocivos dos radicais livres, desempenhando um importante papel na prevenção de doenças degenerativas. (FRANCO, 2008) E Definição VIT. Vitamina E é o termo genérico usado para tocóis e tocotrienóis Os tocoferóis são derivados do composto original tocol, apresentado um ou mais grupos metil nas posições 5, 7 ou 8 da estrutura do anel (anel cromano) E Estrutura Química (DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010) FIGURA 7.9 Estruturas de tocoferóis. VIT. As formas α, β, γ e δ de tocoferol e tocotrienal diferem conforme o número e a posição dos grupos metil . Os tocoferóis e os tocotrienóis são muito apolares, existindo principalmente na fase lipídica dos alimentos. E Estrutura Química (DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010) FIGURA 7.9 Estruturas de tocoferóis. VIT. A auxilia na proteção dos danos causados pelos radicais livres Protege as célulasdo pulmão que estão em contato constante com o oxigênio e os glóbulos brancos, que ajudam a combater doenças. Está relacionada à prevenção de condições associadas ao estresse oxidativo (envelhecimento, câncer, doença cardiovascular e etc) E Função no Organismo (BAYER, 2021.) Castanhas, grãos integrais, amêndoas, óleo de milho, óleo de soja, nozes, trigo girassol palma E Fontes: (GERAL; COMBS, 2008) E Fontes: (BRASIL, 2014) As concentrações de alfa- tocoferol e gama-tocoferol diminui de maneira acentuada com o tempo (GRILO, 2015). E Transformações físicas, nutricionais,nutritivas e sensoriais - Durante o processamento e armazenamento (GRILO, 2015) E Transformações físicas, nutricionais,nutritivas e sensoriais - Durante o processamento e armazenamento (GRILO, 2015) E Transformações físicas, nutricionais,nutritivas e sensoriais - Durante o processamento e armazenamento (GRILO, 2015) Durante a cozedura dos alimentos as perdas de vitamina E não excedam os 20% (GRUSSE; WATIER, 1993). A taxa de degradação da vitamina E aumenta na presença de oxigênio molecular (DAMODARAN et al., 2010). E Transformações físicas, nutricionais,nutritivas e sensoriais - Durante o processamento e armazenamento E - Durante o processamento e armazenamento Transformações NUTRITIVAS Suknark et al. (2001) avaliaram a estabilidade de dois snacks extrusados. Ambos os snacks foram enriquecidos com tocoferóis. Foi observado no snack de peixe uma redução de 39% de tocoferol. Já no snack de amendoim houve uma redução de 27% de tocoferol (vit. E) E - Durante o processamento e armazenamento Transformações NUTRITIVAS Rocha (2004) ao revisar vários estudos, verificou que o leite pasteurizado, em virtude das características do processo ao qual é submetido, apresenta menores perdas de nutrientes quando comparado ao leite esterilizado – UHT. A vitaminas E foi estável ao calor, não apresentando perdas muito significativas nos dois métodos de processamento E - Durante o processamento e armazenamento Transformações NUTRITIVAS Bendicho et al. (2002) avaliou o efeito de pulsos elétricos de alta intensidade (HIPEF) sobre vitaminas lipossolúveis (colecalciferol e tocoferol), em leite desnatado e leite desnatado ultra filtrado. Os conteúdos de colecalciferol e tocoferol nas amostras analisadas, não foram afetados significativamente, nem pelo tratamento térmico, nem pelo tratamento com pulsos elétricos. E - Durante o processamento e armazenamento Transformações NUTRITIVAS A estabilidade da vitamina E foi estudada por Garcia e Penteado (2005) em balas de gelatina no processo de fabricação e durante a vida de prateleira. Onde perdeu-se, em média, 12% da vitamina E. Durante a estocagem por seis meses, houve uma perda média de 24% para a vitamina E. E - Durante o processamento e armazenamento Transformações NUTRITIVAS Bernhardt & Schlich (2006) avaliaram o impacto do cozimento sobre a retenção da vitamina lipossolúvel alfa-tocoferol, em brócolis e pimenta vermelha frescos e congelados. Nos brócolis frescos houve redução significativa de alfa-tocoferol (entre 14% e 25%), enquanto que nos brócolis congelados nenhum decréscimo ocorreu. Já nas pimentas frescas e congeladas não foram observadas mudanças ou perdas significativas de alfa-tocoferol. E - Durante o processamento e armazenamento Transformações NUTRITIVAS O efeito da pasteurização sobre o conteúdo de vitaminas do leite humano foi avaliado em diferentes métodos de pasteurização (LTLT e HTST) sobre isômeros da vitamina E (α- e γ-tocoferol). Os dois tratamentos térmicos resultaram em perdas de tocoferóis de 17% (LTLT) e 32 a 34% (HTST) (ROMEU-NADAL et al., 2008). Vitamina K: A vitamina K se apresenta sob as formas de filoquinona (vitamina K1) que é a forma predominante, presente nos vegetais, sendo os óleos vegetais e as hortaliças suas fontes mais significativas; a dihidrofiloquinona (dK), formada durante a hidrogenação comercial de óleos vegetais; a menaquinona (vitamina K2), sintetizada por bactérias, presente em produtos animais e alimentos fermentados; e a menadiona (vitamina K3) que é um composto sintético convertido em K2 no intestino (KLACK e CARVALHO, 2006; MICHELAZZO e COZZOLINO, 2009). A vitamina K é um componente essencial na coagulação sanguínea (COULTATE, 2004). K Definição VIT. Consiste em grupo de naftoquinonas que apresentam ou não uma cadeia lateral terpenoide, na Posição A forma não substituída de vitamina K é a menadiona vitamina K1 - filoquinona vitamina K2 - menaquinonas K Estrutura Química (DAMODARAN; PARKIN; FENNEMA, 2010) FIGURA 7.12 Estrutura de várias formas da vitamina K VIT. Auxiliar a coagulação do sangue Contribui para a manutenção dos ossos costuma estar associada a síndromes de má absorção ou ao uso de anticoagulantes farmacológicos Deficiência de vitamina K: K Função no Organismo ( EUROPEIA,2012). vegetais de folhas verdes brócolis couve espinafre salsa K Fontes: (BAUER, 2012) K Fontes: (BRASIL, 2014) A vitamina K1, filoquinona, é degradada lentamente pelo oxigénio e mais rapidamente pela luminosidade (GRUSSE; WATIER, 1993). É estável ao calor mas degrada-se na presença de bases (GRUSSE; WATIER, 1993). Pode sofrer degradação fotoquímica (GREGORY, 2010). K Transformações físicas, nutricionais,nutritivas e sensoriais - Durante o processamento e armazenamento Gutzeit et al. (2007) investigaram o efeito do processamento de suco e concentrado de berries na degradação da filoquinona. A produção do suco industrial levou a uma perda de 36 a 54% de filoquinona. O processamento do concentrado, resultou em uma depleção completa. A degradação foi de 18 a 32% nas três temperaturas estudadas, indicando que a intensidade de decomposição é independente da temperatura. K - Durante o processamento e armazenamento Transformações NUTRITIVAS Referências BAUER, K. A., Reversal of antithrombotic agents. J. Hematol. 87:S119–S126, 2012. Vitamina E. Bayer, 2021. Disponível em: < https://www.vitaminas.bayer.pt/vitaminas-minerais/vitamina-a >. Acesso em 22 mar. 2022. DAMODARAN, S.; PARKIN, K.L. Química de alimentos de Fennema. Artmed Editora, 2018. EUROPEIA, Comissão. 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