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suplementação de carboidratos em atividades de alta intensidade

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Dra. Erika Santinoni e Dr. Guilherme Rosa
Suplementação de carboidratos em esportes 
de alta intensidade
Carbohydrate supplementation for high-intensity sports
Resumo
Durante o exercício, utilizam-se duas vias metabólicas para a produção de energia: uma dependente de O2 (aeróbia), usada em 
exercícios de longa duração e intensidade baixa a moderada; e outra independente de O2 (anaeróbia), usada em exercícios de 
alta intensidade e curta duração. O carboidrato (CHO) disponível no músculo, sob a forma de glicogênio muscular, é a principal 
fonte energética para esses exercícios. A utilização do glicogênio muscular pode resultar em lactato e contribuir para a fadiga 
muscular durante exercícios de elevada intensidade. Esse tipo de exercício promove o consumo de grande quantidade de CHO, 
pois há um aumento na disponibilidade e na taxa de oxidação de glicose. Entretanto, a quantidade total utilizada está limitada à 
duração do exercício. Durante uma sessão de exercício de força ou um “tiro” de 30 segundos, o consumo de glicogênio muscular 
é da ordem de 25 a 30% das reservas do músculo exercitado, e exercícios repetidos causam grande diminuição nos estoques 
de glicogênio. Sendo assim, ocorre uma depleção acentuada dos estoques de glicogênio muscular, podendo ocorrer queda 
no desempenho esportivo, hipoglicemia e até desidratação. Vários estudos têm pesquisado a influência da suplementação de 
CHO imediatamente pré, durante e pós-exercício de alta intensidade, assim como sua associação com proteína e ou cafeína. O 
bochecho com soluções contendo CHO também parece ter um efeito benéfico, minimizando transtornos gastrointestinais. Este 
artigo teve como objetivo realizar uma revisão de literatura sobre as recomendações e os efeitos da suplementação de CHO em 
exercícios de alta intensidade.
Palavras-chave: exercício de alta intensidade, suplementação de carboidratos, carboidratos, glicogênio, rendimento. 
Abstract
During the exercise there are two metabolic pathways for energy production: one which is O2 dependent (aerobic), used in long 
duration and low to moderate intensity exercise, and another which is O2 independent O2 (anaerobic), used in high-intensity 
and short duration exercise. Carbohydrate available in the muscle, in the form of muscle glycogen, is the main energy source 
for these exercises. The use of glycogen can result in lactate and contribute to muscle fatigue during high-intensity exercise. This 
type of exercise promotes the consumption of large amounts of CHO, because there is an increase in glucose availability and 
oxidation rate. However, the total amount used is limited to the duration of the exercise. During a strength workout or “shot” of 
30 seconds, the consumption of muscle glycogen is around 25-30% of the exercised muscle reserves, and repeated exercises cause 
great decrease in glycogen stores. Thus, there is a marked depletion of muscle glycogen stores, which may arouse a decrease in 
sports performance, hypoglycemia and even dehydration. Several studies have investigated the influence of CHO supplemen-
tation immediately before, during and after high-intensity exercise, as well as its association with protein and or caffeine. The 
mouth rinse with CHO solutions also seems to have a beneficial effect, minimizing gastrointestinal disorders. This article aimed 
to perform a literature review on the recommendations and the effects of supplementation of CHO in high-intensity exercise.
Keywords: high-intensity exercise, supplementation of carbohydrates, carbohydrates, glycogen, performance.
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Dra. Erika Santinoni e Dr. Guilherme Rosa
O
Introdução
O metabolismo de carboidratos (CHO) tem 
função crucial no suprimento energético para 
atividade física e para o exercício físico1. A 
contribuição relativa deste substrato energético 
depende da intensidade e da duração do 
exercício. Em exercícios de alta intensidade, 
a maior contribuição energética é proveniente 
da degradação dos CHO2, os quais se tornam 
disponíveis para o organismo por meio da dieta 
e são estocados como glicogênio muscular e 
hepático3, e sua falta pode levar a fadiga2. A fadiga 
que ocorre em exercícios físicos prolongados e 
de alta intensidade está associada, em boa parte, 
com baixas reservas e depleção de glicogênio, 
hipoglicemia e desidratação1. Entretanto, as 
reservas de CHO são limitadas no organismo, 
sendo a modulação por meio de uma dieta rica 
em CHO essencial para a reposição muscular e 
hepática, resposta imune1,4 e recuperação pós-
treino, de forma a minimizar dano muscular4. 
Segundo alguns autores, a depleção e ressíntese 
de glicogênio pode influenciar respostas 
hormonais de testosterona, hormônio do 
crescimento (GH), cortisol e fator de crescimento 
semelhante à insulina-1 (IGF-1)5. Alguns estudos 
têm mostrado que a suplementação de CHO pode 
afetar respostas hormonais e metabólicas em 
exercícios intermitentes de alta intensidade6,7. 
No entanto, a reposição de glicogênio depende 
de vários fatores, como o estado nutricional e de 
treinamento, ou o tipo, a quantidade, o horário 
e a frequência de consumo de CHO8. Logo, um 
aporte adequado de CHO é de suma importância 
para o treinamento e o sucesso do rendimento 
esportivo9.
O consumo de pequenas quantidades de 
CHO pode melhorar o rendimento durante 
exercícios de alta intensidade (acima de 75% 
do VO2 máx) realizados entre 45 e 60 minutos
2. A 
literatura sugere que o mecanismo responsável 
por tais propriedades ergogênicas da ingestão 
de CHO durante o exercício intenso e de curta 
duração estaria associado ao sistema nervoso 
central2. A ingestão de CHO durante o exercício 
também beneficia atletas envolvidos em esportes 
intermitentes e de equipe. Esses atletas são 
aconselhados a seguir estratégias de alimentação 
de CHO similares aos atletas de endurance (em 
torno de 8 a 10g por kg de peso corporal [PC]/
dia), mas precisam modificar a ingestão de CHO 
exógenos baseado na intensidade e duração do 
jogo, bem como os estoques de CHO endógenos 
disponíveis.
O aporte adequado de CHO também tem um 
papel importante para os atletas que precisam 
competir duas vezes no período de 24 horas, 
quando a reposição rápida dos estoques 
endógenos de glicogênio é necessária para evitar 
uma diminuição do desempenho. Para favorecer 
a rápida reposição de glicogênio pós-exercício, 
devem ser fornecidas grandes quantidades de 
CHO exógenos (1,2g/kg PC/h) durante a fase 
aguda da recuperação do exercício exaustivo2. 
Achten et al.10, por exemplo, descobriram uma 
melhora no desempenho físico e no humor de 
corredores que receberam uma dieta contendo 
8,5g/kg PC de CHO, em comparação com 
uma dieta com 5,5g/kg PC de CHO, durante 
um período de 11 dias de treinamento intenso. 
Outros autores11 realizaram um estudo por cinco 
dias com treinamento intenso e descobriram que 
corredores que ingeriram 4g/kg PC de CHO 
relataram uma classificação mais elevada de 
percepção de esforço (RPE) durante a realização 
do teste, em comparação com os corredores 
que ingeriram 8g/kg PC. Embora estudos como 
esses sugiram uma ligação entre o consumo de 
CHO, o desempenho esportivo e o potencial de 
desenvolver a síndrome do overtraining durante 
os períodos de treinamento intenso, a maioria 
das pesquisas tem sido, até agora, baseadas 
em modelos experimentais que restringem 
severamente a ingestão de CHO (5 g/kg PC).
Para os atletas com reduzido limiar 
gastrointestinal para a ingestão de CHO 
imediatamente pós-exercício, e/ou para apoiar a 
reposição muscular, a coingestão de uma pequena 
quantidade de proteína (0,2-0,4 g/kgPC/h) com 
menor teor de CHO (0,8 g/kgPC/h) pode fornecer 
uma opção viável para atingir taxas de reposição 
de glicogênio muscular semelhantes. Assim 
sendo, sugere-se que a suplementação de CHO 
durante o exercíciotambém pode beneficiar 
atletas que participam de eventos intermitentes 
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Suplementação de carboidratos em esportes de alta intensidade
de alta intensidade2,12. Esta pesquisa teve como 
objetivo realizar uma revisão da literatura sobre 
as recomendações e a suplementação de CHO 
em esportes de alta intensidade. O levantamento 
bibliográfico usou a base de dados PubMed, 
sem limite de tempo ou tipo de publicação, e 
foram utilizadas as seguintes palavras-chave: 
exercício de alta intensidade; suplementação 
de carboidratos, carboidratos, glicogênio, 
rendimento.
CHO e intensidade do exercício
Os CHO, também conhecidos como hidratos 
de carbono ou glicídios, são moléculas formadas 
por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio 
associados22. A maior parte dos CHO é de origem 
vegetal e tem função principalmente energética, 
mas também apresentam funções estruturais, 
como participação na estrutura dos cromossomos 
e genes13. Este nutriente é um importante substrato 
energético para a contração muscular durante o 
exercício prolongado realizado sob intensidade 
moderada e em exercícios de alta intensidade 
e curta duração. As estratégias nutricionais 
utilizando o consumo de uma refeição rica 
em CHO pré-exercício elevam as reservas de 
glicogênio, tanto muscular quanto hepático, 
enquanto a ingestão de CHO durante o exercício 
auxilia na manutenção da glicemia e na oxidação 
desses substratos. No período pós-exercício, 
a ingestão de CHO tem por objetivo repor os 
estoques depletados e garantir padrão anabólico14. 
Dietas hipoglicídicas favorecem a fadiga precoce 
e a queda de rendimento durante treinos de alta 
intensidade15. Os CHO constituem um valioso 
substrato energético, mas a capacidade de estocá-
lo é limitada, fazendo-se necessária a busca por 
estratégias de economia e armazenamento de 
energia na forma de carboidrato16. A capacidade 
do fígado, principal reservatório de CHO, em 
armazenar glicogênio é de cerca de 100g/dia 
em adultos17. Por outro lado, as reservas de 
lipídios em nosso organismo são inúmeras vezes 
superiores aquelas de CHO, o que explicaria a 
preferência do nosso organismo pelos lipídios 
em condições basais e principalmente de jejum, 
aumentando a disponibilidade de glicose para 
outros tecidos (sistema nervoso, sanguíneo 
e imunológico), os quais são essencialmente 
mantidos a custa desse substrato18. A importância 
fisiológica desse mecanismo, o ciclo glicose-
ácido graxo, portanto, consiste não somente no 
aumento do fornecimento de energia aos tecidos, 
mas principalmente na economia da utilização 
dos estoques limitados de glicose16. Durante 
o exercício de alta intensidade há aumento 
na disponibilidade e na taxa de oxidação de 
glicose19,20.
Enquanto o glicogênio muscular é usado 
exclusivamente pelos músculos, o hepático é 
utilizado para a manutenção da glicemia e com 
o objetivo de suprir as necessidades energéticas 
do cérebro, do sistema nervoso e de outros 
tecidos1. Segundo Maughan et al.3, o conteúdo 
de glicogênio presente no músculo esquelético é 
de aproximadamente 250-400g. No fígado de um 
ser humano adulto em estado pós-prandial são 
estocados entre 80-110g de glicogênio, podendo 
ser liberado na circulação para manter a glicemia 
em mais ou menos 0,9g por litro. Estes limitados 
depósitos de glicogênio influenciam o tempo que 
o organismo será capaz de se exercitar. Quando 
os estoques de glicogênio se tornam muito 
baixos, o organismo alcança o limite, ocorre 
uma sensação de extrema fadiga, o que ocasiona 
a interrupção do exercício21. Para manter ou 
até mesmo aumentar os estoques de glicogênio 
muscular durante períodos de treinamento, é 
necessária uma dieta com elevada quantidade de 
CHO22. Tais valores podem ser modificados de 
acordo com o nível de treinamento do indivíduo, 
associado à ingestão de dietas ricas em CHO23.
Figura 1. Efeito da intensidade (VO2max%) de 
exercício no consumo de glicose e ácidos graxos 
plasmáticos, glicogênio, e triglicerídeo muscular. 
Os valores (%) são relativos ao consumo máximo 
de energia (J/kg/min).
Fonte: Romjin et al.19
74%
13%
13%
25% 65% 85%
30%
38%
9%
23%
60%
12%
18%
10%
Glicogênio muscular Ácidos graxos plasmáticos
Glicose plasmáticaTriglicerídeo muscular
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Figura 2. Efeito da intensidade de exercício no consumo de glicose e ácidos graxos. Os valores são 
relativos da cinética de consumo de glicose e ácidos graxos pelo músculo esquelético durante contrações.
Fonte: Brooks e Mercier20
Fonte: Adaptado de: Hirschbruch; Carvalho25 e Jeukendrup et al.26.
Em exercícios de força, o treinamento físico 
associado ao uso de dietas hiperglicídicas pode 
proporcionar um aumento nas reservas de 
glicogênio muscular, acentuando o processo de 
hipertrofia14. Há muitos anos já se sabe que os 
efeitos metabólicos e ergogênicos alcançados 
pelo consumo de CHO antes, durante e após o 
exercício físico mereciam especial atenção quanto 
à melhoria do desempenho físico24.
Os tipos de carboidratos e suas características 
específicas, como a velocidade de oxidação, 
encontram-se na tabela 1.
Tabela 1. Características específicas dos CHO
Ácidos graxos
Glicose
Ox
id
aç
ão
 d
e 
ác
id
os
 g
ra
xo
s
Ox
id
aç
ão
 d
e 
gl
ico
se
Leve (<40%) Moderada (60%/80%) Intensa(>80%)
Intensidade (VO2máx)
Tipo de carboidrato Características específicas
*Açúcar formado da quebra do amido
*Glicose + frutose;
*Taxa de absorção e oxidação semelhante a da glicose.
*Taxa de absorção e oxidação semelhante a da glicose.
*Açúcar formado da quebra do amido;
*Sabor neutro e baixo valor osmótico;
*Taxa de absorção e oxidação semelhante a da glicose.
*Açúcar formado da quebra do amido;
*Rapidamente ingerida e absorvida.
*Incorpora palatabilidade às bebidas;
*Promove estímulos 20-30% menores nos níveis plasmáticos
 de insulina quando comparada à glicose e, portanto, reduz a lipólise;
*Taxa de oxidação 25% maior que a da glicose.
*Taxa de oxidação 50% menor que a da glicose.
*Açúcar encontrado em mel e cana de açúcar;
*Oxidação mais lenta que a da glicose.
*Açúcar achado em microrganismos;
*Oxidação mais lenta que a da glicose.
*Açúcar formado da quebra do amido;
*Amilose – menor taxa da hidrólise.
*Absorção de água mais eficaz.
Glicose
Sacarose
Maltose
Maltodextrina
Amilopectina 
Frutose
Galactose
Isomaltulose
Trealose
Amilose
Frutose mais glicose
Rapidamente oxidada 
(~60 g/h)
Lentamente oxidada 
(~30 g/h)
Taxa de oxidação maior 
do que somente glicose
Velocidade de oxidação
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Suplementação de carboidratos em esportes de alta intensidade
Associação de diferentes CHO
Segundo Jeukendrup12, é provável que a 
oxidação de um único carboidrato exógeno 
seja limitada a aproximadamente 60g/h, pois a 
taxa de absorção intestinal daquele carboidrato 
é limitada. Sugere-se que, na ingestão de altas 
taxas de uma única fonte de CHO, as proteínas 
específicas dos transportadores que ajudam na 
absorção daquele carboidrato no intestino fiquem 
saturadas. Com os transportadores saturados, o 
aumento da ingestão daquele carboidrato não 
promoverá aumento da absorção intestinal 
e nem das taxas de oxidação, favorecendo o 
acúmulo do excesso no intestino. Entretanto, 
se diferentes CHO forem consumidos em 
grandes quantidades, maior será a taxa máxima 
de oxidação de CHO exógenos, pois diferentes 
CHO estimulam diferentes mecanismos de 
transporte do intestino para a corrente sanguínea, 
aumentando, assim, a oferta de CHO para os 
músculos. Taxas de pico de oxidação de CHO 
são geralmente em torno de 60g/h. Glicose, 
sacarose, maltodextrinas e amilopectina são 
oxidadas a taxas elevadas, enquanto frutose, 
galactose e amilose são oxidadasa taxas cerca 
de 25-50% mais baixas26. Em estudo de Nunes 
et al.27, a glicose foi o substrato mais eficaz para 
a ressíntese de glicogênio muscular, e a frutose, 
para a recuperação do glicogênio hepático. 
Consequentemente, as bebidas esportivas contêm 
tipicamente uma mistura de vários tipos de CHO 
para otimizar a oxidação de CHO exógenos28. 
Recomendações
Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina 
do Exercício e do Esporte (SBME), quanto 
maior a intensidade dos exercícios, maior será 
a participação dos CHO como fornecedores de 
energia. A recomendação de CHO da SBME para 
atletas é em torno de 60 a 70% do valor calórico 
total, ou 5 a 10 g/kgPC/dia, dependendo do tipo e 
da duração do exercício escolhido e respeitando a 
individualidade do atleta, como a hereditariedade, 
o gênero, a idade, o PC e a composição corporal, 
o condicionamento físico e a fase de treinamento. 
O consumo de CHO entre 5 e 8 g/kgPC/dia 
otimiza a recuperação muscular, enquanto em 
atividades de longa duração e/ou treinos intensos 
podem ser necessários até 10 g/kgPC/dia para a 
adequada recuperação do glicogênio muscular 
e/ou hipertrofia9. Já a Sociedade Internacional 
de Nutrição Esportiva (ISSN) recomenda, para 
otimizar um estoque máximo de glicogênio 
endógeno, uma dieta rica em CHO de alto índice 
glicêmico e consumo elevado de CHO (600-
1000g ou ~ 8-10g/kg PC/dia), e a ingestão de 
aminoácidos livres e proteína (PRO) sozinha ou 
associada aos CHO pré-exercício pode estimular 
a síntese proteica máxima29. Os estoques de 
glicogênio durante exercícios de moderada a 
alta intensidade (65-85% VO2 máx) podem durar 
apenas 3 horas30.
No pré-exercício, a ISSN recomenda 1 a 
2g/kgPC 3 a 4 horas antes da competição. O 
consumo de um suplemento de CHO com PRO 
pré-exercício pode resultar em níveis máximos 
de síntese proteica29.
Durante atividades prolongadas e acima de uma 
hora, a ingestão de CHO, melhora o desempenho 
e pode retardar a fadiga nas modalidades 
esportivas que envolvem exercícios intermitentes 
e de alta intensidade, além de prevenir a queda 
da glicemia após duas horas de exercício. A 
quantidade de glicogênio consumida depende, 
naturalmente, da duração do exercício. Para 
provas longas, a SBME recomenda o consumo 
de CHO (7 a 8 g/kgPC) ou 30 a 60 g/hora de 
exercício, o que evita hipoglicemia, depleção de 
glicogênio e fadiga9. A ISSN também recomenda 
o consumo, durante o exercício, de 30 a 60g/hora 
em uma solução de 6-8% de CHO a cada 10-
15 minutos29. Frequentemente, os carboidratos 
consumidos fazem parte da composição de 
bebidas desenvolvidas especialmente para 
atletas. Estudos indicam que bebidas com 8% de 
CHO ocasionam maior lentidão na absorção e no 
esvaziamento gástrico, em comparação a água 
e bebidas com 6% de CHO. Preferencialmente, 
deve ser utilizada uma mistura de glicose, 
frutose e sacarose, mas o consumo não deve 
exceder 80 g/hora9. O uso isolado de frutose pode 
ocasionar distúrbios gastrointestinais e retardar 
sua absorção29. Adicionando PRO ao CHO, 
em uma relação CHO:PRO de 3 a 4:1, pode-se 
aumentar o desempenho e promover a ressíntese 
de glicogênio durante sessões agudas, como as 
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Dra. Erika Santinoni e Dr. Guilherme Rosa
Tabela 2. Comparativo das indicações de consumo de CHO pós-treino.
Fonte: Adaptado de: Silva et al.32.
Suplementação de CHO no exercício de 
força
Um estudo com 6 homens e 4 mulheres 
realizando 10 séries de 10 repetições no leg press 
e 8 séries de 8 repetições no extensor de joelhos 
suplementou os indivíduos de 3 formas diferentes: 
CHO, aminoácido ou CHO mais aminoácido, e 
observou que a união de CHO com aminoácido 
mostrou melhores resultados na síntese de PTN 
subsequentes a exercícios de resistência (força). 
Ingerir CHO isolado ou em combinação com PRO 
durante exercícios de força aumenta o glicogênio 
muscular, previne lesão muscular e facilita uma 
maior formação de adaptações após períodos 
agudos ou prolongados da suplementação com o 
treinamento de resistência29.
No pós-exercício exaustivo, a SBME 
recomenda a ingestão de CHO simples entre 
0,7 e 1,5g/kgPC no período de 4 horas, o que é 
suficiente para a ressíntese plena de glicogênio 
muscular9. Segundo a ISSN29, no pós-exercício 
(dentro de 30 minutos) o consumo de CHO deve 
ser elevado (8 a 10g/kgPC/dia), por estimular 
ressíntese de glicogênio muscular, enquanto a 
adição de PRO (0,2 g a 0,5g/kgPC/dia) ao CHO 
em uma proporção de 3 a 4:1 (CHO:PRO) pode 
aumentar ainda mais a ressíntese de glicogênio. 
Imediatamente e 3 horas pós-exercício, 
o consumo de aminoácidos, em especial 
aminoácidos essenciais, tem mostrado estimular 
aumentos consideráveis na síntese proteica 
muscular, enquanto que a adição de CHO pode 
estimular ainda mais os níveis de síntese proteica. 
Durante o treinamento de força consistente 
e prolongado, o consumo pós-exercício de 
doses variadas de suplementos de CHO + PRO 
tem mostrado estimular melhoras na força e 
composição corporal, quando comparado ao 
grupo controle ou placebo. A adição de creatina 
(Cr) (0,1 g/kgPC/dia) para um suplemento CHO 
+ PRO pode facilitar ainda mais as adaptações 
ao treinamento de força. Segundo a ISSN, o 
momento adequado para repor o nutriente deve 
ser considerado no planejamento nutricional, 
pois é um fator importante que permite melhorar 
a recuperação e reparação tecidual pós-exercício 
de alto volume, aumentando a síntese proteica 
muscular e o estado de humor, quando comparado 
com as estratégias não planejadas ou tradicionais 
de consumo de nutrientes29.
A reposição de glicogênio muscular constitui 
o fator mais importante para determinar a 
recuperação pós-exercício. O consumo de CHO 
pós-exercício é descrito como o determinante 
mais importante da síntese de glicogênio 
muscular, e a coingestão de proteínas e/ou 
aminoácidos não parece aumentar ainda mais as 
taxas de glicogênese muscular quando a ingestão 
de CHO é superior a 1,2 g/kgPC/hora. No entanto, 
a partir de um ponto de vista prático, quando 
nem sempre é viável ingerir grandes quantidades 
de CHO, parece que o consumo combinado de 
uma pequena quantidade de proteína (0,2-0,4 g/
kgPC/hora) com menos CHO (0,8 g/kgPC/hora) 
estimula a liberação de insulina endógena, e são 
encontrados resultados semelhantes na taxas de 
reposição de glicogênio muscular à ingestão de 
CHO (1,2 g/kgPC/hora). A ingestão de CHO e 
PTN durante as fases iniciais de recuperação 
afeta positivamente o desempenho do exercício 
subsequente e poderia ser um benefício 
específico para atletas envolvidos em várias 
sessões de treino ou competições no mesmo dia 
ou em dias consecutivos31. A tabela 2 apresenta o 
comparativo das diferentes recomendações pós-
treino encontradas na literatura.
Referência Quantidade
0,7 a 1,5 g/kgPC/h
1,5 g/kgPC/h
1,5 g/kgPC/h
1,5 g/kgPC/h
SBME
Tarnapolsky e colaboradores (1997)
CAME (2000)
Jentjens e Jeukendrup (2003)
Ivy (2004)
Por 4 horas
Por 2 horas
Por 5 horas
Por 2 horas
Período
15
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muscular33. Corroborando com este estudo, 
Kreider et al.34 avaliaram 32 homens realizando 
13 exercícios de musculação com 3 séries de 10 
repetições e também usaram CHO, aminoácido 
essencial ou CHO mais aminoácido essencial 
(MIX) ou placebo. O MIX mostrou mais efeitos 
anticatabólicos do que apenas uma das substâncias 
separadamente.
Suplementação de carboidratos em jogos 
de equipe
Philips et al.35, em sua revisão, analisaram 
a influência da ingestão de soluções de CHO 
e eletrólitos imediatamente antes e durante 
exercícios intermitentes de alta intensidade e 
prolongados (jogos de equipe, como futebol, rugby 
e hóquei). Uma preocupação e crítica dos autores 
foi a utilização de protocolos de exercício que 
conseguissem replicar o padrão de atividade ou 
demandafisiológica em jogos de equipe.
Os autores concluíram que a maioria das 
pesquisas não mostrou melhorias no desempenho 
de sprint durante exercícios em jogos de equipe 
com a ingestão de CHO, talvez devido à falta de 
influência de CHO no desempenho de sprint quando 
a concentração de glicogênio muscular permanece 
acima de um limiar crítico de ~200 mmol/kg de 
peso seco. Apenas três estudos demonstraram 
melhora no desempenho de sprint36-38, a qual 
tem sido atribuída à manutenção dos níveis 
glicêmicos36,38, que pode permitir um maior 
metabolismo muscular e cerebral38, mantendo, 
assim, a função do sistema nervoso central (SNC) 
e permitindo uma melhor manutenção da potência 
ou poupando o glicogênio muscular37. Além disso, 
em um dos estudos38 os indivíduos começaram o 
exercício com reservas de glicogênio esgotadas 
(~ 200 mmol/kg de peso seco), o que poderia 
explicar a melhora do desempenho do sprint com 
a suplementação de CHO39 nesse estudo. Quando 
a disponibilidade de glicogênio não estiver 
comprometida, a concentração de creatina fosfato 
e sua taxa de ressíntese, ao invés de disponibilidade 
de carboidratos, estará mais relacionada com o 
desempenho do sprint40 e talvez explique a falta de 
efeito do CHO no rendimento do sprint na maioria 
dos estudos. Entretanto, deve ser considerado que 
enquanto a disponibilidade de creatina fosfato 
é o fator determinante quando sprints curtos 
são intercalados com a recuperação passiva 
adequada, durante jogos de equipe, os indivíduos 
são obrigados a correr e/ou caminhar entre cada 
sprint. Nesta situação, a ressíntese de fosfocreatina 
pode não ser completa o suficiente para contribuir 
plenamente para cada sprint. Neste caso, outros 
substratos, principalmente de CHO e gordura, 
se tornariam combustíveis mais prevalentes41. 
Portanto, os suplementos de CHO podem ser 
importantes para a manutenção de desempenho 
do sprint durante os últimos estágios dos jogos 
de equipe, sendo particularmente pertinentes 
quando os estoques de glicogênio muscular no 
pré-exercício não estejam ideais38, podendo 
também ajudar a explicar os resultados de Welsh 
et al.36 e Winnick et al.37, que encontraram uma 
melhora significativa em desempenho do sprint 
apenas nos estágios finais do exercício. Entretanto, 
são necessários estudos mais aprofundados35. A 
ingestão de CHO durante os jogos da equipe foi 
significativamente associada a melhor manutenção 
das habilidades motoras de corpo inteiro e estado 
de humor36,37 e reduziu a percepção de esforço38, 
fadiga42 e a produção de força43 nos últimos 
estágios do exercício. A ingestão de CHO não 
parece influenciar a função cognitiva durante 
os exercícios em jogos de equipe42,43. Segundo 
Phillips et al.35, a suplementação com CHO pode 
provocar alterações na percepção de esforço e 
no estado de humor que poderiam melhorar o 
desempenho nas fases finais dos jogos de equipe 
e permitiriam uma melhor manutenção de tiro 
de precisão durante os jogos. As melhoras com 
a ingestão de CHO são atribuídas a melhora 
da captação de glicose cerebral, maior função 
do SNC e controle motor. Mais trabalhos são 
exigidos nestas áreas. A ingestão de CHO 
não altera diretamente respostas fisiológicas 
durante exercício intermitente prolongado. A 
suplementação com CHO normalmente aumenta 
a glicemia e insulinemia regulares ou durante 
o treino, aumenta taxas de oxidação de CHO e 
a razão de troca respiratória e atenua os níveis 
de ácidos graxos livres no sangue e oxidação de 
gordura35.
Quanto ao tipo de CHO, a ingestão de múltiplos 
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carboidratos transportáveis, tipicamente glicose e 
frutose, numa razão de ~ 2:1, parece útil durante os 
exercícios para o aumento da taxa de esvaziamento 
gástrico44, absorção intestinal de CHO e água44,45 e 
taxas de oxidação de CHO45,46, mas este último não 
é universalmente encontrado47. Uma solução de 
CHO-eletrólito (CHO-E) com 5 a 7% de diferentes 
CHO e sódio e com um osmolalidade de 250-370 
mOsm pode ser ótima antes e durante os jogos 
de equipe e tem sido recomendada35. Segundo 
Jeukendrup e Jentjens48, um consumo ótimo de 
CHO é de 1,0 a 1,1g/min durante o jogo.
Muitas vezes as oportunidades para a ingestão 
de líquidos em intervalos regulares durante 
jogos de equipe são insuficientes, e qualquer 
oportunidade que surja pode ser breve e não 
proporcionar ao atleta o tempo de consumir um 
volume de fluido ou de CHO adequados. Além 
disso, há evidência de uma taxa de esvaziamento 
gástrico atenuado e, possivelmente, aumento 
do desconforto gastrointestinal com a ingestão 
de soluções contendo CHO-E durante jogos de 
equipe49. Logo, o uso de bochechos de soluções 
contendo CHO durante os jogos de equipe pode 
ser interessante, particularmente por permitir 
uma suplementação mais fácil e rápida do que 
soluções de CHO-E e limitar possíveis transtornos 
gastrointestinais associados ao fluido e à ingestão 
de CHO50. Entretanto, são necessários mais 
estudos para quantificar se um bochecho de CHO 
é suficiente para melhorar o desempenho em jogos 
de equipe na presença de depleção de glicogênio 
muscular significativa35.
Bochecho de carboidrato
O uso de um bochecho com um pequeno 
volume de uma solução de CHO na cavidade oral 
tem demonstrado melhorar o rendimento durante 
a corrida e o ciclismo, com duração de ~ 30-60 
minutos51-53. Estudos com imagens de ressonância 
magnética funcional demonstram que a introdução 
de carboidratos doces ou não doces na cavidade 
oral ativa o paladar putativo primário e secundário 
no córtex orbitofrontal54,55. A estimulação dessas 
regiões pode também ativar o córtex pré-frontal 
dorsolateral, o córtex cingulado anterior, estriado 
ventral e ínsula anterior / opérculo frontal54. Estas 
regiões cerebrais podem controlar respostas 
comportamentais e autonômicas a estímulos 
recompensadores54,56. Em particular, o córtex 
dorsolateral pré-frontal e o estriado ventral 
relacionam-se com as funções cognitivas de 
atenção e motivação e de processamento, 
respectivamente54,57.
Um estudo58 duplo-cego randomizado avaliou 
a influência da administração de repetidos 
bochechos com CHO sobre desempenho, respostas 
metabólicas e percepção durante um sprint no 
ciclo ergômetro em 12 homens fisicamente ativos 
com 23 (±3) anos, 1,83 (±0,07) m de altura, 86,5 
(±13,5) kg de PC. Foram realizados 8 bochechos 
de 5 segundos cada com uma solução de 25 ml 
de CHO (6% de maltodextrina) e 8 bochechos 
de 5 segundos cada com uma solução de 25 ml 
de placebo (PLA). Após a administração do 
bochecho, os indivíduos realizaram um sprint 
de 30 segundos em bicicleta ergométrica, em 
que 8 deles alcançaram um pico de potência 
(PPO) significativamente maior ao utilizar o 
bochecho com CHO quando comparado ao PLA. 
Porém, não houve diferença significativa para o 
índice de fadiga, percepção do esforço, níveis de 
excitação e náuseas ou concentrações sanguíneas 
de lactato e glicose. Os autores concluíram que 
a administração dos bochechos com solução a 
6% de CHO pode melhorar significativamente 
o PPO durante o sprint. Ainda, essa melhora 
parece limitar-se aos 5 segundos iniciais do 
sprint e pode vir a um maior custo relativo para o 
restante do sprint. A administração de uma série 
de bochechos com CHO pode ser benéfica para os 
atletas de sprint como um método para a melhora 
de desempenho, que minimiza tanto o risco de 
redução de desempenho por meio do aumento de 
PC como distúrbios gastrointestinais associados 
à ingestão de soluções de CHO.
Uma revisão sistemática foi realizada por Silva 
et al.32 para identificar estudos que avaliaram o 
efeito do bochecho com CHO no desempenho 
do exercício e para quantificar a diferença média 
geral deste tipo de manipulação em todos os 
estudos analisados. Em nove dos onze estudos 
analisados, o bochecho com CHO aumentou a 
performance (intervalo de 1,50 % a 11,59 %) 
durante exercíciode moderada a alta intensidade 
com aproximadamente 1 hora de duração. A 
análise estatística para quantificar as diferenças 
médias individuais e totais foi realizada em 
sete dos onze estudos elegíveis que relataram 
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potência (watts) como o principal resultado de 
desempenho. O efeito global do bochecho com 
CHO sobre o desempenho foi significativo (p = 
0,02), mas houve uma grande heterogeneidade 
entre os estudos (I2 = 52%). Uma ativação dos 
receptores bucais e, consequentemente, das áreas 
do cérebro envolvidas com a recompensa (ínsula / 
opérculo frontal, córtex orbitofrontal e núcleo 
estriado) é sugerida como um possível mecanismo 
fisiológico responsável pelo melhor desempenho 
com o bochecho com CHO. No entanto, esse efeito 
positivo parece ser acentuado quando estoques de 
glicogênio muscular e hepático estão reduzidos, 
possivelmente devido a uma maior sensibilidade 
dos receptores orais, e necessita pesquisas mais 
detalhadas. Diferenças no tempo de jejum antes 
do ensaio, duração do bochecho, tipo de atividade, 
protocolos de exercício e tamanho da amostra 
podem explicar a grande variabilidade entre os 
estudos.
Efeitos metabólicos e hormonais da 
suplementação de CHO pré, durante e 
pós-treino
Sousa et al.59 avaliaram os efeitos da sobrecarga 
de um microciclo do treinamento (do primeiro 
ao oitavo dia) nas respostas metabólicas e 
hormonais em corredores do sexo masculino, 
com ou sem a suplementação de CHO, em uma 
sessão de corrida intermitente de alta intensidade. 
Foram acompanhados 24 corredores homens, 
divididos em dois grupos: um recebendo 61% 
de sua ingestão energética como CHO (grupo-
CHO), e outro, 54%, no grupo-controle (CON). 
A testosterona foi maior para o grupo CHO do 
que para o CON após a formação de sobrecarga. 
No nono dia, os indivíduos realizaram 10 tiros de 
800m com intervalo de 1 minuto e 30 segundos 
para a recuperação e dois testes de desempenho 
máximo de 1000m de corrida, antes e após as séries 
de 800m. Antes, durante e após este protocolo, os 
corredores receberam solução contendo CHO 
ou CON. O atletas ingeriram um café da manhã 
padronizado 140 minutos antes do início do 
protocolo de exercícios (770 calorias e 132,8 g de 
CHO). Trinta minutos antes do início dos testes, 
os atletas receberam 4 ml/kgPC de uma solução 
contendo 7% de CHO ou o equivalente CON. 
Essa solução foi oferecida imediatamente após o 
primeiro teste de 1000m e depois da décima série 
de 800m. Durante a corrida intermitente em alta 
intensidade, os corredores ingeriram 2 ml/kgPC de 
uma solução contendo 7% de CHO ou CON depois 
de cada duas séries, até o final do protocolo de 
exercícios. Em resumo, eles ingeriram um total de 
5 vezes (após a série 1, 3, 5, 7 e 9). Após o segundo 
teste de 1000m, eles continuaram recebendo 3 ml/
kgPC de água contendo CHO complementar a uma 
concentração de CHO (1,2 g/kgPC) ou CON de 
0 até 60 minutos do período de recuperação. Nos 
intervalos do período de recuperação, os atletas 
ingeriram água ad libitum, e a temperatura das 
soluções ingeridas durante os testes ficaram em 
torno de 4-7°C. O desempenho nas séries de 800m 
não apresentou diferença entre os grupos, mas no 
teste de 1000m a redução de desempenho foi menor 
para o grupo CHO. As concentrações de cortisol 
foram mais baixas no grupo CHO em relação ao 
grupo CON, e a razão IGF1/IGFBP3 aumentou 
12,7% no grupo CHO. Durante a recuperação, as 
concentrações glicêmicas permaneceram maiores 
no grupo CHO em comparação ao grupo CON. 
Os autores concluíram que a suplementação de 
CHO possivelmente atenuou a supressão do 
eixo hipotálamo-hipófise gonadal, resultando em 
menos estresse catabólico, e, assim, melhorou 
o desempenho da execução. O estudo enfatizou 
a necessidade de suplementação com CHO 
em atletas de alto rendimento durante treinos 
intervalados de alta intensidade, tanto em treinos 
longos como em treinos com menos de 1 hora 
de duração. Além disso, os autores reforçaram 
a necessidade de nutricionistas em equipes 
esportivas para orientar sobre dieta e a importância 
do consumo adequado de CHO na melhora do 
desempenho, o que ainda é negligenciado por 
alguns atletas.
Carboidrato e cafeína pós-treino
A coingestão de cafeína (CAF) com CHO 
parece otimizar as taxas de ressíntese de glicogênio 
muscular durante a recuperação do exercício 
exaustivo. Em 2008, Pedersen e colaboradores, 
em dois ensaios experimentais de desenho 
cruzado, duplo-cego e randomizado, forneceram 
a primeira evidência de que em indivíduos 
treinados a coingestão de CAF (8mg/kgPC) com 
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CHO (4g/kgPC) tem um efeito aditivo sobre as 
taxas de glicogênese muscular pós-exercício em 
comparação ao consumo de CHO (4 g/kgPC) 
isolado60. Segundo Jensen et al.61, a AMPK está 
relacionada com a resposta à captação de glicose 
estimulada pela cafeína. Alguns autores62 sugerem 
que os aumentos induzidos pela cafeína na 
sinalização de Ca2+ e na atividade de AMPK estão 
ambos envolvidos na mediação do aumento do 
transporte de glicose no músculo. Segundo outros 
pesquisadores, em adição à ação da cafeína no 
Ca2+ e AMPK no transporte de glicose, a proteína 
quinase B/Akt também tem importante associação 
na ligação entre a cascata de sinalização de insulina 
e mecanismos importantes para translocação 
de GLUT463. Taylor et al.64 também avaliaram 
se a adição de cafeína à refeição contendo 
CHO no pós-exercício melhora o rendimento 
em corrida intervalada em alta intensidade em 
comparação ao consumo apenas de CHO. Seis 
homens realizaram um protocolo de exercício 
para redução do glicogênio até a exaustão, 
imediatamente após e 1, 2, e 3 h pós-exercício. Os 
participantes consumiram CHO (1,2 g/kgPC) de 
uma solução com 15% de CHO, uma solução de 
CHO semelhante com a adição de cafeína (8 mg/
kgPC) (CHO + CAF), ou um volume equivalente 
de água apenas aromatizada (A). Após o período 
de recuperação de 4 horas, os participantes 
realizaram um teste com exercício intermitente 
em alta intensidade para a exaustão voluntária. Os 
valores médios de glicemia durante o período de 
recuperação de 4 horas foram maiores na condição 
CHO (p <0,005) do que na A, porém não houve 
diferença (p = 0,46) entre CHO e CHO + CAF. 
A capacidade de exercício foi significativamente 
maior na condição CHO + CAF (48 ± 15 min) do 
que na CHO (32 ± 15 min, p = 0,04) e na A (19 
± 6 min, p = 0,001). Todos os seis participantes 
melhoraram o desempenho em CHO + CAF quando 
comparado a apenas CHO. O estudo demonstrou 
que a adição de cafeína ao CHO pós-exercício 
melhora a capacidade de execução de exercício 
intervalado em alta intensidade, uma descoberta 
que pode estar relacionada com as taxas mais 
elevadas de ressíntese de glicogênio muscular pós-
exercício anteriormente observadas em condições 
alimentares similares64. Entretanto, um estudo 
crossover, duplo-cego e randomizado avaliou, em 
11 atletas mulheres, os efeitos da suplementação 
de CAF (6 mg/kgPC) com PLA, CAF (6 mg/kgPC) 
com CHO (0,8 g/kgPC) e CHO (0,8 g/kgPC) com 
PLA 60 minutos antes de 10 séries de 5 sprints 
de 4 segundos no ciclo ergômetro com intervalo 
para recuperação de 20 segundos. Os resultados 
indicaram que CAF + PLA ou CAF + CHO não 
melhoraram o desempenho ou agilidade de sprints 
com intervalos de descanso curtos. No entanto, 
CHO ingerido imediatamente pré-exercício 
forneceu um pequeno mas significativo benefício 
no desempenho de repetidos sprints em atletas do 
sexo feminino65.
Considerações finais
A maioria dos estudos aponta para melhora de 
rendimento em esporte de alta intensidade com 
a suplementação de CHO pré, durante e pós-
exercício. O bochecho com soluções contendo 
CHO parece ter um efeito positivo no rendimentode esporte de alta intensidade de duração entre 
30 e 60 minutos e evitar certos desconfortos 
gastrointestinais causados pelo consumo oral de 
CHO. Apesar da divergência entre alguns autores, 
a associação da cafeína ao CHO no pós-exercício 
parece otimizar a reposição do glicogênio 
muscular. Deve-se atentar para o tipo de CHO, 
associações de CHO, quantidade e concentração 
de CHO em função do horário (pré, durante ou pós-
exercício) de acordo com a demanda específica da 
modalidade nos treinos e competições. Da mesma 
forma, deve-se respeitar a individualidade de cada 
atleta e avaliar a quantidade adequada para que a 
melhora do rendimento ocorra sem prejudicar a 
composição corporal que o atleta deva alcançar 
e/ou manter.
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Dra. Erika Santinoni e Dr. Guilherme Rosa
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