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Esquistossomose

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Esquist�ssom�s� 
 - Schistosoma mansoni - 
 - é um trematódeo de VASOS SANGUÍNEOS - 
 - Classe: Trematoda 
 - Corpo não segmentado, com tubo digestório incompleto 
 - Apresenta ventosas - para fixação - são ventosas oral e ventral 
 ● IMPORTÂNCIA - 
 - Problema de saúde pública - relacionado com problemas sanitários 
 ● MORFOLOGIA - 
 - ADULTO - 
 - Macho - mede cerca de 1 cm - é "maior" que a fêmea 
 - possui uma coloração mais esbranquiçada 
 - Fêmea - mede cerca de 1,5 cm - ela é fina 
 - a fêmea fica dentro do canal ginecóforo do macho 
 - possui uma coloração amarronzada - devido ao sangue - já que ela ingere mais 
 que o macho, uma vez que ela utiliza para nutrir os ovos 
 - OVOS - 
 - Possui formato oval 
 - Casca transparente 
 - Possui um espículo lateral - parece um espinho 
 - Apresenta um miracídio em seu interior 
 - MIRACÍDIO - 
 - É cilíndrico 
 - É a forma infectante do molusco (hospedeiro intermediário) - e um miracídio produz 
 cerca de 300 mil cercárias 
 - CERCÁRIA - 
 - É a forma infectante do homem 
 - Possui uma cauda bifurcada 
 - HABITAT - 
 - Os parasitos adultos vivem no sistema porta do hospedeiro definitivo (homem) 
 - Localização dos parasitos - ramos terminais da veia mesentérica inferior 
 - na altura da parede intestinal do plexo hemorroidário 
 ● CICLO BIOLÓGICO - 
 - O material fecal cai na água - em seguida, o miracídio sai do ovo, no momento de 
 maior iluminação do dia - e nada até encontrar um hospedeiro intermediário (molusco) 
 - Penetra no molusco - 30 dias depois - origina cercárias (lembrando que um 
 miracídio pode originar até 300 mil cercárias) 
 - As cercárias saem do molusco - nadam até encontrar um ser humano - com a sua 
 ventosa oral, se prendem - em seguida, soltam a cauda bifurcada ( e transformam-se 
 em esquistossômulos) - e penetram na pele humana 
 - Caem na corrente sanguínea - migram até o sistema porta do fígado e lá ocorre 
 amadurecimento da forma adulta 
 Gabriela Palauro - ATM26 
 - lembrando que os esquistossômulos passam pelo pulmão por volta do 3° dia - e se 
 a quantidade for pouca, é assintomático, caso contrário, há sintomatologia pulmonar 
 - após os pulmões, migram para o coração e dessa forma, conseguem chegar até o 
 sistema porta 
 - Os pares de vermes (fêmea se encontra "dentro" do macho) migram para as vênulas 
 mesentéricas do intestino - depositam os ovos 
 - Os ovos devem atravessar os vasos e a submucosa para chegar ao lúmen intestinal 
 - esse trajeto demora cerca de 6-7 dias 
 - os ovos tem dificuldade nesse trajeto - e apenas 50% conseguem 
 - os outros 50% ficam retidos - mucosa, carregados para o fígado, circulação ... 
 - Em relação ao trajeto feito pelos ovos - há fatores envolvidos: 
 - Reação inflamatória - que o fator principal! 
 - forma-se granulomas ao redor de cada ovo - e acaba por promover a expulsão do 
 ovo do corpo humano - e caso não se tenha uma imunidade adequada, a expulsão se 
 torna prejudicada 
 - Pressão dos ovos - pelo acúmulo de ovos nos vasos 
 - Enzimas citolíticas - o parasita secreta enzimas, que favorecem o rompimento do 
 vaso 
 - Adelgaçamentos da parede dos vasos - parede dos vasos fica desgastada e fina, 
 acaba por descama e assim há o rompimento 
 - Perfuração parede do vaso 
 ● IMUNOPATOLOGIA - 
 - Resposta imune granulomatosa - ocorre em torno dos ovos vivos do parasito 
 - Essa resposta imune faz com que os ovos sejam eliminados para o lúmen intestinal 
 e, assim, para o exterior do corpo - porém, tal resposta imune também acaba por 
 causar um granuloma bem maior que o ovo 
 - Em indivíduos imunocomprometidos - eles acabam por não montar uma resposta 
 imune eficaz 
 - assim, há uma retenção de ovos no corpo - não conseguem secretar esse 
 granuloma e então, não eliminam os ovos 
 - não há isolamento de fibroblastos - causando, também, lesões no tecido - que leva 
 a uma necrose 
 - Assim, em pacientes imunocomprometidos, NÃO há ovos nas fezes! Uma vez que 
 não conseguem eliminá-los! 
 ● IMUNIDADE - 
 - Em zonas endêmicas - os infectados apresentam imunidade 
 - isto é, é uma imunidade PARCIAL contra as formas jovens 
 - Caso se infectem, a carga parasitária é estável e a sintomatologia é pouca 
 - Já em áreas livres da doença - a doença é grave e até fatal! 
 - E em imunocomprometidos - há o acúmulo de ovos no paciente, e a eliminação é 
 reduzida 
 ● PATOGENIA - 
 - Variável e depende - resposta imune do hospedeiro, da cepa do parasito, da idade, 
 do estado nutricional e da carga parasitária (acumula-se ao longo dos anos e quando 
 há elevadas quantidades de ovos nas fezes ocorre a forma hepatoesplêcnica e 
 pulmonar da parasitose) 
 Gabriela Palauro - ATM26 
 - CERCÁRIAS - causam dermatite cercariana ao penetrar na pele do hospedeiro. 
 - É caracterizada por um processo inflamatório, uma vez que promove destruição de 
 grande número de cercárias. 
 - Inicialmente, há prurido e erupção urticariforme, e após 24 horas há eritema, 
 edema, pequenas pápulas e dor. - mais comum em reinfecções 
 - ESQUITOSSÔMULOS - 3 dias após a penetração das cercárias, os 
 esquistossômulos são levados ao pulmão. E após 2 semanas, já podem ser 
 encontrados nos vasos do fígado ou no sistema porta. 
 - Podem ocasionar febre, aumento de baço, linfadenite generalizada e sintomas 
 respiratórios 
 - VERMES ADULTOS - tais formas, realizam espoliação sanguínea, e as formas 
 mortas são arrastradas para o fígado, e acabam por causar lesão hepática 
 - OVOS - são os que mais causam estragos no hospedeiro (os ovos retidos no caso) 
 - quando poucos ovos atingem a luz intestinal, os danos são mínimos, porém se o 
 número for elevado, há hemorragias, edema da submucosa e fenômenos 
 degenerativos. 
 - além disso, os ovos são carreados para o fígado, SNC, pulmões, coração ... 
 - no SNC - sintomas neurológicos - como paralisia 
 - e nos pulmões - sintomas semelhantes a tuberculose 
 ● QUADRO CLÍNICO - 
 - ESQUISTOSSOMOSE AGUDA - 
 - Os sintomas mais fortes da fase aguda ocorrem de 50 a 120 dias após a penetração 
 das cercárias. Em geral, ela é assintomática, mas quando não é pode apresentar os 
 seguintes sintomas: Hemorragias, edemas da submucosa e ulceras do IG, enterocolite 
 aguda, febre, calafrios, sudorese, leucocitose com eosinofilia, hepatoesplenomegalia 
 discreta, granulomas hepáticos (pode ser letal). 
 - Em indivíduos que se contaminam pela primeira vez ocorre a Febre de Katayama 
 (surge entre 2 a 8 semanas após a penetração da cercaria). Ela apresenta: febre, 
 calafrios, dores musculares, tosse seca, diarreia, cefaleia e eosinofilia. Em exames 
 físicos é possível detectas aumento de gânglios e hepatoesplenomegalia. Ocorre uma 
 reação imune a produção e migração dos ovos no organismo, causando a eosinofilia. 
 - ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA - após 6 meses 
 - Ocorre principalmente em áreas endêmicas e atinge vários órgãos do corpo. 
 - INTESTINO - Apresenta períodos normais intercalados com diarreia 
 mucosanguinolenta, dor abdominal, tenesmo, fibrose da alça retossigmoide 
 (ocasionando constipação) e falsos tumores. 
 - FÍGADO - Apresenta granulomas doloridos (ovos presos no espaço porta), 
 endoflebite (fibrose periportal), obstrução dos ramos intra-hepáticos da V. porta, 
 hipertensão porta l, hepatoesplenomegalia (congestão V. esplênica), varizes 
 esofagianas, ascite (barriga d’água, ocorre em casos graves de hepatoesplenicas 
 mais graves e decorre das alterações hemodinâmicas, principalmente a hipertensão). 
 - Outros locais - pulmão, coração e SNC. 
 ● DIAGNÓSTICO - 
 - Clínico - é difícil 
 - Laboratorial - 
 - EPF com pesquisa de ovos 
 Gabriela Palauro - ATM26 
 - Mas como são poucos ovos eliminados por dia - deve-se analisar no mínimo 5 
 amostras 
 - Kato Katz 
 - Também pode-se realizar uma raspagem retal 
 - Métodos imunológicos - Realizados quando o EPF dá negativo, usa-se o ELISA e o 
 Imunofluorescência indireta (RIFI) 
 ● TRATAMENTO - 
 - Oxamniquine - 15mg/kg - dose única 
 - Praziquantel- 40 mg/kg - dose única 
 ● EPIDEMIOLOGIA - 
 - Distribuição geográfica – B. glabrata 
 - Falta de saneamento básico 
 - Condições socioeconômicas 
 - Idade (crianças mais atingidos) 
 - Atividades recreativas e profissionais ligadas à água doce 
 ● PROFILAXIA - 
 - Saneamento básico 
 - Tratamento em massa da população de zonas endêmicas 
 - Educação sanitária 
 - Não nadar, pescar, “entrar em contato com águas contaminadas” 
 - Combate ao caramujo 
 - Desenvolvimento de vacinas 
 Gabriela Palauro - ATM26

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