Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Contexto Atual da Enfermagem Brasileira e Processo de Trabalho em Enfermagem Profa. Ms. Thaís Morengue Di Lello Boyamian Profa. Margareth Campêlo e Rocha Práticas de Enfermagem I 2022.1 Ciência humana, com corpo de conhecimento próprio, alicerçada em fundamentos técnicos, científicos, éticos, políticos, legais e humanísticos. Enfermagem Como é o Processo de Trabalho dos Profissionais de Enfermagem? Atua na Promoção, Prevenção, Tratamento e Recuperação da Saúde Atende o ser humano independente da classe social, ciclo de vida, da gestação à morte Objetivo Principal: assistência humanizada com conhecimento e técnica Muitas vezes lida com o sofrimento e a morte Processo de Trabalho do Enfermeiro Âmbito Hospitalar Cuidados 24hs alimentação e eliminação procedimentos invasivos administração medicamentos tratamento de feridas Planejamento e Organização Supervisão Avaliação do cuidado Consulta de enfermagem Trabalho em Equipe (Evolução, Intercorrências, compartilhar informações- Assistência de Qualidade) Atenção Básica à Saúde Acompanhamento de famílias de um território- Vínculo Visitas domiciliares Grupos de educação em saúde Procedimentos: Administração de medicamentos, coleta, curativos... Planejamento e Organização Supervisão Avaliação do cuidado Trabalho em Equipe Consulta de enfermagem Prescrição de medicamentos e solicitação de exames Acolhimento Processo de Trabalho do Enfermeiro Constituição da Equipe de Enfermagem • Segundo a Lei do Exercício Profissional 7.498/86. • Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteira / Obstetriz. • Enfermeiro: Coordena a equipe de enfermagem. • Assistência • Educação em saúde • Gerenciamento • Pesquisa em serviços de saúde Dimensões da prática do Enfermeiro • Maior força de trabalho na área da saúde mundial e no Brasil • Presente em todos os municípios, inserida no SUS e com atuação nos setores público, privado, filantrópico e de ensino. • Única profissão que permanece ao lado do paciente nas 24 horas de todos os 365 dias do ano. Equipe de Enfermagem Qual o valor que a sociedade dá para o seu trabalho? Valorização da Enfermagem na sociedade •Alienação, subordinação e hierarquização •Falta de autonomia e criatividade •Exposição às sobrecargas, geram desgaste •Elevada rotatividade •Baixos salários PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE Quem são os responsáveis pela desvalorização da Enfermagem na sociedade? Quem somos e quantos somos? Auxiliares de Enfermagem Técnicos de Enfermagem Enfermeiros 452.643 1.657.102 690.917 Obstetrizes - 361 http://www.cofen.gov.br/enfermagem-em-numeros acessado em 13/03/2023 Somos na maioria mulheres • FALTA FORÇA POLÍTICA • A questão parecia ter chegado ao fim no ano passado, com a aprovação da lei pelo Congresso Nacional. Publicada em agosto de 2022, a legislação confere 50% do valor a técnicos de enfermagem e 35% a auxiliares e parteiras. • Em setembro, contudo, a lei foi suspensa pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso, ao manifestar parecer favorável em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que apontava a falta de uma fonte pagadora para o cumprimento do piso, o que levaria o setor a realizar demissões e extinguir leitos. • Após a decisão, o Congresso aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição que viabiliza o pagamento do piso da enfermagem (PEC 42/2022), promulgada em dezembro pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida direciona recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para custear o piso salarial nacional da enfermagem no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços, com um mínimo de atendimento de 60% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, a proposta não vingou. • Sem resposta sobre a fonte de recursos para o pagamento do piso salarial da enfermagem, os trabalhadores promete paralisações de 24h em pelo menos quatro estados para esta sexta-feira (10/3/2023). Formação do Enfermeiro Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 9394/96): mudança do modelo biomédico para holístico, humanizado e contextualizado, formando profissionais críticos, criativos e éticos para atuar na prática profissional. Aeroespacial Doenças Infecciosas Home Care Psiquiatria Forense Assistência ao Adolescente Educação em Enfermagem Enfermeiro Coaching Infecção Hospitalar Enfermagem Desportiva Atendimento Pré-Hospitalar Emergência Informática Perícia e Auditoria Banco de Leite Humano Endocrinologia Nefrologia Psiquiatria e Saúde Mental Cardiovascular Endoscopia Neonatologia Saúde Coletiva Centro de Material e Esterilização Estomaterapia Nutrição Parenteral Saúde da Família Centro Cirúrgico Ética e Bioética Obstetrícia Sexologia Humana Clínica Cirúrgica Gerenciamento de Serviços de Saúde Oftalmologia Trabalho Clínica Médica Gerontologia e Geriatria Oncologia Traumato-Ortopedia Dermatologia Ginecologia Otorrinolaringologia Terapia Intensiva Diagnóstico por Imagem Hemodinâmica Pediatria Terapias Naturais ESPECIALIDADES DE ENFERMAGEM - COFEN CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso Enfermeiro generalista, humanista, com consciência crítica e reflexiva, qualificado para as funções assistenciais, administrativas, educativas e investigativas a serem exercidas nos diferentes níveis de atenção à saúde com vistas à promoção, prevenção, proteção e recuperação. Competências e Habilidades Gerais: • Atenção à saúde • Tomada de decisão • Comunicação • Liderança • Gestão • Educação permanente CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso Competências e Habilidades Específicas: ▪ Competências técnico-científicas, ético-políticas, sócio-educativas contextualizadas que permitam: ▪ Atuar compreendendo a natureza humana em todas as suas dimensões ▪ Incorporar a ciência/arte do cuidar como instrumento de ação profissional ▪ Estabelecer novas relações com o contexto social, reconhecendo a estrutura e as formas de organização social, suas transformações e expressões; ▪ Desenvolver formação técnico-científica que confira qualidade ao exercício profissional; ▪ Compreender a política de saúde no contexto das políticas sociais, reconhecendo os perfis epidemiológicos das populações; CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso • Reconhecer a saúde como direito e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência. • Atuar nos programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente, da mulher, do adulto e do idoso; • Ser capaz de diagnosticar e solucionar problemas de saúde, de comunicar-se, de tomar decisões, de intervir no processo de trabalho, de trabalhar em equipe e de enfrentar situações em constante mudança; • Reconhecer as relações de trabalho e sua influência na saúde; • Atuar como sujeito no processo de formação de recursos humanos; CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso • Responder às especificidades regionais de saúde através de intervenções planejadas estrategicamente, em níveis de promoção, prevenção e reabilitação à saúde • Considerar a relação custo-benifício nas decisões dos procedimentos na saúde; • Reconhecer-se como coordenador do trabalho da equipe de enfermagem; • Assumir o compromisso ético, humanístico e social com o trabalho multiprofissional em saúde. CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso • Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus clientes/pacientes quanto as de sua comunidade, atuando como agente de transformação social; • Usar adequadamente novas tecnologias, tanto de informação e comunicação, quanto de ponta para o cuidar de enfermagem; • Atuar nos diferentes cenários da prática profissional considerando os pressupostos dos modelos clínico e epidemiológico; • Identificar as necessidades individuais e coletivas de saúde da população,seus condicionantes e determinantes; • Intervir no processo de saúde-doença responsabilizando-se pela qualidade da assistencia/cuidado de enfermagem. CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso • Prestar cuidados de enfermagem compatíveis com as diferentes necessidades apresentadas pelo indivíduo, pela família e comunidade; • Integrar as ações de enfermagem às ações multiprofissionais; • Gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com princípios de ética e de Bioética, com resolutividade tanto em nível individual como coletivo em todos os ambitos de atuação profissional; • Planejar, implementar e participar dos programas de formação e qualificação contínua dos trabalhadores de enfermagem e de saúde; • Planejar e implementar programas de educação e promoção de saúde, considerando a especificidade dos diferentes grupos sociais e dos distintos processos de vida, saúde, trabalho e adoecimento; CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso • Desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de produção de conhecimento que objetivem a qualificação da prática profissional; • Respeitar o código ético, os valores políticos e os atos normativos da profissão; • Interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como agente desse processo; • Reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de política e planejamento em saúde. CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Enfermagem Teorias de Enfermagem O que são e para que servem as teorias? “Uma profissão que não conhece suas próprias correntes de pensamento se empobrece e dá a impressão que somente sabe fazer o seu trabalho pelo treinamento de fórmulas, rotinas e procedimentos padronizados... (LEOPARDI, 1999) • A palavra original vem do grego theoria que significa “visão”. • Com base nessa natureza sensorial, o desenvolvimento de teorias deve ser encarado como racional e intelectual, conduzindo à descoberta da verdade. • Retrata a Visão de mundo da teorista Teoria TEORIA X PRÁTICA • A Prática vem antes da Teoria; • Para que o conhecimento prático seja considerado científico, necessita ser teorizado e testado pelo método científico; • Então, passa a ser chamado de PRÁXIS, ou seja, prática profissional teorizada, testada e validada; • Portanto, a Teoria é a ciência a serviço da prática. PRÁTICA TEORIA O que é uma teoria de enfermagem ? 📚 Conceituação articulada e comunicada da realidade inventada ou descoberta na enfermagem com a finalidade de descrever, explicar, prever ou prescrever o cuidado de enfermagem (Meleis, 1991). 📚 Teoria sugere uma direção de como ver os fatos e os eventos. Uma estruturação criativa e rigorosa de idéias que projetam uma tentativa, uma resolução e uma visão sistemática dos fenômenos. "A Teoria é a geração do conhecimento específico de enfermagem para uso na sua prática." Construção de uma Teoria TEORIA CONCEITOS DEFINIÇÕES RELAÇÕES PROPOSIÇÕES FENÔMENO Aspectos da realidade que podem ser percebidos/vivenciados CONCEITOS PRINCIPAIS NA ENFERMAGEM Enfermagem Pessoa Ambiente Saúde CONCEITOS CONCEITOS ✓Pessoa pode representar um indivíduo, uma família, uma comunidade ou toda a humanidade. É aquele que recebe o cuidado de enfermagem. # Receptor do cuidado ✓Saúde representa o estado de bem estar decidido, mutuamente pelo cliente e a enfermeira. # Objetivo do cuidado de enfermagem ✓Ambiente pode representar os arredores imediatos, a comunidade ou o universo com tudo que contém. # condições que afetam o cliente; ambiente em que ocorrem as necessidades de cuidado. ✓Enfermagem é a ciência e a arte da disciplina. TEORIA DE ENFERMAGEM COMPLETA POSSUI: CONTEXTO, CONTEÚDO E PROCESSO (Barnum, 1994) • Contexto é o ambiente no qual o ato de enfermagem ocorre • Conteúdo é o assunto da teoria • Processo é o método pelo qual a enfermeira age ao usar a teoria • NÍVEL 1: isolamento de um fator – descritivo. • NIVEL 2: correlação de fatores de tal maneira que eles representem uma situação maior. • NÍVEL 3: explica e prevê como as situações estão relacionadas. • NÍVEL 4: conhecimento do como e por que as situações estão relacionadas de maneira que, quando a teoria for usada como guia, possam ser produzidas situações valiosas. NÍVEIS DE UMA TEORIA Primeiros Ensaios: - EUA: a partir de 1950 - Brasil: 1970 com Wanda de Aguiar Horta Busca: Base de Conhecimentos Teóricos Validação do Senso-Comum Prestígio à Ciência e Pesquisa Relação Teoria – Processo de Enfermagem TEORIA GERAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ENFERMAGEM PARA USO NA SUA PRÁTICA PROCESSO DE ENFERMAGEM MÉTODO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA TEORIA NA PRÁTICA TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE ❖ Contexto Histórico: guerra, sujeira, peste, mortes Condição social da mulher ❖ Conceito Básico: AMBIENTE Ventilação Água Limpeza Calor/Luz Criar Condições para a Natureza Agir! 36 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE ALICERCE Incidência e prevalência das doenças Observação Administração O foco principal era o controle Do ambiente Dos indivíduos Das famílias Tanto dos sadios quanto os doentes 37 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Manter o ar do quarto puro como o ar externo sem resfriar VENTILAÇÃO E AQUECIMENTO Vapor de gás Temperatura equilibrada Evitar o ar contaminado por: Mofo Esterco Se o indivíduo respirar repetidamente seu próprio ar ficará ou permanecerá doente 38 LUZ Os doentes procuravam lugares iluminados com luz solar Efeitos reparadores Quarto iluminado durante o dia Diminuir luz durante a noite Os doentes deitavam ao lado da janela TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE 39 Movimento das pessoas O paciente nunca deveria ser acordado intencional ou acidentalmente durante a primeira parte do sono RUÍDO Conversas Equipamentos e Materiais para assistência Objetos em geral TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE VARIAÇÃO DO AMBIENTE Acreditava e defendia a importância na mudança da cor e forma do ambiente Diminuição do aborrecimento e depressão vasos Quadros Atividades ocupacionais e de recreação/lazer Plantas e flores com cores fortes limpeza escrita bordado leitura TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE 4 0 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE C A M A E R O U P A D E C A M A I M P O R T A N T E no A M B I E N T E Não sentar na cama do doente Manter a cama com roupa limpa, seca e esticada Deve ser colocada na parte mais iluminada do quarto O corpo exala odores que permanecem nos lençóis Não sacudir as roupas de cama 4 1 42 HIGIENE PESSOAL Considerava a função da pele muito importante Remoção da excreção da pele Pele sem lavar envenenava o paciente Lavar e secar a pele proporciona bem-estar LAVAR AS MÃOS TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE 43 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE NUTRIÇÃO E INGESTA DE ALIMENTOS Variedade na alimentação Pequenas porções Não interromper Atenção ao paciente melhora a aceitação 44 ESPERANÇA E CONSELHOS Não animar falsamente Ouvir boas notícias Não é benéfico, deprime o doente TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE 45 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE MODELO AMBIENTAL E METAPARADIGMA Composto por quatro conceitos básicos A enfermagem A pessoa ambiente saúde Como arte Desfazer o que Deus fez doença Sua relação com o ambiente e o impacto do ambiente sobre ele Sua visão reflete um Modelo de Saúde comunitária Do cliente é a meta de toda Assistência de enfermagem Sadio ou doente 46 TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE NIGHTINGALE E O PROCESSO DE ENFERMAGEM Defendia dois comportamentos essenciais da enfermeira Perguntar ao cliente o que é necessário ou desejado Observação Usava observações precisas sobreos aspectos de saúde física do cliente e do ambiente A enfermeira deve aprender a observar e como observar Sintomas que indicam melhora ou piora Que sintomas são importantes ou não Que sintomas indicam negligência Wanda de Aguiar Horta Teoria das Necessidades Humanas Básicas Objetivo: atender o ser humano em suas necessidades Foco: homem como ser dinâmico, dando e recebendo energia Fundamentos: Teoria da Motivação Humana- Maslow Hierarquia das Necessidades – João Mohana Wanda de Aguiar Horta • Teoria da Motivação Humana de Maslow Teoria das Necessidades Humanas Básicas- Wanda de A. Horta “Assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, torná-lo independente dessa assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado, recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais” Teoria das Necessidades Humanas Básicas Wanda de A. Horta ✓É fundamental que o enfermeiro entenda o ser humano como um todo: corpo, mente e espírito. ✓Quando o corpo ou a mente sofre, a pessoa é afetada em sua totalidade. • A enfermagem como parte integrante da equipe de saúde: ➢ Implementa estados de equilíbrio, previne estados de desequilíbrio. ➢Reverte desequilíbrios em equilíbrio pela assistência ao ser humano no atendimento de suas necessidades básicas. ➢Procura sempre reconduzi-lo à situação de equilíbrio dinâmico no tempo e espaço. Processo de Enfermagem - Wanda de A. Horta • Forma de organização e direcionamento da assistência de enfermagem. • “Dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando à assistência ao ser humano”. • Caracteriza-se pelo inter-relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos. • A inter-relação e a igual importância destas fases no processo podem ser representadas graficamente por um hexágono. No centro deste hexágono situar-se-ia o indivíduo, a família e a comunidade. Processo de Enfermagem - Wanda de A. Horta FASES DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ✓Histórico, ✓Diagnóstico, ✓Plano Assistencial, ✓Plano de Cuidados ou Prescrição, ✓Evolução ✓Prognóstico de Enfermagem Processo de Enfermagem - Wanda Horta 1º Histórico de Enfermagem • Roteiro sistematizado para o levantamento de dados (significativos para o enfermeiro) do ser humano que tornam possível a identificação de seus problemas. • Características: o histórico deve ser conciso, sem repetições, claro e preciso. Deve conter informações que permitam dar um cuidado imediato. • Individualização - o histórico é individual e deve permitir tal objetivo. • Os dados, convenientemente analisados e avaliados, levam ao segundo passo. • Só o enfermeiro poderá fazer o histórico de enfermagem; esta atividade não pode ser delegada. • Estabelecemos ao final dessa fase os problemas de enfermagem que são situações ou condições decorrentes dos desequilíbrios das necessidades básicas do indivíduo, família e comunidade, e que exigem do enfermeiro sua assistência profissional. Processo de Enfermagem - Wanda Horta 2º Diagnóstico de Enfermagem • Identificação das necessidades do ser humano que precisa de atendimento • determinação pelo enfermeiro do grau de dependência deste atendimento em natureza e em extensão. • O diagnóstico comporta duas dimensões: identificar as necessidades humanas afetadas e determinar o grau de dependência. • O grau de dependência pode ser total ou parcial. • Na dependência total está implícita a extensão, e a natureza compreende tudo aquilo que a enfermagem faz pelo ser humano quando este não tem condições de fazer por si, seja qual for a causa. • Havendo dependência parcial, a assistência de enfermagem pode situar-se em termos de ajuda, orientação, supervisão e encaminhamento quando couber. Processo de Enfermagem - Wanda Horta 3º Plano Assistencial • Determinação global da assistência de enfermagem • O que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido. • Este plano assistencial é sistematizado em termos do conceito de assistir em enfermagem • Isto é, o enfermeiro deve definir qual o seu objetivo e quais serão os cuidados, o que deve fazer, ajudar, orientar, supervisionar e encaminhar para outro profissional.(observação e controle ). Processo de Enfermagem - Wanda Horta 4º Plano de Cuidados ou Prescrição de Enfermagem • Implementação do plano assistencial pelo roteiro diário (ou período aprazado) que coordena a ação da equipe de enfermagem na execução dos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas e específicas do ser humano. • O plano de cuidados é avaliado sempre, fornecendo os dados necessários para o quinto passo ou fase. Processo de Enfermagem - Wanda Horta 5º Evolução de Enfermagem • Pela evolução é possível avaliar a resposta do ser humano e a assistência de enfermagem implementada. • A evolução é, em síntese, uma avaliação global do plano de cuidados (prescrição de enfermagem implementada) .Anotar inicialmente a avaliação global do plano de cuidados (prescrição de enfermagem), os dados subjetivos seguidos pelos dados objetivos. • Se for identificado um novo problema de enfermagem, avaliar se é sintoma das necessidades já identificadas ou surgimento de uma nova necessidade a ser diagnosticada. • Da evolução poderão advir mudanças no diagnóstico de enfermagem,no plano assistencial e no plano de cuidados (prescrição de enfermagem). • A evolução exerce um verdadeiro controle sobre a qualidade e a quantidade do atendimento, fornecendo dados para a supervisão do pessoal auxiliar. Processo de Enfermagem - Wanda Horta 6º Prognóstico de Enfermagem • Estimativa da capacidade do ser humano em atender suas necessidades básicas alteradas após a implementação do plano assistencial e a luz dos dados fornecidos pela evolução de enfermagem. • O prognóstico indicará as condições que o cliente atingirá na alta médica. Ele chegou a total independência? Está dependente no que e quanto? • Um bom prognóstico é aquele que leva ao autocuidado, portanto, à independência de enfermagem; • Um prognóstico sombrio é aquele que se dirige para a dependência total. • O prognóstico é também um meio de avaliação do processo em si, mede todas as fases e chega a uma conclusão. Teoria de Jean Watson Teoria do Cuidado Transpessoal Teoria do Cuidado Transpessoal Fatores 1. Formação de um sistema de valores humanísticos- altruísta; 2. Estimulação da fé-esperança; 3. Cultivo da sensibilidade para si mesmo e para os outros; 4. Desenvolvimento do relacionamento de ajuda- confiança; 5. Promoção e a aceitação da expressão de sentimentos positivos e negativos; Teoria do Cuidado Transpessoal Fatores 6. Uso sistemático do método científico de solução de problemas para tomar decisões; 7. Promoção do ensino-aprendizagem interpessoal; 8. Provisão de um ambiente mental, físico, sociocultural e espiritual sustentador, protetor e corretivo; 9. Auxílio com a gratificação das necessidades humanas; 10. Aceitação das forças existencial-fenomenológicas. TEORIA TRANSCULTURAL DO CUIDADO DE ENFERMAGEM (1980) MADELEINE LEININGER Cuidado Transcultural - Madelaine Leininger Os conceitos centrais do Modelo Teórico conceitual de Leininger são: • O Cuidado como componente da enfermagem. • A Cultura como componente da antropologia O Modelo teórico-conceitual de Leininger se assemelha ao processo de enfermagem e seu foco é o cuidar. Cuidado Transcultural - Madelaine Leininger Escola do Cuidado O Cuidado é formado pelo conjunto de ações que permitem ao enfermeiro descobrir de maneira sutil os sinais de melhora ou fraqueza na pessoa. Cuidado também significa facilitar e ajudar, respeitando os valores, crenças e forma de vida da pessoa. Cuidado Transcultural - Madelaine Leininger • Para Leininger, existe um sistema profissional de cuidado e cura que é: ➢o sistema organizado, ➢formalmente reconhecido, e ➢oferecido pelos profissionais de saúde. • Neste sistema profissional, considera-se que o cuidado é a essência da enfermagem. •Existe ainda o sistema popular que é: o sistema local, onde inclui a família. A Teoria da Diversidade e Universalidade Cultural do Cuidado Considera que: • O Cuidado ao Ser Humano é Universal, sendo vivenciado nas diversas culturas. • O Ser Humano, para nascer, crescer, manter sua vida e morrer, precisa ser cuidado. PORÉM... • Cada cultura, de acordo com seu ambiente e estrutura social, terá sua própria visão de saúde, doença e cuidado. • O cuidado é necessário para o desenvolvimento da prática assistencial de enfermagem. Sendo assim o cuidado de enfermagem, é um fenômeno culturalmente construído. O cuidado de enfermagem será adaptado à cultura do cliente não havendo incongruências entre o cliente e o cuidador. O cuidado pode ser demonstrado através de expressões, ações, padrões, estilo de vida e significados. • A partir do diagnóstico, ocorrem o planejamento e a implementação nas decisões do atendimento de enfermagem. • Deste modo Leininger propõe três (03) modos de ação – princípios de cuidados de enfermagem: ❖Preservação/ Manutenção do cuidado ❖Acomodação/ Ajustamento ❖Repadronização/ Reestruturação Preservação/ Manutenção do cuidado cultural ✓ Se constitui naqueles cuidados já praticados por um indivíduo, família ou grupo, benéficos ou mesmo inócuos para a saúde. ✓ As ações do enfermeiro precisam apoiar, facilitar ou capacitar o cliente para o restabelecimento da saúde ou enfrentamento da morte. Preservação/ Manutenção do cuidado cultural Enfocam: • o apoio • a assistência e a • a facilitação ou capacitação dos clientes na: ✓Preservação ou retenção da saúde favorável; ✓Recuperação da doença ✓Enfrentamento das deficiências ou da morte. Acomodação/ Ajustamento do cuidado cultural ✓São ações e decisões para assistir, dar suporte, facilitar as pessoas de uma determinada cultura a adaptar-se ou negociar com provedores da saúde profissionais. ✓A assistência profissional visa à adaptação, ajustamento ou negociação do cliente, visando alcançar um resultado de saúde benéfico ou satisfatório. Acomodação/ Ajustamento do cuidado cultural Cria esforços profissionais para: ❖facilitar, ❖capacitar, ❖assistir ou ❖apoiar as ações que representem as formas de: ➢negociação ➢adaptação ou ➢ajustamento aos padrões de saúde e de atendimento do cliente visando: um resultado de saúde benéfico ou satisfatório. Repadronização/Reestruturação do cuidado cultural ✓São ações e decisões para facilitar, dar suporte, que ajudam os indivíduos, grupos a reordenar, trocar ou em grande parte modificar seus modos de vida para o novo, o diferente, beneficiando os padrões de cuidado à saúde. ✓São ações profissionais que: ➢procuram ajudar o cliente a modificar padrões de saúde para padrões mais saudáveis para eles mesmos; ➢procuram ajudar o cliente a modificar os padrões de vida significativos respeitando os valores culturais desse cliente. O MODELO SUNRISE Leininger criou o modelo SUNRISE (sol nascente), o qual é apresentado em quatro níveis de focalização: • NÍVEL I – abrange a estrutura cultural e social – visão de mundo; • NÍVEL II - compreende o indivíduo, família, grupos e instituições; • NÍVEL III – se refere aos diversos sistemas de saúde, permite identificar, caracterizar os valores, crenças, comportamentos populares, profissionais e a enfermagem; • NÍVEL IV – determina as decisões e ações de cuidados em enfermagem que são: ➢preservação/manutenção cultural de cuidado; ➢acomodação/negociação cultural do cuidado e repadronização/reestruturação de cuidados. Dorothea Orem (1971) Teoria: Autocuidado Objetivo: Desenvolvimento do autocuidado no ”continuum saúde-enfermidade” Foco: Homem como ser responsável por si mesmo, pelos seus dependentes e participante ativo da assistência à saúde Fundamentos: Teoria de Kotarbinsky e de Parsons (ação social) TEORIA DO AUTOCUIDADO É uma ação adquirida, que é aprendida por uma pessoa no seu contexto socio- cultural. É um comportamento que implica no papel ativo do cliente em prática de atividades que o indivíduo desempenha em seu próprio benefício, a fim de manter a vida, a saúde e o bem estar. As ações do autocuidado tem por finalidade a satisfação das necessidades humanas, através da realização de atividades básicas e instrumentais de vida diária. Necessidades de AC: requisitos universais, de desenvolvimento e de desvios de saúde. ENFERMEIRO: Tem como objetivo ajudar a pessoa a superar as limitações existentes no exercício do AC. CUIDADOS DE ENFERMAGEM: Representam um serviço especializado que está centrado sobre as pessoas que têm incapacidade para exercer o AC. Tem como objtivo ajudar a pessoa a superar as limitações existentes no exercício do AC. Orem trabalha três (03) teorias inter-relacionadas sobre autocuidado: • A teoria do autocuidado: realizada pelo próprio indivíduo. • A teoria do déficit de autocuidado: necessidade de intervenção. • A teoria dos sistemas de enfermagem: necessidades e capacidades para realizar o autocuidado – terá intervenção ou não. http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://nursing.jbpub.com/sitzman/art/Dorthea%20Orem's%20Self-Care%20Model.jpg&imgrefurl=http://nursing.jbpub.com/sitzman/artGallery.cfm&h=1563&w=1263&sz=337&tbnid=JBnaxa3t44wJ:&tbnh=150&tbnw=121&hl=pt-BR&start= Teoria do déficit de autocuidado Esta Teoria é o núcleo geral da Teoria de Enfermagem de Orem. Neste momento é quando entra a atuação da enfermagem, pois o indivíduo é incapaz ou tem algum déficit para a realização do autocuidado. Orem identifica cinco (05) métodos de assistência que o enfermeiro deve adotar para ajudar o indivíduo no seu AC: • Agir ou fazer para outra pessoa; • Guiar e orientar; • Proporcionar apoio físico e psicológico; • Proporcionar e manter um ambiente de apoio e desenvolvimento pessoal; • Ensinar. “A enfermagem pode ajudar o indivíduo atuando em um ou em todos os pontos acima”. Orem diferencia três (03) tipos de sistemas de enfermagem com a finalidade de trazer ao paciente a situação de (re) assumir o seu próprio AC; • Sistema Totalmente Compensatório: quando o indivíduo é incapaz de realizar o autocuidado seja ele por limitações físicas ou impostas para que ele se restabeleça. • Sistema Parcialmente Compensatório: quando o indivíduo consegue se cuidar, mas não o suficiente para estar realizando todas as tarefas • Sistema de Apoio e Educação Referências Bibliográficas • ALFARO-LeFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem: um guia passo a passo. Porto Alegre, Artmed, 2000. • BOFF, L. Saber cuidar – Ética do cuidado humano – compaixão pela Terra. Rio de Janeiro, Vozes, 1999. • BRAGA,C.G.; SILVA, J. V. Teorias de Enfermagem. São Paulo: Iátria, 2011. • GEORGE, J.B. e col. Teorias de Enfermagem – dos fundamentos à prática profissional. 4ºed. Porto Alegre: Artmed, 2000. • TOMEY, A. M. & ALLIGOOD, M. R. Nursing Theorists and their Work. 4ª edition. St. Louis: Mosby, 1998. Bibliografia HICKMAN, J. S. Introdução à teoria da enfermagem. In: George, J. B. (Org.). Teorias de enfermagem: os fundamentos à prática profissional. 4ed. Porto Alegre:Artmed, 2000. Slide 1: Contexto Atual da Enfermagem Brasileira e Processo de Trabalho em Enfermagem Slide 2 Slide 3: Como é o Processo de Trabalho dos Profissionais de Enfermagem? Slide 4: Processo de Trabalho do Enfermeiro Slide 5: Processo de Trabalho do Enfermeiro Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10: PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE Slide 11: Quem somos e quantos somos? Slide 12 Slide 13: Formação do Enfermeiro Slide 14 Slide 15 Slide 16: CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso Slide 17: CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso Slide 18: CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso Slide 19: CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso Slide 20: CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso Slide 21: CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso Slide 22: CURSO DE ENFERMAGEM Perfil do Egresso Slide 23: Teorias de Enfermagem Slide 24 Slide 25:Teoria Slide 26: TEORIA X PRÁTICA Slide 27: O que é uma teoria de enfermagem ? Slide 28: Construção de uma Teoria Slide 29: CONCEITOS PRINCIPAIS NA ENFERMAGEM Slide 30: CONCEITOS Slide 31: TEORIA DE ENFERMAGEM COMPLETA POSSUI: CONTEXTO, CONTEÚDO E PROCESSO (Barnum, 1994) Slide 32 Slide 33 Slide 34: Relação Teoria – Processo de Enfermagem Slide 35: TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Slide 36: TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Slide 37: TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41: TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Slide 42 Slide 43: TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Slide 44 Slide 45: TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Slide 46: TEORIA AMBIENTALISTA DE FLORENCE NIGHTINGALE Slide 47 Slide 48: Wanda de Aguiar Horta Slide 49 Slide 50: Teoria das Necessidades Humanas Básicas Wanda de A. Horta Slide 51: Processo de Enfermagem - Wanda de A. Horta Slide 52: Processo de Enfermagem - Wanda de A. Horta Slide 53: FASES DO PROCESSO DE ENFERMAGEM Slide 54: Processo de Enfermagem - Wanda Horta Slide 55: Processo de Enfermagem - Wanda Horta Slide 56: Processo de Enfermagem - Wanda Horta Slide 57: Processo de Enfermagem - Wanda Horta Slide 58: Processo de Enfermagem - Wanda Horta Slide 59: Processo de Enfermagem - Wanda Horta Slide 60: Teoria de Jean Watson Slide 61 Slide 62: Teoria do Cuidado Transpessoal Fatores Slide 63: Teoria do Cuidado Transpessoal Fatores Slide 64: TEORIA TRANSCULTURAL DO CUIDADO DE ENFERMAGEM (1980) MADELEINE LEININGER Slide 65: Cuidado Transcultural - Madelaine Leininger Slide 66: Cuidado Transcultural - Madelaine Leininger Slide 67: Cuidado Transcultural - Madelaine Leininger Slide 68: A Teoria da Diversidade e Universalidade Cultural do Cuidado Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76: O MODELO SUNRISE Slide 77 Slide 78: Dorothea Orem (1971) Slide 79 Slide 80 Slide 81: Orem trabalha três (03) teorias inter-relacionadas sobre autocuidado: Slide 82: Teoria do déficit de autocuidado Slide 83: Orem identifica cinco (05) métodos de assistência que o enfermeiro deve adotar para ajudar o indivíduo no seu AC: Slide 84: Orem diferencia três (03) tipos de sistemas de enfermagem com a finalidade de trazer ao paciente a situação de (re) assumir o seu próprio AC; Slide 85: Referências Bibliográficas Slide 86
Compartilhar