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PNEUMONIAS - Pneumologia_MP_19_05_2023

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PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
PNEUMONIAS
professor Célio de Barbosa
★ Diferente da tuberculose que evoluir em meses a pneumonia evolui em dias e até em horas.
#Conceito
● Processos inflamatórios infeccioso AGUDO do parênquima pulmonar, frequentemente
associado com:
○ Achados de consolidação recente do parênquima pulmonar identificada ao exame
físico e ao radiograma torácico
○ Sintomas de tosse, expectoração, dispneia e dor (pleurítica) torácica e PELO MENOS
UM achado sistêmico (confusão - mental, cefaléia, sudorese, calafrios, mialgias,
temperatura 37,8ºC)
★ Vai ter citocinas inflamatórias no corpo todo, tem alto fluxo sanguíneo, manifesta no corpo todo
○ Exclusão de outras condições que resultam em achados clínicos e/ou radiológicos
semelhantes
★ Nem todo indivíduo com opacidade no raio X, que tem febre, tosse, expectoração purulenta
necessariamente será pneumonia, pode ser outra coisa.
#Classificação
★ Tendo em vista os locais em que a pneumonia foi adquirida, muda a gravidade e os agentes
etiológicos da pneumonia.
● Comunitária: acomete o paciente fora do ambiente hospitalar ou que surge até 48 horas
após a admissão (microrganismos do ambiente hospitalar)
○ Por conta do contato hospitalar, a flora são de níveis hospitalar
● Hospitalar: surge após 48 horas da admissão hospitalar
● Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica: surge após 48 horas de ventilação
mecânica
★ Mortalidade de pneumonia hospitalar > comunitária; Paciente de CTI gravidade > comunitária
● Típicas: início agudo, os sintomas principais: tosse, febre, expectoração, dor torácica estão
relacionados ao trato respiratório (Streptococcus pneumoniae)
● Atípicas: início insidioso (apresentação mais lenta), sintomas menos intensos e
inespecíficos, os sintomas principais frequentemente são sistêmicos (germes atípicos:
Legionella pneumophila [cefaléia, diarreia, ] e Mycoplasma; sintomas diarreicos e depois
sintomas respiratórios) - cefaléia, mialgia, hepatite e depois tosse, expectoração, dispneia,
depois sintomas hospitalares
#Fisiopatogênese (processo inflamatório)
● Decorre da proliferação de agentes infecciosos - bactérias,
vírus ou fungos, que atingem o parênquima pulmonar (sacos
alveolares e alvéolos) por microaspiração (mais comum),
inalação e/ou disseminação sanguínea
○ Principalmente microrganismos de cavidade oral
1
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
○ Infecção de um sítio no organismo e vai para o pulmão
● O desenvolvimento da infecção no parênquima pulmonar pressupõe que o inóculo infectante
tenha vencido as defesas orgânicas - grande virulência e/ou tamanho do inóculo.
○ Muita bactéria que atingiu e/ou as defesas próprias do nosso organismo não
conseguem debelar
Os alvéolos inflamados é que vão nos dar os achados radiológicos
● Consolidação dos espaços alveolares
● Substituição do ar alveolar por exsudato inflamatório
obs.: microorganismo chegam pelos alvéolos.
Caso clínico
ID: Masculino, 27 anos, natural do Espírito Santo, residente em Juiz de Fora, ambulante.
QP: "Tosse e Febre"
HDA: Paciente com tosse produtiva e expectoração purulenta e febre há 2 dias. Nas últimas 12 horas,
devido ao agravamento de dor torácica pleurítica, em base do HTD, procurou atendimento de
urgência. Admitido febril, e com calafrios.
Relata hábitos urinários e evacuatórios sem alterações. Sono preservado.
Sem queixas no momento.
HPP: Nega comorbidades, uso de medicações diárias e alergia medicamentosa
- HPP: Nega comorbidades e medicações de uso contínuo. Nega internações, cirurgias, alergias
e transfusões de sangue
- Nega pneumonias prévias e história pessoal de TB ou contato com caso confirmado ou
suspeito de TB
2
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
- Nega asma na infância
H.Social: Tabagismo (4 a 5 cigarros de fumo de rolo por dia desde os 15 anos, estando sem consumir
desde o início dos sintomas, nega sintomas de abstinência). Ex-usuário de cocaína (cocaína causa
dano na parede pulmonar, leva a lesão), interrompeu o uso de há cerca de 3 meses, realizando desde
os 15 anos, com consumo diário da droga. Nega etilismo.
- Refere mofo e poeira em domicílio
- Mãe e irmãos fazem criação de canário, mas não tem contato com os pássaros (ver possível
pneumonia de hipersensibilidade)
- Acautelado em 2014 por 1 ano e 2 meses
obs.: Pneumonia é uma consolidação do parênquima pulmonar
obs.: Característica dor pleurítica: ventilatório dependente, localizada, somática, dor intensa
Ectoscopia: pode variar de indivíduo para indivíduo
Palpação:
- FTV: aumentado
- Expansibilidade: reduzida na região
- Pontos dolorosos: não há
Percussão: macicez
Ausculta: Crepitantes finos; Bronquial ou Broncovesicular; Atrito pleural (audível quanto palpável)
Exame físico:
Ectoscopia: hipocorado +/4+, hidratado, anictérico e acianótico. Oroscopia: dentes em mal estado
de conservação, sem linfonodomegalias palpáveis em cadeias cervicais, submandibulares, supra e
infraclaviculares. Neurológico: vigil, lúcido e orientado no tempo e espaço, ECG: 15 e nuca livre.
Sinais vitais: Fr: 26 irpm; FC 75 bpm; Temperatura: 37,ºC; Sat O2 98% em AA no repouso; PA 110 x
60 mmHg
ACV: RCR 2T BNF sem sopros e pulsos simétricos em 4 membros e ECP < 2s
AR: MV + com crepitantes finos em base direita, FTV simétrico, expansibilidade preservada e
percussão atimpânica difusamente, sem esforço respiratório, presença de região pequena em lobo
médio com ausculta abolida ? (região pequena sem facilidade para palpação e percussão) (derrame
loculado?)
MMII: sem edemas e panturrilhas livres
Exame complementares:
LAB (25/04/2023): Hb 13,4; Ht 41,3%; Leuco 13300 (bastonete 2%, seg 78%, linf 11%, monócito
9%); Plaquetas 251000; UR 2l; Cr 0,7; Na 130; K 3,7
Rx de tórax (26/04/2023): consolidação em lobo inferior direito;
Rx de tórax (27/04/2023): consolidação em terço distal de hemitórax direito com velamento de
região anterior de cúpulas diafragmáticas
obs.: semiologia da síndrome de consolidação - FTV aumentado, expansibilidade por dor e
consolidação, pontos dolorosos: dor pleurítica não piora quando comprime, percussão maciça,
ausculta crepitantes finos
obs.: mudança de percepção do ruido normal: som braquial, broncovesicular ou normal
26/04/2023
*Opacidade homogênea
*Sinal da silhueta
3
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
*aerobroncograma branco é um dos achados que sugere consolidação
*consolidação tem pouco limite definido
obs.: vazio e cheio de ar fica preto a a imagem.
*Onde tem parênquima preenchido por processo exsudativo fica branco.
27/04/2023 30/04/2023
04/05/2023
#Parênquima pulmonar
● Sacos alveolares e alvéolos (foco da pneumonia)
● Interstício vascular - artérias, veias, linfáticos
obs.: parênquima pulmonar fica aderido a via aérea
obs.: Canais de Martin - comunicam o bronquíolo terminal com o lateral
Quando consolida,
o ar que passa nos
tubos mudam a
repercussão
sonora.
Parênquima
consolidado, fluxo
aéreo gera ruído e
som se propaga
com mais
facilidade.
4
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
A secreção dentro do saco alveolar com seus alvéolos, e eles têm comunicação entre eles.
obs.: broncograma é o tubo cheio de ar e em volta consolidado.
#Patogenia da consolidação
● Poros de Kohn
ducto alveolar
#Fatores predisponentes
● Idade: < 4 anos e > 60 anos
● Doenças pulmonares e cardíacas (Na IC o extravasamento do líquido compromete o
mecanismo de fagocitose, propiciando a evolução da pneumonia)
● Tabagismo (compromete batimento ciliar e defesa dos macrófagos alveolares)
● Imunodepressão: SIDA, DM, corticoterapia, leucopenia, alcoolismo
● Desordens convulsivas (broncoaspiração)
● Uso de benzodiazepínicos (aumenta a broncoaspiração e pneumonia)
● Etc
As infecções respiratórias virais nas crianças são aumentadas. Se não tem consolidação no
parênquima, não é pneumonia.
#Patogênese
● Envelhecimento e incidência de pneumonias: > 85 anos muito suscetível a pneumonia
● Comorbidades e aumento do risco de pneumonias: obeso, fumante, diabetes, AVC, IC, DPOC
#Diferentesapresentações clínicos radiológicos
Para caracterizar pneumonia, temos que ter preenchimento alveolar com exsudato composto por
polimorfonucleares e hemácias➡ processo pneumônico
● Alveolar
○ Na luz alveolar
○ Exsudato purulento de PNM e hemácias
● Pneumonia lobar
○ Distribuição lobar
5
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
○ "típica" PAC (pneumonia adquirida na comunidade)
○ S. pneumo, H.influ.
● Broncopneumonia (multifocal)
○ Distribuição esparsa (atinge as bases pulmonares, atingindo VA distais e também
alvéolos
○ Aspiração, intubação (pneumonia hospitalar)
○ Staph., entéricos, Pseudomonas
● Pneumonia atípica
○ Difusa / peri-hilar
○ Mycoplasma, Chlamydophila, Legionella
○ Viroses respiratórias, e.g. influenza
○ A consolidação não é tão exuberante quanto a
lobar
#Fisiopatogênese
● Processo inflamatório intenso em órgão extremamente
perfundido
● Efeitos inflamatórios locais e sistêmicos da inflamação - toxemia >> sepsis (alteração de
perfusão renal/vísceras) >> disfunção orgânica (única ou múltipla)
● Vasodilatação local (por conta da interleucina) e manutenção da ventilação com alteração da
V/Q >> hipoxemia, hipocapnia, SARA
★O alvéolo está repleto de exsudato com fluxo sanguíneo, ou seja, não há troca ventilatória e há
perfusão sanguínea➡ EFEITO SHUNT
★Em relação a hipoxemia, podemos encontrar taquicardia, sudorese, hipertensão, agitação. Pode
ficar até confuso com comprometimento sistêmico excessivo.
6
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
obs.: COVID ➡ opacidade disseminada com vários pontos de consolidação, bilateralmente e
principalmente em partes médias/inferior. Geralmente aparece depois do 10º dia de evolução.
#Etiologias
● Ambulatorial
○ S.pneumoniae
○ M.pneumoniae
○ C.pneumoniae
○ Vírus respiratório
○ H.influenzae
● Internados
○ S.pneumoniae
○ M.pneumoniae
○ C.pneumoniae
○ (V. respiratório)
○ H.influenzae
○ Legionella spp
● UTI
○ S.pneumoniae
○ Bactéria gram negativo
○ S.aureus
○ H.influenzae
○ Legionella spp
★Pseudomonas aeruginosas (estafilococo gram negativo): bronquiectasias difusas, DPOC
avançada, uso repetido de ATB, internação hospitalar recente (90 dias). > 48h➡mais vulnerável >
resistência aos ATB
★Staphylococcus aureus: politraumatizados (TCE), pós-influenza, usuário de drogas venosas,
abscessos cutâneos (manipulação de piodermites➡ germe muito agressivo)
#Quadro clínico
● 1. História; 2. Contexto clínico do surgimento; 3. Suscetibilidade do paciente; 4. Possíveis
exposições a patógenos
○ Tosse 82%
○ Febre 78%
○ Dispneia 40-90%
○ Crepitações 80%
● Não existe nenhuma combinação de achados da história e do exame físico que confirmem ou
afastem com segurança absoluta o diagnóstico de pneumonia. Uma radiografia de tórax
deve ser realizada".
● Os dado clínicos - anamnese, exame físico e exames complementares são essenciais para
avaliar a gravidade das PAC
★Critério diagnóstico: quadro clínico infeccioso + RX de tórax com consolidação
#O exame físico
7
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
● Achados podem se relacionar ao agente etiológico:
○ Pústulas (<1 cm) - estafilococos➡ lesões cutâneas
○ Periodontite - anaeróbios➡ dente em mau estado
○ Herpes labial - pneumococo
○ Cateteres e sondas - estafilococos ou Gram negativos
#Semiologia
● Inspeção: expansibilidade reduzida
○ Parênquima pulmonar hepatizado
(reduzido)
● Palpação: expansibilidade reduzida e frêmito
toracovocal aumentada
○ Vibração das vias aéreas melhor
transmitida à parede torácica
● Percussão: pulmão maciço - macicez
○ Substituição de ar no parênquima
acometido por material denso
● Ausculta: ruídos pulmonares - som braquial
(substituto), ruídos adventícios - crepitações
finas e/ou grossas
○ Vibração das vias aéreas melhor
transmitida à parede torácica
● Ocorrem em ~ 30% dos casos - semiologia da consolidação clássica
#Diagnóstico radiológico
"A radiografia de tórax é essencial para o diagnóstico e avaliação da gravidade"
1. Identifica comprometimento multilobular (internação)
2. Sugere etiologias ou condições como abscesso (internação) ou tuberculose
3. Identifica condições coexistentes como obstrução brônquica (pensar em câncer) e derrame
pleural (achado de gravidade)
4. Monitora a evolução e a resposta ao tratamento (se evolução clínica não está satisfatória,
realizar novo RX)
TC de tórax:
1. Dúvida quanto a presença ou não de consolidação (ex.: pcte hipoxêmico, COVID + e nada no
RX➡ provavelmente consolidação pneumônica)
2. Quadro clínico exuberante com RX normal
3. Detectar complicações (DP loculado, abscesso não aberto)
4. Separar infiltrado pneumônico de massas
A avaliação clínica nas primeiras 24 horas dos sintomas, a desidratação, a neutropenia intensa
(<500 leucócitos/dl) e a pneumonia por P.jirovecii são causas de resultado de falso negativo na
avaliação radiológica do tórax.
8
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
obs.: paciente neutropênico, febril com tosse➡ TC de tórax
#Consolidação
É o padrão radiológico mais frequente.
1. Opacidade de limites imprecisos
2. Distribuição lobar ou segmentar (distribuição lobar fecha em cima da fissura)
3. Mudança rápida do aspecto (ex.: pneumonia por estafilococo)
4. Broncograma aéreo - quando presente, quase sempre define presença de
consolidação
opacidade hilar direita opacidade no lobo apical
Imagens com segmento 6
#Radiograma de tórax nas pneumonias
● Gravidade - o derrame pleural parapneumônico é uma das causas de não resolução do
processo infeccioso associado à pneumonia
○ É uma complicação que exige internação hospitalar
9
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
Opacidade do lobo inferior
Opacidade heterogênea, limite mal definida sugere quadro de preenchimento alveolar, vai juntar isso
a um quadro infeccioso, com ausculta compatível com pneumonia.
obs.: Pneumonia com Derrame pleural = internar
● Gravidade - pneumonias multilobares, uni ou
bilaterais, detém maior gravidade e, por isto,
requerem internação hospitalar
Opacidade heterogênea presente em todo HMTX
esquerdo lesão com cavidade em pneumonia➡ internar
obs.: Lesão cavitária em pneumonia ➡ grave // Lesão
cavitária em tuberculose➡ não grave
● Gravidade - pneumonias que evoluem com
abscessos pulmonares, pneumatoceles ou pneumotórax, por regra, são mais graves e
requerem internação
Etiologia
a. A maior parte das pneumonias não
recebe diagnóstico etiológico
(faz tto antimicrobiano
empiricamente)
b. O tratamento não deve ser digerido
exclusivamente pela imagem (diagnóstico clínico, radiológico e laboratorial)
c. Há achados clínico-radiológicos que sugerem agentes microbianos
Pneumonia pneumocócica
● Principal agente etiológico das pneumonias adquiridas na comunidade (PACs)
● Maior incidência no inverno
● Associa-se a infecções pelo vírus influenza (gripe)
● Atinge com maior frequência as faixa etárias entre 30-50 anos
● Quadro agudo: mal estar, calafrios, sudorese, dor pleurítica, taquipnéia, febre elevada - 38,5 -
39ºC
10
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
● Rx: consolidação pneumônica periférica, densa, geralmente lobar ou segmentar bem
demarcada
Consolidação em lobo superior direito
● Radiograma de tórax nas pneumonias➡ o tempo para resolução da imagem radiológica
pós-tratamento é de 6 semanas. A melhora clínica antecede a radiológica.
○ Trata o paciente, fica afebril, melhora o estado geral e o RX continua alterado
Pneumonia Estafilocócica
● Pouco frequente como agente etiológico das pneumonias adquiridas na comunidade (PACs).
Maior frequência nas pneumonias hospitalares.
● Maior incidência no inverno
● Associa-se a infecções pelo vírus influenza seguindo em frequência ao pneumococo
● Atinge os pulmões por via hematogênica ou aspiração de secreção oral
● Presença de focos infecciosos cutâneos
● Quadro agudo: tosse, expectoração purulenta, dor pleurítica, taquipnéia, febre elevada
38,5-39ºC
● Rx: consolidações pneumônicas, não extensas, multifocais, periféricas, com rápida mudança
de aspecto. Frequentes cavidades, pneumatoceles, derrames pleurais bilaterais
11
PNEUMOLOGIA BrunaPitanga - MED 104C
★ Cça com celulite no MMII
★Opacidade heterogêneas com cavidade, periférico,
acometimento do derrame pleural. Pode cair na corrente sanguínea e
fazer estrago
Opacidade homogênea, periféricas, extensas, bilaterais
Pneumonia necrotizante - Anaeróbios
● Pouco frequente como agente etiológico das pneumonias adquiridas na comunidade (PACs)
● Infecções periodônticas em pacientes com crises convulsivas, coma ou redução do nível de
consciência por intoxicações - drogas, álcool, etc
● Atinge pulmões por aspiração de secreção oral
● Quadro subagudo, agudo: tosse, expectoração purulenta, odor fétido das secreções em
quadros subagudos
● Rx: consolidações pneumônicas, não extensas, em regiões de broncoaspiração - segmentos
posteriores dos LLII (lobo inferior) e segmento apical dos LLII. Áreas de cavitação única ou
múltiplas
12
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
opacidade no lobo superior direito, com nível líquido dentro de uma área de consolidação
Pneumonia porMycoplasma pneumoniae
13
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
● Agente etiológico mais frequentes das pneumonias com características atípicas adquiridas na
comunidade (PACs)
● Atinge populações jovens e em grupos - escolares, quartéis, asilos
● Apresenta infecciosidade entre coabitantes
● Apresenta complicações extrapulmonares - lesões exantemáticas, anemia, hemolítica,
glomerulonefrites, etc
● Quadro agudo: febre, astenia, faringite, traqueobronquite, conjuntivite, otite média, tosse
seca muito intensa
● Rx: consolidações pneumônicas, não extensas segmentares de lobo inferior
Pneumonia por SARS-Cov 2 - COVID 19
● Pandêmico
● Atinge populações de todas as idades, com gravidade em idosos, cardiopatas, obesos,
pneumopatas
● Apresenta alta infecciosidade - transmissão aérea por gotículas ➡ chance de acontecer
através de objetos é muito menor
● Quadro agudo: febre, astenia, faringite, traqueobronquite, taquipnéia, hipoxemia, happy
hypoxemic (não sente que está hipoxêmico)
● Rx: consolidações pneumônicas, não extensas em segmentares de lobo inferior
opacidade em vidro fosco
obs.: não
precisa de TC para diagnóstico. Internar abaixo de SatO2 95%, ainda mais quando tem comorbidade
14
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
#Causas não infecciosas de consolidação
● Hemorragia alveolar (trauma ou TEP, etc)
● Edema pulmonar cardiogênico ou não (principal causa de consolidação depois da
pneumonia)
● Adenocarcinoma com comportamento lepídico
● Linfoma pulmonar
● Pneumonia em organização Criptogênica
● Etc
Edema pulmonar
● Imagem em asa de borboleta
● Paciente sem febre, sem alteração de leucograma, sem expectoração purulenta. Dispnéia,
edema de MMII, área cardíaca aumentada
● Sugere consolidação: limite mal definido
"Nem tudo que reluz é ouro"
- opacidade certa, limite definido
- Próteses de silicone pode ser
confundido com pneumonia
#Diagnóstico etiológico
15
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
● Os exames complementares não atingem > 50% de diagnóstico etiológico
● Estima-se que até 10% dos casos possa haver infecção polimicrobiana
● Utilizando métodos moleculares, foram identificadas infecções virais em ⅓ das PACs
● O tratamento empírico das PACs leve ou moderada é bem sucedido na maioria dos casos
quando respeitados os critérios adequados
#Critérios de internação hospitalar
Culturas (escarro, sangue, aspiração transtorácica por agulha, aspirados transbronquicos, BAL fluid,
amostras respiratórias de escovado protegido, líquido pleural ), teste sorológicos (para
M.pneumoniae, C.pneumoniae, L.pneumophila, C.brunetti, influenza A e B, parainfluenza virus 1 a
3, vírus sincicial respiratório, adenovírus), testes para antígenos urinários (para S.pneumoniae e
L.pneumophila).
Imunofluorescência e isolamento viral ou PCR para influenza A e B, parainfluenza vírus 1 a 3, vírus
sincicial respiratório, adenovírus.
Tratamento empírico, chance de cura é muito boa para PAC levada ambulatorialmente, internados
em enfermaria ou UTI.
Estudos diagnósticos e complementares
Estando indicada a etiologia, a chance de sucesso terapêutico é maior. Porém, nem sempre
identificar o agente etiológico significa sucesso terapêutico, principalmente em pacientes graves em
UTI.
16
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
CURB-65
● C - confusion desorientação
● U - uréia > 50 mg/dl
● R - respiratory frequência respiratória ≥ 30 irpm
● B - blood pressure > sist. < 90 mmHg ou diast. ≤ 60 mmHg (hipotensão)
● 65 - idade ≥ 65 anos
Pacientes com pontuação ≥ 2 devem ser hospitalizados
CRB-65
● Confusão mental
● Frequência respiratória ≥
30 irpm
● Pressão arterial: sistólica <
90 mmHg ou diastólica < 60
mmHg
● Idade ≥ 65 anos
#Critérios para admissão à UTI
● Critérios maiores
○ Choque séptico
17
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
○ Necessidade de ventilação mecânica
● Critérios menores
○ FR > 30 ciclos/min
○ PaO2/FiO2 < 250
○ Infiltrados
1 critério maior ou 3 critérios menores são indicação de tratamento em unidade de
terapia intensiva.
O rx e a clínica podem sugerir diagnóstico etiológico, mas não devemos nos basear exclusivamente
nisso.
#Pneumonia hospitalar - PH/Pneumonia Associada à ventilação mecânica -
PAVM
● PH: após 48h de hospitalização
● PAVM: após 48h de ventilação mecânica
○ Mortalidade 33 a 50%
● Germes mais comumente associados:
○ E.coli; Klebsiella, Acinetobacter, Pseudomonas, Estafilococos
○ Patógenos com multidroga resistência: não suscetível a pelo menos 3 classes de
antimicrobianos (cefalosporina, aminoglicosídeo, quinolona)
● Diagnóstico: presença de um novo infiltrado pulmonar + síndrome infecciosa (febre de
início recente, expectoração purulenta ou tosse) - muitos pacientes internados já tem
opacidade no parênquima
Patogênese
● Necessidade dos patógenos alcançarem o trato respiratório inferior sobrepujando os
mecanismos de defesa:
○ Tosse
○ Mecanismo mucociliar
○ Complemento, anticorpos, células (macrófagos, linfócitos, etc)
● Particularidades do ambiente hospitalar:
○ Comorbidades frequentemente associadas
○ Colonização por germes multirresistentes (MDR): transferência de microrganismos
de paciente a paciente via profissionais de saúde
○ Uso de antibioticoterapia prévia e/ou múltipla
○ Sondas e cateteres
○ Posição de decúbito (levantar a cabeceira para não microaspirar - 35-45º. Assim,
como uso de benzodiazepínicos)
○ Suporte ventilatório invasivo (TOT)
○ Utilização de redutores da acidez gástrica (omeprazol)
Diagnóstico diferencial
● Hemorragia alveolar
● Síndrome da angústia respiratória aguda
● Embolia pulmonar/infarto
● Congestão pulmonar
18
PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
● Atelectasias (redução do espaço intercostal, elevação da hemicúpula diafragmática, desvio do
mediastino)
#Tratamento da Pneumonias Adquiridas na Comunidade (PACs)
Local Comorbidades Risco
epidemiológico
Esquema
terapêutico
Ambulatorial Ausente Macrolídeo
(azitromicina) ou
beta-lactâmico
(amoxicilina)
Beta-lactâmico +
inibidor de
Beta-lactamase
Ambulatorial Presente DM, alcoolismo, insuf.
renal, uso prévio de
antibiótico,
neoplasias, etc
Macrolídeos +
beta-lactâmicos ou
Quinolonas
Hospitalar (CURB 65 -
2-5)
Quinolona ou
Macrolídeo +
beta-lactâmico
UTI Pseudomonas
Estafilococos - MRSA
Beta-lactâmico +
macrolídeo ou
Beta-lactâmico +
quinolona
Beta-lactâmico
anti-pseudomonas +
quinolona (cipro ou
levo)
Vancomicina
● Duração do tratamento: na vigência de boa resposta ao esquema adotado (resposta em até 72
horas) manter por 5-7 dias
● Em suspeita de Pseudomonas ou Legionella (atípico) tratar por 14 dias
obs.: para tratar atípico (Legionella,Mycoplasma e Chlamydia) usar macrolídeo ou quinolona
#Tratamento da PAH/PAVM
● Suspeita clínico-radiológica de PAH/PAVM
● Obter secreção respiratória para cultura quantitativa
● Considere padrão local de resistência
● Fatores de risco para patógenos MDR
○ Gram negativos MDR, MRSA, Pseudomonas - uso de antimicrobiano EV nos últimos
90 dias
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PNEUMOLOGIA Bruna Pitanga - MED 104C
#Referênciasbibliográficas
● Harrison - Medicina Interna, 20ª Edição, capítulo 121
● CARDOSO, Alexandre P.; RABELLO, Eucir; MELLO, Fernanda Carvalho de Q.; et al.
Diagnóstico e tratamento em pneumologia. Editora Manole, 2021 - capítulo 20
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