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Áreas motoras subcorticais e vias extrapiramidais

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Daniella	Machado		
TURMA	XXVI	
 
 
 
Morfofuncional IV: Módulo 2 
Áreas motoras subcorticais e vias extrapiramidais – Febre, Inflamação e Infecção 
 
Vias Eferentes Extrapiramidais 
 
Tecto Espinhal 
Interneurônios os liga aos motoneurônios da região medial do corno 
anterior dos segmentos mais altos da região cervical da medula espinhal. 
Origina-se no colículo superior que recebe fibras da retina e do córtex 
visual. Está no funículo anterior dos segmentos mais altos da medula cervical, 
onde estão os neurônios motores responsáveis pelo movimento da cabeça e 
pertencem ao sistema anteromedial da medula. Envolvido nos reflexos 
visuomotores, em que o corpo se orienta a partir de estímulos visuais. Ou seja, 
reflexos da cabeça gerados por estimulação visual. Controlando os músculos da 
cabeça e posicionamento do pescoço. 
 
Trato Retículo Espinhal 
Atuação conjunta com motoneurônios por intermédio dos interneurônios posicionados medialmente no 
corno anterior da medula espinhal, regulando os movimentos automáticos e voluntários dos músculos axiais e 
proximais dos membros. 
Promovem ligação de várias áreas da formação reticular com os neurônios motores da medula. Nessas 
áreas chegam informações de setores diversos do SNC, cerebelo e do córtex pré-motor. Tem o reticuloespinhal 
pontino que aumenta os reflexos antigravitacionais da medula, facilitando os extensores e a manutenção da 
postura ereta. Atua mantendo o comprimento e a tensão muscular. 
O trato reticuloespinhal bulbar tem efeito oposto, liberando os músculos antigravitacionais do controle do 
reflexo, tendência flexora. Controlando os movimentos voluntários e automáticos, dos músculos axiais e proximais 
dos membros, e pertencem ao sistema medial da medula. 
Por suas aferências vindas da área pré-motora, esses tratos determinam o grau adequado de contração 
desses músculos, colocando o corpo em uma postura básica ou postura “de partida” necessária à execução de 
movimentos delicados pela musculatura distal dos membros. O trato corticoespinhal lateral promove o suporte 
básico postural e as vias laterais realizam a execução de movimentos finos. Que após a lesão do trato 
corticoespinhal, a motricidade voluntária da musculatura proximal dos membros é mantida pelos tratos 
reticuloespinhais, permitindo a movimentação normal do braço e da perna. 
O controle do tônus muscular e da postura dá se em grande parte no nível medular, pelos reflexos 
miotáticos, que são modulados por influências supramedulares trazidas pelos tratos reticuloespinhais e 
vestibuloespinal, agindo sobre os neurônios alfa e gama. 
 
Trato Vestíbulo Espinhal 
Unidos ao motoneurônios através de interneurônios. Localização na porção medial no corno anterior da 
medula espinhal. Controla os músculos axiais e proximais dos membros. Ajusta a contração para gerar equilíbrio 
corporal: trato vestibular medial e trato vestibular lateral. 
Originam-se nos núcleos vestibulares do bulbo e levam os neurônios motores os impulsos nervosos 
necessários à manutenção do equilíbrio a partir de informações que chegam a esses núcleos (vinda da parte 
vestibular do ouvido interno e do vestibulocerebelo). Mantém a cabeça e os olhos estáveis diante de movimentos 
do corpo. Projetam-se para a medula lombar, ativando os músculos extensores (antigravitacionais) das pernas. 
São feitos, ajustes posturais, permitindo que seja mantido o equilíbrio mesmo após alterações súbitas do corpo 
no espaço. Como no tropeço. 
 
Trato rubro espinhal 
Interneurônios o liga aos motoneurônios. Localização na lateral do corno anterior 
da medula espinhal. Controla a musculatura distal dos membros. Juntamente com o trato 
corticoespinhal lateral controla a motricidade voluntária dos músculos distais dos membros, 
Áreas	Motoras	subcorticais	e	vias	extrapiramidais	–	Módulo	2	 	 	 	 					Daniella	 Machado	
Morfofuncional	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																 	 	 	 	 															TURMA	XXVI	
 
 2 
músculos intrínsecos e extrínsecos da mão. Origina no núcleo rubro do mesencéfalo, decussa e reúne no 
corticoespinhal no funículo lateral da medula. A principal aferencia para o núcleo rubro é M1. Ativa os músculos 
flexores e inibe os extensores. 
Esta via funciona como uma espécie de via alternativa para o caso de lesões na via corticoespinhal. 
Juntamente com a via rubroespinhal (extrapiramidal) compõe o sistema motor lateral da medula espinhal. 
 
Lesões do tronco encefálico 
 
Descorticado: 
As influências corticais sobre tronco e a medula foram removidas. Os 
motoneurônios inferiores só tem influência do tronco encefálico (mesencéfalo, 
ponte e bulbo). A flexão do membro superior é explicada pela presença do 
núcleo rubro. 
 
Descerebrado: 
As influências corticais sobre o tronco, a medula 
e mesencefálicas foram removidas. Só a ponte e o bulbo exercem efeitos sobre a medula. 
A ausência da flexão é por causa da remoção das influências rubrais. 
 
Tipos de fibras: Alfa e Gama: ajuda no estiramento da fibra 
 
Núcleos da Base 
 
Funções: 
o Estabilização dos movimentos voluntários 
o Controla o tônus muscular 
o Planeja e executa informações proprioceptivas 
o Importante nas tarefas cognitivas 
 
Circuito de integração motora 
O córtex pré-frontal gera a vontade do movimento antes que o córtex motor 
primário inicie a execução dos comandos motores. Os núcleos da base junto com o 
córtex pré-motor, programam um refinado plano motor. Os núcleos da base agem 
controlando o nível de excitabilidade dos neurônios talâmicos sobre o córtex motor 
(facilitando a excitabilidade dos neurônios corticais motores). 
 
Distúrbios 
o Tremor em repouso 
o Hemibalismo 
o Movimentos involuntários 
o Alterações no tônus muscular 
o Bradicinesia 
o Atetose 
 
Síndrome hipercinéticas 
 Córeia + balismo + distonia (contrações involuntárias do músculo). Neurônio neoestriados que tem o 
GABA e encefalina (retransmissores). Apresenta comprometido, causando diminuição de atividade inibitória do 
complexo pálido medial/substância negra reticulada sobre o tálamo. 
 
Doença de Hunttington ou Coreia 
Distúrbio progressivo adquirido por herança de um gene dominante e que é 
causado pela degeneração de neurônios estriatais. A degeneração neuronal 
também pode ocorrer no córtex cerebral, e os pacientes afetados sofrem de 
Áreas	Motoras	subcorticais	e	vias	extrapiramidais	–	Módulo	2	 	 	 	 					Daniella	 Machado	
Morfofuncional	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																 	 	 	 	 															TURMA	XXVI	
 
 3 
demência progressiva com movimentos rápidos, anormais, involuntários e abruptos dos membros bilateralmente. 
O estado mental no início da doença pode ser normal. A lesão é no corpo estriado. 
1- Impulsividade e lentidão de movimento 
2- Problemas de equilíbrio 
3- Menos criatividade e menor capacidade de organização 
4- Movimento ocular lento e problema de mastigação 
5- Irritabilidade e ataques de raiva 
6- Depressão, ansiedade e psicose 
7- Atividade motora baixa de motricidade fina 
8- Coreia: movimentos involuntários 
 
Síndrome Parkinsoniana 
o Acinecia 
o Marcha- festinacao 
o Diminuição do volume da voz 
o Rigidez muscular 
o Micrografia 
o Hipomimia ou fácies congelada 
o Bradicinesia 
o Hipertonia plástica/cérea ou rigidez, pode ser global (musculatura 
proximal e flexora) com sinal da roda dentada. 
Ocorre morte dos neurônios dopaminérgicos da substância negra pars compacta (SNc), causando 
desequilíbrio entre as vias direta e indireta. Baixos níveis de dopamina no corpo 
estriado levam a uma fraca inibição do GPi/SNr (glóbulo pálido interno e substância 
Negra para reticulata,). Paralelamente, o segmento externo do glóbulo medial é 
mais fortemente inibido, levando a fraca inibição sobre o núcleo subtalâmico que é 
capaz de excitar fortemente o complexo. O resultado é uma forte inibição do Tálamo 
morto e consequentemente uma fraca conexão com o córtex motor. Substância 
negra pars compacta apresenta comprometida. Gera redução da atividade do 
neoestriadosobre as vias de saída direta e indireta. Intensifica a atividade inibitória 
do complexo pálido medial. Reduz o estímulo cortical. 
Atividades cinesiterápicas: prevenção de contraturas e seu tratamento. 
Controle da evolução da postura flexionada: exercícios de extensão do tronco concêntricos / extensão do 
joelho concêntrico. 
 
Síndrome de Tourette 
Movimentos involuntários, geralmente começa na infância e pode continuar até quando adulto. São tiques 
motores e tiques vocais (emissão de sons pela garganta, repetição de palavras, podendo até proferir xingamentos 
involuntários). Usar medicamentos para tratar. 
A ação desejada (AD) tem um percurso, o córtex pré-frontal indica ao núcleo estriado qual o movimento que 
pretende executar, ativando o neurônio correspondente fortemente, inibindo o 
GPi/SNr que irá impedir a inibição do tálamo. Os neurônios responsáveis pelas 
ações concorrentes são fracamente ativados para não interferir com a ação 
desejada. Quando se tem ativação inapropriada de um conjunto de neurônios 
estritais responsáveis por movimentos que não seja o desejado, dando origem 
à não inibição do tálamo pelos mesmos movimentos involuntários, produzindo 
tiques. 
 
Resumo das lesões 
Globo pálido: movimentos de contração de uma mão, um braço, o pescoço e 
a cara são de origem espontâneos e contínuos. 
Subtálamo: movimentação de agitação súbita de toda uma extremidade 
(hemibalismo). 
Putâmen: movimentos de lançamentos das mãos e outras partes do corpo. 
Substância negra: rigidez, acinesia e tremor.

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