Buscar

POS GRADUCAO ED ESPECIAL TCC CRIS

Prévia do material em texto

FACUMINAS - FACULDADE DE MINAS
CRISTIANE PAIRÉ DE OLIVEIRA
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA DENTRO DO AMBIENTE ESCOLAR
TRAMANDAÍ-RS
2023
CRISTIANE PAIRÉ DE OLIVEIRA
FACULDADE DE MINAS GERAIS
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA DENTRO DO AMBIENTE ESCOLAR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Minas Gerais – para conclusão do curso de Pós Graduação em Educação Especial e Inclusiva com ênfase em Neurociência
TRAMANDAÍ -RS
2023
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo de verificar as condições de atendimento e desempenho dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais dentro do ambiente escolar, nas redes regulares de ensino. Sabe-se que atualmente existe um desafio no que se diz respeito a inclusão escolar, dentre alguns destes problemas podemos citar o despreparo dos professores, pois muitos ainda não estão preparados, sentindo-se desqualificados, sobrecarregados, desmotivados, sem falar nas estruturas prediais não planejadas para receber esses alunos, sendo assim não acessíveis, e material pedagógico defasado ou até inexistente. Necessitamos nesse estudo apontar reflexões sobre o processo inclusivo, e qual seria o papel dos professores da educação inclusiva de nossos alunos portadores de necessidades especiais.
Palavras-chave: Educação. Inclusiva. Desafio. Escolas.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO.............. .................................................................................5
1.1 Objetivos gerais e específicos......................................................................6
1.2 Situação – Problema....................................................................................7
1.3 Justificativa do trabalho................................................................................8
1.4 Material e Métodos.......................................................................................9
1.5 Organização do trabalho.............................................................................10
2. DESENVOLVIMENTO...................................................................................11
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................15
4.CONCLUSÃO.................................................................................................19
5. REFERÊNCIAS.............................................................................................20
1.INTRODUÇÃO
No decorrer da história a educação especial e as leis para a educação inclusiva no Brasil tiveram seu avanço partir da Declaração de Salamanca no ano de 1994, e através da sua aprovação na constituição Federal de 1988 e na LDB em 1996, que estabelece as resoluções das Nações Unidas que trata dos princípios, política e prática em educação especial, apontando os procedimentos padrões das nações unidas para equalização de oportunidades para pessoas com necessidades especiais.
 Ainda sobre a Declaração de Salamanca, nela constava algumas diretivas que tratavam dos pontos da educação especial, com novas orientações e propostas para essa modalidade de ensino. Ela trata principalmente: da política e organização, dos fatores relativos à escola, recrutamento e treinamento de educadores, serviços externos de apoio, áreas prioritárias, perspectivas comunitárias, e requerimentos relativos a recursos.
Sendo assim o principal objetivo dessa declaração é de promover a integração de pessoas com necessidades especiais ao ambiente escolar regular, sem fazer nenhum tipo de distinção, e assim combater a exclusão muito incidente, assim oportunizando um ensino de qualidade para essa clientela.
Partindo do pressuposto que o objetivo da educação inclusiva é de que todas as crianças devem aprender ao mesmo tempo, independentemente de qualquer tipo de desigualdade física ou cognitiva, as escolas tiveram que se adequar a este novo modelo de educação.
 FOUCAULT (2001), já nos relatava que os ditos “anormais” eram os indivíduos que fugiam do padrão de normalidade de comportamento e de estrutura comportamental-social, o que não se enquadrava na normalidade da sociedade. No entanto esses interesses continuavam com uma ideologia de visão patológica do ser que apresentava deficiência, o que fazia a sociedade agir com desprezo com relação a essas pessoas.
 1.1. Objetivos Gerais e Específicos
 O presente trabalho tem como objetivo principal pontuar os principais objetivos da educação especial dentro do ambiente escolar, pontuando os principais desafios que acercam.
 Dentre os principais objetivos gerais destacamos alguns objetivos específicos:
- Pesquisar o que é necessário para assegurar um atendimento educacional especializado para todos os alunos que assim necessitam, sendo assim é imprescindível de profissionais qualificados, materiais e espaços adaptados para assim receber os alunos.
- Destacar práticas pedagógicas necessárias para o provimento de uma dialética entre o educador, aluno e família, no processo de inclusão.
1.2 Situação-Problema
Desafios da educação especial dentro do ambiente escolar
A história nos conta ao decorrer dos anos que a maioria das pessoas portadoras de necessidades especiais foram quase que totalmente excluídas das redes e modalidades de ensino. Estes eram atendidos por instituições somente para os ditos “diferentes”, o que ocasionava uma total exclusão e segregação.
Com base nesse dado, quais seriam os maiores desafios na educação inclusiva dentro do ambiente escolar?
Para que haja uma eficiência no processo de inclusão, há uma necessidade de mudanças de práticas escolares, assim assegurando direito de todos no acesso a uma educação de qualidade, tendo em mente que ao estar no ambiente escolar o aluno se apropria deste conhecimento. 
Rosseto (2005, p. 42) nos diz que: [...] a inclusão é um programa a ser instalado no estabelecimento de ensino a longo prazo. Não corresponde a simples transferência de alunos de uma escola especial para uma escola regular, de um professor especializado para um professor de ensino regular. 
O programa de inclusão vai impulsionar a escola para uma reorganização em toda instituição. A escola necessitará ser diversificada o suficiente para que possa maximizar as oportunidades de aprendizagem dos alunos com necessidades educativas especiais. 
Vivenciar a inclusão é impreterivelmente respeitar as diferenças, dando o valor devido ao outro tendo uma mentalidade de crescimento intelectual. Pois a diversidade traz contribuições consideráveis para uma pessoa, cidade, comunidade e um mundo que muitas vezes se mostra seletivo, assim dando valor a uma normalidade evasiva.
1.3 JUSTIFICATIVA
A razão do presente trabalho é proporcionar uma busca dentro dos ambientes escolar, e no que se diz respeito a inclusão escolar, pontuar algumas dificuldades que o ambiente encolar possui, sendo elas físicas, como adaptação de predial, recursos e profissionais realmente capacitados.
Pois é sabido ´para haver o direito à educação das pessoas com deficiência seja efetivado é necessário adotar medidas de apoio à inclusão escolar e assegurar as condições de acessibilidade pedagógica, nos ambientes e nas comunicações e informações.
1.4 Material e Métodos
 A educação especial e inclusiva é uma metodologia pedagógica que sem sombra de dúvida deveria estar presente em todas s escolas, independente da sua modalidade de ensino, promovendo a integração entre todas as crianças, independente das suas especificidades.
A cerca disso foi realizada uma pesquisa qualitativa dos conteúdos trabalhos na educação especial e inclusiva dentro do ambiente escolar e suas metodologias de aplicação.
A pesquisa buscou obter impressões dos alunos com necessidades especiais atendidos dentro da rede pública municipal do município de Santa Maria Rs .
Sendo assim foi realizada uma visita pedagógica em uma escola municipal para constatar a realidade na qual se encontra o papel da inclusão.
Essa visita ocorreu no ano corrente de 2022,no mês de agosto, entre os dias 15 e 29 de agosto, totalizando 20 h.
1.5 Organização do trabalho
“O restante do artigo está organizado da seguinte maneira. A seção 2 apresenta alguns conceitos básicos. A seção 3 detalha resultado e discussões. A seção 4 apresenta a conclusão do trabalho”. 
2. DESENVOLVIMENTO
Sobre a educação inclusiva, muitas são as ideias que nos aparecem. Como está se dando a inclusão? Como incluir as crianças com diferentes necessidades nas classes comuns? O que de fato está se dizendo quando se fala de Educação Inclusiva? Muitas são as mudanças trazidas por essa perspectiva, algumas das quais já estão acontecendo em diferentes espaços escolares, porém para muitas questões ainda não existem respostas.
 Pode-se começar pensando sobre o que carrega a expressão Educação Inclusiva. Estamos falando sobre quais alunos? Alunos da Educação Especial?
 Encontramos no texto da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva o seguinte: A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais, garantindo: Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior; atendimento educacional especializado; continuidade da escolarização nos níveis mais elevados de ensino; formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar; participação da família e da comunidade;
Para Brandão a educação é uma prática social que se dá nas relações entre os sujeitos e também nas diferentes instituições. Assim, ela possibilita e é possibilitada por tais relações. 
Segundo Ferreira e Oliveira (2009, p. 237) “a educação é, pois, uma prática social ampla e inerente ao processo de constituição da vida social, alterando-se no tempo e no espaço em razão das transformações sociais”.
De acordo com os autores acima a educação deve ser dialética, ou seja, deve haver uma troca constante, passando pelas transformações sociais e acompanhando o desenvolvimento.
Mas nem todos portadores de deficiência conseguem acompanhar esse modelo de educação. O acesso à educação é o fator principal no processo de aprendizagem, que para muitos não acontece por existirem barreira psíquicas ou físicas.
Indivíduos considerados fora dos “padrões” socialmente aceitos foram por muito tempo excluídos do convívio social, pois “[...] para muitos, a condição de exílio, separação, de ficar à parte, segregados e experimentando sentimento de rejeição [...]” fez parte de suas vidas (CARVALHO, 2004, p. 46).
Esses mesmos indivíduos considerados “diferentes” ou fora do padrão geralmente são marginalizados dentro do ambiente escolar por seus colegas ditos “normais”, a falta de interação e o desrespeito a diversidade, ou até mesmo por seus educadores, é claro em algumas instituições.
A função social da escola é fazer com que as pessoas com deficiência tenham o direito, de um atendimento especializado, assim como as demais pessoas, proporcionando um avanço na escolarização básica, bem como ter acesso aos diferentes espaços e serviços da sociedade, as condições desse acesso e permanência precisam ser melhoradas, inclusive na escola.
 Através da evolução do ensino e leis sancionadas, o ensino voltou-se para a integração de todos esses estudantes. Para que a inclusão dos alunos de necessidades especiais nas escolas regulares aconteça com êxito, primeiro deve-se observar vários fatores no qual contribuições. 
Um dos fatores imprescindíveis, é que a escola deve ter a preocupação com a metodologia a ser aplicada desde o projeto político pedagógico da escola, até a infraestrutura da mesma, e a adequação deve começar a partir do currículo adaptado para cada aluno com necessidade especial, mesmo ele estando em uma sala regular. Para que tal fatores aconteçam os professores devem estar preparados para atender essa demanda, o que na prática muitas vezes não é o que acontece.
Montoan (2004) explica que a inclusão é uma possibilidade que se abre para o aperfeiçoamento da Educação Escolar e para o benefício de todos os alunos, com e sem deficiência. Depende, contudo, de uma disponibilidade interna para se enfrentar as inovações e essa condição não é comum aos sistemas educacionais e aos professores em geral. (MANTOAN, 2004, p. 80).
Referente a isto MITTLER diz:
 [...] a inclusão implica que todos os professores têm o direito de esperar e de receber preparação apropriada na formação inicial em educação e desenvolvimento profissional contínuo durante sua vida profissional (MITTLER, 2003, p. 35).
A formação dos professores, esta deve ser um fator continuo, para preparar esses profissionais para receber os alunos com a necessidade que eles precisam. Quanto a escola esta deve tentar reduzir todos os obstáculos, que contribuem para dificultar a aprendizagem do seu aluno, pois sabemos que esses educandos com tais necessidades chegam à escola muito antes dela estar preparada para recebe-los e também antes dos professores terem a formação ideal.
Sassaki (1997), acredita que a inclusão social é a forma pela qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, essas também se preparam para assumir seus papéis nesta mesma sociedade.
O autor nos mostra que a sociedade é parte responsável pelo processo de integração dos indivíduos com tais necessidades e assim incluindo como cidadãos, para construção de um novo modelo promissor, no qual todos suprimam as diferenças. Diferenças essas que devem ser ministradas cada uma com suas características, com atendimentos individualizados e específicos para cada tipo de necessidade especiais.
No que se trata da exclusão para Sposati (1996) exclusão social significa:
 “[...]é a impossibilidade de poder partilhar da sociedade e leva à vivência da privação, da recusa, do abandono e da expulsão, inclusive com violência, de uma parcela significativa da população[...]” (SPOSATI, 1996. p.13)
O autor nos mostra que na verdade, é o que não conduz ao êxito, impedindo esses indivíduos de se qualificarem e completar seu processo de ensino-aprendizagem.
Para Montoan (2006, p. 19), “educação inclusiva pode ser definida como a prática da inclusão de todos independente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou cultural, em escolas e salas de aula onde as necessidades desses alunos sejam satisfeitas”.
Por esse e outros motivos os modelos de inclusão devem ser repensados, de modo geral, pois o que vemos é um atendimento totalmente precário e com profissionais na sua maioria despreparados, pois não adianta a escola ser modelo de inclusão e ao mesmo tempo geradora de limitações, pois os recursos físicos e didáticos devem ser tratados em primeiro plano.
Por sua vez o sistema educacional tem tratado esses alunos de modo subjetivo, não respeitando a diversidade, valores e subjugando suas capacidades.
Um dos fundamentos filosóficos em defesa da inclusão escolar de pessoas com deficiências é, sem dúvida, o fato de que todos nascemos iguais e com os mesmos direitos, entre eles o direito de convivermos com os nossos semelhantes. 
Não importam as diferenças, não importam as deficiências: o ser humano tem direito de viver e conviver com outros seres humanos, sem discriminação e sem segregações odiosas. E quanto mais “diferente” o ser humano, quanto mais deficiências ele tem, mais esse direito se impõe. 
E este é um direito natural, que nem precisaria estar positivado em lei. Não precisava constar na Constituição. Assim, o direito de estar numa sala de aula, junto com crianças da mesma idade, com ou sem deficiência, é anterior ao direito do professor de dar aula. 
O direito da criança e do adolescente de estar numa sala de aula é um direito que decorre do fato de ele ser cidadão,é um direito natural. O direito do professor de dar aula decorre de uma portaria, que, em certos casos, pode ser revogada a qualquer momento.
 Ninguém pode revogar o direito à convivência e à educação. 
Em certo sentido, a escola é a continuação e à amplificação da família. A segregação, a discriminação, a exclusão não podem ser aceitas, tanto na família quanto na escola.
 O direito à educação, o direito de frequentar a escola comum (junto com os ditos “normais”), o direito a aprender nos “limites” das próprias possibilidades e capacidades, são decorrentes do direito primordial à convivência, até porque é na convivência com seres humanos - “normais” ou diferentes - que o ser humano mais aprende. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Diante das observações realizadas no momento dessa pesquisa, pode-se observar, que o tema inclusão escolar tem muito a caminhar dentro do ambiente educacional.
As limitações da escola, como adaptações prediais, atendimento especializado e preparações de profissionais deixam muito a desejar. 
Notou-se que alguns atendimentos nessa rede básica de ensino são realizados por profissionais especializados 1 (uma) vez por semana em uma sala de atendimento dita AEE (atendimento educacional especializado), geralmente em contraturno escolar, geralmente 1 h semanal, o que seria realmente pouco para gerar algum tipo de avanço, no que se diz sobre inclusão.
Também foi constatado que os profissionais auxiliares que realizam o acompanhamento auxiliar dentro de sala de aula juntamente com o professor titular geralmente não são preparados e instruídos para tal trabalho pedagógico, pois muitas vezes são estudantes de ensino médio ou superior, que não recebem nenhum tipo de capacitação por parte da gestão para que assim exerçam seu ofício com êxito.
Dentre todos esses itens observados, não podemos deixar de ressaltar o papel da família que também em muitos casos se torna alheia ou inerte as necessidades desse aluno, onde muitas vezes deixa toda a responsabilidade do ensinar para o ambiente escolar, talvez por não saberem lidar com seus filhos ou por irresponsabilidade. 
O que se pretende na educação inclusiva é remover barreiras, sejam elas extrínsecas ou intrínsecas aos alunos, buscando-se todas as formas de acessibilidade e de apoio de modo a assegurar (o que a lei faz) e, principalmente garantir (o que deve constar dos projetos político – pedagógicos dos sistemas de ensino e das escolas e que deve ser executado), tomando-se as providências para efetivar ações para o acesso, ingresso e permanência bem sucedida na escola. 
(CARVALHO, 2004, p. 73) Nesse texto de Carvalho (2004), está exposto o que de fato deveria acontecer: efetivas ações que garantam a acesso, ingresso e permanência na escola. Daí então se poderia falar de acessibilidade, muito necessária, se pensando em remoção de barreiras, para que a inclusão aconteça.
Por fim podemos elencar os principais textos legais que se referem ao tema: 
 Lei nº 7.853/89. Dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiências, sua integração social e pleno exercício de direitos sociais e individuais. 
 LDB nº 9.394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A LDB dedica à educação especial os artigos 58, 59 e 60 do Capítulo V. A exemplo do que fizera o Estatuto da Criança e do Adolescente, a LDB considera a educação especial uma modalidade de educação escolar, a ser oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino.
Parecer CNE/CEB nº 16/99. Dispõe sobre educação profissional de alunos com necessidades educacionais especiais. 
Resolução CNE/CEB nº 4/99. Dispõe sobre educação profissional de alunos com necessidades educacionais especiais. 
 Decreto nº 3.298/99. Regulamenta a Lei 7.853/89, dispõe sobre a política nacional para integração da pessoa portadora de deficiências, consolida as normas de proteção ao portador de deficiências. 
Lei nº 10.098/2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências. 
Resolução CNE/CEB nº 2/2001. Institui Diretrizes e Normas para a Educação Especial na Educação Básica. No seu art. 2º, assim dispõe a Resolução: “Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.” (MEC/SEESP, 2001).
 Parecer CNE/CEB nº 17/2001. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Lei nº 10.172/2001. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. No tópico 8 do texto aprovado, o PNE aponta diretrizes para a política de educação especial no Brasil e indica objetivos e metas para a política de educação de pessoas com necessidades educacionais especiais. 
Decreto nº 6.094/2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. 
No art. 2º, inciso IX, o documento aponta como uma das diretrizes do plano, na qual devem se empenhar Municípios, Estados, Distrito Federal e União, a garantia de acesso e permanência das pessoas com necessidades educacionais especiais nas classes comuns do ensino regular, fortalecendo a inclusão educacional nas escolas públicas. 
 Decreto nº 186/2008. Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2006. 
Decreto nº 6571/2008. Dispõe sobre o atendimento educacional especializado. 
Resolução CNE/CEB nº 4/2009. Institui as diretrizes operacionais para o atendimento educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Além desses documentos, de natureza legal, cabe referir, ainda, como textos fundamentais na reflexão e na difusão de ideias, conceitos e diretrizes afinadas com a concepção de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, os seguintes documentos:
 - 2004 - O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular, do Ministério Público Federal, que teve por objetivo disseminar os conceitos e diretrizes mundiais para a inclusão, reafirmando o direito e os benefícios da escolarização de alunos com e sem deficiência nas turmas comuns do ensino regular. 
- 2008 - O documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria nº 555/2007, prorrogada pela Portaria nº 948/2007, entregue ao Ministro da Educação em 07 de janeiro de 2008.
 -2010 - A Nota Técnica SEESP nº 10/2010 Orientações para institucionalização da oferta do atendimento educacional especializado (AEE) em Salas de Recursos Multifuncionais implantadas nas escolas regulares. 
-2010 - O documento construindo o Sistema Nacional Articulado de Educação: o Plano Nacional de Educação –
 Diretrizes e Estratégias de Ação, aprovado pela Assembleia da Conferência Nacional da Educação (CONAE), em 1º de abril de 2010. 
No Eixo VI do referido documento - Justiça Social, Educação e Trabalho: Inclusão, diversidade e igualdade - ao tratar especificamente da educação especial, o texto aponta as responsabilidades do poder público no que tange à educação especial, as metas a serem perseguidas, os instrumentos, os recursos e os modos operacionais para atingi-las, enfatizando sempre o direito da criança com deficiência de ser atendida na escola comum.
4.CONCLUSÃO
Ao término deste projeto conclui-se que a questão que acerca a inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais no processo de ensino se encontra em pleno debate e amadurecimento. Na verdade, podemos dizer que ainda há muito o que discutir, e cabe à sociedade abrir espaços e cada um fazer a sua parte. 
No que diz respeito às instituições de ensino, essas devem estar preparadas para atender e receber esta clientela, que tanto necessita de um atendimento especializado e direcionado, para que assim desenvolvam suas habilidades com autonomia em suas ações.O futuro da escola inclusiva pode estar neste contexto de inclusão de implementação de recursos que realmente favoreçam o portador de necessidades especiais, deve também investir na atualização e formação de profissionais para que estejam preparados para esse desafio de educar, pois sem ferramentas não se pode obter êxito nesta modalidade.
5.REFERÊNCIAS 
CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004.
 
 FERREIRA, Eliza Bartolozzi; OLIVEIRA, Dalila Andrade. (Orgs.). Crise da escola e políticas educativas. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
MITTLER, P. Educação Inclusiva: Contextos Sociais. São Paulo: Artmed, 2003.
 RODRIGUES, David (Org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. 
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão, construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997
SPOSATI, Aldaíza de Oliveira. Mapa da exclusão/inclusão social na cidade de São Paulo. São Paulo: EDUC, 1996.
UNESCO. Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 30 julho. 2020.
VEYNE, P. Como se escreve a história: Foucault revoluciona a história. Brasília. Editora da Universidade de Brasília, 1998.
ROSSETO, M. C. Falar de inclusão... falar de que sujeitos? In: Lebedeff, T. B. Pereira. Educação especial – olhares interdisciplinares. Passo Fundo: UPF Editora, 2005. P. 41-55.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a o Educação Especial na Educação Básica. Secretaria da Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2001.

Continue navegando