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Métodos de análise para fibras - Lavínia Peixoto Riva - 2021201879 Existem vários métodos para análise de fibras em alimentos. Alguns dos métodos utilizados em laboratórios são: 1. Enzimático-gravimétrico 2. Método de Southgate 3. Método Uppsala 4. 1. O método enzimático-gravimétrico é uma técnica utilizada para a análise de fibras em alimentos, é um dos mais utilizados e consiste em tratar o alimento com diversas enzimas fisiológicas, simulando as condições do intestino humano, permitindo separar e quantificar gravimetricamente o conteúdo total da fração fibra e/ou as frações solúveis e insolúveis. Ele combina a ação de enzimas específicas com a determinação gravimétrica para quantificar a quantidade de fibras presentes em uma amostra. A análise de fibras é importante para avaliar a composição nutricional dos alimentos e entender seu impacto na digestão e absorção de nutrientes pelo organismo. As fibras alimentares são uma parte importante da nossa dieta e desempenham um papel crucial na saúde do sistema digestivo. 2. O método de Southgate é usado para medir a quantidade de fibra em alimentos. Ele envolve a separação da fibra solúvel da fibra insolúvel por meio de processos de gelatinização e hidrólise do amido. A fibra insolúvel é filtrada e considerada como fibra total, enquanto a fibra solúvel é separada. Os diferentes componentes da fibra são quantificados por meio de reações químicas, medindo-se os açúcares presentes. A celulose é medida como glicose e o resíduo insolúvel é considerado como lignina. Em resumo, o método de Southgate separa e quantifica a fibra solúvel e insolúvel, medindo os açúcares e componentes da fibra para determinar sua quantidade. 3. O Método Uppsala é uma técnica utilizada para analisar fibras alimentares. Ele é baseado na medição dos componentes da fibra, como celulose, hemicelulose e lignina. Nesse método, a amostra é tratada com ácido sulfúrico concentrado para remover os compostos solúveis. Em seguida, ocorre uma hidrólise ácida que decompõe a hemicelulose em açúcares simples. A celulose é tratada com um reagente específico que a transforma em glicose. Após esses processos, os açúcares resultantes da hidrólise são medidos quantitativamente, geralmente por cromatografia ou métodos colorimétricos. A quantidade de glicose medida é usada para determinar a quantidade de celulose presente na amostra. O resíduo insolúvel após o tratamento com ácido sulfúrico é considerado como lignina. Em resumo, o Método Uppsala envolve a remoção de compostos solúveis, a hidrólise da hemicelulose e a determinação da celulose por meio da medição da glicose. Ele também permite estimar a quantidade de lignina presente na amostra. Enzimático-gravimétrico Vantagens: Especificidade: As enzimas selecionadas degradam seletivamente os componentes não fibrosos, permitindo uma análise mais específica das fibras presentes na amostra. Precisão: O método fornece resultados precisos quando realizado corretamente, combinando a ação enzimática com a determinação gravimétrica. Aplicabilidade: Pode ser aplicado a uma variedade de alimentos, sendo amplamente utilizado na indústria de alimentos e em laboratórios de análise. Desvantagens: Complexidade: O método envolve várias etapas e pode ser demorado, exigindo habilidades técnicas específicas para garantir resultados confiáveis. Custo: O uso de enzimas e outros reagentes pode tornar o método mais dispendioso em comparação com outras técnicas de análise de fibras. Sensibilidade: O método pode ser sensível a variações nas condições de hidrólise e na qualidade das enzimas utilizadas, exigindo um controle rigoroso do processo. Método de Southgate Vantagens: Permite a separação da fibra solúvel e insolúvel, fornecendo informações detalhadas sobre os tipos de fibras presentes. Possibilita a quantificação precisa de componentes específicos da fibra, como celulose, lignina e polissacarídeos não celulósicos. Desvantagens: O processo é complexo, com várias etapas e reações químicas, exigindo habilidades técnicas específicas. Pode haver erros e variabilidades durante o processo de análise, afetando a precisão dos resultados. O método se concentra principalmente nos componentes de celulose, lignina e polissacarídeos não celulósicos, limitando a avaliação de outros compostos presentes nos alimentos. Método Uppsala Vantagens: Amplamente aplicável: O método de Uppsala pode ser aplicado em cereais e produtos hortícolas, o que o torna útil para uma variedade de amostras alimentares. Inclusão de lenhina: A inclusão da lenhina na análise proporciona uma avaliação mais completa da fibra alimentar total presente na amostra. Desvantagens: Limitação de resíduos específicos: O método não identifica componentes específicos da fibra alimentar, mas sim realiza uma estimativa indireta com base nos resíduos de açúcar neutro, ácido urônico e lenhina. Portanto, não é adequado para a determinação de fibras alimentares específicas, como a pectina. Complexidade e tempo: O método de Uppsala envolve várias etapas, incluindo hidrólise ácida, extração de lenhina e filtração, o que pode tornar o processo demorado e complexo. Referências: UFRGS. DETERMINAÇÃO DE FIBRA ALIMENTAR. Disponível em: https://www.ufrgs.br/napead/projetos/bromatologia/fibras/determinacao_alimentar.php. Acesso em: 29 jun. 2023. FREITAS, Sidinéia Cordeiro de et al. Coletânea de Métodos Analíticos para Determinação de Fibra. Embrapa Agroindústria de Alimentos, Rio de Janeiro, RJ, 2011. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1257906/mod_resource/content/1/Determina%C3%A7%C3%A3o %20de%20fibras.pdf. Acesso em: 29 jun. 2023. Fibra Alimentar. Análise. Professores Beatriz Rosana Cordenunsi Lysenko e Eduardo Purgatto. Bromatologia 2017. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4133833/mod_resource/content/1/Fibra%20Alimentar%202017-a n%C3%A1lise.pdf. Acesso em: 29 jun. 2023.