Paramentação e Montagem da Mesa Cirúrgica

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Paramentação e Montagem da Mesa Cirúrgica 
 
BIOSSEGURANÇA: 
- constitui um conjunto de medidas que visa o controle da infecção e possibilita a prevenção de doenças por infecção 
cruzada, protegendo o paciente, o dentista e a sua equipe; 
- o processo de contaminação ocorre através do contato entre o agende contaminador e o hospedeiro. Os agendes 
são os: vírus, bactérias, fungos, etc. 
- são diversas as doenças causadas por esses agentes, tais como: AIDS, tuberculose, hepatite B e C principalmente, 
herpes simples, sífilis, etc. 
- as normas de biossegurança consistem desde o uso de EPIS até medidas de redução ou remoção total de 
microrganismos de objetos e tecidos vivos; 
TERMOS DE BIOSSEGURANÇA: 
 ASSEPSIA: são ações que visão manter o meio sem contaminação, impedir a penetração de microrganismos 
em um local que não os contenha. 
 ANTISSEPSIA: medidas realizadas sobre tecidos vivos, por meio da aplicação de antissépticos na pele ou em 
mucosas, para evitar a atividade e proliferação de microrganismos. Os mais comuns são: 
 PVPI: polivinil pirrolidona-iodo a 10% Obs: não deve ser usado em casos de alergia ou em casos de 
biopsia, pois pode alterar a pigmentação da lesão e prejudicar no diagnóstico 
 Gluconato de clorexidina a 2% 
- antissepsia intra oral se faz com clorexidina 0,12% 
- já a antissepsia extra oral se faz com PVPI ou clorexidina 2% 
 DESINFECÇÃO: medidas realizadas sobre objetos e superfícies pelo uso de desinfectantes, tais como: 
 Fenólicos 
 Álcoois: álcool 70% 
 DEGERMAÇÃO: remoção de bactérias da pele por meio de limpeza mecânica e o uso de agentes químicos. O 
manilúvio é um exemplo de degermação. Os degermantes recomendados são: 
 PVPI: polivinil pirrolidona-iodo a 10% 
 Gluconato de clorexidina a 2% 
 Álcool 70% + glicerol a 2% 
 ESTERILIZAÇÃO: é o método absoluto, que elimina todas as formas de microrganismos, podendo ser: 
PARAMENTAÇÃO: 
- evita a contaminação ou outros acidentes; 
- equipamentos que vão garantir nossa segurança e a do paciente (seguindo a ordem que eles devem ser colocados): 
1. Pijama 
2. Gorro 
3. Mascara 
4. Face shield 
5. Capote/avental cirúrgico estéril 
6. Campo fenestrado para o paciente 
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7. Material esterilizado 
8. Material descartável não contaminado 
9. Mangueiras protegidas 
 
- o que não devemos fazer após a paramentação? 
 Coçar a cabeça 
 Tocar a mascara 
 Coçar nariz e olhos 
 Ajustar o refletor (a não ser se o mesmo estiver protegido com TNT do kit cirúrgico ou papel alumínio 
esterilizado), etc 
 Descansar os braços em qualquer superfície (as mãos sempre devem está acima da cintura) 
SEQUÊNCIA CIRÚRGICA 
I. Lavagem das mãos 
- Manilúvio: é a degermação das mãos (se faz o uso de escovas de cerdas macias, pia exclusiva 
dotada de água aquecida e comando por pedal, estilete de madeira ou plástico para limpeza das 
unhas) = 
a) Acionar a água e enxaguar as mãos e antebraços até o cotovelo 
b) Para procedimentos não invasivos aplicar sabonete liquido. Para procedimentos invasivos 
aplicar digluconato de clorexidina a 2%, sobre toda a extensão das mãos e dos braços 
c) com a escova estéril escovar as mãos da região mais crítica para a menos crítica, ou seja, 
iniciamos pelas unhas, seguindo para a face da mão, face dorsal, borda ulnar da mão e dedo 
mínimo, passando por todos os espaços interdigitais, alcançando a borda radial do polegar e 
da mão. Em seguida se faz a escovação do antebraço, iniciando no punho seguindo até o 
cotovelo. 
d) Deve-se fazer um bom enxague com água morna para remover todo o sabão, as 
contaminações e células descamadas, deixando escorrer das pontas dos dedos ao 
antebraço. Durante e após o enxague devemos colocar as mãos para cima. 
e) O enxugamento se faz com compressas estéreis, no sentido dedos cotovelos O tempo 
tradicional para o manilúvio é de 5 minutos. 
II. Vestir capote 
- pegar os aventais pela sua parte superior com o dedo indicador e polegar de cada mão tocando somente 
nas superfícies estéreis do avental cirúrgico, sem encostar em qualquer superfície e o circulante deve 
amarrá-lo 
III. Calçar as luvas 
 
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IV. Montagem da mesa: 
- após a paramentação o operador inicia a montagem da mesa cirúrgica com o auxilio do circulante, que 
deve abrir os invóculos contendo os instrumentais, enquanto o auxiliar finaliza a sua paramentação. 
-instrumental: vai depender do procedimento a ser realizado; 
- devem ser posicionados na mesa cirúrgica da esquerda para a direita, seguindo a ordem de uso; 
- material de consumo: anestésico, gaze, soro fisiológico, seringa descartável, lâmina de bisturi, sugador; 
V. Antissepsia: 
- instrumentos: cuba e pinça Allis 
- material de consumo: enxaguante, gaze e PVPI ou clorexidina 2% 
VI. Montagem do campo: 
- instrumentos: pinça backaus – ajuda a prender o campo 
- material de consumo: - 
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- abrir campos e forrar: cadeira, mesa auxiliar, as pegas do refletor, uso do campo fenestrado no paciente; 
VII. Anestesia: 
- instrumentos: pinça, seringa carpule 
- material de consumo: anestésico tópico, gaze, tubete anestesio, agulha gengival, de preferencia curta; 
VIII. Incisão: 
- instrumentos: cabo de bisturi 
- material de consumo: lamina 15 
IX. Descolamento: 
- instrumentos: descolador de molt, cureta de molt e afastador de minessota 
- material de consumo: - 
X. Divulsão: 
- instrumentos: tesoura metzembaum, pinça Dietrich- pinça mosquito 
- material de consumo: 
XI. Cirurgia propriamente dita 
XII. Diérese: 
- instrumentos: cureta de lucas 
- material de consumo: soro fisiológico, seringa descartável, agulha descartável 
XIII. Síntese: 
- instrumentos: pinça Dietrich, porta agulha, tesoura Iris 
- material de consumo: fio de sutura agulhada 
ORDEM DE ORGANIZAÇÃO DA MESA CIRURGICA 
 
OBS: deixar um material alternativo esterilizado caso ocorra algo fora do planejado 
 
 
 
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XIV. CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS: 
- Tiras as luvas sem se contaminar; 
- tirar o avental e segurar pela sua parte interna; 
- lavagem das mãos 
- no vestuário tirar gorro, mascara pró-pé e pijama cirúrgico; 
 
 
 
MATERIAIS E INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS: 
- Materiais de consumo: 
 Agulhas gengivais 
 Sugadores descartáveis 
 Compressas de gaze 
 Lamina de bisturi 
 Fio de sutura 
 Kit de campo cirúrgico 
 Agulha hipodérmica estéril descartável 
 Aspiradores cirúrgicos descartáveis 
- Instrumentais: 
 Cabo de bisturi 
 Lamina de bisturi 
 Descolador periosteal: extremidade pontiaguda para iniciar a elevação do periósteo e rebate papilas entre 
os dentes e a extremidade arredonda serve para continuar o descolamento do periósteo do osso 
 
 
 
 
 Afastador de Minnesota: retração de bochechas e retalhos 
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- austin de ângulo reto (retração das bochechas) 
 
 Abaixadores de língua, como o brunings e weeter 
 
 Pinça de Adson: segura e estabiliza o tecido para sutura e dissecção 
 
 
 
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 Pinça stillies: manipulação de tecidos na porção mais posterior 
 
 
 Pinças hemostáticas: todas possuem ranhuras e permite o controle de hemorragias, remover tecido de 
granulação do alvéolo e pegar partículas pequenas que tenham caído nas áreas das feridas ; 
- pinça Kelly: retas e curvas 
 
- pinça mosquito: reta e curva, usadas para pinçamento de vasos mais delicados, também podem ser usadas 
em frenectomias. Elas são mais delicadas 
 
 
 
- pinça de murphy (sua ponta ativa é maior que a ponta ativa do porta agulha, e possui ranhuras) 
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 Pinça auxiliares: 
- backaus: utilizada para fixação de campos cirúrgicos, etc 
 
- collin: utilizada para apreensão de tecidos 
 
Alveolotomo 
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 Brocas esféricas e peça de mão para a remoção de osso 
- broca Zekrya para secção dentária 
 
 Martelo e cinzel: remoção de osso, como o tórus lingual, também utilizado para expansão de maxila; 
 
 
 
 
 Iima para osso: utilizado para regularizar osso/ rebordo alveolar 
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- lima seldin 
 
 Curetas: 
- cureta de lucas: remover tecidos ou fragmentos de cavidades ósseas; 
 
 Porta agulha 
 Tesoura íris: corte de tecdos moles 
 Tesoura metzenbraum: corte de tecidos moles 
 
 
 
 Bloco de mordida/ abridor de boca 
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 Alavancas 
 Fórceps 
 Periotomo: corte de ligamento periodontal, para romper a ligação do dente com o osso. Utilizo quando 
preciso preservar o alvéolo para instalação de implante imediato