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TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO

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TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO: FUNDAMENTOS E 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 
 
É dever das unidades educacionais ofertar um ensino de qualidade e propiciar 
da melhor forma possível assegurar o acesso e permanência desses educandos. 
Quando se tratar da inclusão este direito é assegurado pela Constituição Federal em 
seu Art. 208 (BRASIL, 1988) que o atendimento educacional especializado aos 
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. 
Promover uma aprendizagem com equidade, inclusiva e integral, precisa ter um 
olhar mais humanizado, elaborando estratégias que atenda a todos, 
independentemente de suas particularidades. De acordo MANTOAN (2003, p. 29) “a 
inclusão é uma grande oportunidade para que alunos, pais e educadores demonstrem 
as suas competências, os seus poderes e as suas responsabilidades educacionais”. 
Para MONTENEGRO (2018, p. 91) “Na escola, a inclusão deve possibilitar que 
toda criança ou adolescente possa frequentar a sala de aula da rede regular de ensino. 
Sem nenhuma exceção”. E para que isso de fato aconteça Sandra precisa de todo 
apoio pedagógico e familiar para trazer para sala propostas que auxilie no 
desenvolvimento de Joana, porém, esta ação só é possível quando se conhece qual 
as reais necessidades e dificuldades de sua estudante, que segundo o histórico clínico 
de Joana, ela apresenta transtorno global do desenvolvimento caracterizado pelos 
padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, provocando rupturas nos 
processos de socialização, comunicação e aprendizagem. 
Após compreendermos por meio de pesquisas, observações e 
acompanhamento de toda equipe escolar, e demais especialistas que já acompanham 
Joana, podemos estabelecer uma rotina por meio de estratégias sócio interacionistas 
que permitam experiências de construção e reconstrução do fazer pedagógico e da 
aquisição de aprendizagem. A conversa com a turma, também será importante, 
explicá-los que na sala terá uma criança que apresenta ações diferenciadas e que 
precisa ser acolhida, contribuirá na sua socialização. VASQUES E BAPTISTA (2014) 
esclarece que a escolarização de estudantes com TGD exige um trabalho “a ser 
desenvolvido no coletivo, bem como a construção de um estilo próprio de ensinar e a 
responsabilização por um processo a ser sustentado em diferentes instâncias.” 
Outra estratégia é adequar as instalações, metodologias e outras ferramentas 
que permita toda a turma desenvolver juntos, promovendo assim a interação, a 
autonomia e a aprendizagem não só de Joana, mas de todo o grupo. Se apresento 
somente propostas diferenciadas para Joana, a interação não ocorre e isso prejudica 
em sua formação cidadã, visto que seu preparo é também para o mundo fora da 
escola. 
Pensar em propostas lúdicas e jogos que aproximem o conteúdo da realidade 
da criança e usar de explicações objetivas, contribuem muito para melhor 
entendimento de crianças com TGD, visto que se torna uma aprendizagem prazerosa, 
despertando a curiosidade, interesse e a participação de todos. 
Além das estratégias a serem pensadas, podemos utilizar como metodologias 
ativas com suporte de ferramentas tecnológicas, tais como: PICOTEA, este aplicativo 
cria um mecanismo que facilita a comunicação através de imagens, facilitando assim 
a comunicação da criança; ABC AUTISMO, este app tem como objetivo auxiliar a ler 
e a escrever que para Joana é de grande falia, já que está em fase de alfabetização. 
Por fim, mesmo que Sandra desenvolva diferentes estratégias e traga 
diferentes recursos e instrumentos para potencializar as aprendizagens de Joana e 
do grupo, junto com a promoção da socialização, é preciso reconhecer que Joana 
assim como outras crianças da turma que não apresente laudo, tem suas 
particularidades, seu tempo e autonomia, sendo necessário despertar o interesse da 
criança, muitas vezes o que funciona com um, não funcionara com o outro no mesmo 
momento, precisando assim, revisitar, repensar e reconstruir novos caminhos para 
que de fato a aprendizagem aconteça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
APPS PARA INCLUSÃO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: CONHEÇA 7 FERRAMENTAS. 
Disponível em: https://cer.sebrae.com.br/blog/apps-para-inclusao-social-na-
educacao-conheca-7-ferramentas/. Acesso em: 14/06/2023. 
 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988. Brasília, DF: Presidente da República, [2016]. Disponível em: 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_201
6.pdf. Acesso em: 13/06/2023. 
 
MONTENEGRO, Maria, A. et al. do Espectro Autista - TEA: Manual Prático de 
Diagnóstico e Tratamento. Disponível em: Minha Biblioteca, Thieme Brasil, 2018. 
 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. INCLUSÃO ESCOLAR: O que é? Por quê? Como 
fazer? São Paulo: Moderna, 2003. Coleção cotidiano escolar 
 
VASQUES, Carla; BAPTISTA, Cláudio Roberto. Transtornos globais do 
desenvolvimento e escolarização: o conhecimento em perspectiva. Educação & 
realidade, v. 39, n. 3, Porto Alegre, jul./set. 2014. 
https://cer.sebrae.com.br/blog/apps-para-inclusao-social-na-educacao-conheca-7-ferramentas/
https://cer.sebrae.com.br/blog/apps-para-inclusao-social-na-educacao-conheca-7-ferramentas/

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