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Antibioticoterapia para Infecção do Trato Urinário

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Infecção do Trato Urinário 1
Infecção do Trato Urinário
Data de Criação
Fonte Curso de Antibióticos TdC
Classificações
ITU alta: rins e sistema coletor → pielonefrite
Sintomas sistêmicos - febre, dor em região costovertebral, queda do estado 
geral
ITU baixa: bexiga e uretra → cistite
Sintomas cardinais - disúria, polaciúria, urgência, hematúria, dor 
suprapúbica
ITU não complicada: cistite na epidemiologia típica (mulher, jovem, idade fértil)
ITU complicada: perfil não típico (homem, idosos, crianças) → diagnóstico 
diferencial mais amplo
Agentes 
Principais bacilos gram-negativos (enterobactérias):
Escherichia coli, Proteus, Klebsiella
BGNs: amplamente especializados na produção de beta-lactamases
Outros → cocos gram-positivos:
Staphylococcus saprophyticus
Enterococcus
Cistite
1ª Linha de Tratamento
Nitrofurantoína
@18/07/2023
Infecção do Trato Urinário 2
PRIMEIRA ESCOLHA PARA CISTITE
Alta penetração no rim e concentração da urina
NÃO trata pielonefrite (não atinge nível sérico)
Espectro de ação: 
BGN entéricos: E. coli e Klebsiella
Staphylococcus saprophyticus e Enterococcus
NÃO cobre Proteus e Pseudomonas
Posologia: 100 mg 6/6h
100 mg 12/12h em referências estrangeiras (liberação prolongada não 
disponível no BR)
Efeitos adversos: bom perfil de tolerabilidade e segurança
Náuseas, vômitos, farmacodermias (rash cutâneo limitado)
Se uso prolongado (profilaxias, ITU de repetição): pneumonite intersticial e 
reações de hipersensibilidade pulmonar → relacionado ao tempo de uso e à 
exposição repetida ao medicamento
Contraindicada após a 37ª semana de gestação
Fosfomicina
PRIMEIRA ESCOLHA PARA CISTITE
Espectro de ação:
BGN entéricos: E. coli, Proteus, Klebsiella
Staphylococcus saprophyticus e Enterococcus
Pouca resistência cruzada/induzida a outras classes medicamentosas
Posologia: 1 sachê diluído em água, dose única à noite
Efeitos adversos: bom perfil de tolerabilidade e segurança
Sintomas gastrointestinais leves
Sintomas vestibulares
Cefaleia
Nitrofurantoína X Fosfomicina: evidências sugerem que a nitrofurantoína tem 
maiores taxas de cura, especialmente se infecção por E. coli, mas a fosfomicina tem 
Infecção do Trato Urinário 3
maior facilidade posológica (não tem no SUS)
2ª Linha de Tratamento
Cefalosporinas de 1ª Geração
Cefalexina
Espectro de ação contra E. coli e Klebsiella
Cefalosporinas de 2ª Geração
Cefuroxima e Cefoxitina
Além dos BGN entéricos, cobre também Haemophilus e Moraxella
Seguras para uso na gestação
Mesmo perfil de EA dos betalactâmicos
Amoxicilina + Clavulanato
Penicilina + inibidor de betalactamase
3ª Linha de Tratamento
Altas taxas de resistência na comunidade → NÃO DEVEM SER USADAS 
EMPIRICAMENTE!!!!!!!!!!!!
Sulfas
Sulfametoxazol + trimetoprima
Espectro de ação:
Gram-positivo: Staphylococcus incluindo MRSA
Listeria
Enterobactérias (resistência > 30%)
Efeitos adversos:
Farmacodermias: NET e Stevens-Johnsons
Intolerância gastrointestinal
Redução à secreção tubular de creatinina → aumento da creatinina sérica sem 
redução da TFG (aumento da creatinina sem causar disfunção renal)
Infecção do Trato Urinário 4
Hipercalemia + hiponatremia
Cuidar uso concomitante a iECA/BRA ou espironolactona
PVHIV são mais sensíveis ao aumento do potássio sérico
Quinolonas
2ª geração: ciprofloxacino e norfloxacino
Espectro de ação: muito amplo → gram positivos, gram negativos, atípicos, 
anaeróbios e micobactérias
Gram positivos: Staphylo aureus, Strepto pyogenes, Strepto pneumoniae
Gram negativos: BGN, Pseudomonas, Haemophilus influenzae, Neisseria
Anaeróbios: Clostridium
Atípicos: Mycoplasma, Legionella, Clamidya
Micobactérias: esquema alternativo ara o tratamento de tuberculose (quinolonas 
respiratórias)
Efeitos adversos:
Roturas: 
Rotura espontânea de tendões
Especialmente calcâneo
Principalmente em pacientes jovens
Afastar/reduzir a intensidade das atividades físicas durante o tratamento
Rotura de aneurisma de aorta abdominal
Especialmente em idosos
Rotura com a realidade: delirium e confusão mental
Principalmente me idosos
Metabólicos
Disglicemia → cuidar pacientes diabéticos
Alargamento do intervalo QT
Aumento de eventos arritmogênicos
Infecção do Trato Urinário 5
As quinolonas respiratórias também fazem parte de esquemas alternativos para 
o tratamento de tuberculose. Nesse contexto, o uso da quinolona pode 
negativar a baciloscopia e dificultar o diagnóstico de tb.
Aumento da taxa de Clostridium e de MRSA
Alerta do FDA!!! Recomendação de evitar o uso de quinolonas em infecções do 
trato urinário ou trato respiratório alto quando disponíveis outras opções, pois o 
risco-benefício não se justifica devido ao perfil de segurança
Motivos para evitar quinolonas: efeitos adversos, altas taxas de resistência, 
indução de resistência
Pielonefrite
Vias de contaminação:
Ascendente (70-80%)
Mesmas bactérias que a cistite (principalmente E. coli) além de 
Pseudomonas e Enterococcus
Hematogênica (20-30%)
Paciente internado, UTI
Principal patógeno: Staphylococcus aureus (infecção metastática pela 
liberação de êmbolos)
Principais agentes: BGNs - E. coli, Proteus e Klebsiella
Cefalosporinas de 3ª Geração
Ceftriaxona, Cefotaxima e Ceftazidima
Espectro de ação: MSSA, Streptococcus pneumoniae, BGNs entéricos, 
Pseudomonas (Ceftazidima), espiroquetas (leptospirose, sífilis)
Via de administração exclusivamente parenteral
Ceftriaxona
TRATAMENTO DE ESCOLHA PARA PIELONEFRITE (paciente internados ou 
aptos a fazer hospital dia)
Administração: IM, EV e hipodermóclise (boa opção para pacientes com 
dificuldade de punção de rede venosa, limitação de suporte, cuidados de fim de 
Infecção do Trato Urinário 6
vida)
Comodidade posológica: 12/12h ou 1x/dia → possível tratamento ambulatorial 
por via parenteral (hospital dia)
Posologia para pielonefrite: 1g 1x/dia
Espectro de ação: cobre alguns mecanismos de resistência não cobertos pelas 
cefalosporinas de 1ª e 2ª geração
Mesmo perfil de EA dos betalactâmicos
Aminoglicosídeos
Amicacina, Gentamicina, Tobramicina, Neomicina
Espectro de ação: gram positivos incluindo enterococcus (Gentamicina), gram 
negativos incouindo Pseudomonas
Os aminoglicosídeos são moléculas muito grande, apresentando dificuldade de 
atingir as bactérias, mas podem ser usados em combinação com antibióticos que 
atuam na parede celular (como betalactâmicos e glicopeptídeos - vancomicina), 
permitindo a penetração na bactéria e ação do aminoglicosídeo.
No cenário da ITU, os aminoglicosídeos podem ser usados em monoterapia.
Efeitos adversos:
Otoneurotoxicidade: baixa da acuidade auditiva ou síndrome vertiginosa 
(irreversíveis)
Nefrotoxicidade: IRA + hipocalemia
Reversível, tempo-dependente
Preferir a prescrição 1x/dia
OBS: Mecanismos de resistência diferentes entre amicacina e gentamicina ou 
tobramicina
Regimes Terapêuticos
1ª opção de tratamento: Ceftriaxone
Em regime de internação ou ambulatorial (hospital dia)
Pacientes com opção de tratamento ambulatorial mas indisponíveis para fazer 
hospital dia:
Infecção do Trato Urinário 7
1) Infusão de uma dose de antibiótico parenteral no PS:
Ceftriaxone (escolha), aminoglicosídeo ou ertapenem
Garante tratamento empírico adequado para as primeiras 24-48h
2) Seguimento do tratamento com quinolona por via oral
Ciprofloxacino 500 mg 12/12h por 7 dias
3) Reavaliação e ver resultado da UCA em 48-72h para ajuste do tratamento guiado
UCA sensível ao ciprofloxacino: mantém quinolona
UCA resistente ao ciprofloxacino: ajusta o esquema
Pacientes que não podem correr o risco de “erro” no tratamento empírico 
(multicomorbidades, imunocomprometidos) não são candidatos a esse 
esquema terapêutico, devem ser internados para o tratamento da 
pielonefrite
UCA sensível ao sulfametoxazol-trimetoprima: boa opção terapêutica para o 
término do tratamento

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