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QUIMIOTERAPIA → Considerações iniciais – Carla O câncer, nos dias atuais, tornou-se um problema de saúde pública mundial, uma vez que tem aumentado sua prevalência dentro das doenças crônicas não transmissíveis, necessitando de grandes investimentos financeiros e acarretando ônus institucional e social para os países. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008) Quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células doentes que formam um tumor. Estes medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem pelo corpo (INCA, 2018) Tempo de tratamento - A duração do tratamento é planejada de acordo com o tipo de tumor e varia em cada caso. Ainda que o paciente não sinta qualquer mal-estar, as aplicações de medicamento não devem ser suspensas. Somente o médico indicará o fim do tratamento Como é feito o tratamento? Em meio ambulatorial – o paciente vem de sua residência para receber o tratamento e volta para casa, e pode ser internado o paciente é hospitalizado durante todo o período do tratamento. Tipos da quimioterapia: • Quimioterapia antineoplásica - A quimioterapia antineoplásica é aquela realizada através da administração de fármacos para o tratamento de câncer atuando em nível celular, porém sem especificidade, ou seja, os medicamentos não destroem exclusivamente as células tumorais (BONASSA, 1992). Podendo ser utilizado um medicamento especifico (monoquimioterapia) ou uma combinação de medicamentos (poliquimioterapia), além da combinação da quimioterapia com outros tratamentos, tais como as cirurgias e radioterapias. • Quimioterapia curativa – utilizada quando se pretende acabar com o câncer através apenas na quimioterapia • Quimioterapia adjuvante – espera-se acabar com possíveis células que ficaram após o tratamento cirúrgico • Quimioterapia neoadjuvante – finalidade principal diminuir o tumor antes da realização da radioterapia ou de uma cirurgia. • Quimioterapia paliativa – função de melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo os sintomas, uma vez que é realizada quando a doença não apresenta mais chance de cura. (SARDINHA, 2014) O tratamento é administrado por enfermeiros especializados e auxiliares de enfermagem, podendo ser feito das seguintes maneiras: → Via oral (pela boca): o paciente ingere pela boca o medicamento na forma de comprimidos, cápsulas e líquidos. Pode ser feito em casa. → Intravenosa (pela veia): a medicação é aplicada diretamente na veia ou por meio de cateter (um tubo fino colocado na veia), na forma de injeções ou dentro do soro. → Intramuscular (pelo músculo): a medicação é aplicada por meio de injeções no músculo. → Subcutânea (pela pele): a medicação é aplicada por injeções, por baixo da pele. → Intracraneal (pela espinha dorsal): menos frequente, podendo ser aplicada no líquor (líquido da espinha), pelo próprio médico ou no centro cirúrgico. → Tópico (sobre a pele ou mucosa): o medicamento (líquido ou pomada) é aplicado na região afetada. A quimioterapia constitui uma das modalidades de maior escolha para produzir cura, controle e paliação. A quimioterapia envolve o uso de substâncias citotóxicas, administradas principalmente por via sistêmica (endovenosa). (JOHNSTON et al., 2008) Os quimioterápicos em uso clínico, geralmente são bem tolerados pelos pacientes e os efeitos colaterais moderados, são bem controlados com dosagens apropriadas e uso criterioso de outros fármacos, como os antieméticos. As principais toxicidades são: supressão da medula óssea, imunossupressão, náuseas e vômitos, alopecia, toxicidade renal, cardiotoxidade, toxicidade pulmonar, neurotoxicidade e lesão gonadal e esterilidade. (BONASSA, 2000) → Avaliação odontológica prévia ao início do tratamento oncológico – Laryssa •Em geral, pacientes oncológicos apresentam necessidades odontológicas significativas que implicam em atendimento prévio à quimioterapia. A maioria dos pacientes tem condições bucais precárias, doença periodontal avançada, próteses mal ajustadas e afecções associadas com negligência da higiene oral. Ambas, higiene oral inadequada e doenças dentárias pré-existentes, são os fatores de risco bucais mais comuns para complicações orais advindas do tratamento oncológico. •A abordagem inicial deve incluir a análise das condições dentárias, deve instituir a adequação do meio e eliminar as condições infecciosas pré-existentes. As condições propícias ao aparecimento de infecções são a má higiene bucal, presença de raízes residuais e quadros patológicos periapicais periodontais. O exame radiográfico inicial é essencial para avaliar a presença de focos infecciosos, a presença e/ou extensão da doença periodontal e principalmente a determinação da existência de doença metastática. •Dessa forma, o objetivo do tratamento odontológico prévio ao tratamento oncológico é eliminar ou estabilizar as condições bucais para minimizar a infecção local e sistêmica, durante e após o tratamento do câncer, consequentemente, aumentar a qualidade de vida do paciente. Um profundo conhecimento do processo de diagnóstico, do estadiamento do câncer e do planejamento. → Avaliação odontológica durante o tratamento oncológico – Daynara Slide 11-12 Nessa fase durante a quimioterapia, os tratamentos mais invasivos devem ser realizados somente em emergências de dor. Já o tratamento eletivo deve ser realizado somente no paciente com condições clínicas e laboratoriais favoráveis. Existem momentos para realizar atendimento odontológico, que é o período de imunossupressão, entre o 7° e o 14° dia após a sessão de quimioterapia. Sempre entra em contato com o médico antes de qualquer procedimento. Protocolo de atendimento: 1. Solicitar hemogramas antes de realizar qualquer procedimento para determinar se o paciente pode ser submetido ao tratamento; 2. Quando os valores dos exames hematológicos se apresentarem muito baixos, em geral, procedimentos odontológicos invasivos são contraindicados, até que o hemograma retorne a níveis seguros; 3. Se o paciente estiver trombocitopenico (baixo nível de plaqueta) (plaqueta < 40.000 mm3), existe um risco eminente de hemorragia; e se estiver imunossupressor (neutrófilos < 1.000 mm3), existe um alto risco de infecção; situações nas quais se faz necessário o uso de concentrado de plaquetas e profilaxia antibiótica, respectivamente; 4. Verificar possíveis fontes de infecções; 5. Verificar a necessidade de profilaxia antibiótica: sempre questionar o oncologista sobre a indicação. 6. Orientar o paciente sobre qualquer sinal de progresso de infecção e principalmente sobre higienização bucal; 7. O tratamento da infecção bucal exige a colaboração entre dentista e o oncologista, pois pode levar a um quadro de sepse; 8. O paciente, ao ser atendido, deverá ser orientado a realizar bochechos com gluconato de clorexidina a 0,12% durante 15 dias, utilizar fio dental e escovar os dentes e a língua após todas as refeições. O creme dental utilizado deverá conter flúor. Na presença de trombocitopenia, o paciente deve ser orientado a não usar fio dental, somente escova dental extra macia, para reduzir o risco de trauma e, consequentemente, de sangramento. → Avaliação odontológica após o tratamento oncológico - Natália Slide 13-16 → É comum que pacientes oncológicos tenham sua saúde prejudica após passar por diversos tratamentos agressivos. Portanto é essencial que ele não deixe o acompanhamento com o cirurgião-dentista para tratar de possíveis complicações tardias. → Por isso devem ser feitas avaliações bucais periódicas para controle de placa bacteriana e aplicação tópica de flúor gel, em casos de xerostomia fluoreto neutro e em presença de salivação fluoreto fosfato acidulado → Avaliações radiográficas → Orientação para manutenção da higiene bucal do paciente com usode dentifrícios fluoretados e fio dental → Manutenção do bochecho com flúor três vezes ao dia dependendo da xerostomia e higiene bucal do paciente → Realizar raspagem supra gengival, e quando necessário raspagem subgengival, onde se faz necessário cobertura antibiótica → Indicação de bochechos com solução de clorexidina após tratamento periodontal → Tratamento conservado indicado: expectante, restaurador e endodôntico → Restaurações definitivas em lesões cariosas que surgirem, nos casos em que o paciente apresentar xerostomia o indicado é que seja feita com cimento de ionômero de vidro → Salientar quanto as complicações a longo prazo, especialmente em relação a osteonecrose relacionada com bifosfonatos. Que são usados também no tratamento de hipercalcemia e estão ligados a perda ou fragilidade óssea. Também é indicado para prevenção da perda óssea decorrente do tratamento antineoplásico a base de hormônios em pacientes com câncer de próstata ou câncer de mama. O fármaco pode ser administrado mensal ou bimestralmente e por isso, o paciente pode não incluir na lista de medicamentos de rotina, sendo assim, o cirurgião-dentista deve questionar os pacientes se foram tratados com bisfosfonatos. → Controle mecânico → Avaliação da dieta → Pacientes após o seu tratamento oncológico pode realizar exodontia, mas depende muito do caso e do momento do seu tratamento, o prazo mínimo é de um ano após o final do tratamento. O oncologista pode muitas vezes não autorizar por conta que as principais preocupações são, possíveis infecções, sangramentos excessivos e a cicatrização. E mesmo que a exodontia seja autorizada, o paciente deve passar por uma avaliação anterior ao procedimento e após sua realização ter uma série de cuidados, como repouso, higienização conforme o orientado, dieta liquida e pastosa e tomar a medicação de forma correta. → Complicações bucais decorrentes do tratamento oncológico - Gustavo o Cerca de 40% dos pacientes oncológicos que realizam tratamento antineoplásico irão apresentar comprometimento na cavidade oral, em virtude da estomatotoxicidade direta ou indireta. o Complicações bucais: ▪ MUCOSITE / ÚLCERAS – Definida como uma irritação da mucosa; – Importante complicação, podendo interferir no tratamento – Apresenta-se entre 40 a 70% dos pacientes sob quimioterapia (a depender do método utilizado para fazer a avaliação e dos fármacos utilizados) – Seu aparecimento ocorre entre 5-10 dias após a administração da droga – Predileção por mucosa não queratinizada (mucosa jugal, labial e ventre de língua); – Sintomatologia: eritema, edema, sensação de ardência, sensibilidade – Dividida em 4 fases: Fases Definição Inflamatória / vascular O tecido epitelial vai liberar interleucina 1 (IL-1), interleucina (IL-6) e fator de necrose tumoral-alfa (TNF-al- fa), aumentando a vascularização local. Epitelial Ocorre diminuição na renovação das células, devido a RT , provocando a ulceração. Ulcerativa / microbiológica Caracteriza-se pela perda da integridade da mucosa, levando a lesões extremamente dolorosas, que servem de porta de entrada para bactérias orais e que podem levar a infecções sistêmicas Cicatrizadora / curativa Caracteriza-se pela proliferação epitelial e pela diferenciação celular e tecidual, restaurando a integridade do epitélio – Graus (OMS): – Características clinicas: coloração esbranquiçada (ausência de descamação suficiente da queratina), edemaciada, eritematosa e friável, áreas de ulceração (membrana superficial fibrinopurulenta, amarelada e removível), dor pode acentuar durante a alimentação ou higienização oral; – Prevenção e controle: higiene oral com digluconato de clorexidina a 0,12%, uso de analgésicos, antimicrobianos (casos graves), laserterapia (laser de baixa potência possui a capacidade de bioestimulação e aumento do metabolismo celular, assim, retardando o aparecimento das lesões), acupuntura. ▪ CANDIDÍASE / INFECÇÕES FÚNGICAS – Infecção fúngica (Candida albicans), devido a diminuição da quantidade do fluxo salivar e as alterações na composição da saliva por diversos microorganismos (bactérias, fungos e vírus) podem infectar a cavidade bucal; – lesão aguda ou crônica, superficial ou profunda; – Aspecto clínico é bem variável; – Prevenção e tratamento: possibilidade de controle para fatores que influenciam o desenvolvimento da candidíase, intervenção preventiva ao início do tratamento oncológico, uso tópico de Nistatina e VO de terapia antifúngica sistêmica. ▪ VÍRUS HERPES SIMPLES (HSV) / INFECÇÃO VIRAL – Podem gerar uma série de lesões de variada severidade em comprometimento local e sistêmico. – Resultado de reativação de vírus latentes ou de condições adquiridas. – Manifestações frequentes, decorrentes ao tratamento quimioterápico; – Localização mais comum é a borda do vermelhão e a pele adjacente aos lábios, conhecido como herpes labial; – Pode ocorrer também na mucosa bucal, limitando quase sempre a mucosa queratinizada, relacionada ao osso (gengiva inserida e palato duro) – sintomas menos intensos e rompimento vesicular rápido, cicatrização em 10 dias; – Sinais e sintomas: dor, ardência, prurido (sensação desconfortável e irritante que causa a vontade de coçar), calor localizado ou eritema no epitélio; – Prevenção e tratamento: Administração de regime profilático (Aciclovir 200mg), Uso de medicamento tópico para lesões labiais, Intervenção sistêmica (dose de combate Aciclovir 400mg 5 comprimidos ao dia com intervalo de 4 horas). ▪ DIGEUSIA / ALTERAÇÃO DE PALADAR – Acomete os pacientes a partir da segunda ou terceira semana; – Associada a diversos fatores: disfunção das papilas gustativas, xerostomia, infecção e condição psicológica; – O aumento da viscosidade do fluxo salivar e a alteração bioquímica da saliva formam uma barreira mecânica de saliva que dificulta o contato físico entre a língua e os alimentos; – Pacientes recebendo QT podem ter a sensação da difusão da droga na cavidade oral; – Pacientes descrevem um paladar novo como metálico, desagradável, de comida estragada ou rançoso; – Controle e tratamento: controlar a xerostomia, higiene oral auxilia no controle dos casos; ▪ XEROSTOMIA – Desenvolvimento de secura na boca, causada por marcante redução do fluxo salivar (fluxo não estimulado inferior a 0,1 mL/minuto) e (normal: 0,3-0,6mL/minuto) – Pode aparecer com 1 semana após o início da terapia – Efeito bucal sério e comum causado por mais de 375 medicamentos utilizados na terapia; – Afeta as habilidades de alimentação, uso de próteses, falar e dormi; – Dependendo da intensidade e duração do tratamento, a terapia induz a mudanças graves ou definitivas nas estruturas das glândulas salivares, com a destruição total ou parcial, modificando a qualidade e quantidade de saliva; – Prevenção e controle: Recomendado balas sem açúcar, gomas de mascar diet, ingestão de água, substitutos de saliva (saliva artificial), higiene oral, acupuntura, laserterapia (glândulas salivares) ▪ NEUROTOXICIDADE – Alguns agentes quimioterápicos podem causar neurotoxicidade e alteram nervos da cabeça e pescoço a depender da dosagem e duração do tratamento; – Manifestações clinicas: região das extremidades acorrem parestesias parciais intre e/ou extra orais em áreas inervadas pelo nervo trigêmeo, aparecimento e desaparecimento espontâneo – Tratamento: analgésicos sistêmicos e, muitas vezes, também uso de narcóticos; → Simulação de caso clínico: Aspectos relevantes para 3 especializações, exames que necessita, caso problema complexo o Montar o caso - Lyvia e Bianca ▪ Tratamento Dentística - JP ▪ Tratamento Periodontia - Nicolas ▪ Tratamento Cirurgia – Lilian SLIDE 27,28,29,30,31,32,33 (LYVIA) Vídeo da Dra. Carmem CASO CLÍNICO Paciente do sexo masculino, melanoderma, 60 anos de idade, diagnósticado com cancêr, compareceu ao consultórioodontológico para realizar um tratamento prévio ao tratamento oncológico(quimioterapia). Na anamnese, o paciente relatou ser ex-fumante, ex-etilista crônico e edentulo da arcada superior. Ao exame clínico intrabucal, observou-se cárie nos dentes: 43,42,41,31,32 e doença periodontal. -Avaliação prévia GENGIVITE: Diagnosticada através de achados clínicos. GENGIVITE INDUZIDA POR BIOFILME: EM PERIODONTO ÍNTEGRO: - PSV maior ou igual a 3mm; - 10% ou mais de faces com sangramento à sondagem; - Ausência de perda de inserção ou perda óssea radiográfica. EXTENSÃO DA GENGIVITE: - Localizada: 10%-30% Slide 34-35(NICOLAS) É importante o cirurgião-dentista avaliar e tratar o paciente antes da quimioterapia, com objetivo de prevenir maiores problemas durante o tratamento, isso porque altas doses de quimioterapia podem incluir áreas como a maxila e glândulas salivares A quimioterapia induz a imunossupressão, diminuindo a capacidade de defesa contra microrganismos, podendo causar sangramento na cavidade, aumento de chances de surgir placa bacteriana e uma possível doença periodontal Protocolo - Profilaxia foi feita normalmente - Raspagem não foi traumática, pois o paciente possuía mais biofilme do que placa bacteriana - Foi ensinado e usado fio dental, e utilizado gaze estéril para retirar acúmulo de biofilme e sangue - A profilaxia foi realizada novamente, mas com polimento com pedra-pomes, assim alisando a superfície dental, e removendo manchas de alimentos consumidos - A técnica de Stillman tem como função aumentar o sucesso de remoção de biofilme, inclinando a escova dental em 45% em todos os elementos dentários SLIDE 52-56 (João Pedro) Dentística 1. O cirurgião dentista deve atuar previamente ao início dos ciclos de quimioterapia a fim de evitar complicações maiores. Quimioterápicos causadores de efeitos colaterais bucais indiretos poderão gerar neutropenias nos pacientes que consequentemente estarão mais suscetíveis a infecções odontogênicas graves (MARTINS; CAÇADOR; GAETI,2002). 2. O tratamento odontológico de rotina, como procedimentos restauradores, protéticos, endodônticos convencionais e raspagens de rotina podem ser realizados caso haja necessidade. De acordo com Neville et al. (2009). Avaliação pré-quimioterápica: 1. O objetivo é da eliminação de fatores infecciosos que poderão evoluir para um quadro mais grave. 2. O ideal é o exame odontológico bem como os procedimentos sejam realizados de duas a quatro semanas antes do tratamento para permitir a cura adequada de qualquer procedimento bucal requerido. 3. Deverá ser iniciado um programa de higiene bucal e instruir ao paciente a sua importância, antes de começar o tratamento oncológico MARTINS; CAÇADOR; GAETI, 2002; PAIVA et al., 2004 Segue abaixo um protocolo para manejo odontológico de pacientes com indicação de quimioterapia segundo Ministério da Saúde (2009), Albuquerque, Morais e Sobral (2007), Carneiro, Silva e Cruz, (2007) e Zanette (2007): Protocolo de atendimento: 1. Escovação preparatória; 2. Clivagem do esmalte com isolamento relativo. Quando a abertura for feita com alta rotação o isolamento está dispensado nesta etapa; 3. Remoção de toda a dentina cariada do limite amelodentinário e paredes laterais, sem anestesiar emoção da dentina cariada infectada da parede pulpar; remover o tecido cariado com instrumental maior na parede pulpar e menor no limite amelodentinário; 4. Lavagem da cavidade; 5. Novo isolamento relativo; 6. Secagem da cavidade; 7. Proteção pulpar, se necessário; 8. Condicionamento com ácido por 10 a15 segundos; 9. Lavagem da cavidade. Se ao lavar a cavidade o Cimento de Hidróxido de Cálcio e o Hidróxido de Cálcio PA saírem os mesmos deverão ser recolocados; 10. Novo isolamento relativo; 11. Secagem da cavidade; 12. Proporcionamento e manipulação do Cimento de Ionômero de Vidro de alta viscosidade mantendo rigorosamente as recomendações do fabricante; 13. Inserção do Cimento de Ionômero de Vidro na cavidade antes da perda do brilho; 14. Ajuste oclusal. Verificar a existência de contatos em movimentos de máxima intercuspidação habitual, lateralidades, protusiva garantindo, ausência de contatos prematuros, boa distribuição dos contatos oclusais e conforto para o paciente. Evitar o uso de alta rotação; 15. Aplicação de verniz; 16. Instrução do paciente para não mastigar nas duas horas após a realização das restaurações. Referencias: JHAM, Bruno Correia; FREIRE, Addah Regina da Silva. Complicações bucais da radioterapia em cabeça e pescoço. 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Acesso em: 11 mar. 2022. SARDINHA, V. Quimioterapia. Tipos de quimioterapia e seus efeitos colaterais. Disponível em: <https://www.preparaenem.com/biologia/quimioterapia.htm>. Acesso em: 20 mar. 2022. (ÖHRN et al, 2001; VISSINK et al, 2003; JHAN et al, 2007; HADDAD et al, 2008; FISCHER et al, 2008) Osteoradionecrosis; John Beumer III, DDS, MS, Eric Sung, DDS; Division of Advanced Prosthodontics UCLA School of Dentistry Periodontal treatment in Cancer Patients: Na interdisciplinar Approach; A.M. Decker, L.S. Taichman, N.J. D’Silva and R.S. Taichman FUNDAMENTOS DA TERAPIA PERIODONTAL DE SUPORTE (TPS) CONDIÇÃO PERIODONTAL DE INDIVÍDUOS SUBMETIDOS À RADIOTERAPIA ASSOCIADA OU NÃO À QUIMIOTERAPIA DAS VIAS AERODIGESTIVAS SUPERIORES - UM ESTUDO PROSPECTIVO VIEIRA, Danielle Leal; LEITE, André Ferreira; MELO, Nilce Santos de; FIGUEIREDO, Paulo Tadeu de Souza. Tratamento odontológico em pacientes oncológicos. Oral Sci., jul/dez. 2012, vol. 4, nº 2, p. 37-42. LOPES, Carlos de Oliveira; MAS, Josepa Rigau I.; ZÂNGARO, Renato Amaro. Prevenção da xerostomia e da mucosite oral induzidas por radioterapia com uso do laser de baixa potência. Radiologia Brasileira, v. 39, n. 2, p. 131-136, 2006. Quais são as condutas odontológicas para paciente submetido à radioterapia e quimioterapia?, BVS Atenção primaria em saúde., 2021. Disponível em: https://aps.bvs.br/aps/quais-sao-as-condutas-odontologicas-para- paciente-submetido-a-radioterapia-e-quimioterapia/. Acesso em: 22 de março de 2022 MANCINI, Natália. Quem tem câncer pode extrair dente?, Revista Abrale on-line, 2021. Disponível em: https://revista.abrale.org.br/quem-tem-cancer-pode-extrair-dente/. Acesso em: 22 de março de 2022. IZQUIERDO, Cristina de Moraes; GERHARDT DE OLIVEIRA, Marília; WEBER, João Batista Blessmann. Terapêutica com bisfosfonatos: implicações no paciente odontológico: revisão de literatura. 2011.
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