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Lúpus Eritematoso sistêmico Alunas: Bruna Botiglieri, Larissa Fontes, Leyane Noleto, Roberta Ferreira. 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Sy st em ic lu pu s er yt he m at os us ( SL E) Índice Conceito de LES 01 Epidemiologia 02 Fisiopatologia 03 Sinais e Sintomas 04 Diagnóstico 05 20 22 20 22 Lupus clinical case 06 Fatores de risco Índice Tratamento 06 Caso Clínico 07 Diagnósticos e intervenções de Enfermagem 08 20 22 20 22 Lupus clinical case Conceito de LES 01 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Lupus clinical case Conceito de LES O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune (o próprio organismo ataca órgãos e tecidos). 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Epidemiologia 02 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Lupus clinical case Epidemiologia • A incidência da doença em estudos realizados nas últimas décadas tem variado de 3,7 a 5,5/100.000 habitantes. Há apenas um estudo realizado no Brasil, estimando uma incidência de 8,7/100.000 habitantes na cidade de Natal (RN) no ano de 2000. • A prevalência da doença em estudo epidemiológicos realizados nos Estados Unidos tem variado de 14,6 a 50,8 casos/100.000 habitantes. 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Fisiopatologia 03 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Lupus clinical case Fisiopatologia • O LES é uma doença multifatorial; • Seu ponto principal é um desequilíbrio no sistema imunológico; • Causada principalmente por uma inter-relação de fatores, entre eles, genéticos, hormonais e ambientais; • Em relação aos fatores genéticos, no LES, os indivíduos possuem uma deficiência dos componentes da cascata de complemento (C1q, C2 e C4), e tem-se que o C1q é o fator mais associado mesmo que a alteração genética esteja menos frequente; • Outro fator muito associado é a questão hormonal, onde o estrogênio é responsável pela diminuição da apoptose do linfócito B e pela sua atividade; 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Fisiopatologia • Além disso, os fatores ambientais que estão ligados a essa patologia são relacionados a exposição solar, pela apoptose dos queratinócitos causador de uma resposta macrofitica gerando um processo inflamatório; • Assim, com a não apoptose dos linfócitos B e a contínua produção de auto anticorpos, vai ocorrer um aumento de BAFF/Blys, relacionados a sobrevida dos linfócitos B, e a diminuição dos linfócitos T reguladores que são responsáveis pela apoptose do linfócito B; • O imuno complexo ativa o sistema complemento, levando o maior consumo dos complementos, dando início a um processo de quimiotaxia e inflamação tecidual, causando uma diminuição no Clarence do imuno complexo e dos restos apoptóticos. 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Fisiopatologia 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Sinais e sintomas 04 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Lupus clinical case Sinais e sintomas • Os sintomas do lúpus podem surgir de repente ou se desenvolver lentamente. Eles também podem ser moderados ou graves, temporários ou permanentes. A maioria dos pacientes com lúpus apresenta sintomas moderados, que surgem esporadicamente, em crises, nas quais os sintomas se agravam por um tempo e depois desaparecem. • Os sintomas podem também variar de acordo com as partes do seu corpo que forem afetadas pelo lúpus. Os sinais mais comuns são: Fadiga Febre Dor nas articulações Rigidez muscular e inchaços Rash cutâneo – vermelhidão na face em forma de “borboleta” sobre as bochechas e a ponta do nariz. Afeta cerca de metade das pessoas com lúpus. O rash piora com a luz do sol e também pode ser generalizado Lesões na pele que surgem ou pioram quando expostas ao sol Dificuldade para respirar Dor no peito ao inspirar profundamente Sensibilidade à luz do sol Dor de cabeça, confusão mental e perda de memória Linfonodos aumentados Queda de cabelo 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Sinais e sintomas Outros sintomas do lúpus, mais específicos, dependem de qual é a parte do corpo afetada: Cérebro e sistema nervoso: cefaleia, dormência, formigamento, convulsões, problemas de visão, alterações de personalidade, psicose lúpica. Trato digestivo: dor abdominal, náuseas e vômito. Coração: ritmo cardíaco anormal (arritmia). Pulmão: tosse com sangue e dificuldade para respirar. Pele: coloração irregular da pele, dedos que mudam de cor com o frio (fenômeno de Raynaud). 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Sinais e sintomas 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Diagnóstico 05 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Lupus clinical case Diagnóstico • O diagnóstico de lúpus é feito através dos achados clínicos e da dosagem de anticorpos no sangue. O principal é o FAN (ANA), o anticorpo contra proteínas do núcleo das células. • O FAN, entretanto, pode eventualmente estar positivo em pessoas normais. Portanto, a sua presença não necessariamente confirma a doença, mas a sua ausência afasta o diagnóstico de lúpus em quase 100%. Os casos de lúpus discoide isolado, sem acometimento sistêmico, são a exceção, podendo não ter o anticorpo FAN positivo. • A presença de dois outros anticorpos estão muito associados ao lúpus: Anti-Sm e anti-DNA(ds). A presença de sintomas típicos, FAN positivo e um desses dois anticorpos fecham o diagnóstico de lúpus. 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Fatores de risco 06 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Lupus clinical case Fatores de risco O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres são muito mais acometidas. Veja o que pode facilitar a incidência de lúpus: Gênero: a doença é mais comum em mulheres do que em homens; Idade: a maior parte dos diagnósticos acontece entre os 15 e os 40 anos, apesar de poder surgir em todas as idades. A média de idade é em torno de 31 anos Etnia: lúpus é mais comum em pessoas afro-americanas, hispânicas e asiáticas. É três a quatro vezes maior em mulheres negras do que brancas. Alta exposição aos raios ultravioletas 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Tratamento 07 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Lupus clinical case Tratamento • O tratamento da pessoa com LES depende do tipo de manifestação apresentada e deve portanto, ser individualizado. Dessa forma a pessoa com LES pode necessitar de um, dois ou mais medicamentos em uma fase (ativa da doença) e, poucos ou nenhum medicamento em outras fases (não ativas ou em remissão). • Ao mesmo tempo, o tratamento sempre inclui remédios para regular as alterações imunológicas do LES e de medicamentos gerais para regular alterações que a pessoa apresente em consequência da inflamação causada pelo LES, como hipertensão, inchaço nas pernas, febre, dor etc. • Os medicamentos que agem na modulação do sistema imunológico no LES incluem os corticoides (cortisona), os antimaláricos e os imunossupressores, em especial a azatioprina, ciclofosfamida e micofenolato de mofetila. 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Tratamento • Os sintomas mais leves podem ser tratados com analgésicos, anti-inflamatórios e/ou doses baixas dos corticoides (prednisona – 5 a 20 mg/dia). Na vigência de manifestações mais graves do LES, as doses dos corticoides podem ser bem mais elevadas (prednisona – 60 a 80 mg/dia). Geralmente, quando há envolvimento dos rins, do sistema nervoso, pulmões ou vasculite é necessário o emprego dos imunossupressores em doses variáveis de acordo coma gravidade do acometimento. • Além do tratamento com remédios, as pessoas com LES devem ter cuidado especiais com a saúde incluindo atenção com a alimentação, repouso adequado, evitar condições que provoquem estresse e atenção rigorosa com medidas de higiene (pelo risco potencial de infecções). 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Tratamento • O objetivo geral dos cuidados com a saúde (incluindo os medicamentos) para as pessoas com LES é permitir o controle da atividade inflamatória da doença e minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos. De uma forma geral, quando o tratamento é feito de forma adequada, incluindo o uso correto dos medicamentos em suas doses e horários, com a realização dos exames necessários nas épocas certas, comparecimento às consultas nos períodos recomendados e os cuidados gerais acima descritos, é possível obter um bom controle da doença e melhorar de forma significativa a qualidade de vida das pessoas com LES. 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Tratamento – Bloqueadores da dor Como funciona o bloqueio da dor? • Os bloqueios são qualquer tipo de infiltração, isto é colocar anestésico em alguma estrutura específica de nosso corpo. É uma técnica de grande importância para a medicina da dor. De maneira resumida, consiste em interromper os impulsos sensitivos que levam a informação de dor ao sistema nervoso central. • A maioria dos bloqueios incluem uma injeção de medicação, normalmente um anestésico local ou um anti-inflamatório, que interrompe os sinais dolorosos ou diminui a inflamação na área. No caso dos bloqueios com anestésicos locais, a dose é mantida em uma pequena concentração, a fim de que somente a dor seja reduzida, mas não outras funções como o movimento dos membros. 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Caso Clínico 07 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Lupus clinical case Caso Clínico M.S.B.S, 57 anos, viúva, aposentada, natural de Santa Fé - CE, ensino fundamental incompleto, reside em Araguaína-TO, diabética de longa data, como doenças crônicas possui HAS e DM, obesidade grau 3, portadora de LES com queixa de dores intensas na coluna, quadril e irradiação para MIE com limitação de PND’s sem melhora com uso de medicação. Paciente relata dor crônica generalizada tipo pontada, fadiga, amnésia, ansiedade, fibromialgia, sono não reparador, em acompanhamento com psiquiatra e reumatologista, diagnóstico de LES em 2004, em uso de pregabalina 150 mg 1x ao dia, metformina 850 mg 8/8 horas, glibenclamida 5 mg, losaratan 50 mg 12/12 horas, HCTZ 25 mg manhã, pregabalina 75 mg à noite, risperidona 1 mg à noite, escitalopram 20 mg à noite, purant4 500 mg em jejum, vitamina D+ cálcio. Refere melhora da dor cervical durante uma semana após procedimento realizado em junho. Faz-se necessário programar procedimento para controle da dor e rever possibilidade de CBD/THC no retorno. 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Diagnóstico e intervenções de enfermagem 08 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Lupus clinical case Diagnóstico e intervenções de enfermagem Dor crônica evidenciada por autorrelato das características da dor usando instrumento padronizado de dor relacionado a alterações no padrão de sono e sofrimento emocional associado a “ desequilíbrio de neurotransmissores, neuromoduladores e receptores” . Domínio 12: Conforto Classe 1: Conforto físico Código do diagnóstico: 00133 - Intervenções de enfermagem: • Realizar uma avaliação completa da dor , incluindo local, características, início/duração, frequência, qualidade, intensidade e gravidade , além de fatores precipitações; • Promover repouso/sono adequado para facilitar o alivio da dor; • Reduzir ou eliminar fatores que precipitam ou aumentam a experiência de dor; • Orientar paciente sobre as práticas não farmacológicas para controle da dor; • Administrar medicamentos para dor conforme indicado; • Orientar paciente sobre a prática de uma alimentação saudável para ajudar no controle da dor. 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Diagnóstico e intervenções de enfermagem Fadiga caracterizada por cansaço, letargia, energia insuficiente e padrão de sono não restaurador relacionado a privação do sono. Domínio 4: Atividade/Repouso Classe 3: Equilíbrio de energia Código do diagnóstico: 00154 - Intervenções de enfermagem: • Oferecer atividades recreativas calmantes para promover relaxamento; • Monitorar a ingestão nutricional para garantir recursos energéticos adequados; • Monitorar/ registrar o padrão de sono do paciente; • Monitorar o paciente quanto a evidências de fadiga física e emocional excessiva; • Identificar mudanças no nível de ansiedade; • Oferecer massagens terapêuticas relaxantes. 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Diagnóstico e intervenções de enfermagem Padrão de sono prejudicado relacionado ao padrão de sono não restaurador caracterizado por dificuldade de iniciar o sono . Domínio 4: Atividade/Repouso Classe 1: Sono/Repouso Código do diagnóstico: 00198 - Intervenções de enfermagem: • Orientar uma adaptação do ambiente para uma melhor promoção do padrão de sono (iluminação, ruídos, colchão); • Encaminhar paciente para práticas integrativas de relaxamento; • Encorajar e orientar o paciente sobre uma rotina de sono diária; • Orientar paciente quanto a ingesta de alimentos leves e menos energéticos perto da hora de dormir; • Monitorar o padrão de sono do paciente quanto à duração e evolução das horas de sono; 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Diagnóstico e intervenções de enfermagem Obesidade caracterizada por índice de massa corporal (IMC) > 30kg/m2 relacionado à média de atividade física diária inferior à recomendada para idade e sexo, e distúrbio do sono. Domínio 2: Nutrição Classe 1: Ingestão Código do diagnóstico: 00232 - Intervenções de enfermagem: • Orientar uma adaptação do ambiente para uma melhor promoção do padrão de sono (iluminação, ruídos, colchão); • Encaminhar paciente para práticas integrativas de relaxamento; • Encorajar e orientar o paciente sobre uma rotina de sono diária; • Orientar paciente quanto a ingesta de alimentos leves e menos energéticos perto da hora de dormir; • Monitorar o padrão de sono do paciente quanto à duração e evolução das horas de sono; 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e A campanha Fevereiro Roxo Laranja é voltada para a conscientização e tratamento de algumas doenças. A cor roxa conscientiza sobre Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia. Já a cor laranja alerta sobre a Leucemia. 20 22 20 22 Lu pu s cl in ic al c as e Lupus clinical cases Referências ● Comissão de lúpus, SBR. O Tratamento do Lúpus Eritematoso Sistêmico. Sociedade brasileira de Reumatologia, 2011. Disponível em: https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o- tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ . Acesso em: 16 de novembro de 2022. ● Liga Acadêmica de Medicina Generalista. Fisiopatologia do LES. Sanar, 2020. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumos-lupus- eritematoso-sistemico-ligas . Acesso em: 02 de novembro de 2022. 20 22 20 22 Lupus clinical case References Lupus clinical case References https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.reumatologia.org.br/orientacoes-ao-paciente/o-tratamento-do-lupus-eritematoso-sistemico/ https://www.sanarmed.com/resumos-lupus-eritematoso-sistemico-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-lupus-eritematoso-sistemico-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-lupus-eritematoso-sistemico-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-lupus-eritematoso-sistemico-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-lupus-eritematoso-sistemico-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-lupus-eritematoso-sistemico-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-lupus-eritematoso-sistemico-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-lupus-eritematoso-sistemico-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-lupus-eritematoso-sistemico-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-lupus-eritematoso-sistemico-ligas Obrigada ! 20 22 20 22 Lupus clinical case Lupus clinical case
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