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INTRODUÇÃO →Castração →Esterilização →Gonadectomia (retirada das gônadas sexuais) →Ovariectomia (ooforectomia) ANATOMIA →Ovário direito é mais cranial que o esquerdo, sendo que ambos ficam no polo caudal dos rins e o rim direito é mais cranial (fica praticamente na altura das 2 ultimas costelas) →É preso na fáscia costal pelo ligamento suspensor →O pedículo ovariano é a porção ao redor dele, onde há a Bursa ovariana, com o ovário, gordura ao redor e vasos principais (artéria ovariana e veia ovarina que drena para a veia cava do lado direito e do lado esquerdo drena para a veia renal) A artéria ovariana é ramo da artéria aorta e se perder esse pedículo há bastante sangramento, podendo levar o animal a óbito →O útero é prendido na parede abdominal pelo ligamento largo, o qual nas extremidades pode ser chamado de ligamento redondo →O útero é dividido em 2 cornos, 1 corpo e a cérvix, que fica abaixo da bexiga →Há uma artéria que passa junto do útero e outra um pouco mais distante, que são as artérias uterinas, devendo tomar cuidado ao seccionar o ligamento largo para que elas não sejam rompidas OVARIOHISTERECTOMIA (OVH) INDICAÇÕES →Solicitação do cliente →Desequilíbrio hormonal que podem levar a outros problemas Lesão de pele (dermatites podem ser hormonais) Tumor mamário (existe chance menor de ter tumor de mama se o animal for castrado precocemente, portanto antigamente se fazia a castração próximo ao 1º cio, sendo a chance de 0,05%, porém, hoje em dia, sabe-se que se castrava os animais com 12 semanas e começaram a aparecer muitas alterações - incontinência urinaria, fechamento de placa epifisária mais precocemente, possuindo ossos muito longos, gerando problemas articulares, animais de porte gigante tiveram problemas de ligamento cruzado, alguns apresentaram maiores chances de formação de osteossarcoma e mastocitoma -, pois os hormônios sexuais são muito importantes para o desenvolvimento dos animais o Por isso, faz-se atualmente depois dos 6 meses, aproximadamente depois do 1º cio, na maioria dos animais e em animais de raças grades ou gigantes, entre o 2º e 3º cio Pseudociese persistente (gravidez psicológica) Ninfomania (possuem hormônios em [ ] muito alta, podendo até mesmo possuírem problemas com convulsões) →Metrite crônica →Piometra (infecção uterina) →Distocias (patos distócicos, pois provavelmente terá outra distocia no próximo cio e se desejar mantê-lo no cio deve-se programar a cesariana, mas costumam passar para seus descendentes) →Épocas Antes do 1º cio Início ou fim da gestação (o ideal é que seja no final da gestação, que permite a castração em bloco, ou seja, remoção do útero com os filhotes e há uma equipe para reanima-los enquanto segue a cirurgia, mas no início não é indicado, pois consta como aborto) Durante o cio deve-se evitar qualquer cirurgia, a não ser que seja emergência, pois há [ ] de estrógeno que diminui o nº de plaquetas e a função das mesmas, podendo haver agregação plaquetária e plaquetas deficientes na coagulação PRÉ-OPERATÓRIO →Exames de rotina →Jejum hídrico (2h) e solido (8h) →Banho e tricotomia ampla imediatamente antes, logo após a MPA →Decúbito dorsal (para incisão longitudinal mediana) ou lateral esquerdo (para acesso no flanco esquerdo) →Antissepsia ampla →ATB profilático (apenas se passar de 90min de cirurgia) MÉTODOS →Convencional/Três pinças padrão: 3 pinças abaixo do ovário (pinças dorsais) →Três pinças modificada: 2 pinças abaixo (pinças dorsais) do ovário e 1 acima dele (pinça ventral) →Em bloco: em casos de cesariana com castração, na qual faz-se o triplo pinçamento nos 2 pedículos ovarianos, na região acima da cérvix, corta e entrega o útero, após isso são feitas as ligaduras e segue o tempo cirúrgico, enquanto a 2ª equipe abre o útero e retira os filhotes para a reanimação Para que esta seja feita os filhotes não podem estar em bradicardia e deve ser rápido, em torno de 1min +/- para cortar, retirar e entregar os filhotes, sendo de até 5min para reanima-los Se houver dúvida na retirada desses pacientes faz-se a cesariana com celiotomia, retira-se os filhotes, placenta, faz o pinçamento do cordão umbilical e entrega para a reanimação e, após isso, ao invés de fechar, retira-se o útero →Videolaparoscopia: (tem crescido muito seu uso) há 3 portais que são colocados no abdome, 1 para câmera e 2 para instrumental, infla o abdome com CO2 e o procedimento é feito (existe uma técnica em que se usa 2 portais, sendo em um deles feita a incisão de pele, subcutâneo e musculatura para que seja introduzido) →NOTES - Natural Orifice Transluminal Endoscopic Surgery: utiliza orifício natural para introdução desses portais, sendo eles vagina, reto e mucosa oral, mas a mais utilizada é a vagina que protege e tem menos sangramento que o reto (faz a incisão nela, introduz o portal pelo abdome e o procedimento é feito) e normalmente não se sutura →Técnica do gancho: estrutura que puxa o ovário, mas é mais indicado fazer com o dedo pois o gancho pode pinçar o pâncreas, puxar mesentério ou perfurar o intestino TÉCNICA →Primeiro é feita a celiotomia pelo flanco ou longitudinal mediana, a qual se tem o acesso pela região média do abdome, o ovário é palpado, localizado e exposto →Coloca-se 2 pinças no pedículo, abaixo do ovário, ou seja, dorsal a ele (se conseguir pode-se colocar 3 pinças, mas nem sempre há espaço e por isso a 3ª pode ficar ventral/acima ao ovário) e, após esse triplo pinçamento secciona-se entre a 2ª e a 3ª pinça mais ventral (acima) →Para fazer a ligadura passa-se o fio abaixo da pinça mais dorsal, pois esta tem a característica de esmagar o tecido para que no momento do nó seja mais fácil (após a 1ª laçada com nó de cirurgião o auxiliar tira a pinça e depois de 2 nós quadrados finaliza a ligadura) →Para a incisão na linha media, se é uma cadela jovem, pré-púbere ou gata, geralmente localiza a região da cicatriz umbilical, palpa o púbis e na gata será exatamente no meio do caminho entre essa distância, de +/- uns 2cm, mas se for mais velha ela geralmente é mais cranial, então começa da cicatriz umbilical →Vantagem de retirar ovário e útero: evita piometra e neoplasia uterina →No caso de útero extenso ou piometrite Sutura parker-kerr (dupla invaginante associando Cushing com Lembert) Seccionar mucosa evertida Ligaduras auxiliares Omentalização (aumenta vascularização, faz vedação, protege e, para casos de piometra é interessante para fixar o útero) OBS: nunca se deve transfixar o útero, pois o mesmo é contaminado, mas se não fizer a ligadura dos vasos, para não correr o risco de ela escorregar, pode passar a agulha na serosa do útero e fazer a ligadura para trava-lo nessa direção →Para o fechamento da celiotomia, faz a Sultan ou Simples continua, testa para ver se tem espaço, fecha a intradérmica e faz pontos de pele (PIS) OVARIECTOMIA (OVE) INDICAÇÕES →Cadela e gata Suspensão de cio Tumores ovarianos Cistos ovarianos Neoplasias mamarias →Se tira apenas o ovário, está indicado apenas para animais que não tiveram cio ou tiveram no máximo 2, pois se houver quantidade de hormônio que esse animal já recebeu ao longo da vida, tem chances de, ao deixar o útero, desenvolver tumores uterinos ou piometra (mais raro) Se ao animal é pré-púbere, não teve cio ou teve apenas 1 cio, as chances desses hormônios terem tido ação são menores ABORDAGEM →Cadela e gata Via flanco o paciente fica em decúbito lateral esquerdo, pois o acesso é feito pelo lado direito (o mais difícil de ser feito é o direito, pois o ovário direito é mais cranial e o esquerdo é mais caudal), sendo este indicadopara cadela pré- púberes, gatas ou cadelas pequenas, pois a incisão é feita de um lado para acessar o ovário que estará do outro lado trazendo para essa área de incisão e, se for muito distante será muito difícil tracionar e a visão é dificultada o Incisão simples: secciona todos os músculos (obliquo externo, obliquo interno e transverso do abdome) o Incisão composta: separa as fibras no sentido das fibras do musculo e no fechamento faz o mesmo, com Simples continua ou Sultan, dependendo do tamanho Via celiotomia mediana: da mesma maneira da ovariohisterectomia PRÉ-OPERATÓRIO →Exames de rotina →Jejum hídrico (2h) e solido (8h) →Banho e tricotomia ampla imediatamente antes, logo após a MPA →Decúbito dorsal (para incisão longitudinal mediana) ou lateral esquerdo (para acesso no flanco esquerdo) →Antissepsia ampla →ATB profilático (apenas se passar de 90min de cirurgia) OVH E OVE →Na OVH coloca-se 3 pinças e secciona, mas na OVE traz outra pinça e secciona e faz uma ligadura para cada lado, sem movimentar muito, pois o ligamento largo fica preso e deseja-se que útero continue fixo →Hemorragias excessivas em ambas Prolongamento da incisão no sentido cranial, para poder avaliar e não fazer abordagem histérica da hemorragia para que não corra o risco de pinçar o ureter (este é retroperitoneal, passando no assoalho e a chance de pegá-lo com a técnica correta é mínima) Avaliar polo caudal do rim para não pinçar o ureter Verificar a região sublombar Ligadura dos vasos Lembrara de esvaziar bexiga para que não atrapalhe no posicionamento para a localização da cérvix, pois se ela estiver muito distendida o ureter passa de um lado e do outro e pode ser seccionado por engano Cuidar para o útero com piometra não romper no manuseio e, se ocorrer, deve lavar bem a cavidade PÓS-OPERATÓRIO →Proteção para ferida →Colar elisabetano/roupa cirúrgica →Analgesia →Anti-inflamatório (Tramadol, Meloxicam e Dipirona, mas Firocoxib - AINE - é melhor) Para gatos não costuma passar Tramadol, sendo o Meloxicam e Dipirona suficientes Tramadol pode prender fezes e urina em até 3 dias e se for feita epidural com Morfina pode demorar a urinar →Curativo diário com solução salina →Remoção dos pontos entre 7-10 dias →Restrição de espaço, mas com passeio controlado para urinar COMPLICAÇÕES →Hemorragia (após a cirurgia, verificar sempre as ligaduras) →Permanência de fragmentos de ovários (gera síndrome de ovário remanescente, pois se o ovário cair um pouquinho na cavidade acaba revascularizando e volta a ciclar, além de ter cuidado para que a Bursa ovariana não rompa e cair alguma célula – normalmente acaba ocorrendo por deixarem algum pedaço do ovário após a cirurgia) →Peritonite (em casos de contaminação) →Deiscência dos ferimentos COMPARAÇÕES →OVE indicada para pré-púberes ou que tiveram 1 ou 2 cios, mas a partir do momento em que teve mais influência hormonal pensa-se em OVH, pois é arriscado deixar o útero →Longitudinal mediana x flanco (a 1ª tem a vantagem de ver todos os órgãos pelo melhor acesso e, se tiver sangramento, é possível ver e conter e os animais se incomodam menos com sua recuperação, pois não se sutura músculo, mas na 2º não tem gravidade contra nós e as chances de eviscerarem é menor) →Para correção de piometra pelo flanco não é indicado →Existem situações me que não se pode acessar pela linha media, como em gatas que tiveram hiperplasia mamaria, pois, essas glândulas mamarias crescem de jeito que se forme uma placa na frente, não permitindo acesso para a incisão e, nesse caso, é indicado o acesso pelo flanco para diminuir os hormônios e a hiperplasia (o mesmo para dermatites que impeçam esse acesso pela linha media)
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