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AULA 1 MERCHANDISING E PROMOÇÃO DE VENDAS Prof.ª Juliana C. Noschang da Costa 2 TEMA 1 – COMUNICAÇÃO NO PONTO DE VENDA (PDV) A comunicação exerce um importante papel na sociedade. Ela é responsável por “tornar um conteúdo comum” entre, pelo menos, duas partes distintas. Por isso a palavra “comunicar”. Ela se origina do latim communicare, “usar em comum, partilhar”. Você se recorda dos 4 Ps de marketing? Produto, preço, praça (ou local de distribuição) e promoção? Pois bem, quando falamos em Comunicação no ponto de venda (PDV), estamos lindando com dois dos quatro Ps de marketing: promoção e praça. Promoção relaciona-se com a comunicação, enquanto praça liga-se ao PDV. Devemos lembrar que, ao estudarmos o mix de marketing1, buscamos sempre uma lógica entre seus elementos. Por exemplo, a marca Nespresso™ tem seu mix de marketing muito bem construído. Seu produto é premium, assim como seu preço. Seus locais de distribuição são selecionados (geralmente boutiques dentro de shopping centers) e sua divulgação se dá por meio de peças publicitárias com o ator George Clooney, que representa a marca (sofisticação, bom gosto, status). Estas são divulgadas em revistas que atendem ao público-alvo e em canais selecionados de TV por assinatura. Portanto, ao pensar em Comunicação no PDV, devemos em primeiro lugar considerar o mix de marketing envolvido diretamente naquele produto. Vídeo Assista a uma propaganda da Nespresso™ e entenda a lógica do mix de marketing. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=O41J6qFp_xI>. Acesso em: 16 mai. 2022. 1.1 Comunicação Levando em conta o público-alvo que consome a marca Nespresso™, ao assistir a propaganda percebemos elementos que se comunicam diretamente com ele, correto? Um ambiente frequentado pela classe A, atores famosos, bens materiais caros... Portanto, quando a empresa se comunica, um ponto crucial é conhecer o perfil da sua audiência. Esse é um ponto importante porque a empresa pode ter um bom produto, com um preço condizente, estar nos PDV certos, mas comunicar o que deseja de 1 Mix de marketing é sinônimo de “composto de marketing” e de “4 Ps de marketing”. Seu uso no texto é intercambiável, sempre com o mesmo significado. 3 maneira ineficaz. Podemos comunicar o mesmo conteúdo para públicos com perfis diferentes. O que vai mudar é a forma de comunicá-lo, o vocabulário, a maneira com que vamos nos expressar, que pontos vamos valorizar, que exemplos vamos empregar. Outro aspecto importante trata-se do tipo de produto sobre o qual vamos comunicar algo. Quando estudamos produtos, há uma divisão que nos auxilia a entender os aspectos que devem ser levados em consideração. Segundo Kotler e Keller (2013), os bens de consumo são classificados de acordo com os hábitos de compra dos clientes. Eles podem ser bens de conveniência (refrigerantes, chocolates), que são aqueles comprados com frequência e que não requerem muito esforço; há os bens de compra comparada (televisores, aspiradores de pó), que sofrem comparação (como o próprio nome diz) entre si em termos de qualidade, preço, estilo, funcionalidade; também existem os bens de especialidade (carros) que têm características exclusivas ou identificações de marca, que levam os compradores a fazerem um esforço especial para adquiri- los; por fim, há os bens não procurados (seguros de vida, caixões), que são aqueles produtos que geralmente ou o cliente não conhece muito ou não é algo que pensa em comprar. Devemos entender essas diferenças, pois o estilo de comunicação será diferente para cada tipo de bem. Pense em uma barra de chocolates, um televisor, um carro e um caixão. Você comunicaria a venda desses produtos da mesma forma? Pense também sobre o seu público-alvo. De que forma o público compreenderá melhor a mensagem que enviada sobre o produto? Qual linguagem e quais argumentos utilizar para que o público perceba valor no produto? Já pararam para pensar que há diferentes tipos de comunicação? Verbal, não verbal, olfativa, visual, utilizando a Libras2, por meio de desenhos, símbolos, cores... São várias as formas que podemos nos comunicar, não é mesmo? Portanto, no PDV a empresa pode utilizar as formas mais variadas de comunicação. O que vale é ter uma estratégia traçada para atingir seu público- alvo e usar a criatividade. Quantas vezes passamos em frente àquela loja só para sentir “o cheirinho bom” que sai dela? Isso é um tipo de comunicação que atiça a memória afetiva dos clientes. Cada vez que ele sentir esse aroma, lembrará da sua marca. Cabe dizer que há empresas especializadas em desenvolver aromas que “combinem” com as marcas. 2 Língua Brasileira de Sinais. 4 Saiba mais Leia o artigo “Aromas que vendem” para saber mais sobre esse assunto. Disponível em: <http://revistapegn.globo.com/Empresasenegocios/0,19125,ERA463263- 2491,00.html>. Acesso em: 19/02/2021. Além do olfato, a empresa pode se comunicar por meio de imagens, música (há empresas que possuem sua própria rádio, como a Rádio McDonald’s, Rádio Smart Fit...), enfim, a comunicação deve “tocar” os clientes com elementos ligados à marca e que façam sentido entre si. Reparemos, por exemplo, os lugares que frequentamos. Há algum aroma específico, alguma rádio da marca, algum artista famoso que representa a marca? A comunicação está em todos os lugares, basta percebê-la. 1.2 Ponto de Venda (PDV) O ponto de venda é o local físico em que os produtos/serviços estão dispostos para venda e no qual há toda a equipe e maquinário necessários para a efetivação da venda. O ponto de venda, como já vimos, é um dos elementos do “P” de praça do mix de marketing. Ele deve ser definido com base no público-alvo, na conveniência e nas necessidades dos seus clientes, como também, de acordo com o produto vendido, pode ser que tenha um local mais adequado. Por exemplo, para produtos mais luxuosos, uma localização chamativa e de fácil acesso não necessariamente atrairá o público, que se deslocaria para ter mais privacidade. Saiba mais Acesse o link a seguir e leia mais sobre como melhorar o seu PDV. Disponível em: <https://www.pricefy.com.br/blog/8-dicas-para-tornar-seu-pdv- criativo-e-engajar-seus-consumidores/>. Acesso em: 17 nov. 2019. Conforme já visto no item 1.1 “A comunicação”, há várias formas de se comunicar. As empresas, portanto, devem entender o que seu público-alvo necessita e espera do negócio para assim utilizar essas ferramentas e fazer com que os clientes percebam o valor daqueles produtos/serviços. Por exemplo, uma vez entendendo quem é o seu público-alvo, defina com base nele o local físico do seu PDV, questões de acessibilidade, horário de funcionamento, cores, iluminação, design, som ambiente, aroma, facilidades, modo de abordagem, roupa dos funcionários, entre outros. Lembre-se de que um PDV é um conjunto 5 de fatores que vão compor a experiência que o cliente terá durante a compra. Entende-se que essa experiência deve ser a mais agradável e prazerosa possível, fazendo com que o consumidor se encante, tornando-o um fã da sua empresa. Leitura complementar Acesse o livro Marketing promocional, de João Soderini Ferracciú, e leia as páginas de 46 a 49 para saber mais sobre PDV. Disponível na Biblioteca Virtual Pearson. TEMA 2 – DEFINIÇÃO E EVOLUÇÃO DO MARKETING PROMOCIONAL O marketing promocional é definido por Ferracciú (2007, p. 12) como “uma operação de planejamento estratégico ou tático combinando, sinérgica e sincronizadamente, as ações de promoção de vendas com uma ou mais disciplinas das outras comunicações multidisciplinares de marketing”. Contudo, até que essa definição fosse cunhada, o marketing promocional evoluiu bastante. Considerando-se o cenário nacional, o marketing vem evoluindo,segundo Bigarelli (2017), desde a década de 1950, quando ainda era um embrião. Nessa época, não se falava muito em campanhas publicitárias e de comunicação a fim de estimular o consumo e dar a conhecer os produtos e serviços de uma empresa. Ainda, segundo o autor, houve aceleração econômica intensa nas décadas de 1950, 1960 e 1970, chegando aos anos 1980, ou também conhecido como a “década de ouro” da publicidade e propaganda. Nessa década, as empresas começaram a perceber a importância da publicidade e da propaganda para atrair mais clientes e aumentar as vendas por meio do uso das campanhas de publicidade. Também nessa época houve abertura de mercados em todos os segmentos, além do crescimento contínuo do setor de serviços. Portanto, nessa fase, as estratégias de publicidade não se davam apenas pela propaganda. Diversos empresários começaram a importar estratégias e fórmulas, principalmente dos Estados Unidos, a fim de aumentar a atratividade. Eles compreenderam que os consumidores passaram a um papel mais ativo na relação de consumo. O consumidor passa a avaliar o que lhe dá mais vantagem na hora da compra. Para Bigarelli (2017), vantagem é o conceito- chave do marketing promocional. Dessa forma, em meados dos anos 1990, as empresas começaram a prestar mais atenção na agregação de valor, na segmentação de mercado e na criação de maneiras para atrair os consumidores, oferecendo essas vantagens. 6 Com isso, principalmente nas redes de varejo, surgem os conceitos de promoção e de marketing promocional. Com o passar do tempo, o marketing promocional começou a ganhar espaço, tornando-se uma das principais ferramentas para conquista, atração e fidelização dos clientes (Bigarelli, 2017). Leitura complementar Acesse a Biblioteca Virtual e leia “Características dos meios” (p. 45-55), do livro Mídia de A a Z: conceitos, critérios e fórmulas dos 60 principais termos de mídia, de Veronezzi. Vamos pensar sobre as ações promocionais que vemos nos dias de hoje. Há cartões fidelidade desde as cafeterias até as companhias aéreas, descontos nas compras efetuadas no mês do aniversário do cliente, regalias de acordo com a categoria do cartão de crédito, entre outras. O que predomina no mercado é a relação com os consumidores, ou seja, o marketing de relacionamento. Porém, tudo varia de acordo com a marca e o público-alvo, não havendo limites para a imaginação. Saiba mais Leia a reportagem a seguir, sobre até onde as ações promocionais podem chegar. Como mencionado anteriormente, tudo depende do seu público. Disponível em: <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/03/17/marcas-luxo- paparicam-clientes-mimos-exclusivos.htm>. Acesso em: 19/02/2021. TEMA 3 – MIX DE MARKETING: ÊNFASE NA PROMOÇÃO Considerando-se que o mix de marketing é o conjunto de ferramentas de marketing utilizado pelas empresas a fim de atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo (Kotler, 2000), conta-se com a classificação de McCarthy em quatro grupos, os famosos 4 Ps. Dentre eles, há o P de promoção, que engloba no seu grupo variáveis específicas de promoção de vendas, publicidade, força de vendas, relações públicas e marketing direto (Kotler, 2000). Os “mimos” exclusivos abordados no texto indicado no box Saiba mais anterior mostram um tipo de mercado bastante restrito, contudo, as empresas que atuam em alguns segmentos com o público-alvo semelhante ao da reportagem devem entender seus desejos e satisfazê-los, a fim de encantá-los. 7 Leitura complementar Acesse a Biblioteca Virtual e leia o item “Orientação para Vendas” (p. 33 a 35) do livro Composto Mercadológico: conceitos, ideias e tendências, de Rolon, 2018. Seguindo a mesma lógica de encantar o público-alvo, vamos pensar em outras ações promocionais que podem ser realizadas pelas empresas antes da compra, para efetivamente impulsionar as vendas. Para continuarmos falando sobre esse assunto, vamos falar um pouco sobre o “P” de promoção do mix de marketing. Primeiro ponto: há uma lógica e coerência entre o mix de marketing, uma constante quando vamos tratar de estratégias de marketing. Portanto, quanto ao “P” de promoção, este deve seguir a lógica dos demais Ps (produto, preço e praça) para que faça sentido na mente do consumidor. Como citado anteriormente, as variáveis específicas do grupo “Promoção”, englobam: promoção de vendas, publicidade, força de vendas, relações públicas e marketing direto (Kotler, 2000). A promoção de vendas se dá no PDV e tem por finalidade o aumento de vendas no curto prazo. Ela pode usar estratégias como a diminuição de preços, promoções do tipo “Leve 3, pague 2”, brindes, sorteios, entre outros chamarizes. Já a publicidade são todas as ações de divulgação da empresa por outrem que não é remunerada. A força de vendas trata da equipe do setor de vendas. Por sua, vez relações públicas concentra-se na figura de um profissional que trabalha preservando e melhorando a imagem da organização no mercado. Por fim, o marketing direto são todas as ações que chegam diretamente ao público-alvo, tais como e-mail marketing, mala direta, telefone. A empresa ainda se vale de propaganda, que é a divulgação paga da empresa. Leitura complementar Acesse o livro Marketing promocional, de João Soderini Ferracciú. Leia da página 7 a 12 e entenda a diferença entre promoção, promoção de vendas e marketing promocional. Disponível na Biblioteca Virtual Pearson. TEMA 4 – PONTO DE VENDA Neste momento, abordaremos questões mais específicas sobre o ponto de vendas: fachada, logotipo, higiene e limpeza, layout, iluminação, cores, som, 8 aroma, disposição dos produtos e vitrine. Você vai perceber que, embora sejam muitas questões, elas se interligam com facilidade. Começamos nossa jornada de PDV falando sobre a fachada. Com toda a certeza é comum ter ouvido e até ter falado a frase “A primeira impressão é a que fica”, não é mesmo? Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae (2019), os primeiros fatores que os potenciais clientes percebem são a fachada e o ambiente da loja. Pode ser que ele fique com uma impressão positiva ou negativa da empresa. A empresa deve ter elementos adequados de comunicação para seu público-alvo (é óbvio, mas é importante lembrar que a empresa deve saber quem é o seu público-alvo). Quanto ao logotipo, sugere-se que seja relativamente curto e de fácil memorização. Deve passar o conceito da loja e o segmento em que esta atua. Isso pode ser feito por meio das cores, design, conceitos. Uma dica é ser simples. Figura 1 – Logotipos mundialmente famosos Crédito: Rose Carson/Shutterstock. Com relação à higiene e limpeza, quem gosta de ir a um PDV sujo e com produtos avariados? Isso “arranha” a imagem da empresa. Dá uma impressão de desleixo, certo? Pensamos: se o que vemos está assim, imagina o resto (serviço, atendimento, qualidade dos produtos). A limpeza vale tanto para a parte interna quanto para a parte externa do PDV. Além de estar limpa, a loja precisa parecer limpa (Sebrae, 2019). Por sua vez, o layout, de acordo com o Sebrae (2019), é a utilização dos espaços disponíveis, adaptando-os da melhor forma ao trabalho e à comodidade dos clientes. O layout deve levar em conta o acesso dos consumidores, o local de pagamento, estoque e armazenamento, disposição de gôndolas e displays, disposição das mercadorias e dos espaços livres e o espaço da vitrine. 9 No que tange à iluminação, destaca-se o realce da loja e dos produtos por meio da iluminação adequada. Esta deve ser utilizada para destacar produtos internamente e na vitrine. Observe que, de acordo com o segmento, há diferentes indicações de iluminação. Saiba mais Leia a reportagem a seguir do Sebrae sobre a importância da iluminação nos PDV. Disponível em: <https://respostas.sebrae.com.br/iluminacao-da-loja-como-a-iluminacao-contribui-para-as- vendas/#:~:text=A%20ilumina%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20um%20fator ,f%C3%ADsico%20com%20os%20produtos%20expostos.>. Acesso em: 18 nov. 2019. O aspecto relacionado às cores liga-se diretamente à percepção dos clientes no PDV, desde a sua fachada, letreiro, logotipo até a parte interna da loja. As cores têm significados, preste atenção às cores dos logotipos do McDonalds™, Burger King™, KFC™ etc. Figura 2 – Logotipo Burger King Crédito: Ty Lim/Shutterstock. 10 Figura 3 – Logotipo Mc Donald’s Crédito: Tooykrub/Shutterstock. Figura 4 – Logotipo Pizza Hut Crédito: James R. Martin/Shutterstock. Figura 5 – Logotipo do Subway Crédito: Grisha Bruev/Shutterstock. O que é possível perceber de comum entre os logotipos apresentados nas Figuras 2, 3 e 4? As cores vermelha e amarelo, correto? Estas são cores quentes, 11 que atiçam o apetite. Por isso, geralmente são usadas em restaurantes. É interessante observar, na Figura 5, que o Subway™ trabalha com as cores amarelo e verde. O amarelo é uma cor quente, que estimula o apetite, enquanto o verde se liga diretamente com a imagem de um lanche mais saudável e fresco (“Eat fresh™”). Dentro das lojas, as cores também são importantes. Já falamos sobre o som no PDV, mas é importante perceber o seu papel na hora da venda, da ambientação dos clientes. Alguma vez já malhamos em alguma academia que tocava música clássica? Ou fomos a uma loja de móveis finos de decoração em que tocava heavy metal? As músicas, portanto, devem combinar com os espaços em que tocam. Logo, elas devem estar em consonância com o público-alvo da empresa e com o que estes buscam. Saiba mais Saiba por meio do link a seguir sobre rádio corporativa e como ela auxilia nas vendas. Disponível em: <https://www.megamidia.com.br/radio-corporativa>. Acesso em: 17 nov. 2019. O aroma no PDV e sua importância também já foi comentado anteriormente. Contudo, há aspectos que merecem ser destacados. Saiba mais Confira mais sobre esse assunto na reportagem a seguir. Disponível em: <http://www.revistavarejobrasil.com.br/marketing-olfativo-o-que-e-e-como- funciona-no-varejo/>. Acesso em: 17 nov. 2019. A disposição dos produtos no PDV é um fator que altera as vendas. Quem nunca teve vontade de comprar algo ou se lembrou do que precisava comprar quando viu o produto ou uma promoção no PDV? A correta exposição das mercadorias no PDV tem esse poder, logo, as mercadorias devem ser agrupadas de acordo com seu tipo e finalidade ou público a que se destinam, pois a desorganização provoca perda de valor para os produtos expostos (Sebrae, 2019). Não é à toa que, por exemplo, chocolates, balas, salgadinho fiquem perto dos caixas no supermercado (estimulando à compra enquanto os clientes esperam na fila), isso é estratégico. Saiba mais Leia a reportagem de Letícia Mathias sobre a exposição dos produtos no PDV. Disponível em: <https://clubedotrade.com.br/blog/exposicao-de-produtos- no-pdv/>. Acesso em: 17 nov. 2019. 12 Por fim, destacamos a importância da vitrine. Ela tem a função de destacar os principais aspectos dos produtos e exerce a função de um convite à entrada na loja, para que os clientes vejam as novidades (Sebrae, 2019). Vale lembrar que os produtos expostos na vitrine devem sempre apresentar os respectivos preços, pois o principal objetivo da vitrine é chamar a atenção do consumidor para os produtos da loja, convidando-o a entrar. Leitura complementar Acesse a Biblioteca Virtual e leia o livro Pesquisa e planejamento de Marketing e Propaganda (item “Ponto de venda”, p.118 e 119), de Paixão, 2012. TEMA 5 – PAPEL DAS ESTRATÉGIAS PROMOCIONAIS As estratégias promocionais são ações que têm como objetivo apresentar, informar, convencer ou lembrar os clientes de consumir seus produtos ou contratar seus serviços e não os dos seus concorrentes. Podemos citar as amostras grátis, folhetos, propaganda em meios de comunicação, catálogos, sorteios, brindes, descontos, eventos, dentre tantas outras ações. Essas ações devem estar ligadas ao que o público-alvo da empresa percebe como valor, senão não adiantarão muita coisa. Contudo, lembre-se de que todas as formas de divulgação implicam custos. Estes devem ser planejados antecipadamente. Como gestor, é possível também prever qual o retorno que essa estratégia trará, seja para a imagem do negócio, o aumento do número de clientes ou o acréscimo de receita da empresa. Leitura complementar Visite nossa Biblioteca Virtual e leia o tópico “Habilidades em marketing” (p. 206 a 211), do livro Marketing essencial: conceitos, estratégias e casos, de Kotler e Keller. Logo, para planejar uma estratégia, é preciso saber para quem ela se direciona, quanto de capital há disponível, quanto tempo vai durar, se haverá capacidade de atender a demanda caso ela aumente. É preciso monitorar a concorrência. Qual é a tendência das estratégias promocionais do meu setor? Contemos também com a criatividade. É sempre bom quando a empresa é lembrada por algo que ela foi pioneira. 13 O papel desempenhado pelas estratégias promocionais pode marcar época. Quem não se lembra dos bichinhos de pelúcia da Parmalat, febre nos anos 1990? Hoje em dia é comum termos cartão fidelidade, ou fazer parte do “Clube X” nos supermercados. Essas ações promocionais auxiliam-nos a permanecer consumindo nesse ou naquele estabelecimento, uma vez que a concorrência está cada vez mais acirrada. Para planejar e implementar estratégias promocionais, devemos entender o que o nosso consumidor deseja, para então poder atendê- lo. Por exemplo, o Grupo Boticário é dono das marcas Quem disse Berenice?, The Beauty Box, O Boticário, Eudora, Vult e Multi B. Cada uma delas destina-se a um público-alvo e tem uma maneira diferente de recompensar suas clientes nos cartões fidelidade. Saiba mais Promoções que ficaram na história Grandes promoções de marcas famosas fizeram história no Brasil e marcaram a vida de muitas pessoas. Aposto que você lembra dos minicraques, dos tazos, dos caçulinhas. Lembra? Veja algumas dessas promoções. 1. Minicraques: essas miniaturas da seleção brasileira da Copa de 1998 viraram febre na época da promoção. Para conseguir um dos 25 minicraques era preciso juntar 5 tampinhas plásticas, metálicas ou anéis verdes promocionais, dois reais e ir até um posto de troca. [Disponível em: <https://youtu.be/n1pTTSzwT14>. Acesso em: 17 nov. 2019.] 2. Caçulinha Pokemón: No ano 2000, o Guaraná Antarctica lançou uma coleção para promover a linha caçulinha. Aproveitando o sucesso do Pokemón, uma embalagem especial foi lançada. Nem precisamos falar que o produto foi um sucesso. [Disponível em: <https://youtu.be/6wAu-_p167k>. Acesso em: 17 nov. 2019.] 3. Tazos: a Elma Chips aproveitou a febre do desenho Looney Tunes para lançar uma coleção de tazos. Essa promoção reuniu vários itens, incluindo Tazos, Álbum, Porta Tazos, Tapete Tazo, Master Tazos, Atira Tazos e Kit Tazo. Foram feitos 80 tazos diferentes com várias personagens da Looney Tunes, entre eles Pernalonga, Patolino, Frajola, Taz, Piu-Piu e outros. [Disponível em: <https://youtu.be/mCuo6xDEzLo>. Acesso em: 17 nov. 2019.] 14 4. Geloucos: a história consistia em cubos de gelo que ganharam vida após terem recebido um banho de Coca-Cola, ficando loucos pela bebida. Os primeiros foram lançados em 1997, e para conseguir bastava juntar 10 tampinhas de metal ou cinco de plástico e trocar por um envelope contendo dois geloucos, um card e um adesivo. [Disponível em: <https://youtu.be/IJmynWF6tGI>. Acesso em: 17 nov. 2019.] 5. Mamíferos da Parmalat: a Parmalat lançou uma campanha marcante nos anos 1990. Crianças entre 3 e 4 anos de idade vestiram roupas de pelúcia fantasiando diversos animais. A campanha foi um sucesso absoluto e, entre 1998 e 1999, a empresacolheu os bons lucros da campanha, lançando uma promoção que virou mania nacional. O cliente tinha que juntar 20 códigos de barras de produtos Parmalat e, com mais 8 reais, poderia trocar por um bichinho de pelúcia da série mamíferos. [Disponível em: <https://youtu.be/mZOKGQZxH2k>. Acesso em: 17 nov. 2019.] Disponível em: <http://summercomunicacao.com.br/blog/nostalgia-5-promocoes- que-ficaram-na-historia/>. Acesso em: 17 nov. 2019. Acesse o link a seguir e confira as diferenças entre as marcas administradas pelo Grupo Boticário. Disponível em: <https://propmark.com.br/marcas-do-grupo-boticario-idealizam-movimento- diversa-beleza/>. Acesso em: 16 mai. 2022. 15 REFERÊNCIAS ATRAIA mais clientes: melhore o layout da sua loja. Sebrae, 28 fev. 2019. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/um-bom-layo ut-traz-valor-a-sua-loja,fe95438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD?origem =segmento&codSegmento=7, 2019>. Acesso em: 17 nov. 2019. BIGARELLI, M. Marketing promocional: história e evolução. Administradores.com, 18 jan. 2017. Disponível em https://administradores.com. br/artigos/marketing-promocional-historia-e-evolucao>. Acesso em: 17 nov. 2019. FERRACCIÚ, J. S. S. Marketing promocional: a evolução da promoção de vendas. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. KOTLER, K., Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, P.; KELLER, K.L. Marketing essencial: conceitos, estratégias e casos. 5. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
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