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10 Exames Laboratoriais no Pre-natal

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Lab Jamille 24/10: Exames
Laboratoriais no Pré-natal
Hoje a gente vai ver um pouco dos exames
laboratoriais do pré-natal, a maioria dos exames
laboratoriais para gestante são exames imunológicos,
por isso eu fiquei com essa parte, não a Samyra.
Objetivo do acompanhamento pré-natal:
● Assegurar o desenvolvimento da gestação,
permitindo o parto de um recém-nascido
saudável, sem impacto para a saúde
materna, inclusive abordando aspectos
psicossociais e as atividades educativas e
preventivas.
Dentro do pré- natal, além da história clínica dessa
gestante através da história da gravidez, uma questão
de exames anteriores, se tem hipertensão ou não,
diabetes ou não, alterações no calendário vacinal, vai
ter o exame físico, a gestante vai ser induzida a
medição de PA, índice de IMC. Além disso, vai ter as
condutas gerais, geralmente o ginecologista vai
indicar para essa paciente o que vai ser feito nesse
pré-natal, quais vacinas vai tomar. E além de tudo
temos os exames laboratoriais.
EXAMES LABORATORIAIS DE ROTINA NO PRÉ-NATAL
● Exames obrigatórios e solicitados na
primeira consulta pré-natal, podem ser
repetidos no decorrer da gestação.
● Tem como objetivos detectar problemas
maternos que possam afetar a saúde do
bebê, verificar o andamento da gestação e
consequentemente o estado de saúde da
gestante e do bebê.
Em relação aos exames laboratoriais da gestante, nós
dividimos em 3 ocasiões: 1°
trimestre(acompanhamento geral), 2° trimestre e 3°
trimestre.
Primeira Consulta (1° trimestre)
Na primeira consulta tem a maior quantidade de
exames pedidos.
● Hemograma; Pra ver o estado sanguíneo,
questões relacionadas a albumina, anemia,
alguma infecção.
● Tipagem sanguínea e fator Rh → Coombs
indireto (se for Rh negativo); Importância
principal para olhar compatibilidade
sanguíneo (O RH principalmente, evitar
eritroblastose fetal, quando o sangue da mãe
e do feto é diferente, pode ocorrer da mãe
gerar resposta imunológica contra os
antígenos fetais).
● Glicemia de jejum;
● Teste rápido de triagem para sífilis e/ou
VDRL/RPR; ( A sífilis congênita é muito
comum de acontecer)
● Teste rápido diagnóstico anti-HIV; HIV não
há risco de passagem da mãe para o feto, no
entanto porque até hoje, se não existe essa
troca, qual o objetivo de fazer essa triagem ?
Porque tem chances de passar durante o
parto.
● Toxoplasmose IgM e IgG;Muito importante,
se a mãe tiver IgM positivo é um problema,
significa que a mãe está com uma infecção
atual. O bom é que a gestante, tenha IgG
positivo, significa que ela já foi infectada e já
tem anticorpos para combater se ela se
infectar durante a gravidez.
● Hepatite B (HbsAg); Pode passar para o feto.
● Exame de urina e
urocultura;Extremamente importante por
causa de infecções, a gente sabe que a
gestante tem muita infecção urinária porque
comprime a uretra. A urocultura também é
importante, se a gestante tiver infecção
vamos saber qual o agente está induzindo.
Se Necessários serão feitos
● Citopatológico de colo de útero (se
necessário);
● Exame da secreção vaginal (se houver
indicação clínica);
● Parasitológico de fezes (se houver
indicação clínica);
● Eletroforese de hemoglobina (se gestante
for negra, ou antecedentes familiares de
anemia falciforme ou história de anemia
crônica);
● Ultrassonografia obstétrica, com a função
de verificar a idade gestacional (não
obrigatório).
2° Trimestre
No segundo trimestre, alguns desses exames vão ser
repetidos.
Pelo ministério da Saúde o hemograma não precisa
ser repetido aqui no segundo semestre
● Hemograma*;
● Coombs indireto (se for Rh negativo); (de
novo aqui, muito grande de risco de
eritroblastose fetal)
● TOTG jejum e após 2h, com 75g de
dextrosol.( A diabetes é muito natural na
gestante).
3° Trimestre
● Hemograma;
● Coombs indireto (se for Rh negativo);
● Glicemia de jejum;
● Testes rápido sífilis, HIV, hepatite B e C; ( A
maioria dessas doenças agora podem ser
passadas durante o parto)
● Toxoplasmose IgM e IgG;
● Exame de urina e urocultura.
Vamos entender então cada um desses exames.
Hemograma
Principal objetivo: detectar a presença de
infecções(pela variação dos glóbulos brancos) e
principalmente anemia.( é muito comum em
gestantes, e ela não pode estar anêmica, pois pode
alterar a fisiologia desse feto).
Série branca:
- Gestação: leucocitose (até 14.000/mm3 é
considerado normal). Normal ter mais altos na
gestante, pra gente já é problema.
Série vermelha:
Já é um problema, naturalmente já tem aumento de
volume plasmático.
● Gestação: aumento fisiológico no volume
plasmático → elevação de estradiol resulta
na ativação do sistema
renina-angiotensina-aldosterona: leva uma
maior reabsorção de sódio nos rins e a
retenção de água→ o volume plasmático
alto, faz fisiologicamente um aumento de
hemácias (aumenta pelo aumento de ↑
secreção de eritropoetina pelos rins): isso,
vai ficar desproporcional ao volume
plasmática, por mais que tenta elevar as
hemácias para ficar proporcional, o sistema
rinnegan angiotensina aldosterona ele
trabalha muito melhor, com isso essa diluição
da célula vermelha sanguínea, faz com que
tenha anemia: anemia fisiológica da
gravidez (anemia dilucional); Porque os
fatores celulares estão diluídos em um alto
volume plasmático.
● O feto está crescendo, e ele precisou de ferro
para crescer, a mãe começa a Transferência
das reservas de ferro da mãe para o feto:
consequentemente, diminui ainda mais os
níveis de hemoglobina e hematócrito levando
essa redução da mãe à medida que a gravidez
avança.
● Plaquetas: valores em torno da
normalidade.
● Ou seja, o que temos que nos preocupar é
com essa anemia, que é fisiológica, precisa ser
controlada, o feto precisa que a mãe esteja
bem. Como nós vamos controlar essa anemia?
Médico. Para isso vamos observar os valores
principalmente de hemoglobina.
● Valores normais na gestação →
hemoglobina: 12 g/dl e hematócrito: 36%
● Hemoglobina ≥ 11 g/dL: ausência de
anemia. Mesmo assim faz uso de
Suplementação de 40 mg/dia de ferro
elementar e 5 mg de ácido fólico, a partir
da 20ª semana
● Hemoglobina entre 8 g/dL e 11 g/dL: anemia
leve a moderada. Exame parasitológico de
fezes, tratamento se houver parasitoses
presentes(pode estar perdendo sangue
pelo parasita); Tratamento da anemia com
120 a 240mg/dia de ferro elementar.
- Repita a dosagem de hemoglobina entre 30 e
60 dias: - Níveis subindo: manter tratamento
até Hb atingir 11g/dl e então iniciar a dose de
suplementação.
- - Hb permanecer em níveis estacionários ou
reduzir: encaminhar paciente para
pré-natal de alto risco
● Hemoglobina ≤ 8 g/dL: anemia grave.
Encaminhar paciente para pré-natal de
alto risco
Então o hemograma tem que ser muito bem
controlado, principalmente hemoglobina, pelo risco
de anemia. Igual falei, primeiro semestre obrigatório,
segundo pode indicar ou não. 3° semestre
obrigatório.
Tipagem Sanguínea e Fator Rh
Principal objetivo: detectar gestantes que tenham
sangue com fator Rh negativo (A-, B-, AB- ou O-) que
estejam grávidas de bebês com sangue Rh positivo
(A+, B+, AB+ ou O+): o maior risco de eritroblastose
fetal ou doença hemolítica do recém nascido.
● realizadas em todos os semestres.
O que é eritroblastose fetal ?
● Quando a mãe é Rh negativo, o Rh é um
antígeno da hemácia. Quem é Rh + tem seu
antígeno na superfície, que é negativo não
tem. A gente tem a mãe que é Rh - e o pai que
é positivo. Isso vai ser um problema pois tem
chances do filho ser Rh +. Se ela é negativa ela
não tem anticorpos contra o positivo, se ela
entra em contato ela se sensibiliza
● 1º filho: Rh + (nada acontece –
“sensibilização materna”)produz anticorpos
contra positivo.
● 2º filho: Rh + (EF ou DHRN), depois do
primeiro filho positivo isso é um problema,
pois ela vai criar anticorpos.
● A mãe então na eritroblastose fetal, produz
anticorpos contra as hemácias do filho, “fetal”
problema no feto não para mãe. Esses
anticorpos vão lesar, vão se ligar aos
antígenos da hemácia, a hemácia tá lá, cheia
de antígenos na superfície, se ele é positivo, se
liga e ativa o sistema complemento,e ele vai
lisar as hemácias do feto, vai ter uma
hemólise, de uma forma compensatória esse
feto começa a produzir muito hemácia (não
são maduras), no caso dessa doença vai ir
eritroblastos ( células novas que não
conseguem carregar hemoglobina), por isso
chama eritroblastose fetal, porque tenho
muito eritroblastos na circulação, e isso vai
gerar inicialmente uma hipóxia muito grande
e com o tempo uma anemia e uma icterícia,
as hemácias estão sendo todas quebradas, o
heme dessa hemácia vai começar a se
depositar causando uma icterícia. Se não for
tratado esse feto pode vir a morte.
Hemólise → eritropoese compensatória →
eritroblastos na circulação → anemia/icterícia →
hipóxia → morte.
● Por isso que esse fator Rh ele é mensurado ao
longo da gestação.
Então, o que ocorre no caso da mãe Rh - ?
● No primeiro parto dessa pessoa ela toma uma
injeção de imunoglobulina, que é uma
suspensão de anticorpos pra hora do parto.
Entre a 28ª e 33ª semana e outra no máximo
72h pós parto, para que ela já tenha
anticorpos que combatam esses antígenos, e
não vai se sensibilizar, dessa forma na
próxima gravidez ela ainda não vai estar
sensibilizada.
● ( Se fator Rh da mãe for negativo e fator Rh
do pai for positivo) Soro contendo
anticorpos anti Rh: Se houver contato com
sangue materno-fetal, os anticorpos
impossibilitam que o SI da mãe se sensibilize
e produza anticorpos permanentes contra o
fator Rh.
● Sempre deve ser feito o Rh do pai e da mãe.
Mãe Rh- : realização do teste de Coombs
indireto (teste indireto da antiglobulina)
● Verificar se a gestante já possui anticorpos
anti Rh (anti D)
● Vamos supor, a mãe pode nunca ter
engravidado, mas pode ter tido contato com
Rh +, então o que a gente faz durante toda a
gestação, o teste de Coombs.
Como é feito ?
1. Esse teste pega o sangue da gestante, se esse
soro tiver IgG(anti corpos que vai ser
produzido contra o Rh é o IgG), aí eu incubo
com hemácias reagentes, aí o antígeno se liga
ao anticorpo.
2. Depois adiciono o soro de Coombs (anti IgG
humano, que vai funcionar como anticorpo
secundário) se isso aqui se ligou com isso
aqui, aí eu venho com um segundo de
anticorpo, se tiver aglutinado significa que a
mãe tem anticorpos positivos, se a mãe tem
anticorpos positivo isso é ruim, tem que ser
acompanhado.
Glicemia de Jejum
Principal objetivo: detectar a presença de DM
gestacional, independente da presença de fatores de
risco. Se houver alterações no 1º trimestre, esse
exame já auxilia a detectar alterações prévias da
TOTG (24 a 28ª semana).
Porque ? Assim como a anemia, a DM gestacional
pode ser fisiológica na mãe.
● Gestação: A mãe desenvolve resistência a
insulina a partir do 2º trimestre
Porque ?
● A placenta da mãe produz um hormônio
chamado hormônio lactogênio placentário e
hormônio do crescimento placentário, esses
hormônios induzem a resistência à insulina,
então essa mais já começa com a
hiperglicemia, se isso não for controlado ela
vai gerar DM gestacional. Ela faz isso
fisiologicamente porque o feto tem como sua
maior fonte de energia a glicose. Então a mãe
começa a concentrar gordura e utilizar
gordura só pro feto. Geralmente quando o
bebê nasce a diabetes cessa.
● → adaptação fisiológica → transferir o
metabolismo de energia materna da oxidação
dos carboidratos para o de lipídios → glicose
para o feto (lactogênio placentário humano -
hPL e hormônio do crescimento placentário
humano - hPGH).
● Porque é importante manter uma glicemia
normal na gestação ? O excesso de açúcar no
sangue pode levar a um aborto, parto
prematuro, pré eclampisa, ma formação fetal,
e complicações tardias incluem problemas
cardiovasculares e obesidade. Por mais que
seja fisiológico, precisa controlar essa
glicemia.
● Diabetes gestacional (DMG): tipo de
diabetes que o aumento da glicose surge em
decorrência da gravidez.
● Menor que no primeiro exame 92 mgdl está
normal, não vai fazer nada. Só no terceiro
semestre que vai realizar o teste oral de
glicose.
● Se a glicemia está entre 92 e 125,
possivelmente ela tem diabetes gestacional,
vamos tratar.
● Se ela tem mais de 125, isso é um problema,
não vai ser por causa da gestação, é uma
diabetes pré gestacional que não estava
identificada antes. Ela vai fazer uma
hemoglobina glicada e vai ser acompanhada
como gravidez de alto risco.
● Isso aí pode ser tratado com exercício físico,
alimentação e em alguns casos medicação.
TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE ORAL
(TOTG) – curva glicêmica
● Aí, no primeiro semestre fez a glicemia, aí no
terceiro trimestre faz a curva glicêmica, por
causa do risco de diabetes, vai observar de
novo no segundo trimestre.
Principal objetivo: solicitado quando a glicemia em
jejum está normal (< 92 mg/dL) → risco de
desenvolvimento de resistência à insulina ao longo
da gestação → diagnóstico (três valores: basal, 1h e
2h) → 2º trimestre.
1. Mede sua glicemia antes
2. depois você toma 75 mg de glicose (dextrose),
glicemia sobe mais depois tende a descer
3. Aí você mede basal com 1 hora, se não desceu
significa diabetes
4. Na gestante você faz 1 e 2 horas a basal, e
vamos olhar nesse intervalo se vai ter ou não
alta das taxas glicêmicas
5. Quando a gestante está no primeiro trimestre,
menos de 20 semanas, faz a glicemia em
jejum e se der ok, ela só faz de novo no
terceiro trimestre o teste de tolerância oral.
● Gestante normal: o basal tem que dar menor
que 92, se depois de 1 hora der menor que
180, ótimo, se em 2 horas dar menor que 153,
melhor ainda, significa que está diminuindo
● Olhar outros números no quadro acima.
TESTE RÁPIDO DE SÍFILIS E VDRL
Principal objetivo: diagnóstico da sífilis, que pode
ser transmitida por via placentária para o feto ou via
parto.
● O teste rápido de sífilis é rápido mesmo (tipo
do de COVID), e o VDRL não é rápido, é feito
em laboratório ( De sífilis é treponêmico e de
VDRL é não treponêmico).
● Sífilis: IST causada pela bactéria
espiroqueta Treponema pallidum. A gente
adquire a bactéria principalmente pelas vias
sexuais desprotegidas , mas pode acontecer
também por via placenta e parto, que é a
sífilis congênita.
● Brasil: aproximadamente um milhão de
novos casos/ano, sendo ± 29 mil os casos de
sífilis congênita (via transplacentária).
● O problema dessa sífilis é justamente o poder
de alcançar o feto, no feto pode ser recente ou
tardia.
● Sífilis congênita: Recente→ 3 meses de
vida: erupções vesiculo bolhosas, lesões
papulares ao redor do nariz, da boca,
linfadenopatia generalizada,
hepatoesplenomegalia, alterações ósseas.
Após o 2º ano de vida→ tardia:
envolvimento de nariz, septo e palato duro, e
lesões periostais provocam a chamada tíbia
em lâmina de sabre( a tíbia não se desenvolve
corretamente, fica reta e a criança tem
dificuldade para andar), alterações ósseas
orais.
É importante diagnosticar a sífilis materna porque a
gente não quer que essa mãe passe para o feto ou
durante o parto para criança.
● Diagnóstico: Feita por visualização direta
do Treponema na lesão (mais evidenciada
na sífilis recente). Exames sorológicos (não
treponêmicos e treponêmicos).
1. Testes sorológicos não treponêmicos
● Detectam anticorpos não treponêmicos→
não são específicos para T. pallidum, porém
eles aumentam na presença de sífilis.
● Por que esses anticorpos aumentam ? É uma
teoria que o principal motivo é a cardiolipina.
Então vamos ter que ter anticorpos
anticardiolipina.A cardiolipina é um
fosfolipídio que fica nas células, quando o
treponema lesa as células, essa cardiolipina é
liberada então quem vai ter sífilis vai liberar
essa cardiolipina e vai criar anticorpos contra
essa cardiolipina.
● Possibilita a detecção de anticorpos
anti-cardiolipina (fosfolipídio), formados em
resposta à liberação de material lipoide por
células infectadas por T. pallidum.
● Então esses testes não treponêmicos, eles são
chamados de testes anticardiolipinas, por
causa deste fosfolipídio que está nas células
que são rompidas pela bactéria.
● O VDRL é o teste não treponêmico mais
utilizado para sífilis. Ele não vai detectar
anticorpos específicos, e siminespecíficos
● Esse VDRL é feito em placas, e a variação dele
é o PRP é mais rápido e é feito em papel, tipo
um papelão.
● E como vai ser o diagnóstico ? Se tiver
antígenos do treponema, o anticorpo quando
é colocado vai se flocular, formando flóculos
o que vai significar que é positivo, se não
formar é negativo.
● O VDRL é um teste que precisa de
microscópio para ser visualizado, por isso
demora mais.
● Como é o teste ? Eu tenho lá o soro do meu
paciente, e eu tenho a suspensão de cristais
de colesterol, onde a cardiolipina está junta,
então eu tenho uma base de colesterol e
várias moléculas de cardiolipina. Se o
paciente tiver um anticorpo anticardiolipina,
ele vai se ligar aqui e vai se flocular. Agora, se
o paciente não tiver esse anticorpo, não vai
flocular, então significa que está negativo.
● Agora o teste rápido faz a mesma coisa, só
que isso aqui é um papel, se tiver bolinhas no
papel significa que está positivo, não precisa
de microscópio.
● Por que ele não é específico ? Não é
específico para antígenos do treponema, e
sim para cardiolipina que pode ser liberada
quando tem sífilis.
- VDRL (Venereal disease research laboratory) - RPR
(Rapid plasma reagin) -> Ag+Ac = floculação (pode
ser qualitativo ou quantitativo por titulação do soro)
2. Testes sorológicos treponêmicos
Detectam anticorpos contra treponêmicos
específicos.
Quais são esses testes que podemos fazer ?
● MHA - Micro aglutinação (quando as
hemácias são revestidas revestidas com
antígenos, de T. pallidum, você coloca o soro
se for positivo aglutina.)
● FTA-Abs ( ensaio de Fluorescent treponemal
antibody-absorption) – teste de
imunofluorescência indireta -> Ag+Ac ( É uma
imunofluorescência indireta, a gente vai ter
lá um antígeno na superfície, adicione o soro
do paciente, se tiver anticorpo esse soro vai
brilhar, e depois coloco anticorpo secundário
fluorescente, olha no microscópio.
● ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent
Assay - Ensaio Imunossorvente ligado à
enzima) Mesma coisa da imunofluorescência
indireta,, só que aqui o anticorpo secundário
vai estar conjugado a uma enzima.
● Quais os objetivos desses testes ? Saber se
tem antígeno e anticorpo.
● Testes rápidos: Mais utilizados na triagem
gestacional pré-natal. É como se fosse uma
ELISA dentro de uma fitinha. É o teste para
covid, você coloca o antígeno tá aqui dentro,
você coloca o soro do anticorpo, se tiver vai
brilhar, esse teste é a triagem para sífilis em
gestante. Pode ser feito tanto VDRL quanto o
teste rápido.
● Por que o teste rápido é o mais utilizado ?
por que é rápido.
● Se deu positivo eu faço VDRL para confirmar,
se der negativo no terceiro trimestre faço de
novo.
● Se os dois deram positivo, parte para o
tratamento.
TESTE RÁPIDO HIV
● O outro teste é o de HIV, o principal objetivo
não é testar para o feto, porque ele não
ultrapassa a barreira placentária, e sim, para
o feto na hora do parto não ter contato com o
sangue da mãe na hora do parto.
● Na maioria das vezes vai acontecer durante o
parto. Se o feto pega HIV não altera, não dá
problemas para o feto. O principal problema
é porque não tem cura para o HIV, mesmo
com os grandes avanços a partir dos anos 80.
Diagnóstico da infecção por HIV na gestação
e interpretação do resultados
● O exame principal vai ser o ELISA>
● Fez a sorologia na mãe, deu positivo,
diagnóstico de HIV, vai para o alto risco.
● Se deu negativo, pensando na primeira
consulta, no terceiro trimestre repete o teste.
TOXOPLASMOSE IgM e IgG
Principal objetivo: diagnóstico da toxoplasmose,
que pode ser transmitida por via placentária para o
feto (toxoplasmose congênita)
● Ainda é um problema muito sério. Restringe o
crescimento uterino, a criança pode nascer
com microcefalia, pode ter crises convulsivas.
Mas o problema maior da toxoplasmose
congênita é que 85% dos que nascem não tem
problema nenhum, a maioria deles vai ter
problema lá na infância ou no início da
adolescência, então, esse é o problema.
● Eu por exemplo, minha mãe contaminou, na
década de 80 não tinha essa triagem de
toxoplasmose, eu possivelmente tive
toxoplasmose congênita, eu não tive nada,
quando tive 15 anos eu descobri que estava
com toxoplasmose ocular, perdi a visão etc.
● Na época, a toxoplasmose começou a ser
avaliada na década de 90, então
possivelmente não tem como saber se eu
peguei na infância, acredito que tenha sido de
forma congênita.
● Toxoplasmose: zoonose parasitária causada
pelo protozoário Toxoplasma gondii.
● Brasil: aproximadamente 10 casos a cada 10
mil nascidos (forma congênita).
● Toxoplasmose congênita: mulheres
infectadas durante a gestação podem ter
restrição do crescimento intrauterino,
abortamento ou nascimento de criança com
icterícia, microcefalia e crises convulsivas. No
entanto, cerca de 85% dos casos não
apresentam sinais clínicos evidentes ao
nascimento → adolescência/vida adulta:
acometimento visual em graus variados,
retardo mental, anormalidades motoras e
surdez.
● Infecção primária adquirida antes da
gravidez não afeta o concepto, exceto em
gestante sabidamente imunodeprimida;
● A gravidade da doença para o feto tende a
ser maior nas infecções adquiridas no começo
da gestação.
● Então, o que é importante? A gente vai
rastrear muito bem, mensurar esses dois
anticorpos.
Diagnóstico da toxoplasmose e interpretação dos
resultados
● IgM positivo significa que é uma infecção
recente. A mãe provavelmente pegou essa
infecção agora.
● O que é melhor é ter IgG, que significa, que se
eu tiver, meu filho não vai ser contaminado
pois eu já tenho anticorpo.
● Agora vamos supor, se a mãe tem IgG e IgM
negativo, ok. Já tem memória imunológica.
● Agora, se a mãe tem IgG negativo para IgM é
ruim, significa que ela pode se infectar a
qualquer momento.
● Agora, se tem IgG positivo e IgM positivo, é
um problema, porque provavelmente tem
memória imunológica e se contaminou
durante a gestação
● Se IgG negativo, e IgM positivo, é pior ainda,
significa que é uma infecção super recente ou
também pode ser um falso positivo.
Então, a gente faz toxoplasmose no primeiro e
segundo trimestre( não obrigatório no segundo).
TESTE RÁPIDO PARA HEPATITE B (HBsAg)
Principal objetivo: diagnóstico de infecção pelo
vírus HBV. Problema principal é passar para o feto, e
90% dos fetos que adquirem desenvolvem a forma
crônica.
Hepatite B: aguda ou crônica → fase crônica da
doença pode evoluir para um carcinoma
hepatocelular.
● Transmissão: sexual, parenteral e vertical
(mãe para o bebê durante o parto). -
Maioria dos recém nascidos que contraem a
doença desenvolve a forma crônica →
importância do diagnóstico e vacinação da
gestante.
Diagnóstico da hepatite B e interpretação do resultados
● Toda gestante HBsAg não reagente: vacina
para hepatite B.
● São 3 doses. Se tem 2, vacina mais uma, se
tem 1, vacina 2.
● Gestantes que não sabem se tomaram a
vacina: realizar anti-HbsAg.
● Gestantes com vacinação incompleta:
completar o esquema vacinal já iniciado
● Qual é o teste de triagem para hepatite ?
Teste rápido. Vai quantificar antígeno. O
principal antígeno circulando com HEPATITE
B positivo é anti-HbsAg.
● Se não está reagente, ótimo. Olhar se tomou
vacina, se não tomou, manda para vacinação.
Se não sabe se tomou, realiza uma sorologia
anti-HbsAg, a vacina é feita da subunidade de
anti-HbsAg.
● Se o HbsAg positivo, é um problema,
encaminha para o alto risco, na hora do parto
toma uma imunoglobulina cheia de
anticorpos, não é uma vacina, é um soro. Se o
antígeno entra em contato com o sangue do
recém nascido, ele já vai ter anticorpo pré
formado, porque a mãe tomou a injeção, ele
ataca e não se contamina.
EXAME DE URINA E UROCULTURA
Principal objetivo: detectar a presença de
infecções urinárias é importante para diagnosticar
casos de pré-eclâmpsia.
É muito normal ter infecção urinaria na gravidez,
principalmente por causa do crescimento fetal que
faz com que obstrua os canais urinários,
principalmente ureter, essa obstrução faz com que
faça estagnar o fluxo urinário, isso então gera uma
infecção do trato urinário, alémdo mais, a urina da
gestante por si só tem um PH mais alcalino que
favorece o crescimento de bacterias, muito risco de
pielonefrite aguda que pode causar prematuridade
no feto, aborto.
● Gestação: modificações anatômicas e fisiológicas
→ dilatação do trato urinário e aumento do
tamanho do útero → obstrução parcial do ureter →
estase do fluxo urinário → infecções do trato
urinário nas gestantes. -
● Urina da gestante possui um pH mais alcalino
→ favorável para o crescimento bacteriano
residente no sistema urinário(Riscos de
pielonefrite aguda que pode levar a
prematuridade, restrição do crescimento uterino,
baixo peso do recém-nascido ao nascimento).
É muito importante para diagnosticar pré-eclâmpsia,
porque a mãe vai ter uma pressão muito alta, com o
aumento dessa pressão, ela começa a perder
proteínas na urina, então ela pode desenvolver um
quadro de pré-eclâmpsia, esse exame, associado a
pressão arterial da gestante vai ser muito importante
para diagnosticar essa patologia.
Interpretação do resultados de exame urinário
Pré eclâmpsia
O que é a pré-eclâmpsia ?
No útero não gravídico você tem artérias espiraladas.
No útero gravídico normal, você tem um aumento
fisiológico dessas artérias espiraladas, na pré
eclâmpsia essas artérias não aumentam de tamanho.
Isso tudo, essas alterações na artéria faz com que
tenha uma ativação, um gatilho, para que ocorra uma
disfunção na placenta. Com isso a mãe vai
desenvolver uma pressão alta. Com o aumento da
pressão alta vai ocorrer a perda de proteínas na
urina que é um indicativo de pré-eclâmpsia.
Então se a mãe, tem proteinúria associada à crise
hipertensiva.
● Alteração de células uNK e macrófagos →
defeito na remodelação da artéria espinal:
comprometimento do fluxo para o feto.:
gatilho para intensas alterações que levam à
ativação generalizada do sistema
inflamatório materno, disfunção endotelial
universal e limitação na vascularização
placentária.
● Gestante: pressão arterial aumentada e
proteinúria;
● Feto: alteração do crescimento fetal, parto
prematuro, aborto tardio
Referências:
● Montenegro, Carlos Antonio B. Filho, Jorge de R. Rezende
Obstetrícia, 13ª edição. Grupo GEN, 2016.
● https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9
788527730723/epubcfi/6/66[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter
19]!/4/100/1:12[men%2Cto
● Ferreira, A.W.; Ávila, S.L.M. Diagnóstico laboratorial das
principais doenças infecciosas e auto-imunes. 2.ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527730723/epubcfi/6/66[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter19]!/4/100/1:12[men%2Cto
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